domingo, 19 de abril de 2020

Covid-19: Correio registado deixa de precisar de assinatura

O regime excecional e temporário de suspensão das formalidades de citação e notificação postal, integrado nas medidas de combate à pandemia de covid-19, entra hoje em vigor.

O regime excecional e temporário de suspensão das formalidades de citação e notificação postal, integrado nas medidas de combate à pandemia de covid-19, entra hoje em vigor, após a sua publicação em Diário da República.

De acordo com a lei n.º 10/2020, de 18 de abril, “fica suspensa a recolha da assinatura na entrega de correio registado e encomendas até à cessação da situação excecional de prevenção, contenção, mitigação e tratamento da infeção epidemiológica por SARS-CoV-2 e da doença Covid-19.”

Como alternativa, o diploma estipula que a “recolha da assinatura é substituída pela identificação verbal e recolha do número do cartão de cidadão, ou de qualquer outro meio idóneo de identificação”.

Caso se verifique uma recusa de apresentação dos dados, “o distribuidor do serviço postal lavra nota do incidente na carta ou aviso de receção e devolve-o à entidade remetente”. Os CTT têm vindo a implementar várias medidas desde que se iniciou o surto de Covid-19 em Portugal.

A título de exemplo, a empresa reduziu o horário e antecipou a emissão e pagamento de vales em dois dias úteis e faseou a distribuição durante oito dias, tendo ainda reforçado o serviço de pagamento de vales ao domicílio pelo carteiro, permitindo que cerca de 100 mil dos 370 mil pensionistas que recebem mensalmente os vales não tenham de se deslocar para receber a sua pensão.

Hostel com cerca de 200 pessoas evacuado em Lisboa devido a um caso positivo

Hostel com cerca de 200 pessoas evacuado em Lisboa devido a caso ...
Um hostel com cerca de 200 pessoas localizado na rua Morais Soares, na freguesia de Arroios, em Lisboa, foi esta manhã evacuado devido a um caso positivo da covid-19.
De acordo com as informações do vereador da Proteção Civil Municipal de Lisboa, Carlos Castro, aos jornalistas no local, a operação de retirada “de cerca de duas centenas de pessoas teve início pelas 07:00, depois de um caso positivo ter sido detetado e que já se encontra em isolamento”.
Segundo o responsável municipal, trata-se de uma operação que envolve diversas entidades do ramo de saúde e de apoio aos emigrantes e refugiados.
“Estas pessoas estão a ser retiradas e encaminhadas para um local onde vão ficar em isolamento e onde vão ser submetidas a testes cujos resultados chegam em cinco/seis horas”, explicou, avançando que o hostel “quando estiver completamente livre de pessoas será descontaminado”.
De acordo com Carlos Castro prevê-se que “no final do dia quem estiver negativo possa voltar ao hostel”, enquanto será encontrada uma outra resposta para os casos que derem positivo, sublinhou.
Ainda segundo o vereador da Proteção Civil encontram-se “mais de 100 pessoas a trabalhar para uma resposta rápida em articulação e complementaridade”.
Na página da Autoridade Nacional de Emergência da Proteção Civil a ocorrência foi assinalada pelas 06:24, referindo estarem no local 24 operacionais e 10 meios terrestres.
Lusa

