domingo, 29 de janeiro de 2023

Investigação sublinha a importância do reforço dos cuidados paliativos pediátricos em Portugal

 Uma equipa de investigação, coordenada pela Universidade de Coimbra (UC), que analisou o último ano de vida de crianças com doenças crónicas que faleceram no Hospital Pediátrico de Coimbra, sublinha a importância dos cuidados paliativos pediátricos para melhorar os cuidados prestados, sobretudo no que respeita à redução de terapêuticas e procedimentos agressivos neste grupo de crianças. O estudo científico, que decorreu em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), destaca ainda o impacto positivo dos cuidados paliativos pediátricos na redução do consumo de recursos hospitalares.
«Esta investigação corrobora a urgência de se dotarem os serviços de pediatria nacionais de equipas com formação adequada na área de cuidados paliativos pediátricos, por forma a garantir resposta adequada a crianças com doenças avançadas e, na sua maioria, progressivas, cuja evolução para o fim de vida pode ser possível antecipar e planear, garantindo os melhores cuidados», sublinha a equipa de investigação.
Atualmente, «a literatura internacional é, ainda, escassa no que respeita ao consumo de recursos hospitalares com crianças com doença crónica complexa no seu último ano de vida», contextualizam as investigadoras. Adicionalmente, em Portugal «são apenas cinco as equipas especializadas em cuidados paliativos pediátricos, e, apesar de existirem várias em fase de desenvolvimento, há ainda um grande défice em termos de recursos, formação e cobertura geográfica», destaca a equipa.
A investigação analisou dados de 2016 a 2020, referentes ao último ano de vida de 72 crianças, entre 1 e 18 anos de idade, com doenças crónicas complexas (nomeadamente doenças oncológicas, neurológicas ou cardiovasculares). Foi realizado um estudo comparativo com dois grupos: um grupo que foi acompanhado por uma equipa especializada de cuidados paliativos pediátricos e um grupo que não foi acompanhado. Foram analisados três principais domínios: o impacto do acompanhamento por cuidados paliativos pediátricos na utilização de recursos hospitalares, na terapêutica instituída e nos cuidados prestados na última semana de vida.
Na análise de dados referentes ao grupo que foi acompanhado por uma equipa especializada em cuidados paliativos pediátricos foi possível atestar «a menor utilização de procedimentos e terapêuticas invasivas e de falecimentos em unidade de cuidados intensivos, com otimização da gestão de recursos hospitalares», explica a equipa de investigação. Contudo, verificou-se que a maioria das crianças ainda não é referenciada para cuidados paliativos pediátricos nesta fase. «É, por isso, importante a sensibilização dos profissionais de saúde no sentido de envolverem estas equipas logo que identifiquem uma situação de doença crónica complexa causadora de sofrimento», elucidam as investigadoras.
A equipa de investigação destaca ainda a importância de «prosseguir a investigação sobre cuidados paliativos pediátricos no que respeita ao impacto na qualidade de vida de crianças e família, na sobrecarga associada ao tratamento e aos custos associados aos consumos hospitalares». «Além disso, será fundamental analisar o impacto do apoio domiciliário em cuidados paliativos pediátricos na vida das crianças e da sua família, pais, irmãos, avós e outros, bem como a possibilidade de redução de internamentos hospitalares, com redes de suporte domiciliário bem estruturadas», rematam as investigadoras.
O estudo envolveu investigadoras e docentes da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e também médicas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra: Andreia Nogueira (pediatra da equipa de cuidados paliativos pediátricos do CHUC), Bárbara Gomes (investigadora da FMUC), Cândida Cancelinha (coordenadora do estudo, docente da FMUC e médica coordenadora da equipa de cuidados paliativos pediátricos do CHUC), Diana Correia (aluna da FMUC) e Marisa Loureiro (investigadora da FMUC).
O artigo científico “The needs of children receiving end of life care and the impact of a paediatric palliative care team: a retrospective cohort study” encontra-se publicado no European Journal of Pediatric, e está disponível aqui. Este é o mais recente resultado do Grupo de Investigação em Cuidados Paliativos, Fim de Vida e Luto do Coimbra Institute for Clinical and Biomedical Research (iCBR) da FMUC.
 
