O modelo de ensino e formação em proteção civil vai ser reformulado através de uma transformação na Escola Nacional de Bombeiros (ENB), anunciou hoje o ministro da Administração Interna.
As mudanças na área da formação e qualificação na proteção civil estão expressas numa resolução hoje aprovadas em conselho de ministro, que foi dedicado às florestas e presidido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Esta resolução estabelece um conjunto de medidas que visam "a reformulação do modelo de ensino e formação em proteção civil, tendo em vista fomentar o conhecimento e a formação técnica dos elementos dos corpos de bombeiros, dos restantes agentes de proteção civil e das entidades que compõem o sistema de proteção civil".
Em conferência de imprensa, Eduardo Cabrita afirmou que a resolução aprovada sobre a formação e qualificação na área da proteção civil visa "dois desideratos" que passam pela transformação da ENB "num verdadeiro centro de qualificação de agentes da proteção civil que simultaneamente seja uma escola de formação profissional e, por outro lado, uma escola de educação de nível superior".
O ministro acrescentou que vai ser criada uma rede com instituições do ensino politécnico que permitam a atribuição de graus de ensino superior.
Eduardo Cabrita disse ainda que vai ser feito um "cruzamento das qualificações dos agentes da proteção civil com aquilo que resulta no sistema nacional de qualificação em estreita articulação com a AGIF [Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais] e a agência nacional para as qualificações".
A Escola Nacional de Bombeiros foi alvo de críticas pelo relatório dos técnicos independentes que avaliaram os incêndios de 2017, que apontaram também lacunas na formação dos bombeiros.
Os postos e secções consulares portugueses no estrangeiro já podem enviar o cartão de cidadão para casa dos portugueses no estrangeiro, uma medida que facilita o acesso ao documento, numa altura em que a covid-19 reduziu a mobilidade.
Segundo um comunicado conjunto dos ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Justiça e da Modernização do Estado e da Administração Pública, esta possibilidade está prevista na lei que entrou em vigor na terça-feira.
As alterações agora introduzidas pelo Governo, e à semelhança do que aconteceu com os cidadãos residentes no território nacional, procuram responder à necessidade de encontrar formas alternativas de entregar o cartão de cidadão aos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro, de forma segura, eficaz e adequada à sua realidade”, lê-se no comunicado.
Segundo os ministérios, existem cerca de 3,5 milhões de titulares de cartão de cidadão com residência no estrangeiro, distribuídos por 197 países e regiões, a um ritmo mensal de 37.500 novos documentos.
“A entrega presencial do cartão de cidadão, em sede do posto consular ou de presença consular, não tem sido suficiente para resolver as dificuldades de um considerável número de cidadãos nacionais no acesso a este documento”, reconheceram os ministérios na nota.
Por seu lado, “as fortes restrições de circulação e as medidas de segurança sanitária determinadas pelas autoridades de saúde públicas em todo o mundo, aplicáveis aos serviços públicos externos no plano do atendimento, têm restringido a deslocação e a afluência da comunidade portuguesa no estrangeiro aos serviços públicos”.
A legislação que entrou em vigor na terça-feira enquadra-se na disponibilização do “mesmo nível de acesso, proximidade e qualidade dos serviços públicos prestados” aos cidadãos nacionais, “independentemente do local onde se encontram”.
CCDRN CELEBROU ACORDO DE FINANCIAMENTO PARA A REMODELAÇÃO DA PONTE CENTENÁRIA
O presidente da CCDR-N, António Cunha, e o presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, celebraram hoje, nas instalações da Junta de Freguesia de Pedorido, o Contrato de Financiamento Europeu para a reabilitação da Ponte Centenária de Pedorido, uma cerimónia realizada numa data que, assinala o dia em que se cumprem duas décadas sobre a terrível tragédia da Ponte Hintze Ribeiro.
Na sai intervenção, António Cunha destacou “o simbolismo de pontes, que ligam o passado e o futuro” desta data, sendo que o presidente da CCDR-N considerou que a queda da Ponte Hintze Ribeiro representou “um momento dramático para esta população, mas também para a Região e todo o país”, que a instituição e o Município Paivense optaram por assinalar através do “encontro com a história da vida e do trabalho do concelho, e com o futuro desta comunidade”.
O responsável pela gestão do programa NORTE 2020 enfatizou ainda o empenho da autarquia paivense na aplicação de fundos comunitários na reabilitação desta Ponte Centenária, de forma a “ dar uma nova vida a uma estrutura de grande interesse local com 128 anos de história ”.
Já o presidente Gonçalo Rocha destacou “a importância do gesto” do Presidente da CCDR-N ao querer dar resposta muito positiva a um “ anseio antigo da comunidade ”, que corresponde à restituição da beleza arquitectónica desta travessia centenária do Couto Mineiro do Pejão, evidenciando o edil paivense, a importância do dia em causa “ no que respeita à memória dos que partiram”, mas também, como uma data que assinala a recuperação de um edificado muito importante para a memoria do concelho, outrora com grande expressão na exploração carbonífera que, “sem este financiamento seria impossível”.
O presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva afirmou ainda, que “o concelho vive, neste momento, um forte investimento na ordem dos 8 milhões de Euros”, em fundos europeus do NORTE 2020, o que considera ser “o momento mais alto de investimento vivido pelo município, traduzindo-se em várias obras que estão no terreno, recordando o projecto da 2ª fase da Zona de Lazer do Choupal, e a requalificação da EB 2.3 de Sobrado, e EB 1 de Oliveira do Arda, na Raiva.
