quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Religião | A competição das igrejas!


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Por Oziel Alves em Instituto Jetro

Há duas grandes notícias sobre as igrejas evangélicas contemporâneas. Uma boa e outra má. A boa é que não resta a menor dúvida que, com ou sem teologia da prosperidade, ela pode melhorar significantemente a vida de uma pessoa. A má é que ela já não interpreta o certo e o errado para a sociedade. O respeito incondicional pela igreja moralizadora está em extinção. Aceita-se o que é bom, rejeita-se o resto. Frente à gama de escândalos que o povo se acostumou a ver e ouvir, até os mais bem intencionados membros, colocam um pé atrás, antes de acreditar piamente nas palavras de um líder.

Jacques Ellul, em seu livro The New Demons, deixou claro que a instituição “igreja” foi convidada “a ocupar um assento no vasto anfiteatro da sociedade” em outras palavras “ela é demitida de seu posto de protagonista moralizante, onde ditava as regras e dizia o que era certo e errado, para ser apenas mais uma 'instituição', sem grande valor e importância, a assistir o show da degradação dos valores morais”. A sociedade aceita conviver com a igreja. Coexistir, como diria Bono. Mas é preciso que ela fique em silêncio e não ouse interferir na liberdade-libertina que o mundo há tanto tempo sonhou alcançar, e hoje se deleita.

Há igrejas que resistem. Há outras que abrem mão de seus princípios, em prol de uma maior aceitação na sociedade. Sob o manto das mudanças, do desenvolvimento político, cultural, científico e tecnológico, está inserida, também, a nova igreja do século XXI. Segundo a Revista Veja, “Com menos ênfase no sobrenatural e mais investimento em técnicas de auto-ajuda, [...] aumentando sua penetração na classe média”. A igreja encarou novas exigências. Modernizou-se, ruma ao profissionalismo, tornou-se mais tolerante. Mais humana. Boas medidas que contribuíram para o aumento “das massas” e capacitaram as lideranças a oferecerem “um tratamento psico-social e espiritual” visivelmente de maior qualidade para os crentes. São, porém, medidas perigosas, nas mãos dos falsos mestres que se utilizam da palavra de Deus, visando única e exclusivamente, angariar lucros de forma fácil e abusiva. A Bíblia diz que estes “falsos mestres” “apascentam a si mesmos, sem nenhum temor” (Jd 1:12b), isto é, em causa própria e indevidamente, utilizam-se de recursos que deveriam ser destinados a melhoria e a boa administração da obra de Deus.

Enquanto a espiritualidade do brasileiro aumenta, há muitos de olho na lucratividade que uma igreja pode render. Para estes, a Bíblia tem um recado: “Ai deles! Que foram pelo caminho de Caim e pelo amor ao lucro se atiraram ao erro de Balaão [...]”. “[...] Pastores que apascentam a si mesmos, sem temor, são nuvens sem água, levadas pelos ventos, são árvores sem folhas nem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas” (Jd 1:11a -12b).

A igreja é uma empresa, sim. Preocupa-se, igualmente, com as contas a pagar, com os salários dos pastores, músicos, ministros, obreiros, missionários, com os investimentos materiais. E, não há nenhum mal nisso. Nossos líderes – que trabalham com afinco e amor a obra de Deus - merecem muito mais do que as migalhas a que se submetem. Mas é preciso diferenciar uma situação. Todas as igrejas são empresas, mas há empresas que supostamente são igrejas. A verdadeira igreja, antes de ser empresa, precisa ser casa de serviço e adoração. Que leve realmente a sério as questões espirituais, e não abra mão sob hipótese alguma de seus “princípios” para abocanhar “lucros ou poder”.

A verdadeira igreja, não faz vista grossa para o pecado, quando quem precisa ser corrigido é o irmão endinheirado que sustenta boa parte da obra com seu alto dízimo. O falso mestre pode esconder suas más intenções de multidões, enquanto o diabo assiste de camarote as obras ambulantes de sua astúcia. Deus, todavia, honra aqueles que por amor do seu nome, foram vítimas do engano dos falsos mestres.

Dizem que não podemos subestimar a inteligência do diabo. Então, ouso subestimar a nossa ingenuidade quando a táctica mais eficaz do inimigo, há séculos continua sendo, exactamente a mesma, ou seja, alguma coisa, em troca de algum poder. Sabemos que o poder é um método eficaz de tentação e corrupção. Talvez ele esteja intrinsecamente ligado a raiz da personalidade pecaminosa dos homens, caracterizada pelo pecado original de Adão e Eva, lá no Jardim do Éden. Esta tática foi aplicada a outros como Judas, Jacó, Ló, Ananias, Safira; a Jesus Cristo quando ofereceu todos os reinos deste mundo se prostrado Ele, o adorasse. Há uma extensa lista de personagens bíblicos. Ao que parece, seus métodos, não sofreram alterações.

