quinta-feira, 23 de abril de 2020

Empresa de Braga vai começar a transmitir funerais pela internet

Empresa de Braga vai começar a transmitir funerais pela internet
Uma tecnológica de Braga vai transmitir funerais em direto, para que os familiares que moram longe ou que não podem estar presentes por causa da pandemia de Covid-19 tenham, mesmo assim, oportunidade de se despedir dos seus entes queridos.
O responsável da tecnológica Unloop, Hélder Pereira, disse à Lusa que a ideia já mereceu o “interesse” de várias funerárias e poderá começar a ser implementada já em maio.
“Já recebemos pedidos”, adiantou.
Desenvolvendo soluções de realidade aumentada e realidade virtual e trabalhando essencialmente com eventos, a Unloop viu a sua atividade “drasticamente” reduzida com a pandemia.
Entretanto, em meados de março, morreu a mãe de Hélder Pereira, um funeral a que um seu irmão que estava na Noruega não pôde assistir, devido ao cancelamento dos voos. “Demos por nós a enviar fotos do caixão e da capela para o meu irmão. Sentimos que, de alguma forma, ele estava a participar, mesmo à distância. Para o meu irmão, foi um alívio, um bálsamo”, referiu.

Família acede ao site e introduz um código

Este episódio, conjugado com os relatos, que vão chegando um pouco de todo o lado, de familiares que não podem assistir a funerais dos seus entes queridos devido às restrições impostas pelas autoridades de saúde, levou a Unloop a desenvolver o conceito “connecting memories”, através da “Nimus”, uma plataforma que permite de forma fácil, discreta e sem conhecimentos técnicos fazer “live streaming” de eventos.
Segundo Hélder Pereira, as funerárias reportam que já sentiam esta necessidade muito antes da Covid-19, mas agora “muito mais”.
Para aceder aos funerais, a família acede ao site e introduz um código que lhe é facultado pela empresa. “Tão fácil quanto isso”, refere ainda Hélder Pereira, sublinhando que está assim garantida a privacidade da cerimónia.
Os vídeos são, depois, disponibilizados à família, que terá ainda direito a uma espécie de “álbum” com fotografias e memórias da pessoa que morreu.
Entretanto, a empresa pretende alargar o conceito ‘connecting memories’ (conectando memórias) a todo o tipo de eventos, pelo que a plataforma foi crescendo, para ser usado em casamentos, batizados, museus e festas privadas.
Impala

Politécnicos planeiam abertura faseada de atividades presenciais

Os institutos politécnicos estão a preparar-se para um regresso faseado às atividades letivas e de investigação presenciais, na sequência do eventual levantamento das restrições implementadas para conter a pandemia, anunciou hoje o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).

De acordo com um comunicado divulgado hoje, o CCISP está a “delinear um plano de regresso às atividades presenciais” e que vai ser gradual, “envolvendo, nomeadamente, atividades letivas, de investigação e de serviços I&D [investigação e desenvolvimento]”, assim como “provas de avaliação que, de outra forma, não são exequíveis”.

A decisão surge na sequência de uma reunião com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, que decorreu na quarta-feira.

Segundo o presidente do CCISP, Pedro Dominguinhos, citado na nota, o regresso às atividades presenciais será feito apenas quando estiver “garantido o superior interesse de saúde e segurança dos estudantes, docentes, investigadores e corpo técnico das instituições”.

“O regresso às atividades presenciais privilegia as atividades dos finalistas, prático-laboratoriais e as avaliações que sejam indispensáveis para conclusão dos cursos ou unidades curriculares. Contudo, o ensino a distância continuará a ser a norma até ao final do semestre letivo, em todas as restantes atividades, incluindo avaliações em que seja possível a sua concretização”, prossegue a nota.

O comunicado acrescenta que terá de existir “equidade nas soluções encontradas” para toda a comunidade académica, “seja nas condições de acesso ao ensino à distância ou motivado pela origem geográfica” dos estudantes.

Para a reabertura dos politécnicos também terá de estar assegurado o distanciamento social, a higienização das instalações e a disponibilização de equipamentos de proteção individual para “todos os atores da comunidade académica”.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 186 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. 

Mais de 708 mil doentes foram considerados curados.

Portugal contabiliza 820 mortos associados à covid-19 em 22.353 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 35 mortos (+4,5%) e mais 371 casos de infeção (+1,7%).

Das pessoas infetadas, 1.095 estão hospitalizadas, das quais 204 em unidades de cuidados intensivos, e o número de doentes curados aumentou de 1.143 para 1.201.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma “abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais”.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

NDC

INTERNACIONAL|UNIÃO EUROPEIA (UE): Conselho Europeu: tiro de pólvora seca

O edifício Europa,em Bruxelas, Bélgica, é a sede do Conselho Europeu e do Conselho da União EuropeiaCréditos/ Consilium.europa.eu
O Conselho Europeu desta quinta-feira ficou marcado, por um lado, pela indefinição e, por outro, pela confirmação de medidas que empurram os Estados para novo endividamento.

Mas também pelo adiamento de uma decisão sobre o eventual fundo de recuperação, nomeadamente no que respeita aos montantes e às condições. 

Preocupantes são também as notícias que apontam para a possibilidade de o Orçamento da União Europeia poder vir a ser mais reduzido, com a diminuição de verbas da coesão. Entretanto, fica por saber o essencial: quanto é que Portugal vai receber nos próximos sete anos.