Na sua intervenção, o edil paivense recordou, ao mesmo tempo, a necessidade urgente do investimento nas acessibilidades há muito prometidas e desejadas, pelo que se congratulou que, finalmente esteja garantido o financiamento para assegurar a conclusão da Variante à EN 222 desde a ZI de Lavagueiras ao nó da A32 em Canedo, bem coomo o IC 35 desde Entre-os-Rios até à A4 em Penafiel, no âmbito do programa europeu denominado Plano de Recuperação e Resiliência .
O Contrato de Empreitada com a Atlantinível - Construção Civil, Ldª para a obra de Reforço e Remodelação Estrutural da Ponte Centenária de Pedorido, sobre o Rio Arda, uma empreitada cujo valor se situa nos 492 579,41euros, vai contribuir para potenciar, ainda mais, a dinâmica turística desta zona ribeirinha do concelho, decorrendo os trabalhos de beneficiação da travessia, sendo o prazo de execução de 365 dias.
A reabilitação da velha ponte sobre o Rio Arda era um anseio antigo da população do Couto Mineiro do Pejão, e depois de concretizada a retirada das condutas do abastecimento de água e a sua transferência para a ponte nova na Variante à EN 222, foi possível agora avançar com um projecto para reabilitar e melhorar aquela travessia.
A requalificação desta estrutura, motivou uma grande luta e empenhamento da CM de Castelo de Paiva neste processo, sempre na perspectiva de que esta região ribeirinha do Couto Mineiro merecia esta intervenção rodoviária, garantindo que, esta zona do concelho vai ficar agora, muito mais atractiva e valorizada.
O presidente Gonçalo Rocha mostra-se satisfeito por ter sido honrado o compromisso, num trabalho nem sempre fácil, num tempo de constrangimentos financeiros e exigências administrativas, permitindo que esta ponte seja beneficiada e mais tarde aberta à comunidade para uma utilização pedonal ou ciclovia.
Nesta cerimónia, participaram o vice presidente da CCRDN,Beraldino Pinto, e outros representantes deste organismo,bem como o presidente da Assembleia Municipal de Castelo de Paiva, Gouveia Coelho, os vereadores paivenses Antonio Rodrigues e José Manuel Carvalho, bem como o presidente da União de Freguesia de Raiva, Pedorido e Paraíso, Joaquim Martins, entre outras entidades.
No próxima segunda-feira, 8 de março, quem realizar encomendas em take away ou entrega ao domicílio nos restaurantes que disponibilizam este serviço no concelho recebe uma lembrança que assinala o Dia Internacional da Mulher – limitada ao stock existente -, mantendo-se a tradição de celebrar esta data. Antes da pandemia, as associações locais - ou mesmo a restauração - organizavam momentos festivos exclusivos para mulheres para comemorar as conquistas das últimas décadas quanto à igualdade de direitos a todos os níveis. O Município sempre se associou à iniciativa, oferecendo um brinde diverso que já assumiu a forma de flor, saco de compras, bolbos para semear ou saco de cheiro, entre outros. Este ano, serão oferecidas trufas de chocolate com recheio de medronho, uma criação de Artur Norberto. Para o vice-presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Manso, “queremos manter a tradição de homenagear as mulheres do nosso concelho, o seu valor e a sua resiliência, com uma prenda simbólica, que é fruto da teimosia e visão de um empresário do concelho e que também poderá gerar mais movimento aos nossos restaurantes”.
A ONU Mulheres definiu como tema do Dia Internacional da Mulher 2021 «Mulheres líderes: por um futuro igualitário no mundo da Covid-19». “Com a participação e a liderança plenas e efetivas das mulheres em todos os âmbitos da vida, consegue-se o progresso para todo o mundo. Ainda assim, as mulheres continuam a não ter suficiente representação na vida pública e na tomada de decisões, tal como refere o mais recente estudo do Secretário Geral das Nações Unidas. As mulheres são chefes de Estado ou de Governo em 22 países e apenas 24,9% dos representantes dos parlamentos nacionais são mulheres. Ao ritmo do progresso atual, a igualdade de género entre chefes homens e mulheres demorará 130 anos”. Na perspetiva da organização, o Dia Internacional da Mulher é, por isso, um clamor por mais igualdade.
O Município de Proença-a-Nova vai apoiar os munícipes que foram afetadas pelos dois grandes incêndios que atingiram o concelho em 2020, a 25 de julho e a 13 de setembro, nomeadamente através da cedência de material para a reconstrução de coberturas de palheiros e anexos agrícolas, do fornecimento de mangueiras e tubos utilizados na agricultura e da entrega de espécies frutícolas nos casos em que as árvores ardidas não tiveram capacidade de recuperação.
Segundo João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, esta é uma forma de apoiar as pessoas que não puderam apresentar candidatura aos apoios governamentais de restabelecimento do potencial produtivo das explorações agrícolas. “Quando enviei os técnicos do Município para realizar o levantamento dos prejuízos nas aldeias afetadas por estes dois grandes incêndios, logo nos dias que se seguiram às ocorrências, verificámos que houve uma enorme perda de bens e materiais essenciais à manutenção da pequena agricultura, maioritariamente destinada a consumo próprio, que está fora do âmbito do apoio governamental. Desta forma, é objetivo da autarquia apoiar os pequenos proprietários, incentivando-os a manter esta prática agrícola que faz parte da nossa matriz comunitária e também um importante complemento”.