Universidade de Coimbra

FCUP coordena projeto sobre previsão da produtividade vitivinícola

 Usar a inteligência artificial para obter modelos de previsão da produtividade da vinha mais precisos e eficientes é um dos grandes objetivos do Wine4cast, um novo projeto coordenado pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).
Financiado no âmbito das Bolsas de Iniciativas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “Recuperar Portugal”, o Wine4cast pretende fazer chegar os seus outputs aos produtores vitivinícolas para serem utilizados no planeamento de atividades, no mercado dos produtos vínicos e nos organismos reguladores do setor do vinho e da vinha.
A investigação liderada pelo docente do Departamento de Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território da FCUP, Mário Cunha, propõe-se realizar a previsão espácio-temporal da produtividade vitivinícola para usabilidade multi-ator: integração de sensores ótico-fotónicos remotos, inteligência artificial e cenários climáticos.
Para isso serão recolhidos dados de diversas fontes, nomeadamente sensores incorporados em diferentes plataformas, tais como satélites, (micro)drones ou smartphones, e tomografias de órgãos da planta, associando a estes dados sobre cenários climáticos e elementos biofísicos sobre a vinha.
“O setor vitivinícola é um ativo importante para a economia nacional, com crescente prestígio internacional. Apesar dos avanços tecnológicos do setor, a produtividade vitivinícola continua muito dependente do clima, o que origina fortes oscilações interanuais”, refere o também investigador no Centro de Robótica Industrial e Sistemas Inteligentes (CRIIS) do INESC TEC. Defende o responsável pelo projeto que “a previsão de produtividade é um instrumento útil para minimizar os riscos causados pela variabilidade da produtividade, abordando aspetos económicos, políticos, socioculturais, tecnológicos ambientais e legais relevantes para a gestão estratégica do setor”.
A FCUP, em colaboração com o INESC TEC, tem três anos e um total de cerca de 940 000 euros para desenvolver tecnologias inovadoras que permitam testar a previsão de produtividade e colocá-la à disposição dos utilizadores finais, que poderão ser produtores vitivinícolas, prestadores de serviços agrotecnológicos, companhias de seguros, organismos regionais, nacionais e internacionais responsáveis pela regulação do setor, entre outros.
As entidades parceiras do Wine4cast assinaram o contrato de financiamento PRR no dia 12 de outubro, à margem da edição de 2022 da Cimeira Nacional de Agroinovação, um evento que decorreu em Santarém e teve como principal objetivo promover o conhecimento e a inovação no setor e nos territórios rurais, dando a conhecer resultados de projetos de inovação ligados ao agronegócio.
Este projeto de investigação está incluído na iniciativa “Agricultura 4.0 e Territórios Sustentáveis”, da Agenda de Inovação para a Agricultura 2030 do PRR, um programa de aplicação nacional, com um período de execução até 2026, que vai implementar um conjunto de reformas e investimentos europeus destinados a ajudar Portugal a repor o crescimento económico sustentado após a pandemia.
Além da FCUP e do INESC TEC, este projeto conta com a participação de mais cinco parceiros, juntamente com um parceiro internacional (Itália) e seis PMEs.
 
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Cantanhede | É um dos 16 estabelecimentos de ensino do concelho distinguidos. Bandeira Verde Eco-Escolas hasteada na Escola Secundária Lima-de-Faria

A comunidade escolar da Escola Secundária Lima-de-Faria juntou-se na manhã de sexta-feira, 27 de janeiro, para a sessão simbólica do hastear a Bandeira Verde Eco-Escolas, gesto simbólico marcado pela presença do município, enquanto “Município Parceiro Eco-Escolas”, na pessoa do vice-presidente do Município de Cantanhede, Pedro Cardoso, que se congratulou com o sucesso uma vez mais alcançado com a implementação do programa Eco-Escolas, e a resposta qualificada dada pelos agentes educativos em parceria com a autarquia.

Este estabelecimento de ensino é uma das 16 Eco-Escolas do concelho de Cantanhede que viu reconhecido o seu desempenho no ano letivo 2021/2022, pelo 10.º ano consecutivo, integrando o Eco Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, tendo a particularidade que é uma escola secundária..

A Bandeira Verde distingue o trabalho realizado pelos alunos desta escola em prol da sustentabilidade do planeta, sendo este o resultado da consolidação e da continuidade das ações com vista a um futuro melhor.