No fundo, a reunião do Conselho Europeu, em linha com as conclusões do Eurogrupo, ficou mais uma vez marcada pela falta de solidariedade entre os países membros. Aliás, o plano de recuperação sugerido pelo Eurogrupo e pela Comissão Europeia não descarta a possibilidade de haver uma concentração primordial dos recursos nas principais potências europeias e de tais recursos serem direccionados sobretudo para projectos que beneficiem os grandes grupos económicos e financeiros.

abrilabril

Águeda | Empresas doam máscaras para instituições de solidariedade

Duas empresas doam mais de 25 mil máscaras para instituições de Águeda 
Máscaras permitem suprir as necessidades mais prementes de 19 instituições de solidariedade social do concelho de Águeda 

As empresas FJ Bikes e Rodi, de Águeda e Aveiro, respetivamente, num verdadeiro espírito de solidariedade e responsabilidade social, associaram-se para adquirir máscaras que doaram a algumas entidades, entre as quais a Câmara de Águeda, que agora está a distribuí-las pelas diversas instituições de solidariedade social do concelho. Ao todo, são mais de 25 mil máscaras cirúrgicas que foram, hoje, distribuídas por 19 instituições, entre IPSS e Bombeiros de Águeda. 

“Esta é uma ajuda que muito agradecemos e que é demonstrativa do empenho destas empresas pelo serviço ao próximo, numa altura em que tanto é exigido aos empresários”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, salientando que “são materiais de proteção individual essenciais para quem está na linha da frente a apoiar os nossos idosos e população em geral”. 
Armando Levi, proprietário da Rodi, entregou as máscaras à Proteção Civil de Águeda, tendo realçado que esta doação resulta de um investimento feito pela empresa em parceria com a FJ Bikes, com o objetivo de suprir as necessidades que as instituições locais têm. “Fazemos o que podemos. Esta situação é muito complicada”, disse o empresário, salientando que a aquisição de máscaras que fez conjuntamente com a FJ Bikes destinaram-se a instituições de Águeda, Aveiro e Mealhada. 

A FJ Bikes suportou a aquisição das máscaras, enquanto a Rodi responsabilizou-se pelo transporte e pagamento de impostos. Todo o material “chegou ontem, vindo do Japão”, declarou Armando Levi. 
Francisco Santos, comandante dos Bombeiros Voluntários de Águeda, uma das entidades beneficiadas com esta doação, agradeceu a entrega das máscaras. “Precisamos mesmo disto, é uma grande ajuda”, disse, frisando que, nesta altura, sempre que uma equipa tem de sair para um serviço tem um “gasto enorme” de materiais de proteção individual. 

Também Luísa Dias, diretora técnica da Associação Senhora da Esperança, de A-dos-Ferreiros, declarou que “esta ajuda é essencial”, uma vez que não se sabe por quanto tempo é necessário ter estes cuidados de proteção. 

Mais do que máscaras, o que se distribuiu, hoje à tarde, pelas 19 instituições do concelho de Águeda foi um pouco de esperança. Esperança em formato de máscara, suprindo uma necessidade e carência efetiva das entidades, desejando-se que, em breve, as máscaras não sejam mais necessárias.

Carregal do Sal | Despacho: Morreu Artur Jorge Saraiva Pereira da Silva

Morreu o Dr. Artur Jorge Saraiva Pereira da Silva. A infausta notícia foi conhecida na tarde de ontem, 21 de abril de 2020. Tinha 87 anos de idade, era natural e residente na Vila e Freguesia de Oliveira do Conde, deste Concelho.
É com consternação e profunda tristeza que a Câmara Municipal de Carregal do Sal torna público este infausto acontecimento, lamentando profundamente a perda de um Homem que sempre teve, para o nosso Concelho, uma dedicação inexcedível, em muitas das vertentes da vivência comunitária, com especial enfoque para a associativa e para a autárquica. 
Na vertente associativa, para além de ter sido praticante da modalidade de futebol, nos seus tempos de juventude, teve depois oportunidade de pertencer a órgãos associativos, como foi o caso da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal, da Universidade Sénior e, mais recentemente, da Fundação José Nunes Martins, tendo apoiado outras nas suas necessidades administrativas mais prementes, nomeadamente na elaboração de documentação orientadora, onde depositou todo o seu saber e mestria. 
Homem dedicado ao Concelho e às associações, são da sua autoria alguns livros que trouxe à estampa e que serão para os vindouros testemunhos indeléveis dessa mesma dedicação e altruísmo, onde a sua Freguesia natal, o Concelho e as Associações mereceram lugar de destaque. 
No Poder Local Democrático fez parte da Comissão Administrativa, empossada em 27 de novembro de 1975, tendo sido eleito, nas primeiras eleições autárquicas realizadas em 12 de dezembro de 1976, Presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal, cargo que ocupou, ininterruptamente, até dezembro de 1989.
Foi Presidente da Assembleia Municipal de Carregal do Sal no mandato de 2009 a 2013.
Foi empossado, em 2013, como membro da ALA – Academia de Letras e Artes de Portugal.
Atualmente desempenhava as funções de Provedor de Munícipe, desde julho de 2017.
Nas cerimónias e na Sessão Solene do Dia do Município do ano de 2016, Câmara e Assembleia Municipal distinguiram a sua postura de autarca e cidadão do Concelho e o Dr. Artur Jorge Saraiva Pereira da Silva foi condecorado com a Medalha de Mérito Municipal Autárquico, Grau Ouro.
Nesta hora de dor, curvamo-nos respeitosamente perante a sua memória, expressando o nosso mais sentido VOTO DE PESAR e no uso dos poderes que me são conferidos, em nome da Câmara Municipal de Carregal do Sal, 
DETERMINO ainda que:
1 – Seja colocada a Bandeira do Município a meia-haste, durante três dias, em sinal de luto.
2 – Seja solicitado às Juntas de Freguesia do Concelho a sua associação, de igual modo, a esta iniciativa de pesar.
3 – Sejam endereçadas aos seus familiares as nossas mais sentidas condolências.

