No decorrer da comemoração de mais um aniversário do Município de Faro, celebrado esta sexta-feira, 7 de setembro, foi feita a apresentação pública do projeto de requalificação do litoral da cidade, numa extensão de 5 quilómetros e numa área total de 137 hectares – desde o Parque Ribeirinho até ao Cais Comercial.
No que respeita ao Cais Comercial, o estudo agora divulgado é o resultado de oito meses de trabalho do grupo multidisciplinar criado pela Ministra do Mar para apresentar o plano de ordenamento daquele espaço e avaliar a viabilidade económica, financeira e ambiental da ideia que, recorda-se, foi apresentada publicamente pela autarquia em 14 de Junho de 2017.
O projeto integra a reconversão do velho cais num espaço de referência da náutica, com uma marina que é a âncora do processo e que vai potenciar as atividades marítimas, com uma importante componente de investigação ligada à Universidade do Algarve e aos seus centros de investigação, um grande aquário, alojamento, restauração, comércio e outras valências. A perspetiva é que os privados que desenvolvam este projeto venham a investir cerca de 120 milhões de euros.
A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que participou na sessão, referiu que o objetivo principal do Município e do Governo e passa por “transformar em cidade” um espaço que deixou de ter uso.
Foi, também, assinado entre a Docapesca e a autarquia – e homologado pela Ministra do Mar – o contrato de transferência de gestão dos terrenos entre a Doca e o Largo de São Francisco. Com isto estão criadas as condições para o Município ali fazer nascer um passeio marítimo com diversas áreas de amarração.
O presidente de Câmara, Rogério Bacalhau, referiu que, “depois de uma forte aposta na redinamização do seu centro histórico, da baixa e do espaço público, a estratégia da autarquia passa agora pela abertura da cidade à economia do mar, estimulando a requalificação de toda a zona ribeirinha e explorando potencialidades turísticas que podem guindar Faro a décadas de desenvolvimento urbanístico, económico e social”.
Foram, ainda, realizadas as habituais homenagens a diversas personalidades e entidades coletivas. Entre os distinguidos, destaque para a atribuição, a título póstumo, da medalha de mérito grau ouro ao dinamizador cultural e diretor do Teatro das Figuras Joaquim Guerreiro.
Os outros distinguidos foram o padre César Chantre, o ambientalista Fernando Grade; o advogado Jorge Leitão; o empreendedor Luís Ferrinho; o jornalista Ramiro Santos; as agremiações São Pedro Futsal, Futebol Clube São Luís e o Grupo 77 do Agrupamento de Escoteiros de Portugal, o homem do mar, defensor dos mariscadores e antigo presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, Victor Lourenço e o pintor Manuel Baptista.
Entre diversas outras manifestações culturais e protocolares, realce para a homenagem especial a duas personalidades locais que passam a fazer parte da toponímia do concelho: o antigo presidente de Câmara João Negrão Belo e a professora e amadora de teatro Maria Amélia Campos Coroa.
Fonte: Vida Económica do País