Mulheres e pessoas em teletrabalho são os mais ansiosos e tristes com a pandemia

Mulheres e pessoas em teletrabalho os mais ansiosos e tristes com ...
Os idosos são os que se sentem menos preocupados com os efeitos da Covid-19.
Um quarto dos inquiridos num estudo sobre como se sentem em tempos de pandemia diz sentir-se ansioso, em baixo, ou triste "todos os dias" ou "quase todos os dias", sendo a maioria mulheres e pessoas em teletrabalho.
O questionário "Opinião Social" do Barómetro Covid-19, da Escola Nacional de Saúde Pública, mostra ainda que 55% dos inquiridos admitem sentir-se assim "alguns dias".
Quase um terço reportou distúrbios de sono, um quarto diz sentir que não consegue fazer tudo o que precisava fazer e 23% confessa estar sempre a pensar na covid-19.
Dos participantes no estudo que reportam sentir-se ansiosos "todos os dias", 35% são trabalhadores em teletrabalho, 23% suspenderam a sua atividade profissional e apenas 9% está no local de trabalho.
Os investigadores apontam como possível explicação para estas diferenças o facto de as pessoas em teletrabalho poderem estar a experienciar dificuldades em gerir a sua atividade profissional em simultâneo com a vida pessoal e familiar.
Por outro lado, as pessoas que suspenderam a atividade estarão preocupadas com a possível perda de rendimento, refere a coordenadora científica do estudo, Sónia Dias.
"As pessoas que se têm sentido mais ansiosas ou tristes apresentam menores níveis de confiança na capacidade de resposta dos serviços de saúde e também se sentem em maior risco de contrair covid-19", refere o estudo, que decorreu entre 21 de março e 10 de abril e recolheu 160.157 respostas.
Os idosos são quem se sente agitado, ansioso ou triste com menor frequência, quando comparados com a população entre os 26 e os 65 anos, diz Sónia Dias.
"Em suma, 82% dos respondentes sente pelo menos um dos possíveis efeitos negativos na sua saúde mental, desencadeado pelo período que vivemos", refere o barómetro, um projeto de investigação que pretende "responder, em tempo útil, aos desafios impostos pela pandemia global".

Profissionais em maior risco com tendência idêntica

Os dados revelam que os inquiridos que pertencem a grupos profissionais em maior risco, como profissionais de saúde, forças de segurança, meios de socorro, operadores de supermercado, não diferem dos restantes" relativamente à frequência com que se sentem agitados, ansiosos, em baixo ou tristes, o que surpreendeu os investigadores.
"Será que, embora estas pessoas estejam expostas a contextos mais adversos, o facto de se sentirem ativas e produtivas pode contribuir para uma maior resiliência à ansiedade e tristeza", questiona Sónia Dias.
O facto de as pessoas não terem apoio para adquirir bens essenciais também parece influenciar a forma como se sentem: cerca de um terço das pessoas nesta situação diz sentir-se ansioso ou em baixo "todos os dias" ou "quase todos os dias".
Os investigadores também alertam para o possível aumento do consumo de comida calórica, tabaco e álcool.
"Uma percentagem de participantes, que nos chama a atenção, revela que aumentaram os comportamentos prejudiciais à sua saúde, dado que 16% admite comer mais doces, gorduras ou comidas mais calóricas e 8% reconhece estar a fumar mais ou a beber mais álcool", refere Sónia Dias.
Quem adota estes comportamentos reporta sentir-se ansioso com mais frequência. São as mulheres que dizem consumir mais alimentos hipercalóricos, enquanto os homens aproveitam mais o tempo para fazerem coisas de que gostam.
Para lidar melhor com a situação atual, 80% refere o contacto com os familiares e amigos, mesmo que à distância, mais de metade procura manter rotinas e aproveita o tempo para fazer coisas de que gosta. Cerca de 45% diz limitar a quantidade de informação que vê sobre a doença.
"Os nossos resultados mostram que é essencial que se divulguem, de forma clara e simples, estratégias de promoção de comportamentos saudáveis, do bem-estar e da qualidade de vida, nomeadamente na área da alimentação saudável e promoção da atividade física", defende a investigadora.
Lusa / TSF

Laboratório de Wuhan quebra silêncio e nega ser a origem da Covid-19

Vice-diretor sublinha que a instituição tem "um regime regulatório e um código de conduta de investigação firmes".

O vice-diretor do Instituto de Virologia de Wuhan, Yuan Zhiming, quebrou, este sábado, o silêncio para refutar as acusações da parte de vários países (entre eles os Estados Unidos) de que este tenha sido o local de origem da pandemia do novo coronavírus.

Em entrevista concedida à estação televisiva chinesa CGTN, o responsável pela instituição assegurou que tudo não passa de uma "teoria da conspiração" que tem como único propósito "confundir" o público quanto à forma como surgiu a Covid-19.

"Enquanto pessoas que levam a cabo estudos em vírus, sabemos claramente que tipo de investigação está a decorrer no instituto e a maneira como o instituto gere os vírus e as amostras", começou por dizer o especialista em microbiologia e biotecnologia.