Segundo Dr. Russel Shedd, “A mais sutil tentação do mundo é a que propõe reconhecimento e aceitação ao cristão”. E ele diz mais O poder tem uma facilidade inata de corromper qualquer líder que exerça o direito de manter controle sobre a vida dos outros”. E, é este controle que muitos almejam, até invejam. Começam ouvindo a palavra, como qualquer outro. O pastor, vê neles um potencial. Chama-os para a obra. Ensina, treina, dá oportunidades. Confia na ovelha. De repente, o escritório pastoral é invadido por um lobo voraz. O pelego de ovelha, fica na porta e serve de capacho. As contendas e dissensões vem à tona. O nível de influência do dissidente, determina o tamanho da divisão e os membros que o seguirão.

Igrejas são filantrópicas. Não é difícil abrir uma. Basta ter influência sobre algumas pessoas, para iniciar um pseudo-trabalho de evangelização. Pseudo porque tais dissidentes ao invés de irem para bem longe, evangelizar pessoas ainda não crentes, divertem-se pescando no aquário em que viviam, semeando contendas, discórdias e inevitavelmente despertando a ira de seus ex-líderes.

Nunca houve tantos templos espalhados por aí, como se tem visto, ultimamente. O imaginário coletivo crítico-cristão ousa citá-los como “botecos religiosos”, uma ironia à igreja comparada aos estabelecimentos comerciais de pequeno porte, que limitados por um raio físico-geográfico muito pequeno, através de um marketing barato e agressivo, lutam pela sobrevivência financeira, competindo pelos mesmos fregueses.

Que bom seria se nossas cidades estivessem superlotadas de igrejas preocupadas com o ideal maior, que em princípio deveria ser compartilhado por todas: “Pregar o evangelho a toda a criatura e declarar Jesus Cristo como o verdadeiro caminho, verdade e vida”. Que bom seria se estas igrejas fossem totalmente despreocupadas com o marketing lucrativo e a concorrência estigmatizada por números e posição social de destaque na sociedade. Mas, elas estão aí. E são pequenas, médias, grandes. Há de todo tamanho. Multiplicam-se e mudam suas fachadas. Com o intuito de atingir massas, adaptam-se a modernidade secular, e lançam novas ideologias como isca aos necessitados. Igreja para empresários. Para jogadores e artistas. Igreja para surfistas. Há campos a serem explorados. Faltam os escritores, médicos, psicólogos, físicos e matemáticos. Será que existirão igrejas para garis, faxineiras e babás?

Não será estranho se daqui há alguns dias nos depararmos com alguma igreja levantando a seguinte placa: “Viva o pecado, venha, e una-se aos pecadores de plantão!" Ironias a parte, há certamente, aquelas que buscando a santificação, resolveram se separar. Estas, no entanto, representam uma parcela muito pequena do todo. O alerta já havia sido dado há algumas centenas de anos “Nos últimos tempos haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias concupsciências. Estes são os que causam DIVISÕES; são sensuais, e não tem o ESPÍRITO” (Jd 1:18-9). Mas, Ai deles...

(Nota: Este artigo foi publicado originalmente em Instituto Jetro em 07/03/2008)

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com


PJ detém quatro pessoas suspeitas de tráfico de droga na região Centro

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A PJ deteve duas mulheres e dois homens suspeitos de tráfico de estupefacientes na região Centro, anunciou hoje a Diretoria do Centro.
As detenções ocorreram em Coimbra e no Peso da Régua, distrito de Vila Real, "e foram materializadas no decurso de uma investigação que visa combater o tráfico de estupefacientes na zona Centro do país", disse a PJ, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Os suspeitos, com idades entre os 39 e os 51 anos, foram já presentes a primeiro interrogatório, sendo que uma das mulheres ficou sujeita a prisão preventiva e os restantes a apresentações diárias às autoridades.
De acordo com a PJ, três dos arguidos foram detidos em cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra e um em flagrante delito.
A operação, refere a PJ, envolveu cerca de duas dezenas de elementos da Diretoria do Centro, apoiados pela PSP de Coimbra e pela GNR de Vila Real.
"Estas detenções representam o culminar de uma investigação iniciada em 2017, e que levou já à detenção de outros três indivíduos, aos quais foi aplicada em julho e agosto do corrente ano a medida de coação de prisão preventiva", salienta a entidade.
No decurso da investigação, para além das detenções, foram apreendidos dois automóveis, dinheiro, bem como cocaína, heroína e haxixe, acrescenta a PJ, sem concretizar nas quantidades de droga apreendida.
Lusa

Sede da Porta dos Fundos atacada com ‘cocktails molotov’