O compromisso prossegue no ano letivo 2022/2023, estando já a ser definido um plano de ação, com iniciativas coletivas junto da comunidade local, de intervenção ativa, envolvendo os cerca de 600 alunos da comunidade escolar.

O vice-presidente da Câmara Municipal e responsável pelo pelouro da Educação, Pedro Cardoso, destacou “a importância deste programa nas escolas do concelho enquanto projeto educativo que privilegia a Educação Ambiental, uma dimensão fundamental da educação para a cidadania, pois implica que sejam mais interventivos, críticos, responsáveis”.

Este programa é uma oportunidade para promover os valores do desenvolvimento sustentável num processo que merece o nosso mais vivo reconhecimento, pois destina-se a criar condições favoráveis à construção de um futuro melhor, com mais qualidade de vida e cada vez melhores índices de sustentabilidade ambiental”, acrescentou o autarca, enfatizando que “uma Eco-Escola é um agente de mudança, promotor de mais cidadania, e determinante para a consciencialização de que preservar o ambiente e salvar o planeta, é uma tarefa de todos, uma responsabilidade de cada um, um compromisso coletivo”.

O ato simbólico do hastear da Bandeira Verde Eco-Escolas contou ainda com a presença do diretor, professores, pessoal não docente da Escola Secundária, bem como do diretor do Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, José Soares, e dos professores coordenadores Miguel Dias e Palmira Neves.

Na ocasião, José Soares congratulou-se com o facto de dirigir um Eco-Agrupamento e elogiou “o extraordinário trabalho que os alunos e professores realizaram em torno de questões relacionadas com a preservação do meio ambiente, sustentabilidade, assim como ao fomentar uma verdadeira consciência ecológica”.

O professor coordenador Miguel Dias aproveitou para apresentar o vasto e diversificado plano de atividades e ações a implementar, tendo sido elogiado pelas dinâmcias criadas junto dos jovens do ensino secundário..

O Eco-Escolas é um programa internacional, que se destina a todos os graus de ensino (do pré-escolar ao ensino superior), que segue uma metodologia participativa de construção da sustentabilidade, visando garantir a participação das crianças e jovens na tomada de decisões, envolvendo-os na construção de uma escola e de uma comunidade mais sustentáveis.

Carla Cruz Silva




Frio em Portugal: temperaturas podem descer até aos -6ºC

 A partir de quarta-feira, apenas os distritos do sul do país vão continuar sob aviso amarelo devido ao frio.
O tempo frio vai continuar durante a semana. Até terça-feira, todos os distritos do continente estão sob aviso amarelo.
A partir de quarta-feira, o aviso amarelo mantém-se, mas apenas em oito distritos do Centro e Sul: Castelo Branco, Santarém, Portalegre, Lisboa, Setúbal, Évora, Beja e Faro.
"Os distritos mais a norte deixarão de estar sob aviso de tempo frio apesar das temperaturas ainda estarem relativamente baixas", alertou Jorge Ponte, do IPMA.
Para esta segunda-feira, a temperatura mínima mais baixa é prevista para o distrito da Guarda, com 6 graus negativos, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Fonte: Sic Notícias
 

Situação económica agravou-se para 60% dos portugueses desde início da guerra na Ucrânia. Maioria já corta na energia e alimentação