As pessoas afetadas têm até dia 31 de março para solicitarem o presente apoio. No caso em que já tenham avançado com a compra de materiais para as obras ou de tubos e mangueiras, será apenas necessário apresentar as respetivas faturas. Após o início do processo, os técnicos do Município realizarão o levantamento da área da cobertura dos palheiros/anexos agrícolas e identificarão a quantidade de espécies frutícolas a fornecer, considerando que o valor máximo do apoio por proprietário é de € 500,00.
Acordo vai ser celebrado entre a IP – Infraestruturas de Portugal, o Município de Aveiro e o Município de Águeda
A Câmara Municipal de Águeda aprovou, hoje, em reunião extraordinária do Executivo, o acordo de colaboração a celebrar entre a IP – Infraestruturas de Portugal, o Município de Águeda e o Município de Aveiro para o desenvolvimento do projeto de execução para a construção do Eixo Rodoviário Aveiro/Águeda (ERAA).
“Este é um dia histórico para Águeda e para esta região”, declarou Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, sublinhando que esta ligação, há muito ansiada pelas populações dos dois concelhos, “é uma luta de várias gerações de políticos aguedenses. Pela primeira vez, é conseguido um acordo que irá viabilizar uma obra de extrema importância para os dois municípios e para o crescimento da região”.
A necessidade de uma ligação direta à capital de distrito bem como às autoestradas A1 e A17 tem sido amplamente discutida e abordada, no entanto, a concertação que este dossier implica nunca foi, até agora, concretizada. “Este é o resultado de muito trabalho entre todos os intervenientes, que adotaram um posicionamento estratégico e desenvolveram esforços significativos para chegar a este acordo de colaboração”, salientou o Edil.
De registar o empenho dos autarcas Jorge Almeida, do Município de Águeda, e Ribau Esteves, do Município de Aveiro, em estreita colaboração com a IP-Infraestruturas de Portugal e com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que definiram os termos do acordo, agora sujeito a aprovação dos executivos dos respetivos municípios e da IP.
Este acordo “espelha bem a mudança de atitude, o espírito de colaboração e a disponibilidade para fazer parte da solução” entre todos os intervenientes, disse Jorge Almeida.
Depois de aprovado pelos Executivos dos dois Municípios e pela IP, este acordo permite avançar com o projeto de execução, o primeiro passo para o lançamento do concurso público para a realização da obra.
Nos termos do documento, serão os dois Municípios, em articulação com a IP, a avançar com o projeto de execução, que terá de ficar concluído até 2023. O acordo prevê todas as eventualidades, nomeadamente no que respeita ao financiamento para a realização do projeto, estimado em cerca de dois milhões de euros, podendo ser assegurado pela própria IP (85%) e pelos Municípios (15%) ou no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (100%).
“Seja qual for o modelo de financiamento conseguido ou até procurando outras formas de comparticipação, os dois Municípios estão alinhados numa mesma estratégia e objetivo para concretizar este projeto”, sublinhou Jorge Almeida.
O Edil frisa que “é urgente corrigir a estrutura viária à escala municipal e sub-regional, bem como melhorar as condições de acessibilidade aos concelhos de Águeda e de Aveiro e a toda a região intermunicipal, apostando na reestruturação urbanística dos concelhos, de forma a aumentar a conexão das freguesias periféricas com as áreas centrais”.
Atualmente, a circulação entre Águeda e Aveiro é assegurada por três trajetos distintos, todos eles considerados bastante saturados, demorados e desajustados face às necessidades atuais, através da antiga EN230, que liga Águeda a Aveiro por Travassô, na jurisdição dos municípios desde o final dos anos 90; pela EN333 entre Águeda e Oiã e pela EN235 entre Oiã e Aveiro; e ainda pela A25, a partir de Serém, em Macinhata do Vouga.
Deste modo, esta intervenção vem, não só, colmatar necessidades com largos anos, como permite melhorar as redes viárias e estreitar as ligações a outras vias estruturantes nacionais.
Esta nova ligação rodoviária, que agora se pretende estabelecer através do ERAA, é constituída por duas vias em cada sentido, preferencialmente com perfil de autoestrada. A ligação será feita por Travassô, passando por Eirol, cruzando a A1 e a A17 e terminando na rotunda do Parque de Feiras e Exposições de Aveiro.
Estima-se que a distância entre Águeda e Aveiro percorrida através do ERAA passe a ser de cerca de 14 quilómetros, reduzindo-se em cerca de 40% a extensão do percurso por comparação com a via atualmente em uso. O tempo de viagem será reduzido em cerca de 65%, por comparação com o tempo exigido para percorrer as infraestruturas em uso, de modo a que passe a ser possível viajar entre as duas cidades em cerca de 10 minutos.
Refira-se que esta intervenção é um dos investimentos estratégicos que o Governo incluiu na proposta do Plano de Recuperação e Resiliência.
Abertura do 2º semestre do Programa de Doutoramento em Contabilidade
O Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade (CICF) do Instituto Politécnico o Cávado e do Ave (IPCA), em parceria com a Universidade de Aveiro, organiza no próximo dia 12 de março, pelas 14.30, o webinar dedicado ao tema “Green Bonds and Sustainability Policy and Research”.
