O defesa brasileiro Jardel e o avançado Gonçalo Ramos, ambos futebolistas do Benfica, testaram positivo ao novo coronavírus, anunciou hoje o clube, sem indicar mais pormenores.
Lusa
O defesa brasileiro Jardel e o avançado Gonçalo Ramos, ambos futebolistas do Benfica, testaram positivo ao novo coronavírus, anunciou hoje o clube, sem indicar mais pormenores.
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A explosão que ocorreu na cidade de Nashville, no Estado do Tennessee, nos Estados Unidos, teve um aviso prévio de 15 minutos à sua detonação e causou três feridos, divulgaram as autoridades no local.
De acordo com a agência Associated Press (AP), o chefe da polícia metropolitana de Nashville, John Drake, disse que as autoridades foram chamadas para uma ocorrência de troca de tiros, mas encontraram uma autocaravana com uma gravação que dizia que uma potencial bomba iria explodir em 15 minutos.
A polícia evacuou o local e, "pouco tempo depois, a autocaravana explodiu", disse o responsável da polícia numa conferência de imprensa, citado pela AP.
O porta-voz da polícia metropolitana de Nashville, Don Aaron, disse que três pessoas foram levados para hospitais da zona para tratamentos, apesar de nenhum deles estar em situação crítica, de acordo com a AP.
Segundo o porta-voz, as autoridades ainda não confirmaram se estava alguém dentro do veículo que explodiu, mas disseram que algumas pessoas já tinham sido levadas para interrogatório, sem adiantar detalhes.
A polícia continua efetuar buscas a carros e edifícios contíguos ao local da explosão, com recurso a cães, segundo a AP.
A explosão que ocorreu ontem de madrugada no centro de Nashville, nos Estados Unidos, que gerou destroços numa "ampla área" e fez tremer prédios, foi "um ato intencional", segundo a polícia local.
A polícia de Nashville descreveu, através da rede social Twitter, que a explosão ocorreu às 06:30 de sexta-feira e que autoridades estaduais e federais estavam no local, assim como equipas de emergência, incluindo o corpo de bombeiros.
A explosão provocou fumo numa área conhecida como o 'coração' turístico desta cidade norte-americana por estar repleta de bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais.
Fonte: Lusa
Foto: Observador
O primeiro lote da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer-BioNTech chega hoje a Portugal e contempla 9.750 doses destinadas aos profissionais de saúde dos centros hospitalares universitários do Porto, São João, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central.
Os camiões refrigerados com as doses previstas para países da União Europeia (UE) saíram na quarta-feira de manhã da fábrica belga da farmacêutica norte-americana, situada em Puurs, no nordeste da Bélgica, sob fortes medidas de segurança, com dois veículos das forças policiais a escoltar cada um dos três veículos pesados depois do carregamento.
O início da vacinação neste domingo será uma iniciativa comum aos estados-membros da UE e ocorre na mesma semana em que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) considerou segura a vacina da Pfizer-BioNTech, para a qual concedeu uma autorização "para uso de emergência", num processo que avançou a uma velocidade inédita.
Este lote "simbólico" de 9.750 doses, como chegou a catalogar o primeiro-ministro, António Costa, foi, todavia, reforçado na quarta-feira com o anúncio pela ministra da Saúde, Marta Temido, da antecipação da entrega de mais 70.200 doses, que têm chegada prevista para segunda-feira, elevando o total disponível para administração até ao final do ano para 79.950 vacinas.
O alargamento do número de vacinas já neste arranque do plano de vacinação contra a covid-19 vai levar, segundo Marta Temido, ao alargamento do número de profissionais selecionados e de hospitais abrangidos, com a ministra a assumir a sua esperança numa cobertura total da rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Está igualmente prevista a extensão da vacinação nesta etapa às estruturas residenciais para pessoas institucionalizadas.
Entre dezembro e o primeiro trimestre de 2021, que corresponde ao período da primeira fase definida pela 'task-force' responsável pelo plano de vacinação, Portugal espera receber 1,2 milhões de vacinas, distribuídas por três períodos: 312.975 doses no acumulado de dezembro e janeiro, 429 mil doses em fevereiro e 487.500 em março.
