sábado, 15 de junho de 2019

Moçambique | Ministra da Saúde apela “toda a cultura e todos os nossos hábitos não nocivos devem ser respeitados” nos hospitais de Moçambique


A Ministra da Saúde apelou aos profissionais do sector a respeitarem os hábitos culturais de cada paciente, no âmbito da estratégia de humanização que está a ser implementada com “sucesso” em 1.215 das 1.635 unidades sanitárias existentes em Moçambique. “Uma sociedade sem cultura não é sociedade, portanto toda a cultura e todos os nossos hábitos não nocivos devem ser respeitados” afirmou Nazira Abdula durante um encontro de balanço com a Sociedade Civil.

Líderes comunitários, líderes religiosos, académicos, representantes da AMETRAMO, parceiros de cooperação, utentes e profissionais de saúde avaliaram positivamente, na passada sexta-feira (07), a qualidade do atendimento e na prestação de cuidados nas unidades sanitárias moçambicanas graças ao envolvimento de todos na “Estratégia Nacional para a melhoria da qualidade e humanização dos cuidados de saúde”.

“Em 2011 tínhamos 155 Comités e hoje, fruto do trabalho conjunto, contamos com 1.215 Comités de Humanização, é um grande sucesso”, revelou a ministra Nazira Vali Abdula no encontro que aconteceu em Maputo tendo assinalado que “temos vindo a reduzir as queixas nas Unidades Sanitárias, temos desmantelado as redes de venda ilícita de medicamentos, aumentamos os partos institucionais e até podemos dizer que vamos atingir as metas do nosso Programa Quinquenal do Governo”.

Além dos Comités de Humanização foram introduzidos 150 gabinetes de utentes que durante o ano de 2018 registaram 4.352 queixas das quais apenas 275 foram denúncias de mau atendimento e 52 relativas a cobranças ilícitas, evidências consideradas na avaliação positiva da 1ª estratégia e cujos resultados estão a ser aprimorados na 2ª estratégia, iniciada em 2017 e que vai durar até 2023.

Para a ministra da Saúde “a integração da sociedade e a participação social torna-se importante na melhoria dos serviços pois permite o exercício do controle social, fazendo com que as práticas de saúde se direcionem também aos interesses colectivos e dos contextos sociais e culturais, a nossa cultura deve ser respeitada”.

“Uma sociedade sem cultura não é sociedade, portanto toda a cultura e todos os nossos hábitos não nocivos devem ser respeitados, o profissional da Saúde deve tomar em conta esta questão”, deixou como recado Nazira Abdula.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Nenhum comentário:

Postar um comentário