"Como dissemos anteriormente, é impossível que este vírus tenha partido de nós. Temos um regime regulatório e um código de conduta de investigação firmes, por isso estamos confiantes", acrescentou.

Canoísta Hélder Silva luta na GNR e receia por filho e sogros. Porque a situação “não é para brincar”

Canoísta Hélder Silva luta na GNR e receia por filho e sogros ...
O canoísta olímpico Hélder Silva combate a covid-19 com a mulher na GNR, profissão que representa um risco ainda mais agravado com a necessidade de deixar o filho de 19 meses com os sogros.
“É complicado, às vezes, quando vamos trabalhar os dois e, com as escolas fechadas, temos de deixar o nosso filho em algum lado, neste caso nos meus sogros. Temos um bocado de receio, pois o miúdo está connosco e depois vai para lá…”, desabafa.
Hélder Silva está habitualmente nos serviços administrativos do comando territorial de Braga, contudo, nesta fase, já fez patrulha em Famalicão, para garantir que a população cumpre com o confinamento decretado pelo Estado.
“Foi uma operação para controlar as pessoas, as saídas de casa a ver se alguém estava a incorrer em infração. Sair de casa sem motivos”, esclarece o canoísta, que, no Rio2016, acabou em 14.º em canoas C1 200.
O agente Silva garante que a ação não é para “complicar a vida a ninguém”, somente para “alertar” e fazer as pessoas “verem que isto é a sério”, que a GNR e a situação “não são para brincar”.
Em Braga, as equipas em função nos serviços administrativos da guarda foram reduzidas para quatro elementos, em grupos fixos, para reduzir o risco de contágio, até com os colegas: Hélder Silva enfrenta as mesmas dúvidas em casa, pois a mulher é GNR no comando territorial de Viana do Castelo e diariamente faz patrulha.
“Se calhar, até é mais perigoso trabalhar em gabinete fechado. Sim, tenho receio de poder ser contaminado, tenho muito cuidado”, admite, sendo que não pode baixar a guarda, nem na GNR, nem em casa.
Estes tempos mais exigentes obrigaram-no a reduzir os treinos de bidiários para simplesmente um ao fim do dia, situação que não é tão grave, porque os Jogos Olímpicos, para os quais ainda não está qualificado, foram adiados para 2021 devido à pandemia da covid-19.
Hélder Silva tem 32 anos e admite que “pela idade é mau” o adiamento, contudo, uma vez que a distância olímpica passou dos seus favoritos 200 metros para os 1000, vai ter mais um ano para se adaptar.
“Pela idade, acho que é mau. Mas, como em 2017 passei dos 200 para os 1000, mais um ano a treinar esta distância não é assim tão mau. Há que ver o lado positivo. Há que treinar”, diz.
O atleta já percebeu que este ano não vai haver provas internacionais de canoagem, porém espera poder defender o seu título nacional em C1 1000 nos campeonatos de Portugal, que vão decorrer em 15 de agosto em Montemor-o-Velho.
“Até lá, os portugueses que fiquem em casa, se puderem, pois há quem não o possa fazer. Que isto passe rápido para estarmos todos com os nossos filhos, com os nossos pais”, desejou.
Lusa

Grupo de cidadãos quer que Governo suspenda pagamentos à banca e às PPP rodoviárias