A propagação de uma nova e mais transmissível estirpe do vírus SARS-CoV-2 nas últimas duas semanas - com particular foco no Reino Unido, mas que já chegou a outros países - lançou algumas dúvidas sobre a eficácia desta vacina. No entanto, a empresa BioNTech já veio assegurar a capacidade técnica para produzir uma nova versão da vacina, caso seja efetivamente necessário.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,7 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo mais de seis mil em Portugal.
Lusa
Imagem: Sábado
O primeiro-ministro manifestou hoje esperança na recuperação do país, após um ano de "combate, dor e resistência" por causa da pandemia de covid-19, numa mensagem de Natal em que expressou "especial gratidão" aos profissionais de saúde.
"Estamos a viver o maior desafio das nossas vidas. 2020 tem sido um ano de combate, dor e resistência", declarou António Costa logo no início da sua mensagem, numa alusão às consequências sanitárias, económicas e sociais da covid-19.
Mas o primeiro-ministro deixou também palavras de esperança em relação ao novo ano que se aproxima, assinalando que no domingo "tem início o processo de vacinação contra a covid-19 que, mesmo sendo um processo faseado e prolongado no tempo, dá renovada confiança que, graças à ciência, é mesmo possível debelar esta pandemia".
"Por outro lado, poderemos contar durante o próximo ano com a solidariedade reforçada da União Europeia, para apoiar o esforço nacional de iniciar uma recuperação sustentada, que nos permita não só superar as dificuldades que atualmente vivemos, mas, sobretudo, enfrentar os problemas estruturais que historicamente limitam o potencial de desenvolvimento do país. Definimos uma visão estratégica para o futuro de Portugal e dispomos agora dos meios para a concretizar, abrindo assim às novas gerações o horizonte de um país mais justo, mais próspero, mais moderno", sustentou o líder do executivo.
Na sua mensagem, António Costa começou por dizer que é para si "uma enorme honra" poder estar ao serviço do país e manifestou-se grato aos portugueses "pela capacidade de adaptação e sacrifício, pela determinação e disciplina, pela responsabilidade cívica, com que têm coletivamente enfrentado esta pandemia".
A covid-19, de acordo com o primeiro-ministro, "transformou por completo" a vida das pessoas e, se algum sucesso tem existido na contenção da pandemia, tal deve-se aos cidadãos "pela sua resiliência, pela sua comunhão de propósito, pela união de um povo que soube manter-se coeso na adversidade, coletivamente irmanado neste desígnio comum de travar a expansão de um vírus que a todos ameaça".
Nesse sentido, apelou a que, até à extinção da pandemia, todos continuem a cumprir as regras e a adotar os comportamentos que "são decisivos para salvar vidas".
Depois, António Costa transmitiu a sua "gratidão aos que prestam assistência a quem dela mais necessita, sejam funcionários de lares ou da Segurança Social, militares das Forças Armadas ou elementos das Forças de Segurança; gratidão à mobilização da comunidade científica ou aos professores, que nunca abandonaram os seus alunos, mesmo quando as escolas tiveram de encerrar".
E gratidão a todos os que, ininterruptamente desde março, mantiveram o país a funcionar e que, na agricultura, na indústria e no comércio, têm garantido que nada de essencial nos tenha faltado", referiu.
No entanto, neste ponto, António Costa destacou "de modo muito especial" os profissionais de saúde, "que dia e noite dão o seu melhor para tratar quem está doente, tantas vezes com sacrifício de folgas, tempo de descanso e contacto com a sua própria família".
"Recordo, neste momento, alguns dos profissionais dedicados com quem contactei logo no início da pandemia. A doutora Margarida Tavares, do Hospital S. João [no Porto], que em março me explicava, com um brilho nos olhos e uma vontade inabalável, os desafios colocados no tratamento de doentes infetados por um vírus ainda totalmente desconhecido. Ou a enfermeira Marisa Chainho, do serviço de infeciologia do Curry Cabral [em Lisboa], que já não ia a casa há várias noites, mas punha de lado o cansaço enquanto relatava em pormenor a história pessoal de cada um dos primeiros doentes com covid-19 internados naquela unidade", contou.
Para António Costa, a médica Margarida Tavares e a enfermeira Marisa Chainho "são apenas dois exemplos entre tantos outros que diariamente constroem essa magnífica obra coletiva que é o Serviço Nacional de Saúde" (SNS).