Paços do Município de Carregal do Sal, 22 de abril de 2020.

O Presidente da Câmara,
Rogério Mota Abrantes.

OE distribui viseiras de protecção COVID-19


A região centro da Ordem dos Engenheiros decidiu doar mais de 7000€ em material de protecção, nomeadamente em viseiras reutilizáveis em todos os seus 6 distritos de coordenação: Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.

Unindo-se aos esforços da sociedade civil em colmatar algumas das dificuldades sentidas por algumas instituições que lidam directa e em proximidade com os seus utentes, e apoiando empresas locais de impressão 3D, distribui as viseiras de acordo com as solicitações de cada instituição.

Em Aveiro, a delegação distrital com o apoio da print4Fun, já distribuiu estes equipamentos por todo o distrito de Aveiro em centros paroquiais, lares, cercis, creches, bombeiros e misericórdias dos concelhos de Aveiro, Albergaria-a-Velha, São João da Madeira, Santa Maria da Feira, Ílhavo, Oliveira do Bairro seguindo-se outros na próxima semana. De salientar que muitas das instituições contactadas por todos o distrito já estão provisionadas com equipamento fornecido pelas câmaras, empresas ou particulares, numa onda de solidariedade sem precedentes. Desta forma a OE pretende dar um pequeno contributo a esse movimento e aos que estão na linha da frente para que o país não pare.

A Delegação Distrital de Aveiro
Raquel Castro Madureira
Vitor Silva
Maria João Matos

Covid-19: Luxemburgo soma 83 mortes e 3.665 casos de infecção – dados oficiais

Entrada | LUX24
O Luxemburgo contabiliza até hoje um total de 83 mortes e 3.665 casos de infecção por coronavírus Covid-19, revelou esta quinta-feira (23) o Ministério da Saúde do Grão-Ducado.
São mais 3 mortes e 11 novos casos de infecção nas últimas 24 horas.
De acordo com o boletim clínico divulgado hoje há agora 165 pessoas hospitalizadas (27 das quais em cuidados intensivos – este número não contabiliza as pessoas provenientes da região francesa do Grande Este).
A idade mediana das vítimas mortais ronda os 85 anos de idade, enquanto a média das mortes ronda os 83 anos. Já a média de idade das pessoas infectadas ronda os 46 anos. Há mais homens (51,1%) do que mulheres (48,9%) infectados no Luxemburgo.
Segundo os dados oficiais desde o início da crise sanitária provocada pelo Covid-19 foram realizados 36.891 testes no país.
O número de pessoas que deixaram as unidades hospitalares está agora nas 728 pessoas.
LUX24

Aveiro | Reunião de Câmara – 23 de abril de 2020


Principais deliberações da Reunião do Executivo da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), realizada hoje, quinta-feira, dia 23 de abril de 2020, por meios digitais, cumprindo as regras do distanciamento social e da não aglomeração de pessoas, tão importante no Combate à Pandemia do Coronavírus.

  1. Construção de novo Skate Park no Parque dos Amores / Parque da Cidade
O Executivo Municipal deliberou tomar conhecimento do despacho do Presidente, Ribau Esteves, que aprovou o projeto de execução e autorizou a abertura do procedimento por consulta prévia para construção de um novo Skate Park no Parque dos Amores / Parque da Cidade, com o valor base de 149.886,25€ (+ IVA).
A obra vai criar uma estrutura apta a fazer parte do Circuito Nacional de Skate para as categorias de iniciados, amadores e profissionais, de modo a captar novos públicos e corresponder às expectativas dos praticantes da modalidade.
O projeto de execução agora aprovado é resultado de um trabalho de auscultação da Câmara Municipal de Aveiro aos praticantes aveirenses de skate e BMX (fotografia em anexo), sendo este um exemplo importante de participação cívica ativa e construtiva na concretização das Grandes Opções do Plano do Município.
A empreitada prevê a criação de obstáculos técnicos como muros e corrimões, bancos, planos inclinados, “eurogaps” e “corners”, entre outros. De forma a englobar também as expectativas dos praticantes adeptos de curvas e saltos, será criado um “bowl” de nível avançado, bem como “quarter-pipes” de maior dimensão.
O antigo e pequeno Skate Park é mantido como espaço de iniciação, sendo criado um corredor de ligação entre os dois espaços, para que possam funcionar como um só.
Ao mesmo tempo a empreitada vai permitir potenciar o Parque dos Amores / Parque da Cidade, tendo em conta a sua localização estratégica, junto a Escolas Básicas e Secundárias e à Universidade de Aveiro.

  1. Aprovado estudo urbanístico do quarteirão da Forca norte
O Executivo Municipal deliberou aprovar o estudo urbanístico e o estudo de alinhamentos do quarteirão da Forca norte, no âmbito do processo de desenvolvimento urbano da envolvente ao espaço da segunda loja da “Mercadona” em Aveiro.
Assim, num trabalho realizado pelas equipas da Divisão de Planeamento do Território e a Divisão de Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Aveiro, foram definidos alinhamentos e cérceas, com o devido enquadramento nas definições assumidas para os indicadores urbanísticos principais, no novo Plano Diretor Municipal.
Estes novos estudos e cérceas têm como objetivo a criação de condições para a ocupação e o crescimento urbano desta zona, com a devida qualidade, sustentabilidade e relação compatibilizada com as áreas urbanas próximas.