Numa altura em que a transição climática está na agenda global, sendo um dos vetores mais destacados no Plano de Recuperação e Resiliência, bem como na Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a reflexão e discussão sobre os desafios e oportunidades para a investigação, a inovação e a transferência de conhecimento nestes domínios é oportuna e relevante.
A sessão de abertura conta com a presença de Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino superior, Maria José Fernandes, Presidente do IPCA e membro da Comissão Diretiva do Programa Doutoral em Contabilidade e Artur Silva, Vice-Reitor da UC para a Investigação, Inovação e Formação 3º ciclo.
O Seminário contará com a presença dos ilustres oradores, João Leitão, Professor da Universidade da Beira Interior e Investigador do NECE e do CEG-IST, e Ana Evans, Chief Innovation Officer da Innovative Prison Systems. A especialização e experiência dos oradores na temática em apreço, numa perspetiva complementar entre a investigação e as oportunidades de financiamento para este domínio, permitirão colocar em debate e reflexão muitos dos desafios que se colocam ao modelo de governação e sustentabilidade das organizações e empresas.
O seminário será moderado por Sónia Monteiro, Diretora do CICF.
Após o debate com os participantes, o encerramento estará a cargo de Carlos Costa, Diretor do Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo da UA e Graça Azevedo, Directora do Programa Doutoral em Contabilidade e membro do CICF.
O
Município de Cantanhede acaba de ser informado pela E-REDES
– Distribuição de Eletricidade, SA que, no próximo domingo, 7 de
março, a empresa irá proceder a
interrupções pontuais de energia elétrica
em algumas zonas da cidade sede do concelho, para realização de
trabalhos de remodelação e conservação das redes de distribuição.
As
interrupções ocorrerão entre as 8h00 e as 15h00, afetando
sobretudo os moradores nas
imediações dos largos Conselheiro Ferreira Freire e do Romal, nas
ruas Conselheiro Carvalho e São João e na Travessa do Largo do
Romal.
Na
sua comunicação, a E-REDES refere
que “utiliza procedimentos e métodos de trabalho mais adequados
para evitar as interrupções de fornecimento, procurando, sempre que
necessário, minimizar a sua duração. Por motivos de segurança e
dado poder haver necessidade de proceder a ensaios ou ao
restabelecimento antecipado, as instalações deverão ser
consideradas permanentemente em tensão”.
A
autarquia aproveita para relembrar que a EDP Distribuição, entidade
que gere a rede de distribuição de energia elétrica em Portugal
passou recentemente a designar-se E-REDES – Distribuição de
Eletricidade, SA. A empresa apresentou já em outubro do ano transato
um plano que visa assegurar uma transição gradualmente para esta
nova marca que se encontra a ser implementada, garantindo ainda que
tal alteração não terá quaisquer custos adicionais para os
consumidores.
A Nova Zelândia sofreu um sismo registado com uma magnitude de 7,2 na escala de Richter e a proteção civil do país já emitiu um alerta de tsunami, pedido aos habitantes que se afastem de zonas da costa.
De acordo com a conta oficial da proteção civil da Nova Zelândia, o país foi atingido por um sismo de 7,3 de magnitude na escala de Richter e as autoridades estão a aferir se o abalo pode provocar um tsunami. Não foram, para já, registadas vítimas mortais ou feridos.
"Vamos fornecer uma atualização da informação assim que a avaliação inicial tenha sido concluída", indica a nota.
De acordo com o jornal New Zealand Herald, o sismo ocorreu a 95 quilómetros a leste de Te Araroa, localidade da ilha norte do país, sendo que a intensidade foi registada como "severa".
Entretanto, as autoridades já pediram à população para se afastar das zonas de costa, dado o risco de tsunami, pedindo às pessoas para que se desloquem para zonas de maior altitude.
O mesmo jornal indica que o sismo foi sentido em cidades como Wellington, Christchurch e Auckland.
Las bolsas en Europa tenían comportamientos mixtos hacia este mediodía, luego de permanecer buena parte de la mañana en el terreno de pérdidas, de acuerdo con datos de la plataforma global de inversión multiactivos eToro. Los mercados europeos parecen indecisos y se mantienen laterales, con la mayoría de los índices tocando intermitentemente el terreno de las pérdidas.
Fue un día de caídas en Asia, ante la venta de acciones tecnológicas a nivel global. El Nikkei y el Hang Seng cayeron más de 2%, siguiendo la tendencia de ayer en Wall Street, en donde el Nasdaq perdió 2.8%.
Hoy las bolsas de Estados Unidos abrieron con alzas moderadas, sólo para que el Nasdaq volviera de nuevo al rojo en la primera media hora de negociaciones. El dato relevante esta mañana son las nuevas solicitudes de beneficios por desempleo esta semana, que es de 745,000. Los mercados esperan la intervención pública del presidente de la Fed Jerome Powell en busca de nuevas señales.
Es un buen día para Boeing, tras el anuncio de una tregua tarifaria entre Estados Unidos y Gran Bretaña ante las diferencias por los subsidios a la industria de la aviación.
El cuadro de fondo de los mercados no cambia: el sector tecnológico sigue mostrando las mayores debilidades en un contexto en donde los inversionistas continúan reposicionándose en los sectores más cíclicos.