Covid-19: Grupo de cidadãos quer que Governo suspenda pagamentos à ...
Um grupo de cidadãos enviou hoje uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, recomendando alterações ao Orçamento do Estado para 2020, como a suspensão de pagamentos à banca e às PPP rodoviárias, em resposta à pandemia da covid-19.
“Propomos a supressão de parte significativa das despesas excecionais previstas no OE2020 [Orçamento do Estado]”, lê-se no documento a que a Lusa teve acesso, que aponta desde logo para o adiamento ou eliminação da rubrica relativa às participações de capital, por parte do Estado, em empresas, cujo montante ascende a 1,6 mil milhões de euros.
Depois, os signatários propõem que não seja executada a verba de cerca de 1,7 mil milhões de euros destinada às contribuições para o Fundo de Resolução da Banca, que também está inscrita no Orçamento para este ano.
“Propomos que esta verba não seja executada, na medida em que a banca vai já dispor de outros apoios — nomeadamente os que decorrem dos apoios do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia a Portugal, no âmbito desta crise pandémica — em montantes significativamente superiores aos que estão considerados no OE2020″, realça o grupo de 13 cidadãos, composto por professores universitários, juristas e empresários, entre outros.
Segundo os signatários, “com apenas estas duas alterações na rubrica orçamental Despesas Excecionais, o Estado português poderia poupar 3,3 mil milhões de euros”.
Mas é ainda proposta uma “redução substancial das despesas previstas com rendas a pagar às concessionárias da Parcerias Público-Privadas [PPP] rodoviárias”, cuja previsão de pagamentos é de 1,5 mil milhões de euros.
Os signatários consideram que este é um “valor manifestamente excessivo que deveria ser reduzido para 340 milhões de euros, se respeitados os cálculos disponibilizados pelo organismo de Estatísticas Europeias, o Eurostat”, o que permitiria uma redução de despesa de cerca de 1,2 mil milhões de euros.
“As alterações que acima propomos representariam uma poupança, no conjunto das medidas, de cerca de 4.500 milhões de euros, apenas no exercício orçamental de 2020. Pensamos que este montante (quiçá superior aos apoios europeus até agora disponibilizados) poderia constituir um apoio fundamental para as famílias e para as empresas no combate à emergência sanitária, económica e financeira que o país atravessa”, salientam.
Os signatários da carta enviada ao líder do executivo socialista são Paulo de Morais (professor universitário), João Paulo Batalha (presidente da associação Transparência e Integridade), Bárbara Rosa (jurista), Eduardo Cintra Torres (professor universitário), Henrique Neto (empresário), José Marques Vidal (magistrado jubilado), José Andrade Matos (professor universitário), Nuno Barroso (presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária e Aduaneira), Nuno Garoupa (professor universitário), Mário Frota (presidente da Associação Portuguesa de Direito do Consumo), Óscar Afonso (presidente do Observatório de Economia e Gestão da Fraude), Susana Peralta (professora universitária) e Teresa Violante (jurista).
Lusa

POSTAL ILUSTRADO | Passadeiras com barreiras arquitectónicas junto à rotunda do Glicínias

Junto à conhecida rotunda do Glicínias, com a entrada para a Rua de Ovar, bairro de Santiago, Vila Jovem, deparamos-nos com esta sinalização no asfalto, que os leitores vêem nas imagens.

No lado direito existe uma paragem para autocarros. O que nos ensina o código da estrada? Não devemos ultrapassar o autocarro pela esquerda, mesmo que ali se encontre parado, porque ao fazê-lo cometemos uma grave infracção, com direito a multa. O que fazer? Aguardamos que o autocarro se decida seguir a sua marcha, nem que demore meia hora?

É bem visível o itinerário por onde os ciclistas devem circular, apesar da barreira do lancil. 


Mais, na Rua de Ovar, no sentido para o Mercado Municipal de Santiago, foi eliminada uma paragem de autocarros, junto à Pastelaria Universidade, mas, permanece a aberração que as imagens documentam.
Quem deu ordens para executar esta sinalização não conhece o código da estrada, ou o plano era outro? A uma distância de 50 metros existe outra passadeira para peões junto à  Churrasqueira Vila Jovem.
A fiscalização da Câmara Municipal de Aveiro tem conhecimento daquela péssima sinalização? Se tem, porque não intervém? Aliás, naquele local nem sequer devia haver paragem para os autocarros, porque a rua não tem espaço para ultrapassem de carros conforme manda as regras de segurança.
Aqui ficam as imagens e o alerta.

Joaquim Carlos
Director

Covid-19: Timor-Leste regista 19 casos, um recuperado

Covid-19: Timor-Leste regista 19 casos, um recuperado


As autoridades de saúde timorenses anunciaram hoje mais um novo caso da covid-19, o que eleva para 19 o número total de infetados no país desde o início do surto, um dos quais já recuperado.

Odete Viegas, porta-voz do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), disse no briefing diário na Sala de Situação que o novo caso é de um cidadão que estava em quarentena no Hotel Lecidere, em Díli e viajou de Jacarta a 30 de março até à metade indonésia da ilha de Timor.

Entrou em Timor-Leste a 31 de março e viajou para quarentena num autocarro alugado pelo Ministério da Saúde.