O primeiro-ministro enviou igualmente uma mensagem de solidariedade dirigida "às famílias enlutadas pela perda dos seus entes queridos que sucumbiram a este vírus", expressando-lhes "sentido pesar".
"Às famílias que têm familiares doentes, a quem faço votos de rápida recuperação, ou que se encontram em isolamento profilático, a quem desejo que se mantenham de boa saúde. Às famílias dos nossos compatriotas da diáspora, que este ano não puderam vir matar saudades ao seu país. E um abraço fraterno e caloroso a todas as famílias, porque nenhuma se pôde juntar como habitualmente, e na casa de todos nós este Natal teve de ser celebrado de forma diferente", observou.
Em seguida, o primeiro-ministro destacou "as graves consequências económicas e sociais" resultantes da pandemia de covid-19, dizendo então ter consciência "da dureza de muitas das medidas" que o seu Governo teve de adotar ao longo deste ano, "limitando liberdades, proibindo atividades ou adiando projetos de vida, para defender a saúde pública, conter a transmissão do vírus, garantir capacidade de resposta dos serviços de saúde, salvar vidas".
"Tenho bem consciência do impacto profundo destas medidas na vida de todos nós: No convívio social, de que tivemos de abdicar; nos afetos que não pudemos manifestar, em especial aos mais idosos; na estabilidade emocional de muitas pessoas em isolamento; e também na economia, com tantos empresários a lutar pela sobrevivência das suas empresas e tantos trabalhadores que perderam ou temem perder o seu emprego e o seu rendimento", apontou.
Porém, segundo António Costa, o seu Governo tem procurado responder às consequências da pandemia "com equilíbrio e bom senso, aprendendo dia a dia a lidar com a novidade e a readaptar-se permanentemente perante o imprevisto".
"Certamente não fizemos tudo bem e cometemos erros, porque só não erra quem não faz. Mas não regateámos, nem regatearemos esforços, com os nossos recursos e junto da União Europeia, para combater a pandemia e aliviar o sofrimento dos portugueses", prometeu.
O primeiro-ministro aproveitou ainda para recordar o teor da sua mensagem de Natal do ano passado, que gravou a partir de uma Unidade de Saúde Familiar, que tinha acabado de ser inaugurada.
"Fi-lo para assinalar a importância do SNS e a prioridade atribuída pelo Governo ao reforço dos seus meios. Estava então longe de imaginar como essa mensagem se revelaria premonitória. Mas tudo o que aconteceu desde então apenas veio confirmar o acerto dessa prioridade e a necessidade de continuarmos a reforçar o SNS", acrescentou.
Lusa
Edição online, realizada em 15 sessões ao longo do ano, contou com 33 oradores, entre ministros, autarcas, empresários, consultores e outras individualidades, e somou mais de 75 mil visualizações.
A edição de 2020 do Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, que decorreu em formato exclusivamente online, constituiu um enorme sucesso, sendo a mais participada de sempre e a que envolveu um maior número de oradores, entre ministros, autarcas, empresários, consultores e outras individualidades.
O Fórum “Vê Portugal” é uma iniciativa emblemática do Turismo Centro de Portugal, que todos os anos, desde 2014, junta especialistas nacionais e internacionais para uma discussão alargada sobre os desafios colocados pelo turismo interno. A sétima edição do evento deveria ter decorrido nas Caldas da Rainha, em maio, mas a pandemia de covid-19 obrigou a que fosse adiada para 2021, na mesma cidade.
Em alternativa, o Turismo Centro de Portugal desenvolveu durante um ano uma série de videoconferências temáticas – ou webinars – orientadas para um tema específico, a que chamou “Vê Portugal ON”, e para as quais convidou reputados especialistas em várias áreas. Este “Vê Portugal ON” digital, que começou a 14 de abril, procurou esclarecer empresários e cidadãos comuns sobre os efeitos da pandemia no setor do turismo e dos eventos.
No decorrer de cada sessão, os participantes tiveram a oportunidade de colocar as questões mais pertinentes aos oradores. A plataforma utilizada foi o Zoom e os vídeos ficaram disponíveis nas páginas de Facebook e YouTube do Turismo Centro de Portugal.