  1. Aprovado estudo urbanístico da zona da IPSS Florinhas do Vouga
No âmbito do processo de organização, estruturação e desenvolvimento urbano da zona frontal às instalações da IPSS Florinhas do Vouga, que também integra outros equipamentos importantes e geradores de circulação de pessoas, como o Cemitério Central, o Auditório D. João Evangelista de Lima Vidal e a Sé de Aveiro, é necessário construir um novo acesso pedonal e rodoviário (já definido no novo Plano Diretor Municipal).
Neste sentido, o Executivo Municipal deliberou aprovar o Estudo Urbanístico da zona da IPSS Florinhas do Vouga, realizado pelas equipas da Divisão de Planeamento do Território e a Divisão de Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Aveiro.
Este estudo tem em consideração a necessidade de criar condições para a devida organização, ocupação e desenvolvimento urbano e a melhoria relevante das condições de acessibilidade e de segurança pública.

  1. Novo concurso público para concessão do Bar-Esplanada do Cais da Ribeira de Esgueira
O Executivo Municipal deliberou declarar a caducidade da adjudicação realizada a 06 de fevereiro de 2020, da concessão do Bar-Esplanada do Cais da Ribeira de Esgueira, a Vanessa Sofia da Silva Moreira Aires, devido ao facto de a adjudicante não ter apresentado no tempo definido os documentos necessários à formalização do vinculo contratual.
A concessão, que tinha sido decidida através de concurso público, definia uma renda mensal no valor de 500€ (+ IVA), com um prazo máximo de ocupação de 10 anos.
A Câmara Municipal de Aveiro está agora a ponderar a possibilidade de lançar um novo procedimento por concurso público ou encontrar uma solução alternativa de utilização e gestão, por forma a capacitar e dinamizar a zona envolvente ao Cais da Ribeira de Esgueira, ponto essencial de partidas e chegadas para o percurso de fruição paisagística da Via Ecológica Ciclável, um investimento de aproximadamente 800.000€, suportado apenas pelo orçamento da CMA, com 7,5km de extensão, que permite observar toda a frente-Ria de Mataduços, Póvoa do Paço e Vilarinho.

  1. Início da elaboração do Regulamento da Incubadora de Empresas do Município de Aveiro
A Incubadora de Empresas do Município de Aveiro (IEMA), integrada na rede de incubadoras da Região de Aveiro (rede IERA), tem como objetivo de base dar resposta aos desafios que a Região enfrenta ao nível da competitividade e empregabilidade, mediante o desenvolvimento de políticas de apoio à criação de novas empresas.
Neste sentido, a IEMA pretende proceder à elaboração de um regulamento que estabeleça um conjunto de regras gerais, procedimentos de adesão e respetivos critérios de avaliação, procurando ainda estabelecer as condições de utilização e funcionamento dos diversos espaços e serviços de incubação disponibilizados.
Assim, o Executivo Municipal deliberou aprovar o início do procedimento de elaboração da IEMA.
Todos os interessados (definidos previamente de acordo com o previsto no n.º1 do art. 98.º do Código do Procedimento Administrativo), poderão apresentar os seus contributos, no prazo de dez dias a contar da publicitação do Edital, através de comunicação escrita dirigida ao Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, que contenha o nome completo, morada ou sede, profissão, número de identificação fiscal e, se possível, o respetivo endereço de correio eletrónico, dando o seu consentimento para que este seja utilizado para os efeitos previstos.



SILVES ASSINALA 46.º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL COM ATIVIDADES DIGITAIS “ABRIL EM NÓS”


Programa decorre entre 23 e 26 de abril




Em tempo de COVID-19, o Município de Silves preparou uma programação especial para assinalar o 25 de Abril em casa. Intitulada “Abril em Nós”, esta programação integra o programa online “Silves entre 4 Paredes” e conta com iniciativas que irão decorrer através dos meios digitais do município (facebook, instagram e youtube), entre os dias 23 e 26 de abril.

Lado P – Poemas de liberdade - abre, hoje pelas 18h00, a programação do “Abril em Nós” com poemas de Ary dos Santos, pela voz de Napoleão Mira.

“Palavras de luta com liberdade dentro” trarão, pela interpretação do grupo de música tradicional portuguesa Cante Andarilho, mensagens de José Mário Branco, Vitorino Salomé e José Afonso no dia 24 de abril, pelas 18h00.

As comemorações no dia 25 de abril terão início com uma reunião extraordinária do Executivo Camarário, transmitida em direto pelos canais digitais do município, a partir das 9h30.

Da parte da tarde, a ação simbólica “Grândola Vila morena, a Liberdade Ecoa nas ruas!!”, convidará os munícipes a cantar à janela ou na varanda “Grândola Vila morena” e o hino nacional, pelas 15h00.

Às 18h00, o cantautor Samuel Quedas associa-se ao Município numa singela homenagem ao músico e compositor José Mário Branco, falecido em novembro de 2019, com “A cantiga é uma arma de Liberdade”.

As atividades previstas para este dia culminarão com a atividade musical “Estamos Livres, e Agora?”, pelas 21h00, com Domingos Campos a homenagear Abril e a liberdade. Nesta sessão, os sons intemporais do passado e do presente irão cruzar-se numa mensagem pela descoberta do desafio que a liberdade coloca a cada passo, lembrando sempre a inquietude do que ainda está por cumprir.

A programação desta efeméride terminará no dia 26 de abril, pelas 18h00, com a sessão de sugestões musicais “Disco voador”. Nesta sessão, sob o tema “O sonho de sempre na madrugada esperada”, Sérgio Costa revisitará os sons de abril a várias vozes.

A Presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma, lembra que “apesar do cancelamento das iniciativas previstas para diversos espaços municipais, resultante da declaração do estado de emergência e das medidas de mitigação da pandemia, importa que continuemos a valorizar e a vivenciar os valores conquistados através da revolução de Abril, pois só assim continuaremos a pugnar pela construção de uma sociedade mais livre, mais justa e mais solidária”, acrescentando que, “mesmo numa altura em que atravessamos um dos maiores desafios das nossas vidas com o combate a este inimigo invisível, vamos continuar a lutar pela nossa liberdade, por nós e por todos, pelo que convido todos a viver Abril e, mesmo em casa, a celebrar os seus ideais de liberdade”.

Editora de Estarreja oferece 25 mil livros infantis

Donativo da Mel Editores vai chegar às crianças do concelho


Neste Dia Mundial do Livro, a Câmara Municipal de Estarreja sublinha o gesto de solidariedade da editora estarrejense Mel Editores, que fez uma doação de 25 mil livros infantis para serem distribuídos por 1570 crianças da educação pré-escolar e alunos do ensino básico do concelho.

Livro, esse objeto que nos transporta para outros lugares, outros mundos, histórias e personagens, e que em dias de recolhimento em casa ganha uma dimensão ainda maior. Como tal, “neste período tão complicado para todos”, a Mel Editores entendeu fazer algo pela sua comunidade, oferecendo “às crianças do nosso concelho livros infantis”, afirma Rui Gonçalves, diretor da empresa que está sediada no Eco-Parque Empresarial de Estarreja.

Esta ação “visa sobretudo ajudar às diversas terapias ocupacionais que os pais vão ‘inventando’ para manter as nossas crianças em casa” e, por outro lado, “estimular o importante hábito de leitura, tão importante para as nossas crianças”, explica o porta-voz da empresa. Nesse sentido, “doamos um total de cerca de 25 000 livros de forma a que as crianças recebessem mais do que um livro e que o estímulo pela leitura fosse forte”. Serão ainda oferecidos livros a educadores, professores (1ºCEB) e diretores de turma (2ºCEB) das escolas da rede escolar pública do concelho e à Biblioteca Municipal.

Os 25 mil livros doados pela Mel Editores serão entregues a todas as crianças da educação pré-escolar, alunos do ensino básico dos 1.º e 2.º ciclos, pessoal docente e Biblioteca Municipal. Cada criança receberá mais do que um livro.

Para o Vereador da Educação da Câmara Municipal de Estarreja, João Alegria, “esta oferta tem um significado especial e revela um sentido de responsabilidade social para com a comunidade estarrejense, sobretudo para com os mais jovens que estão numa etapa fundamental da sua formação escolar e educativa. É um excelente contributo para ajudar também as famílias, que sob a orientação pedagógica dos docentes, poderão melhor exercer a sua função educadora.


Num tempo em que quase o único foco nas ferramentas educativas está nos recursos eletrónicos, o contacto com os livros vem lembrar-nos a importância do manusear as folhas, do estar juntos e do viver com o tempo e no tempo “mais normal”, onde recreamos histórias e tornamos as memórias mais presentes, desenvolvendo também competências fundamentais para o nosso quotidiano.”

A Câmara Municipal assegurou a receção dos livros e posterior distribuição pelas escolas, que agora adotarão o procedimento mais seguro de entrega aos seus alunos, respeitando as orientações emanadas da Direção Geral da Saúde.


O Município de Estarreja vai recebendo, e muito agradece em nome de todos os Estarrejenses, o apoio da sociedade civil, desde associações, empresas, empresários ou anónimos, neste período de pandemia COVID-19.

Distribuição dos livros oferecidos pela Mel Editores

ALUNOS
Pré-Escolar
. Até aos 2 anos: 2 exemplares da Coleção Bochechas em tecido. Por criança.
. Até aos 4 anos: 4 exemplares Coleção Bochechas Autocolantes. Por criança.
. Até aos 6 anos: 3 exemplares Coleção Bochechas Autocolantes + 1 Coleção Duas Histórias de encantar. Por criança.

Crianças 1º Ciclo
. 1º e 2º Anos: 1 Coleção ‘As Fadas’ caixa c/24 livrinhos + 2 Coleção Bochechas Autocolantes. Por criança.
. 3º e 4º Anos: 3 Coleção 2 Histórias de encantar + 1 Coleção ‘As Fadas’ caixa c/24 livrinhos. Por criança

Crianças 2º Ciclo
. 5º e 6º anos: 1 Tesouro recreativo + 1 Contos Tradicionais. Por criança

PESSOAL DOCENTE
Educadores, professores (1ºCEB) e diretores de turma (2ºCEB) das escolas da rede escolar pública do concelho
 . Educadores: 1 Livro Bochechas Autocolantes + 1 Livro 2 Histórias de Encantar
. Professores 1º/ 2º ano: 1 Livro Bochechas Autocolantes + 1 Pack Coleção “As Fadas”
. Professores 3º/ 4º ano: 1 Livro 2 Histórias de Encantar + 1 Pack Coleção “As Fadas”
. Diretores de Turma 5º/6º ano: 1 Livro “Tesouro Recreativo” + 1 Livro “Contos Tradicionais”

BIBLIOTECA MUNICIPAL
62 livros Bochechas Autocolantes, 1 Pack Coleção “As Fadas”, 64 livros 2 Histórias de Encantar, 4 livros “Tesouro Recreativo” e 4 livros “Contos Tradicionais”.

Carla Miranda

No âmbito das comemorações do 25 de Abril

Município de Cantanhede lança projeto Desenhar a Liberdade 

As medidas de distanciamento social face à COVID-19 não impedem a Câmara de Cantanhede de celebrar o 46.º aniversário da Revolução dos Cravos com um conjunto de iniciativas, sempre em formato digital e em modo não presencial, com destaque para o projeto Desenhar a Liberdade. 