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O Globo
A sede da produtora brasileira Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro, foi alvo de um ataque com 'cocktails molotov', sem provocar feridos, semanas depois do lançamento de uma sátira de Natal que está a causar polémica.
“No madrugada do dia 24 de Dezembro, véspera de Natal, a sede da Porta dos Fundos foi alvo de um atentado” que não provocou vítimas, anunciou a produtora, em comunicado divulgado na terça-feira.
Na mesma nota, a produtora condena “todos os atos de violência” e afirma esperar que “os responsáveis por este ataque sejam encontrados e punidos”.
O incidente foi filmado pelas câmaras de vigilância, tendo as imagens sido entregues às autoridades.
Em 3 de Dezembro, a produtora lançou um especial de Natal na plataforma Netflix, com o título “A primeira tentação de Cristo”, na qual Jesus é representado como um jovem que terá tido uma experiência homossexual e também insinua que o casal bíblico Maria e José viveram um triângulo amoroso com Deus.
A sátira, de 46 minutos, protagonizado pelos humoristas brasileiros Gregorio Duvivier e Fábio Porchat, não agradou a grupos religiosos, que criticaram a temática abordada. Foi também lançada uma petição contra o filme, com mais de dois milhões de assinaturas de pessoas que consideram que o mesmo “ofende gravemente os cristãos”.
Em 18 de Dezembro, o deputado federal (membro da câmara baixa do Congresso) Júlio Cessar Ribeiro anunciou nas redes sociais que encaminhou um ofício ao ministro da Justiça do Brasil, Sérgio Moro, solicitando a “apuração e representação criminal” contra os humoristas da Porta dos Fundos.
O parlamentar alegou que os humoristas violaram o artigo 208 do Código Penal brasileiro ao “vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”.
Na Assembleia Legislativa do estado brasileiro de São Paulo o caso gerou um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), um instrumento legal que dá aos parlamentares o direito de investigar um facto que seja muito importante para a vida pública e para a ordem constitucional, legal, económica ou social do país.
Lusa

Presidente da República visita Baixo Mondego no sábado

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O Presidente da República anunciou que vai visitar a região do Baixo Mondego no sábado para obter informação no local sobre os efeitos do mau tempo, escusando-se antes disso a comentar a situação.
"Mas já percebi que da parte do Governo há a intenção, por um lado, de olhar para a situação dos agricultores, por outro lado, de encontrar uma solução provisória para substituir o que de dique deixou de existir, para permitir depois, com mais tempo, pensar noutra solução mais duradoura. Mas vou perceber, ouvir e ver", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado falava no final de uma visita ao Centro de Desenvolvimento e Reabilitação da Casa dos Marcos, instalações da Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, no concelho da Moita, distrito de Setúbal, que pela terceira vez visitou em véspera de Natal.
Questionado pelos jornalistas sobre o momento em que visitará o Baixo Mondego, o Presidente da República respondeu que acertou com o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, deslocar-se à região no sábado, dia 28 de Dezembro.
"Foi ideia dele deixar passar os próximos dias, o dia de Natal, obviamente, que é o dia da família, e os dias seguintes", referiu.
Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que possivelmente estará acompanhado nessa visita pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e que já falou entretanto com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque.
"Vou observar, vou ver, e vou contactar com a realidade, conforme prometi, no tempo adequado, que é estabilizada a situação e não durante o período crítico - exatamente o mesmo que adotei em relação aos incêndios. E entendo que ganho em perceber o que se passou e ganho em perceber aquilo que está a ser pensado", afirmou.
Interrogado se entende que houve algo que correu menos bem, o chefe de Estado considerou que não dispõe de "elementos para falar" neste momento.
"Vou, primeiro, para ver e, depois, para ouvir exatamente aquilo que me vão contar sobre o que se passou, e perceber. Portanto, neste momento, sem ouvir e ver, não me vou pronunciar sobre o que se terá passado", acrescentou.
O comandante distrital de operações de socorro de Coimbra, Carlos Luís Tavares, disse ontem
que "neste momento as coisas estão muito mais tranquilas", registando-se uma diminuição do nível da água em todo o vale do Mondego afetado pelas cheias, embora ainda não o suficiente para que o rio voltasse a estar confinado ao seu leito.

Os efeitos do mau tempo da semana passada, na sequência das depressões Elsa e Fabien, provocaram três mortos e deixaram 144 pessoas desalojadas, registando-se mais de 11.600 ocorrências, na maioria inundações e quedas de árvores.
O mau tempo levou também a condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, danos na rede elétrica e a subida dos caudais de vários rios, provocando inundações em zonas ribeirinhas das regiões Norte e Centro, em particular no distrito de Coimbra.
No rio Mondego, a rutura de dois diques provocou cheias em Montemor-o-Velho, onde várias zonas foram evacuadas e uma grande área, incluindo muitas plantações, estradas e o Centro de Alto Rendimento, ficou submersa.
A situação começou a ter na segunda-feira os primeiros sinais positivos de melhoria e diminuição do grau de risco, segundo a Proteção Civil.
Na segunda-feira, o Presidente da República divulgou uma nota a dar conta de que tem estado a acompanhar a situação do mau tempo em Portugal e em particular no Baixo Mondego e de que tencionava deslocar-se àquela região nos próximos dias.
Lusa