O resultado da iniciativa superou as expetativas. Esta edição do “Vê Portugal” foi a mais participada de sempre, a que juntou o maior número de oradores e a que durou mais tempo. No total, foram realizadas 15 sessões dos webinars “Vê Portugal ON”, com uma duração total de 24 horas, 30 minutos e 21 segundos. Os oradores e palestrantes convidados ascenderam aos 33. Cerca de 4.000 pessoas seguiram atentamente as videoconferências através do Zoom e 75.706 visualizaram os vídeos no Facebook e YouTube.
“O Vê Portugal ON foi uma forma que encontrámos de ir ao encontro dos empresários do setor do turismo, na primeira fase da pandemia. Foi uma época aflitiva para todos, em que havia muitas perguntas por parte dos agentes do setor. Com este formato, conseguimos chegar a muitos e esclarecemos as dúvidas mais prementes. Considero que foi uma iniciativa vencedora, que pretendemos continuar no próximo ano, mesmo depois de vencida esta crise pandémica. Tal não invalida, antes complementa, a sétima edição presencial do Vê Portugal, que irá decorrer nas Caldas da Rainha”, sublinha Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal.
Dez distritos vão entrar no fim de semana sob aviso amarelo por causa do frio e um outro devido a agitação marítima, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera .
Segundo a informação divulgada pelo IPMA, o aviso amarelo por causa do tempo frio, que pode incluir "persistência de valores baixos da temperatura mínima", vai vigorar nos distritos de Bragança, Viseu, Évora, Guarda, Vila Real, Leiria, Beja, Castelo Branco, Aveiro e Portalegre.
O aviso amarelo vigora entre as 00:00 de sábado e as 09:00 de domingo nestes 10 distritos.
Já sob aviso amarelo por causa da agitação marítima, com ondas de sueste que podem chegar aos 2,5 metros de altura, estará no fim de semana o distrito de Faro.
Neste caso o aviso amarelo é válido entre as 03:00 e as 12:00 de sábado.
Na quarta-feira, a Proteção Civil alertou para a descida da temperatura mínima entre quinta-feira e domingo em todo o continente, recomendando uma "especial atenção" às crianças, idosos, pessoas com doenças crónicas e sem-abrigo.
"É necessária especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis - crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo", referiu a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) em comunicado.
Já o IPMA previa para hoje, dia de Natal, uma temperatura mínima entre os -3 e 9 graus e uma máxima que varia entre 4 e 18 graus, assim como vento de quadrante Leste, soprando mais intenso nas terras altas até 80 km por hora, a partir da madrugada.
Recomenda ainda "especial atenção" às braseiras e lareiras, que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte, com a adequada ventilação das habitações.
Lusa
Objetivo desta iniciativa passa por desenvolver a implementação do projeto Região de Coimbra 2.X, que contribui para a modernização administrativa de 19 autarquias.
A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra está a criar uma equipa intermunicipal, cuja principal tarefa será auxiliar no desenvolvimento de novos serviços online em cada uma das autarquias que fazem parte da estrutura.
Com implementação em meados de janeiro de 2021, esta equipa intermunicipal será composta por elementos das várias autarquias que trabalharão em conjunto para criar novos serviços e analisar os existentes numa perspetiva de melhoria contínua. O objetivo principal será o de aumentar, em número e âmbito, os serviços disponíveis online, contribuindo, desta forma, para uma vida mais facilitada ao realizar qualquer tarefa de administração local, sem filas ou stress.
O projeto Região Coimbra 2.X foi criado tendo como premissa base a modernização administrativa de todos os municípios que pertencem à CIM Região de Coimbra. Desta forma, ao aceder ao link da página da Comunidade Intermunicipal, é possível usufruir dos vários serviços online disponíveis, podendo desta forma evitar deslocações desnecessárias às autarquias.
São várias as áreas disponíveis que os munícipes poderão ter acesso, como Ambiente e Saúde Pública, Cultura e Turismo, Proteção Civil, Urbanismo, entre outros. Para aceder a estes serviços, apenas é necessário realizar o registo e, a partir desse momento, ter a vida mais facilitada, sempre que precisar de resolver algum assunto relativo à administração local.
Este projeto é cofinanciado pelo Portugal 2020, Centro 2020 e FEDER.