Devido ao aumento do custo de vida, decorrente da inflação, gerada pela guerra na Ucrânia, e consequente crise alimentar e energética decorrentes, houve um agravamento das condições de vida de muitos portugueses. Segundo um inquérito da DECO Proteste, a situação financeira agravou-se para 60% da população nacional.
O mesmo questionário, feito em abril, revelava que 41% dos inquiridos consideravam que a sua situação financeira estava pior desde o início da guerra, o que revela um agravamento das condições de vida.
Se, em abril de 2022, 26% dos inquiridos dizia estar numa situação “muito difícil”, a percentagem aumentou para 36% em dezembro do ano passado. Também no último questionário, metade dos portugueses relatava ter “o suficiente para chegar ao fim do mês”, uma redução dos 56% registados em abril.
Os inquiridos referem ter cortado os gastos particularmente na área da energia, alimentação e atividades de lazer, como passeio e idas a bares e restaurantes. Mas há também quem assinale ter cortado as despesas em roupa, férias e viagens grandes ou fins de semana, atividades culturais, na mobilidade, cuidados de saúde e até educação.
O aumento do custo de vida também levou a mudanças de comportamentos: 78% dos inquiridos relata desligar mais vezes as luzes ao sair de uma divisão, 67% tomam duches mais curtos e menos banhos, 60% retira mais vezes da ficha os carregadores de aparelhos eletrónicos quando não estão em uso, e 59% desliga mais vezes aparelhos de aquecimento e coloca eletrodomésticos e equipamentos em ‘standby’.
Quando a medidas para enfrentar o aumento da despesas, quase 30% dos portugueses relataram ter recorrido a poupanças.
Uma esmagadora maioria dos inquiridos (88%), concorda que as “empresas estão a aproveitar-se da inflação para aumentar os seus lucros”. Mais de metade concorda que a UE devia continuar a impor sanções económicas à Rússia, mesmo que afetem as economias dos Estados-membros. Por outro lado, 65% diz não confiar nos governos nacionais para controlar eficientemente e evitar aumentos injustificados de preços para produtos e serviços.
O questionário online, realizado em dezembro de 2022, teve como base uma amostra representativa da população entre os 25 e os 74 anos. No total, a DECO PROTESTE recolheu o testemunho de 1311 portugueses.

Multinews/SAPO

Quatro burlões detidos por roubos a idosos no Alentejo

As quatro pessoas foram detidas em flagrante delito. Segundo a GNR, as detenções aconteceram na sequência de um alerta sobre furtos e roubos (furtos com violência) nos distritos de Évora e Portalegre.
Dois homens e duas mulheres, entre os 21 e os 31 anos, foram detidos em flagrante delito por furtos e roubos a idosos nos distritos de Évora e Portalegre, ficando em prisão preventiva, informou este domingo a GNR.
A GNR de Portalegre, em comunicado, alerta para o facto de, por norma, este tipo de burlões serem homens e mulheres "bem vestidos, bem falantes, com voz calma e afável, com um discurso convincente e cativante, que levam as pessoas a fazer aquilo que não querem", apresentando-se como familiares, amigos de familiares ou funcionários de alguma empresa.
As quatro detenções, no sábado, ocorreram na sequência de um alerta sobre furtos e roubos (furtos com violência) nos distritos de Évora e Portalegre.
"Após a ocorrência de um roubo ocorrido no concelho de Ponte de Sôr, os militares encetaram, de imediato, diligências de investigação e de recolha de informação que permitiram localizar e deter os suspeitos", precisa no comunicado.
Os militares conseguiram, assim, apurar a forma de atuação dos agora detidos, dirigindo-se a pessoas idosas, especialmente vulneráveis, a quem diziam ser funcionários de instituições ou entidades públicas.
Depois de ganharem a confiança das vítimas, apoderavam-se dos seus bens, essencialmente dinheiro e ouro, recorrendo também à violência", explica a GNR.
No decurso da ação policial, foram apreendidos uma viatura, quatro telemóveis, várias bolsas e carteiras, vários objetos em ouro, dois relógios e 2.083 euros em numerário.
Os detidos, com antecedentes pela prática de crimes da mesma natureza, foram presentes no sábado a primeiro interrogatório judicial, no Tribunal Judicial de Ponte de Sôr, tendo-lhes sido decretada a prisão preventiva.

SIC Notícias/Lusa

Camionista morre em despiste no IC1 em Ourique

O condutor do pesado de mercadorias "é um homem, de 35 anos", e o despiste aconteceu na zona de Ferraria, na freguesia de Panóias, segundo os Bombeiros Voluntários de Ourique.
Um homem, de 35 anos, morreu este domingo devido ao despiste do veículo pesado de mercadorias que conduzia, no Itinerário Complementar 1 (IC1), na zona de Ferraria, concelho de Ourique (Beja), revelaram a Proteção Civil e bombeiros.