El sentimiento general en los mercados de valores sigue siendo débil: como se mencionó, el Nasdaq cerró ayer a la baja y consolidó la ruptura a la baja del MM de 50 días, mientras que el rendimiento relativamente superior del S&P 500 y el DJ30 no salvó a los otros dos índices de Wall Street ayer de cerrar en rojo.
En Europa también asistimos ayer a una sesión de consolidación, con el cuadro de evolución del virus mejorando notablemente en Reino Unido y Alemania, mientras que en Italia y España hay un marcado empeoramiento de las condiciones de salud.
En el frente macroeconómico, las principales noticias de ayer también vinieron de América. El mercado laboral sigue mostrando cierta debilidad y también el índice manufacturero PMI-ISM confirmó la desconfianza del sector privado que, a pesar de que se están definiendo las medidas de estímulo, adolece de falta de visibilidad sobre la evolución de la situación económica.
A nivel sectorial, como se mencionó, el movimiento de rotación es evidente: especialmente en Europa, los sectores relacionados con el transporte y la energía se están beneficiando de las expectativas de una reapertura inminente de muchas actividades económicas, mientras que la tecnología parece haber entrado en una fase de debilidad cada vez más acentuada.
En otra clase de activos, la presión de las tasas de interés se mantuvo alta ayer también, y los rendimientos de los bonos del gobierno subieron después de la caída del día anterior, lo que confirma los temores de un posible aumento en el valor. El oro continúa cayendo, mientras que el sector de las criptomonedas continúa beneficiándose de la reciente recuperación, aunque en un contexto de creciente volatilidad.
En Australia, las ventas minoristas aumentaron 0.5% sobre una base mensual, pero no alcanzaron las estimaciones de los analistas (0.6%). A nivel macroeconómico, hoy estamos a la espera de los datos de desempleo en la eurozona, mientras que los datos semanales de prestaciones por desempleo y pedidos industriales del mes de febrero llegarán desde Estados Unidos.
ENFOQUE TÉCNICO
ETH
El Ethereum ha registrado un rendimiento cercano al 160% hasta la fecha, llegando a cerca de 2,000 dólares. El reciente retroceso desde los máximos ha llevado al ETH al primer soporte significativo, representado por el 61.8% de Fibonacci del rally desde principios de año y el MM de 50 días, un área en la que parece haber encontrado cierta estabilidad, con el objetivo de apuntar nuevamente a la zona de 1,750 a 2,000 dólares.
Una caída por debajo del área de 1,500 dólares abriría el camino para una extensión de la caída al área de 1,250 o 1,000 dólares, erosionando gran parte de las ganancias del año hasta la fecha. Dicho esto, el precio y la dinámica del RSI nos hace creer que la hipótesis de una nueva extensión alcista sigue siendo el escenario más probable en la actualidad.
ENFOQUE FUNDAMENTAL
British Petroleum: el sector y las acciones aún cotizan con un fuerte descuento
Como es sabido, el sector energético acaba de salir de uno de sus peores años, con los precios del crudo cayendo a mínimos históricos y un sector que se ha visto obligado a cerrar gran parte de las plataformas de extracción. Ante una paulatina recuperación de la demanda, la escasa oferta disponible generó una fuerte presión de precios, que se reflejó en la decidida tendencia alcista del WTI en los últimos meses. Entre las primeras en beneficiarse de este cambio de situación se encuentran las empresas petroleras.
BP es una de las empresas de petróleo y gas más grandes del mundo. La empresa está totalmente integrada y opera tanto en upstream como en downstream. En este último segmento, se centra en la refinación. La compañía generó aproximadamente 180,000 millones de dólares en ingresos en 2020 y capitaliza aproximadamente 76,000 millones de dólares.
BP sale de una década difícil después del derrame de petróleo que ocurrió en el Deepwater Horizon en 2010 en el Golfo de México. La compañía ha seguido sintiendo los efectos de este incidente durante años, después de haber pagado 2,400 millones de dólares en daños y probablemente también pagará 1,000 millones más en 2021.
La caída del petróleo de 2014 a 2017 también fue otro elemento de angustia para la empresa durante años. Finalmente, la disminución en la demanda de energía debido a la explosión de Covid-19 también influyó claramente en los resultados. A lo largo de los años, las utilidades por acción de BP pasaron de 8.06 dólares a una pérdida de 1.69 en 2020.
Los pronósticos de la administración son que BP podrá aumentar sus ganancias por acción a una tasa del 4% anual hasta 2026, y se espera que la demanda de productos energéticos mejore después de la pandemia. La compañía ha anunciado planes para invertir más en energía renovable, lo que podría resultar un catalizador importante para el crecimiento en un futuro próximo.
A pesar de los problemas durante la última década, BP aumentó su dividendo siete veces de 2011 a 2019. Sin embargo, el año pasado, la compañía tuvo que recortar su dividendo a la mitad que, incluso en estos niveles, es de 1.26 dólares por acción. una rentabilidad por dividendo del 5.6% a precios corrientes. Usando el dividendo anualizado y una utilidad por acción esperada de 1.50 dólares para el año actual, la tasa de pago es cercana a 80%. A pesar de las incertidumbres actuales, un dividendo ya reducido a la mitad parece ser muy sostenible en cualquier caso.