O projeto Região de Coimbra 2.X é uma aposta intermunicipal liderada pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC) em copromoção com os dezanove municípios que a compõem, em consonância com as orientações estratégicas definidas para o horizonte temporal 2014-2020. O objetivo máximo é sensibilizar os diferentes públicos de utilizadores para os novos serviços que forem sendo disponibilizados, no sentido de maximizar a sua adesão e efetiva utilização.
A CIM da Regiãom de Coimbra integra os municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua, Vila Nova de Poiares.
As festividades de Natal não seriam completas sem o Presépio que nos lembra a grande graça recebida pela humanidade: o nascimento de Cristo, Deus e homem verdadeiro. São Francisco de Assis, no Natal de ano de 1223, em Grecciona Itália, pela primeira vez representou a cena do Natal: o Menino Jesus recém nascido, deitado numa manjedoura, entre animais, sendo adorado por sua Mãe Santíssima e São José; depois, pelos pastores e pelos Reis Magos, enquanto coros de Anjos cantavam, conforme descrito no Evangelho de São Lucas.
Conta o primeiro biógrafo de São Francisco, Tomas de Celano, que o santo tinha uma tal devoção pelos principais mistérios de nossa salvação, em especial a Encarnação, “principalmente a humildade da encarnação e a caridade da paixão ocuparam de tal maneira sua memória, que ele dificilmente ponderaria sobre qualquer outra coisa. Portanto, aquilo que ele fez na fortaleza chamada Greccio no aniversário de Nosso Senhor Jesus Cristo, no terceiro ano antes do dia de sua gloriosa morte, deve ser registrado e prolongado com reverente memória”[1]
São Francisco pediu então ao senhor da cidade, João de Veletri, que arranjasse para ele uma gruta e providenciasse o necessário para montar a cena do Natal. O nobre, que era muito piedoso e devoto do santo, preparou tudo o que lhe fora pedido: a gruta, os animais, e as imagens representativas.
Narra Celano:
“Então a simplicidade foi homenageada, a pobreza exaltada, a humildade elogiada; e de Greccio foi feita como se fosse uma nova Belém. A noite foi iluminada como o dia e encantou os homens e os animais. O povo veio, e no novo Mistério exultou com novo júbilo. A floresta ressoava com vozes, as rochas respondiam à multidão jubilosa. Os fiéis cantaram, rendendo os devidos louvores ao Senhor, e toda aquela noite ressoou com júbilo. O santo de Deus estava diante da manjedoura, cheio de suspiros, dominado pela ternura e repleto de uma alegria maravilhosa. As solenidades da Missa eram celebradas na manjedoura e o sacerdote gozava de um novo consolo ”.[2]
São Francisco de Assis pôs toda doçura de sua alma cheia de fé, enlevada pelo nascimento do Menino Jesus, a suavidade da Mãe Virginal e a grandeza do Patriarca São José, os quais, extasiados, contemplavam o Verbo que se fizera carne. A partir daquele Natal, o Presépio tornou-se presente nas igrejas da Cristandade, desde as humildes capelas, às catedrais e basílicas. Entre estas, a basílica que se tornou representativa da Igreja por excelência: a basílica de São Pedro, em Roma.
Essa representação passou a ser unida ao Natal de tal maneira, que não se compreende a ausência do Presépio na noite que ficou mais clara que o dia, pois fora iluminada pela própria luz que é Nosso Senhor Jesus Cristo. O Presépio tornou-se uma das devoções mais queridas do povo fiel, dando origem a Presépios artísticos, sendo famosos os de Nápoles. Nos lares católicos, as famílias se reuniam em torno de um modesto presépio para rezar. Quantas graças foram derramadas, quantas consolações e alegrias jorraram desse sublime amor de um grande santo, São Francisco de Assis, pela natividade do Salvador!
Passaram-se os séculos, e a Igreja conheceu períodos de fervor e de crises, até chegarmos aos dias de hoje em que a Revolução tomou de assalto também os presépios para pregar, não “a paz na terra aos homens de boa vontade”[3], a harmonia entre as classes, mas revolta. Infelizmente, em vez de lembrar a beleza, a doçura e a paz do nascimento do Salvador, certos presépios, que nada têm de católicos, passaram a representar a feiúra, quando não a exaltação do vício.