Contactada pela agência Lusa, fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo explicou que o acidente, cujo alerta foi dado às 07:28, ocorreu ao quilómetro 649.5 do IC1.
Já fonte da corporação dos Bombeiros Voluntários de Ourique, também em declarações à Lusa, precisou que o veículo seguia no sentido Sul-Norte.
O condutor do pesado de mercadorias "é um homem, de 35 anos", e o despiste aconteceu na zona de Ferraria, na freguesia de Panóias, acrescentou a mesma fonte.
"O pesado, quando se despistou, ficou entre duas estradas, o IC1 e a Estrada Nacional 261 (EN261). Ficou na berma", referiu a fonte da corporação de bombeiros, para explicar que não houve necessidade de proceder ao corte do trânsito naquele itinerário complementar.
O corpo da vítima mortal foi transportado para os serviços de medicina legal do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, de acordo com o comando sub-regional da Proteção Civil.
Para o local do sinistro, foram mobilizados 17 operacionais, apoiados por sete viaturas, incluindo bombeiros, GNR e Instituto Nacional de Emergência Médica, que ativou também a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Beja.

SIC Notícias/Lusa
Imagem: CM

Ricardo Ribas apanhou um “grande susto” e agora quer controlo mais apertado à saúde dos atletas

O antigo maratonista olímpico Ricardo Ribas quer transformar o "grande susto" que viveu recentemente e que o obrigou a submeter-se a uma ablação cardíaca, numa oportunidade para incluir mais exames à lista de testes médico-desportivos obrigatórios.
“Agora quero descansar 10 ou 15 dias, e depois gostava de reunir com as federações, o Comité Olímpico e o Instituto da Juventude e Desporto para chamar a atenção para a necessidade de incluir exames como o Holter de 24 horas na lista anual”, conta Ricardo Ribas à agência Lusa, menos de uma semana depois de ter sido submetido a uma ablação cardíaca.
O antigo fundista e meio-fundista, que se assume como um homem de “exemplos”, quer que o problema de saúde pelo qual passou, que agora até o transformou num caso de estudo para o Hospital de Guimarães, onde foi operado, sirva para alertar consciências.
“Tenho a certeza absoluta de que há muitos atletas, principalmente atletas de pelotão, que não fazem exames e têm que fazer. Pensamos que vendemos saúde e, no final, não vendemos. Tem que haver um controlo mais apertado, mesmo entre os que fazem todos os exames exigidos, como sempre foi o meu caso”, refere Ricardo Ribas, que viu a vida mudar no dia 26 de outubro passado, quando fazia um treino “em ritmo de passeio”.
“Foi um sinal lá de cima, os médicos dizem que foi um anjo”, refere, explicando que nesse treino começou a ter “batimentos cardíacos de 220 e com um pico nos 245”.
Durante o episódio, Ricardo Ribas conta que “só pensava nas duas filhas e mulher”, vivendo uma “assustadora sensação de impotência”.
Depois de vários exames, o diagnóstico chegou dois dias depois, com o resultado do Holter: fibrilhação auricular, um tipo de arritmia cardíaca em que existem batimentos cardíacos muito irregulares, e habitualmente rápidos.
Desde janeiro de 2022, altura em que teve covid-19, que Ricardo Ribas, que fazia uma média de 100 quilómetros semanais, sentiu que “algo não estava bem, porque sentia algumas arritmias”, tendo feito exames médicos que nada revelaram
Três meses depois do diagnóstico, Ricardo Ribas submeteu-se na passada quarta-feira a uma ablação de arritmias por cateter, um procedimento que demorou cerca de duas horas e meia, e que segundo os médicos “resolveu o problema”
Em tom de brincadeira, Ricardo Ribas, de 45 anos, referiu na sua página na rede social Facebook que o procedimento médico durou pouco menos do que as duas horas e trinta e oito minutos que demorou a correr a maratona dos Jogos Olímpicos Rio2016, e assume que na recuperação, que “está a correr muito bem”, o mais difícil é não poder beber café.
“Os médicos dizem que está tudo bem, sinto-me bem”, assegura Ricardo Ribas, que é casado com a atleta Dulce Félix, acrescentando que, terminado o período de recuperação, quer fazer caminhadas e “correr de forma tranquila, não levando o corpo a extremos”.
Ricardo Ribas, que deixou a competição no ano passado, é fundador e treinador do clube Team El Comandante, que conta com 150 atletas filiados, todos obrigados a fazerem o exame médico-desportivo.
“Os atletas do meu clube sempre fizeram exames, mas, às vezes, eu desvalorizava. Neste momento, obrigo-os a fazerem o exame médico-desportivo”, garante, alertando: “Os problemas de saúde batem na porta quando menos se espera”.