BP se cotiza ahora a una relación P/U de 11.3, con un valor promedio durante los últimos cinco años de 12, mostrando una subvaluación fundamental de la acción. Hasta la fecha, la acción ofrece un rendimiento por dividendo cercano a 6% que, cuando se suma a un crecimiento anual de utilidades de 4% y una expansión anual de múltiplos del 6%, permite que la acción ofrezca un rendimiento de alrededor de 10% anual a cinco años.
A Câmara Municipal de Silves informa que, devido a uma intervenção ao nível de betonagem de obra a levar a efeito por particulares, a circulação de trânsito na Rua Dr. Martinho Simões, em Armação de Pêra, estará interrompida no dia 05 de março, entre as 14h00 e as 17h00. Esta interrupção implicará o corte de trânsito na Rua dos Pescadores.
A autarquia pede a atenção e compreensão dos automobilistas e residentes para esta situação e agradece a colaboração de todos.
Em março, o Centro de Arte de Ovar vai estar online, através do facebook e do canal do Youtube, com concertos transmitidos em direto, teatro, poesia e algumas iniciativas do programa EIXO | aprendizagem criativa.
Com os equipamentos culturais encerrados ao público e a programação cultural presencial suspensa, a Câmara Municipal de Ovar procura manter a proximidade possível com o público e dinamizar eventos/ações através do online. Em fevereiro, no contexto do Carnaval, foram lançadas algumas propostas de atividades para realizar em casa, de envolvimento da comunidade na promoção do Carnaval de Ovar, e transmitidos espetáculos de DJ em "live streaming" a partir da Escola de Artes e Ofícios.
Para março, estão agendados três concertos com artistas locais para serem transmitidos em "live streaming", a partir do Centro de Arte de Ovar, bem como outros espetáculos nas áreas do teatro, da expressão dramática e da leitura. Do programa EIXO | aprendizagem criativa, dirigido a crianças, jovens e famílias, serão apresentados, também, dois projetos através das páginas OVAR/CULTURA das redes sociais: Facebook, Instagram e Youtube.
Rui Pedro, cantor e compositor Ovarense, dará o primeiro concerto do mês, no dia 12, pelas 22 horas. “Porto de Abrigo” é o seu mais recente single, num percurso musical influenciado por grandes nomes da Música Popular Brasileira e Portuguesa, onde o artista une estas duas culturas num trabalho que se destaca pelas boas energias transmitidas.
No dia 19 sw março, pelas 22 horas, será transmitido o concerto da dupla de Maceda, Miguel Vilar e Rui Silva - The Hangman. Com dois álbuns de originais lançados em edição de autor e o EP "The Way of The Blues", produzido pela lisboeta The Bastards Record Company, as canções deste projeto de songwriting vagueiam do Blues, ao Roots, Rock n' Roll, passando pelas raízes da Americana.
Para fechar este ciclo musical, Cátia Gonçalves, outra jovem ovarense, estará no palco do Centro de Arte de Ovar no dia 26, pelas 22 horas, para uma viagem musical pelos seus temas originais.Tendo o Neo-Soul como a sua maior referência, o Jazz, o R & B, o Funk e a contemporaneidade do hip-hop, são também marcas dominantes do seu som.
O Ciclo de Concertos 30
Minutos de Música regressa este
fim de semana com a Banda Tempo
e o grupo Pé de Salsa,
cuja atuação, no salão nobre da Câmara Municipal de Cantanhede,
vai ser transmitida em live
streaming, no facebook da
autarquia.
A
segunda jornada desta iniciativa da edilidade cantanhedense começa
amanhã, 5 de março, às 21h30, com a Banda Tempo, que apresentará
um alinhamento de temas fortes do seu reportório maioritariamente
constituído por covers
e tributos a clássicos da música pop-rock internacional e
portuguesa.
Formada
por Luis Soares, Francisco Saldanha, Fernando Bicho e Daniel Dias,
todos eles instrumentistas são originários do concelho de
Cantanhede com vasta experiência adquirida em vários projetos
musicais. A pandemia de Covid-19 impede-os de fazerem os 70 concertos
que em média realizavam por ano, em pequenos ou grandes palcos, como
os da Expofacic, Ficton, Feira do Vinho Anadia, Casino da Figueira,
Hard Rock Lisboa, O’Sullivans e muitos outros. “O mais
importante da nossa história são os novos amigos que fomos
encontrando e que contribuíram grandemente para a nossa satisfação
pessoal e para o êxito da banda”, afirmam.
No
sábado, dia 6 de março, também às 21h30, 30
Minutos de Música apresenta os
Pé de Salsa,
grupo constituído para animar a Festa
da Adiafa 2019 no restaurante “A
Gandaresa” e que desde aí tem feito carreira no campo da música.
Com o êxito alcançado nesse concerto, o grupo decidiu dar
continuidade ao projeto e assumir a interpretação de um repertório
de música tradicional portuguesa, contribuindo assim para honrar e
perpetuar a riqueza das raízes populares.
Com
as atuações previstas para 2020 canceladas, também em virtude da
crise sanitária que o país atravessa, o grupo insiste em não
baixar os braços, tendo entretanto participado em “A
música portuguesa a gravar-se a ela própria”, programa
de Tiago Pereira, criador da plataforma audiovisual “A
música portuguesa a gostar dela própria”.