Dinamizado pelo setor da Ação Social e Juventude, esta iniciativa visa celebrar esta data incontornável da história Portugal, convidando as crianças e jovens a apresentar trabalhos na área de desenho, maquetes, trabalhos manuais, entre muitas outras formas, dando azo à sua peculiar visão do 25 de Abril de 1974. 

Após a execução dos trabalhos, os pequenos participantes deverão enviar fotografias das obras, a partir desta hoje, para o email deas@cm-cantanhede.pt, acompanhadas pelo nome e idade dos pequenos artistas. Caso os pais ou encarregados de educação não pretendam identificar a criança, podem criar um pseudónimo que só os fãs do artista vão reconhecer. 

Posteriormente, as fotografias serão publicadas num álbum criado propositadamente para o efeito na página da Câmara Municipal de Cantanhede na rede social Facebook, depois basta consultar e partilhar com a família e amigos. 

Numa altura em que a recolha e o confinamento domiciliário se tornam imperiosos, esta é mais uma sugestão que poderá servir para fortalecer os laços familiares, com a troca de testemunhos, principalmente dos que vivenciaram e que sem qualquer tipo de dúvida, mais valorizam a liberdade. 

Esta proposta constitui ainda uma oportunidade para consciencializar as crianças e jovens para a importância da liberdade, dos direitos humanos e individuais, assim como dos deveres e obrigações.

Covid-19. Portugal arranca para ensaios clínicos com plasma de doentes curados

Covid-19. Portugal arranca para ensaios clínicos com plasma de ...
Foto: Lindsey Wasson - Reuters
A presidente do conselho diretivo do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), Maria Antónia Escoval, disse que Portugal está a pôr em prática ensaios com plasma de doentes recuperados, para já foram identificados 600 potenciais dadores
Maria Antónia Escoval, presidente do conselho diretivo do IPST, disse que na China já há um estudo com a covid-19 que mostra eficácia com esta terapia.
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Na Europa, Itália, Espanha, Alemanha e França também já começaram a utilizar este tipo de tratamento, acrescentou Maria Antónia Escoval.
 
RTP
 
Cartaz A-5_ADASCA_Janeiro_2020.jpg
Para mais informação acedam ao site www.adasca.pt 

Abertas candidaturas para entidades que pretendem promover projetos no âmbito do «Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas».



Pelo terceiro ano consecutivo, o IPDJ apoia a promoção de projetos de voluntariado jovem no âmbito da preservação da natureza, florestas e respetivos ecossistemas. 
Está a decorrer até novembro a fase para apresentação de candidaturas ao programa Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas. 
O programa é dirigido a entidades de diversas tipologias, entre outras, autarquias, ONG de ambiente, associações de jovens, organizações de produtores florestais. 
As candidaturas decorrem ao longo deste ano, sendo que as entidades devem candidatar os seus projetos com o mínimo de 20 dias de antecedência face à data do seu início. Os projetos têm obrigatoriamente, uma duração mínima de 15 dias. 
Após a aprovação dos projetos e a sua divulgação, os/as jovens com idade compreendida entre os 18 e 30 anos, poderão inscrever-se e optar por projetos nas seguintes áreas de atividade:
  • Sensibilização das populações em geral para a preservação da natureza, florestas e respetivos ecossistemas;
  • Inventariação, sinalização e manutenção de caminhos florestais e acessos a pontos de água;
  • Inventariação e monitorização de espécies animais e vegetais em risco;
  • Inventariação de áreas necessitadas de limpeza;
  • Inventariação e monitorização de áreas florestais ardidas;
  • Recuperação de caminhos de pé-posto;
  • Limpeza e manutenção de parques de lazer;
  • Vigilância móvel, a pé ou em bicicleta;
  • Vigilância fixa nos postos de vigia;
  • Apoio logístico aos centros de recuperação de animais selvagens;
  • Apoio logístico aos centros de prevenção e deteção de incêndios florestais;
  • Atividades de reflorestação;
  • Atividades de controlo de espécies invasoras, entre outras.

*O Programa é gerido através de uma plataforma informática, em: https://programas.juventude.gov.pt/florestas

Mais informações:
Portal da Juventude: www.ipdj.gov.pt

Proença-a-Nova | Biblioteca divulga “Escritos” no Dia Mundial do Livro

Para comemorar o Dia Mundial do Livro, que se assinala a 23 de abril, a Biblioteca Municipal de Proença-a-Nova divulga um dos autores proencenses: Acúrcio Castanheira, ainda que a recolha dos “Escritos” que compõem a obra tenha sido realizada pela filha, Maria Albertina Castanheira Batista, ela própria autora publicada. “Acúrcio Castanheira vivia a sua interioridade intelectual de forma muito intensa e solitária. Em Proença-a-Nova não havia, nesse tempo, muitas pessoas com quem pudesse repartir preocupações e saberes. Assim, a sua escrita é o resultado de vivências muito íntimas, leituras diversificadas, conhecimento que passava pelo mundo e profundas reflexões”, lê-se na introdução. Para além dos “Escritos”, há um segundo livro: “Acúrcio Castanheira – o médico e o homem”, que está disponível para requisição. E estes textos são, na perspetiva da filha, a herança que ele deixou não apenas à família, mas também a Proença-a-Nova e, em especial, à geração dos jovens até porque os direitos de autor das publicações foram oferecidos, na altura da edição, ao Núcleo de Juventude. 