Esse o caso do presépio exposto na Praça de São Pedro no Natal de 2017, cuja dessacralização deu um ousado passo. Nele foi representada em destaque, a figura em tamanho natural de um homem nu, em pose lânguida e provocante. Sobre esse “presépio”, comentou Aldo Maria Valli que “o homem nu se impunha em tudo”, estando “em primeiríssimo plano, róseo, bem torneado, depilado, e com todos os músculos bem desenhados”. Nesse presépio, conclui ele, “José e Maria parecem quase dois intrusos aparecidos ali por acaso”.[4]
Não é de surpreender que tal representação do presépio fosse elogiada pelo movimento homossexual, nem que as fotos dele fossem banidas do facebook por serem sexualmente provocantes.[5]
Neste ano de 2020, depois da veneração do ídolo da Pachamama nos jardins do Vaticano e posteriormente na própria Basílica de São Pedro, o que esperar do presépio na Praça de São Pedro? — O presépio vaticano, em lugar das sagradas pessoas do Menino Jesus, de Maria e de José para serem veneradas, apresentou figuras que é difícil não qualificar de ídolos monstruosos [foto acima e abaixo].
As figuras cilíndricas, que seriam Maria e José com os corpos deformados, são suplantadas por um totem gigantesco, que seria um Anjo.[6] Astronautas e uma figura demoníaca tirada de um filme de science-fiction, completam o “presépio” vaticano. Joe Grabowski, do Catholic Herald, de Londres, em 13 de dezembro de 2020, escreveu sobre o “Presépio” Vaticano:
“A creche do Vaticano deste ano foi ridicularizada e ridicularizada por parecer uma história de ficção científica ou brinquedos infantis. Uma figura era frequentemente descrita como parecida com Darth Vader (figura de filmes e videogames), embora para mim ele se pareça mais com um Sontaran (do programa de televisão britânico de ficção científica Doctor Who). Pessoas mais agitadas chamam de demoníaco, pagão e idólatra.”[7]
Edward Pentin, por sua vez, comentou no The Catholic Register: “O presépio de Natal na Praça de São Pedro contém 20 objetos de cerâmica modernistas, incluindo as principais figuras da história da Natividade, mas com rostos de brinquedo ao lado da presença de um astronauta e um carrasco mórbido de aparência satânica — mas nenhuma manjedoura.”
Continua ele dizendo que a “[reação] na mídia social e em outros lugares variou principalmente de “hedionda”,“abominável” e “vergonhosa”, a “demoníaca”, “embaraço” e “zombaria” do nascimento de Cristo.”[8] O que pensaria disto o grande São Francisco de Assis, vendo um Papa que tomou o seu nome, permitir um presépio que é precisamente o contrário do que ele, no seu ardor pela fé, pela inocência que emana do nascimento do Divino Menino, concebeu?
O quanto dista Francisco de São Francisco de Assis fica assim bem claro na forma como concebem o Rei do Universo, o Príncipe da Paz. Peçamos a ele que nos dê o amor que tinha ao Menino Jesus e a indignação que ele sentiria ao ver tamanha abominação.
[1] Thomas de Celano, The First Life of St. Francis, https://dmdhist.sitehost.iu.edu/francis.htm#1.30 12/16/20
[2]Id. Ibid.
[3]S. Lucas 2:14.
[4]Aldo Maria Valli, Se nel presepe Gesù Bambino sembra un intruso, http://www.aldomariavalli.it/2017/12/18/se-nel-presepe-gesu-bambino-sembra-un-intruso/ Retrieved 12/27/17.
[5]Diane Montagna, Vatican’s ‘sexually suggestive’ nativity has troubling ties to Italy’s LGBT activists, https://www.lifesitenews.com/news/vaticans-sexually-suggestive-nativity-has-troubling-ties-to-italys-lgbt-act 12/15/20
[6]Video do “presépio” em Edward Pentin@EdwardPentinhttps://twitter.com/edwardpentin/status/1337465840841658369?lang=en
[7]Joe Grabowski, The Vatican’s Embarrassing SciFiCreche, https://catholicherald.co.uk/the-embarrassing-scifi-tinged-vatican-creche/ 12/16/20.
[8] Edward Pentin, Post-Modern Vatican Nativity Scene Provokes Wave of Criticism. https://www.ncregister.com/blog/vatican-nativity-scene12/16/20