Recorde-se
que o ciclo de concertos 30
Minutos de Música é uma
iniciativa promovida pelo Município de Cantanhede para apoiar os
músicos e grupos locais a fazerem face às dificuldades decorrentes
da situação pandémica causada pela COVID-19. Esta será também
uma oportunidade para reafirmar a qualidade artística e a expressão
musical eclética que existe no concelho.
Para
este ciclo, foram convidados compositores, cantores ou grupos locais
de géneros diversificados, os quais vão atuar às sextas-feiras,
sábados e alguns domingos dos próximos fins de semana, estando
nesta altura a serem desencadeadas ações de divulgação deste
programa de incentivo à atividade e expressão artística no domínio
da música. O que se pretende é mobilizar diferentes públicos para
acompanharem a atuação de alguns cantanhedenses com carreira
musical reconhecida e apreciarem a sua arte em concertos que na
generalidade vão ter um carácter intimista.
Todos os dias deslocam-se milhares de pessoas nas estradas portuguesas quer seja ao volante, ao guiador, à boleia ou até a pé. Dessa forma, é uma preocupação das diversas entidades alertar os condutores para as alterações das novas regras do código da estrada, assim como para a sensibilização e promoção das boas práticas de segurança rodoviária.
A Ascendi estará a moderar um painel de oradores composto pela aAutoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Polícia de Segurança Pública,GNR - Guarda Nacional Republicana,Prevenção Rodoviária Portuguesa e a Associação de cidadãos auto-mobilizados.
A não perder no dia 11 de março, a partir das 17h30.
O IPO de Coimbra reforça, a partir de hoje - 04/03/2021 - a sua colaboração institucional com o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) na área da consulta externa de Dermatologia – Telerrastreio e de Urologia.
No âmbito desta colaboração com o CHL, já mantida na área da cirurgia, o IPO de Coimbra assegura agora uma maior capacidade de resposta para a referenciação hospitalar a partir dos cuidados de saúde primários.
Este aumento da capacidade de resposta de primeiras consultas visa, sobretudo, doentes provenientes da zona norte da região de Leiria com suspeita ou confirmação de doença oncológica.
Este apoio vem no seguimento da colaboração já existente entre o IPO de Coimbra e outras instituições da região Centro, designadamente para realização de atividade cirúrgica e de Hospital de Dia, colaboração essa que tem sido particularmente relevante durante o atual contexto pandémico.
Microbiologista francês mostra como nospodemos preparar para futuras epidemias
Perante a ameaça de futuros ataques virais dez vezes mais nocivos do que a COVID-19, Didier Raoult, médico, especialista em bactérias, vírus e pandemias, apresenta um estudo, com base em estatísticas e factos históricos relacionados com anteriores epidemias, que descarta os alarmismos do sensacionalismo diário e nos prepara para os sucessores do actual coronavírus. Epidemias, Verdadeiros Perigos e Falsos Alertas é o mais recente título da colecção Livros Vermelhos da Guerra e Paz Editores. O livro chega aos espaços já abertos da rede livreira nacional no próximo dia 9 de Março e estará ainda disponível no site da editora.
Ainda estamos a tentar encontrar a tão aclamada imunidade de grupo para a COVID-19 e já se multiplicam as projecções de novas crises sanitárias para o futuro do mundo. O magnata norte-americano Bill Gates, uma das vozes mais activas entre os que fazem alertas, tem vindo a apontar para o surgimento de ataques virais dez vezes mais nefastos do que o novo coronavírus, mas não sabemos quando chegarão, nem que tipo de vírus serão ou se serão alguma doença nova.
Perante o medo do inexplicável, como é que nos podemos preparar? Segundo Didier Raoult, a história tem a solução para esses anseios. O reputado especialista em microbiologia e epidemias, responsável pela descoberta da bactéria da Peste Negra, afirma que o pânico tem vindo a comandar as mais as decisões dos políticos e governantes do que o realismo, a ciência e a «calma das velhas tropas».
No ensaio Epidemias, Verdadeiros Perigos e Falsos Alertas, um sucesso de vendas em França que agora chega a Portugal, afirma que «todas as potenciais epidemias que considerávamos assustadoras», entre as quais a doença das vacas loucas e as gripes das aves, dificilmente ultrapassaram os 10 mil mortos, num mundo onde assistimos a 56 milhões de mortes por ano», o mesmo número que a cólera, epidemia que diz ter sido negligenciada.
Polémico, Didier Raoult afirma ainda que vírus como o H1N1 mataram menos pessoas em França em 20 anos do que os acidentes rodoviários com trotinetas, acusando a comunicação social de propagar a «desconexão total entre a realidade observável e a realidade reportada».
Assume que «desta vez, é incontestável que assistimos a uma verdadeira pandemia», mas acredita que em breve o SARS- CoV-2 desapareça ou se resuma a um ecossistema específico como o coronavírus da Arábia Saudita que, neste momento, se resume a uma população de camelos.
Epidemias, Verdadeiros Perigos e Falsos Alertas estará disponível, a partir do dia 9 de Março, nos locais abertos da rede livreira nacional. A mais recente edição dos Livros Vermelhos da Guerra e Paz Editores poderá ainda ser adquirida no site da editora.