Estes e outros factos foram recordados na sessão de fevereiro do Clube de Leitura Aristóteles Lusitano, realizada no dia 28, que serviu de mote para se assinalarem os cem anos do início da atividade do médico Acúrcio Castanheira, ele que foi presidente da Câmara Municipal em 1974 e 1975 e da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários durante 17 anos. Para além do trabalho que desenvolveu profissionalmente, foi destacada a generosidade com que tratava dos seus doentes, oferecendo muitas vezes os medicamentos que eram fundamentais para a cura nos casos em que sabia não haver disponibilidade financeira para os comprar. “«O pai dos pobres» - «um médico como há poucos» - «um santo Homem» - «um amigo, como se fosse da família» - «um pai», foram expressões que ouvi a uns, aqui e ali, vezes sem conta. A outros, uma opinião atesta a memória que guardam dele: «uma referência para Proença-a-Nova» - «um homem vertical» - «a História lhe fará justiça» - «a pessoa que no despertar para a vida me serviu de referência»”, refere Maria Albertina Castanheira Batista. Várias pessoas presentes na sessão partilharam as suas memórias do convívio e do impacto de Acúrcio Castanheira nas suas vidas, da “sua verticalidade e amor cristão deste homem para com o próximo”, nas palavras de Alfredo Bernardo Serra, que dinamiza as sessões do Clube de Leitura. 

A sua atividade cultural foi igualmente recordada, tendo Acúrcio Castanheira musicado um possível Hino de Proença-a-Nova. João Manso, vice-presidente da Câmara Municipal, recordou o desafio que lançou à Universidade Sénior para que, nas aulas de música, possam recuperar este Hino que foi apresentado pela primeira vez na festa de inauguração do edifício da Escola Primária, na década de 30: Proença-a-Nova | Terra de Encanto | És o meu berço | Que eu amo tanto | Querida Proença | Encantadora | És consagrada | A Nossa Senhora. Na perspetiva de João Manso, a sessão do Clube de Leitura, a mais concorrida de todas, “foi uma justa homenagem a Acúrcio Castanheira, um homem que se dedicou muito à terra e que fez muito pelas pessoas do nosso concelho”. 

Maria Albertina Castanheira Batista revelou que oferecerá o espólio que tem do seu pai à futura Casa da Memória de Proença-a-Nova e foi igualmente sugerido na sessão que deverá ser erigida uma estátua a Acúrcio Castanheira. 

Centro Ciência Viva da Floresta lança desafio no Dia Mundial da Terra

Instituído em 2009 pela ONU, a 22 de abril comemora-se o Dia Internacional da Terra com o objetivo de consciencializar a população sobre a importância e a necessidade de conservar os recursos naturais do planeta. Para assinalar a data, este ano à distância, o Centro Ciência Viva da Floresta apela toda a população para reutilizar os resíduos antes de os encaminhar para a reciclagem, desafiando os mais novos a pesquisarem sobre uma espécie que esteja em vias de extinção e a reproduzi-la, reutilizando materiais em vez de os colocar no ecoponto, dando largas à imaginação. Depois basta enviar a fotografia do resultado para o email do CCV da Floresta (info@ccvfloresta.com) ou por mensagem para o facebook do centro até dia 30 de abril. Todos os participantes receberão um livro como prémio de participação. 

A 22 de abril de 1970 foi criado, pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, o Dia da Terra, reconhecido posteriormente pela ONU em 2009 que o instituiu como o Dia Internacional da Terra. Ao longo dos anos a Terra tem vindo a sofrer diversas mudanças, em grande parte como consequência das alterações climáticas, poluição, destruição da camada de ozono, secas extremas, degelo, desflorestação, entre outros. A celebração deste dia alerta para os problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra e defender a harmonia entre todos os seres vivos. Só assim será possível assegurar às gerações presentes e futuras qualidade de vida ambiental, social, económica, cultural, estética.

Em defesa do livro: não deixem o vírus matar Camões

A pandemia que atravessamos causou um quadro de catástrofe iminente ao sector editorial e livreiro. Hoje, no Dia Mundial do Livro, o editor da Guerra e Paz, Manuel S. Fonseca, propõe medidas decisivas para salvar um sector que é o mais poderoso motor de conhecimento, ciência e de riqueza emocional para o país e para os portugueses. Porque salvar o livro é a única forma de dar a Portugal um futuro de conhecimento e ciência, de desenvolvimento e tecnologia.

Hoje, Dia Mundial do Livro, autores, editores e livreiros estão em perigo.

Tolstói ou Dostoievski, Shakespeare e Camões, Camilo ou Eça vivem, como Portugal, como o mundo, a situação calamitosa que afecta dramaticamente a nossa forma de vida, as pessoas e as empresas. Sim, os grandes romances, os grandes ensaios, os livros de ciência ou de filosofia, tal como os editores e livreiros que são a sua casa, acabam de sofrer um violento abalo. Fragilizados pelas crises económicas de 2008 e de 2011, editores e livreiros são agora, como resultado directo desta pandemia, confrontados com a mais dura ameaça que o livro já experimentou em Portugal. A espada de Dâmocles, que é a insolvência de editores e o fecho definitivo de muitas livrarias, paira sobre as nossas cabeças, sobre a cabeça dos grandes livros e dos grandes autores, o que o empobrecimento salarial dos leitores, já de si uma minoria da população, mais reforça.

E esqueçam os choradinhos e peditório economicista, por mais legítimo que ele seja. Não vos estou a falar só de uma actividade económica. Ao falar do livro, estamos a falar de um sector estratégico para o futuro de Portugal, de um sector fundador para todas as outras actividades económicas. Como as neurociências cada vez mais atestam, o livro, a leitura de livros, é imprescindível para a obtenção e solidificação do conhecimento.