Madremedia/Lusa

Supremo Tribunal de Justiça (STJ) alertou hoje para uma mensagem de 'phishing'

 O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) alertou hoje para uma mensagem de 'phishing' que está a circular nas plataformas eletrónicas, simulando uma pretensa comunicação, e que usa abusivamente um logótipo oficial antigo do STJ.
“A mensagem é falsa, está inserida numa campanha de ‘phishing’ e constitui uma quebra de segurança para os utilizadores da Internet e do correio eletrónico que a ela respondam. A mensagem tem como único propósito a prática de crime de acesso ilegítimo e a possível captura de dados pessoais das vítimas”, adverte o STJ, em comunicado.
Segundo adianta o STJ, a intrusão passa pela infeção com vírus ou software malicioso (malware) ou até usando a recolha de dados pessoais aquando da resposta e pode ocorrer em qualquer sistema informático (PC, Tablet ou Telemóvel).
“Aconselham-se os destinatários deste email fraudulento a não executar qualquer comando que a mensagem proponha, a bloquear imediatamente o remetente, a reportar o spam e a apagar a mensagem. Não devem clicar em 'links' dela constantes ou abrir qualquer anexo remetido com este tipo de emails nem efetuar qualquer tipo de resposta”, diz ainda o STJ.
De acordo com as boas práticas e de forma a não ser vítima de ‘phishing’, o STJ recomenda, assim, que os utilizadores de plataformas digitais nunca acedam a links ou anexos de emails que se vislumbrem desconhecidos ou suspeitos.
Lembra ainda que observando as características da mensagem (aspeto, eventuais erros ortográficos, argumentos persuasivos, que contenham ofertas generosas e despropositadas, entre outras pouco reais), os utilizadores digitais reconhecerão a possibilidade de a mensagem ser falsa.
“Cuidado com notícias e ofertas sensacionalistas que são usualmente usadas para captar atenção! Não se deixe guiar pelo tom ameaçador ou alarmista da mensagem! Se não participou em concursos não é normal receber prémios ou produtos! Em regra, ninguém oferece produtos abaixo do preço que é praticado pelo mercado! As instituições credíveis e sérias não utilizam estes meios/formas para comunicar com os seus clientes, privilegiando sempre uma comunicação mais direta e personalizada!”, são outros conselhos deixados pelo STJ face aos perigos decorrentes do ‘phishing’.

Madremedia

Temperaturas a descer: frio vai continuar na próxima semana

tempo frio com temperaturas mínimas baixas vai continuar em Portugal continental pelo menos até quinta-feira, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Bragança, Vila Real, Guarda e Braga serão os distritos onde as mínimas serão mais baixas, com os termómetros a poderem chegar aos cinco graus negativos.
Devido às temperaturas mínimas baixas, o IPMA emitiu o aviso amarelo para todos os distritos do continente, durante o fim de semana.
Para fevereiro, no entanto, as previsões são semelhantes.
Com a previsão da onda de frio para a próxima semana, a Direção-Geral da Saúde recomenda a utilização de várias camadas de roupa e a ingestão de bebidas quentes.
Dentro de casa, também há cuidados a ter, como a renovação do ar, sobretudo, quando são utilizados equipamentos a combustão, e desligar todos os aparelhos de aquecimento antes de deitar.

SIC Notícias

Quatro crianças morreram em 2022 vítimas de violência doméstica

Quatro crianças morreram em 2022, vítimas de violência doméstica. É o número mais elevado, pelo menos, desde o final de 2018.
Os números da Comissão para a Igualdade de Género confirmam que, no ano passado, morreram 28 pessoas vítimas de violência doméstica: 24 mulheres e 4 crianças.
Entre outubro e dezembro de 2022, foi também o período com mais reclusos pelo crime de violência doméstica. No total, 1236 reclusos, dos quais 955 estavam a cumprir pena de prisão efetiva.
Quanto ao número de ocorrências, a PSP e a GNR receberam, no último trimestre de 2022, mais de 7100 queixas, o que representa uma subida de seis por cento em comparação com o mesmo período de 2021.

TSF