Pela primeira
vez, uma equipa de investigadores do Instituto de Sistemas e Robótica
(ISR) da Universidade de Coimbra (UC) e do Instituto Politécnico de
Tomar (IPT) desenvolveu um sistema de interface cérebro-computador
que garante praticamente
100 por cento de fiabilidade e precisão no controlo de cadeiras de
rodas através do cérebro,
sem
exigir grande esforço mental ao utilizador.
As cadeiras de
rodas guiadas pelo cérebro apresentam-se como uma solução
promissora para pessoas com deficiências motoras graves, que não
podem usar interfaces convencionais. Contudo, a baixa fiabilidade e
precisão das interfaces cérebro-computador (ICCs) baseadas em
eletroencefalografia (EEG) e o elevado esforço mental exigido ao
utilizador – que fornece os comandos por meio de sinais cerebrais
para conduzir a cadeira de rodas, sem atividade muscular –,
inviabilizam a sua utilização, por razões de segurança.
Para ultrapassar
estes grandes obstáculos, o sistema proposto pela equipa do ISR e
IPT, cujos resultados já se encontram publicados na IEEE
Transactions on Human-Machine Systems,
assenta numa nova abordagem que combina três componentes: ritmo
personalizado, comandos de tempo ajustado e controlo colaborativo.
Ou seja,
esclarece Gabriel Pires, investigador principal do projeto, «no
mesmo sistema é possível a ICC detetar automaticamente quando o
utilizador pretende ou não enviar um comando, permitindo que este
não tenha de estar permanentemente focado, mas sim apenas quando
pretende enviar um comando, ao seu ritmo; o tempo para deteção da
intenção do utilizador é também ajustado automaticamente para
permitir um desempenho constante, sendo por exemplo menos suscetível
a desatenções ou fadiga; e, ainda, um controlo colaborativo entre o
utilizador e a máquina».
Este controlo
colaborativo significa que a cadeira de rodas «tem
um sistema de navegação que, por um lado, realiza as manobras finas
de navegação, aliviando o utilizador desse esforço, e, por outro
lado, corrige/interpreta possíveis comandos errados enviados pela
ICC»,
revela o investigador.
A viabilidade do
sistema foi validada em várias experiências realizadas com 6
pessoas com deficiências motoras graves, da Associação de
Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), e 7 pessoas sem deficiência
(grupo de controlo). Os participantes tinham de efetuar percursos de
navegação diferentes em ambientes semelhantes aos de um escritório,
como corredores, passagem de portas, gabinetes, acessos e desvio de
obstáculos e de pessoas. «Por
exemplo, uma das tarefas consistia na passagem por portas estreitas,
que é uma das tarefas mais desafiantes em termos de navegação
móvel dadas as dimensões da cadeira de rodas»,
sublinha Gabriel Pires.
Para conseguir
testar a interface, a equipa teve de desenvolver o sistema navegação
da cadeira de rodas, adaptar, do ponto de vista ergonómico, a
cadeira para poder ser usada por pessoas com limitação motora e
desenvolver os métodos de descodificação dos sinais
eletroencefalográficos da ICC.
As experiências
provaram um nível de precisão e fiabilidade sem precedentes,
superior a 99%, destaca o investigador do ISR e docente no Instituto
Politécnico de Tomar: «o
aumento da precisão de forma fiável foi uma grande conquista, ou
seja, mantendo o desempenho elevado ao longo do tempo,
independentemente das condições. Na verdade, em alguns conjuntos de
experiências obtivemos 100% de precisão com o grupo de controlo e
99.6% com o grupo de pessoas com deficiência motora».
Estes resultados
mostram, pela primeira vez, que é possível «conceber
sistemas controlados por ICCs com elevado desempenho e fiabilidade e
controlados de forma natural (sem elevado esforço mental do
utilizador e ao seu ritmo) por pessoas com forte limitação motora»,
afirma Gabriel Pires, frisando que esta avaliação foi obtida «de
forma quantitativa, mas também qualitativa através de questionários
colocados aos participantes. Os cenários de teste, embora realistas,
não deixam de ser bastante estruturados e menos complexos dos que
encontramos em ambiente doméstico no dia-a-dia».
No entanto,
apesar de os resultados serem altamente promissores, representando um
passo de gigante em direção ao uso desta tecnologia, o docente e
investigador previne que o sistema desenvolvido ainda «não
possui a maturidade para entrar no mercado. Para além de estas
experiências terem decorrido em ambiente relativamente controlado,
muito menos complexo do que os ambientes domésticos, um outro
desafio prende-se com os sistemas de aquisição dos sinais
eletroencefalográficos».
Por outro lado,
conclui, «a
montagem e ergonomia dos elétrodos ainda terá melhorar. Finalmente,
para utilização do sistema em ambientes domésticos mais dinâmicos
e exigentes, teremos de introduzir mais módulos de perceção do
meio circundante, um trabalho que já estamos a iniciar».
Esta nova
interface cérebro-computador foi desenvolvida no âmbito do projeto
de investigação e desenvolvimento (I&D) “B-RELIABLE: Métodos
para melhoria da fiabilidade e a interação em sistemas de interface
cérebro-máquina através da integração da deteção automática
de erros”, cofinanciado por fundos europeus e pela Fundação para
a Ciência e a Tecnologia (FCT). Para além de Gabriel Pires, a
equipa que criou a ICC é constituída por Aniana Cruz, Ana Lopes,
Carlos Carona e Urbano J. Nunes.