Se o futuro de Portugal passa, como todos acreditamos, pelo conhecimento, pela ciência, pela matemática, pelo avanço tecnológico, então o livro é a pedra basilar desse edifício. É a mais avançada ciência do mapeamento do cérebro humano que o afirma, garantindo que esse livro a que os cientistas se referem não é apenas o livro escolar ou técnico, de pura aprendizagem. São todos os outros livros, a literatura, poesia e romance, o Dom Quixote e As Mil e Uma Noites, Fernando Pessoa e Walt Whitman, que alimentam a inteligência emocional dos leitores, oferecendo-lhes uma cultura e uma experiência que, só pela vida, seria impossível colher e que lhes dá empatia humana, vacinando-os contra autoritarismos e contra a arrogância do imediatismo de tuítes e redes sociais.

O livro – os livros de António Lobo Antunes, de Jorge de Sena, Agustina, Sophia – é vital para conferir a Portugal o conhecimento de que o nosso futuro precisa e é crucial para a expansão do imaginário e da identidade emocional da comunidade que somos, identidade essencial à construção de um desígnio comum. Por alguma razão, afinal, o Dia de Portugal tem como patrono um poeta e a sua obra, denominador comum para os portugueses. Essa escolha não pode, apenas, ser uma flor de retórica. E quem ama a literatura junta-lhe, num gesto ecuménico, as novas gerações de escritores de língua portuguesa, de África, das Américas e da Ásia, vencedores alguns do Prémio Camões, signo do ideal de universalidade a que aspiramos e que nos empolga.

Cartas na mesa: sem o livro, todas as actividades económicas se empobrecerão. Sem o livro, o futuro das nossas ciências e da nossa tecnologia perde competitividade. Se não escolher a defesa vigorosa do livro, Portugal perde voz no concerto das nações. E esse é o Portugal resignado e sem ambição que todos recusamos.

Salvar o livro deve ser, pois, desígnio dos portugueses, dos cidadãos, do Estado, dos sectores do conhecimento – e de todos os sectores económicos, que, com esse salvamento, estarão a proteger-se e a enriquecer-se. O livro tem de merecer um tratamento de excepção. Não deixemos que, com esta água do banho, se deitem fora esses embriões do conhecimento e do imaginário que são os livros, todos os livros.

Há duas acções imperiosas a desenvolver. Uma a montante, restaurando, junto das novas gerações, o hábito da leitura e o tremendo e poderoso prazer que nela se ganha. Cabe ao sistema educativo repensar métodos de atracção e sedução, cabe aos pais a descoberta do poder lúdico do livro para reforço dos laços afectivos familiares. Cabe ao sistema educativo reparar a catástrofe de tantas opções facilitistas que afastaram as novas gerações do livro. Essa é uma acção a médio e longo prazo.

Mas para que ela possa ser bem-sucedida há uma acção imediata, a jusante, que tem de ser já concretizada: é preciso salvar as edições d’Os Lusíadas, de Hamlet, d’O Principezinho, de Amor de Perdição, que estão nas estantes. É preciso salvar os editores e livreiros portugueses, única forma de garantir a preservação do livro. Salvando-os, salvam-se milhares de autores, de tradutores, de revisores, de tipografias. E salva-se a diversidade, liberdade e independência do livro, contra hegemonias privadas ou estatais indesejáveis.

Consciente de que para tempos excepcionais são necessárias medidas excepcionais, há acções urgentes que precisamos de fazer como quem faz respiração boca-a-boca em emergência crítica. Dou cinco exemplos:

  1. Injecção de volume de vendas com a criação de um cheque-livro familiar, adoptando esta forma simplificada: permitir que cada contribuinte, após a finalização do IRS, possa ainda, e além das deduções já existentes na lei, fazer a dedução integral de 100 €, contra a apresentação de facturas de compra de livros em livrarias. Esta medida tem a vantagem de deixar na mão dos leitores a decisão de compra dos livros, sem dirigismos e sem desvirtuar regras de concorrência.

  1. Aplicação excepcional ao livro (físico ou digital), após a retoma da actividade, da redução a 0 % do IVA, até 31 de Dezembro de 2020, o que permitiria capitalizar livreiros e editores.

  1. Amplo programa de extensão da Feira do Livro às capitais de distrito, envolvendo as autarquias e com a participação activa de livreiros locais.

  1. Alargamento da Lei do Preço Fixo, de 18 para 24 meses, estabelecendo o percentual de 5 % como desconto máximo a praticar por todos os agentes do mercado durante aquele período, evitando assim perdas irreparáveis na cadeia de valor do livro.

  1. Reforço do papel de diálogo, que é o do livro, no universo de língua portuguesa, dando Portugal o primeiro passo ao propor, no seio da CPLP e por período a estudar, a suspensão dos direitos alfandegários aplicados à importação de livros, defendendo a sua livre circulação entre Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Estas são acções fortes e necessárias para garantir que as novas gerações, com as ferramentas que só o livro e a leitura lhes põem nas mãos, dominem o pensamento e a linguagem, criando a ciência, o saber, a beleza, os valores e a democracia que farão de Portugal um país com futuro. É esta a missão a que todos os autores, editores e livreiros querem entregar-se. Vamos salvar Camões, Eça, Hemingway, Kant, Wittgenstein, Virginia Woolf ou Clarice Lispector do vírus fatal. Salvando-os, projectamos Portugal para um caminho de conhecimento, ciência e riqueza emocional. Hoje, dia 23 de Abril de 2020, Dia Mundial do Livro, não deixem o vírus matar Camões.

Manuel S. Fonseca