“O 19.º caso junta-se aos 16 ativos e aos quatro prováveis em isolamento na Clínica de Vera Cruz”, enumerou.

Segundo Odete Viegas, Timor-Leste realizou testes a 323 casos suspeitos, dos quais quatro são considerados “prováveis” — testes inconclusivos -, 92 ainda estão à espera dos resultados e 208 tiveram resultados negativos.

Odete Viegas disse que atualmente estão em quarentena obrigatória em locais preparados pelo Governo um total de 594 pessoas, das quais 460 em Díli e 134 nos municípios. Estão ainda 14 pessoas em auto-quarentena em casa em vários municípios.

Já terminaram quarentena 1.399 pessoas.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 158 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 502 mil doentes foram considerados curados.???????

ASP // ZO

Covid-19: Grávidas recebem máscaras sujas feitas de tecido enviadas pelo Governo japonês

Covid-19: Grávidas recebem máscaras sujas feitas de tecido enviadas pelo Governo japonês
Centenas de mulheres grávidas japonesas queixaram-se este fim de semana de terem recebido máscaras de proteção sujas enviadas pelo Governo na sequência da medida do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, de reutilizar vestuário antigo para produzir máscaras de proteção.

O ministro da Saúde disse que recebeu pelo menos 1.900 casos de problemas de máscaras que foram enviadas com manchas, poeiras e outras contaminações, noticia a agência de notícias Associated Press (AP).

Estas peças estavam entre o milhão de máscaras que o Governo japonês começou a enviar a mulheres grávidas na semana passada de forma prioritária.

A promessa do primeiro-ministro japonês de enviar duas máscaras reutilizáveis de pano para cada lar do país de forma a travar a pandemia de covid-19 foi feita a 01 de abril e responde à falta de ‘stock’ de máscaras de proteção individual no país.

Este problema com as máscaras provocou novos constrangimentos para o Governo de Shinzo Abe, que tem sido muito criticado pela adoção de medidas para combater o novo coronavírus consideradas inadequadas e atrasadas.

As máscaras de pano também parecem ter um problema de tamanho, segundo a AP. 

Quando as máscaras chegaram aos centros de cuidados de idosos, vários programas de televisão mostraram alguns cuidadores a braços com a tarefa de caber dentro da máscara, por esta ser muito pequena para cobrir o nariz e a boca ao mesmo tempo.

O ministério disse que pediu aos fabricantes de máscaras para resolver o problema de contaminação dos tecidos, ao mesmo tempo em que pediu aos funcionários municipais que inspecionassem visualmente as máscaras antes de enviá-las.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 157 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 502 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

IÇO // ZO

Cem mil pessoas violam restrições de confinamento em funeral religioso no Bangladesh

Cem mil pessoas romperam o confinamento em vigor desde março, para asssistirem ao funeral de um líder religioso muçulmano.

Os organizadores do funeral do imã Jubayer Ahmad Ansari estimaram em cem mil o número de pessoas que compareceram na cerimónia no Bangladesh, avaliação confirmada mais tarde por Shah Ali Farhad, assessor do primeiro-ministro Sheikh Hasina. Com isto, violaram o confinamento em vigor desde março neste país, que conta com de 168 milhões de habitantes.

Para limitar o risco de contágio por Covid-19, a polícia tinha aprovado a presença de 50 pessoas nas exéquias fúnebres do líder religioso muçulmano, que teve lugar em Sarail, no leste do país, depois de negociações com a família do imã.

Segundo dados oficiais, o número de casos de Covid-19 no Bangladesh aumentou mais de 300 neste sábado, registando-se agora 2200 casos positivos e 84 mortes. Para travar a pandemia da covid-19, as autoridades têm pedido aos fiéis que façam as orações em casa. No entanto, os habitantes não acatam as ordens e quase diariamente frequentam em massa as mesquitas.

Violência nas escolas secundárias austríacas

Viena, 19 de junho de 2012 
Carlos Eduardo Schaffer 

Os principais jornais de Viena trazem hoje na primeira página uma notícia que os alarma: o nível de violência nas escolas secundárias da Áustria se mantém elevado. Vinte e nove por cento dos meninos cometem atos de violência. Entre as meninas, 12%. Entretanto, dada sua natureza delicada, elas são as que mais sofrem com as brigas: suas notas diminuem imediatamente.
Um entre quatro meninos com a idade de 15 anos, pelo menos duas vezes por mês, sofre agressão de colegas. Três por cento deles são diagnosticados pelos psicólogos escolares como “extremamente agressivos”.
Até mesmo os professores se tornaram mais violentos. Muitos deles fingem não ver as agressões a fim de evitar complicações. 40% dos alunos são constrangidos fisicamente por seus mestres. E esta situação se mantém assim há anos. Na terça-feira passada um aluno de 12 anos, na cidade de Wels, roubou fio elétrico da sala de educação física, passou em torno do pescoço de um colega e saiu puxando-o como um animal. Ao se queixar de dores o colega levado à soga teve o pescoço torcido violentamente, sendo em seguida levado para um hospital. Sofreu uma torção entre o pescoço e a coluna vertebral.
Cada aluno hoje em dia pratica um ato de violência por semestre. Estes dados são revelados por um estudo oficial do governo, denominado “Pisa-2009”. 
As escolas menos exigentes em matéria de estudos são as que mais registram casos de violência. Essas escolas, já ao admitir alunos, fazem uma seleção relaxada, e raramente expulsa os maus elementos. São frequentadas por alunos que não têm o desejo de boa formação e, consequentemente, se entregam a outras atividades extra-escolares, entre as quais a violência. O estudo revela que o aluno não aplicado tende a ser briguento.
A polícia de Viena vem se dedicando com mais afinco ao problema. Entre 2009 e 2010 técnicos de diferentes disciplinas e campos de ação, como criminalistas, psicólogos juvenis, conselhos escolares, o Juizado de Menores e o Ministério da Justiça elaboraram um estudo para prevenção da violência nas escolas e normas de intervenção. O estudo já está em uso pelas autoridades.
Sim, os jornais austríacos se alarmam com a violência estudantil ao mesmo tempo em que fecham os olhos para a realidade. Esses mesmos jornais noticiavam festivamente a “Parada homossexual” anualmente realizada em Viena, há apenas cinco dias. Nessa “Parada” até mesmo crianças portavam a bandeira colorida do movimento homossexual. Mas o fato de que hoje até mesmo a inocência seja levada a portar o símbolo do vício não alarma a imprensa. Esses mesmos órgãos dão há anos cobertura para toda espécie de filmes ofensivos à moral cristã e portadores de brutais cenas de violência.
Representantes da “moral do século”, laica e permissiva, esses jornais imaginam utopicamente poderem coexistir a inteira liberdade sexual e a boa ordem social e civil. A decadência dos costumes leva inevitavelmente à violência e à consequente desagregação social. É uma questão de tempo.

ABIM

Por que os laços familiares são tão importantes?


John Horvat II*
Aimportância das relações familiares pode também, entre diversas razões, ser constada nos benefícios para a saúde que advêm de laços afetivos entre parentes.

Em um estudo realizado nos anos cinquenta, a um grupo de estudantes da Universidade Harvard (na cidade de Cambridge – EUA), escolhidos aleatoriamente, foi solicitado aos alunos que descrevessem o nível de calor de seus relacionamentos com os pais. Cerca de 35 anos depois, foi feita uma verificação de seus registros médicos.

O psicólogo britânico Prof. David Halpern** [foto ao lado] destacou que: “Entre aqueles que classificaram os relacionamentos com os pais como calorosos e estreitos, um pouco menos da metade (47%) teve doenças graves diagnosticadas na meia-idade; mas entre aqueles que descreveram os relacionamentos com os pais como tensos e frios, todos (100%) tinham doenças graves diagnosticadas na meia-idade”.

ABIM
___________
Fonte: David Halpern, Social Capital, Polity Press: Cambridge, 2005, p. 81).
* John Horvat II, é vice-presidente da TFP norte-americana, autor do best-seller “Return to Order”.

** David Halpern foi professor de ciências sociais humanas na Universidade de Cambridge. Atualmente ele supervisiona a resposta do governo do Reino Unido à pandemia de coronavírus como parte do Grupo Consultivo Científico para Emergências, concentrando-se em mudanças comportamentais.