São 66 os casos que relacionados com Trabalho, Emprego e Segurança Social que a Comissão de Petições, Queixas e Reclamações recebeu entre Julho de 2017 e Abril de 2018.
A petição de Victor Alberto Matias Jasso que: “Reclama a sua reintegração no Instituto Nacional d Estatística do Niassa e o pagamento do valor devido por ter exercido o cargo de Chefe do Departamento de Estatísticas Económicas e Financeiras em substituição do anterior chefe que perdeu a viada”, foi uma cinco que chegaram da província do Niassa.
Noutras cinco petições, provenientes da província de Cabo Delgado, Amurinho do Céu Cássimo Nivale: “Reclama pagamento de salários devidos e a sua reintegração na Autoridade Tributária de Moçambique sem prejuízo de todos os direitos e regalias legalmente atribuídos”.
Membros da Polícia Popular de Moçambique “reclamam o pagamento do subsídio de reintegração estipulado no Estatuto da Polícia da República de Moçambique”, numa das seis petições submetidas a partir da província de Nampula.
Da Zambézia chegaram também seis petições destacando-se a de Zeferino António Maurício que: “Reclama o seu enquadramento na sua subunidade do Comando da PRM da cidade de Maputo, onde esteve afecto antes de ser condenado a pena de 14 anos de prisão pelo Tribunal Judicial da cidade de Maputo no âmbito do Processo nº 19/2007/8ª, na sequência de acidente de trabalho em Outubro de 1999, durante a patrulha”.
A petição de Técnicos de Saúde Especializados em área de Ensino e Administração Hospitalar, que “Reclamam a mudança de carreira de Técnico Especializado de Saúde para a de Técnico Superior de Saúde N2”, foi uma das cinco que foram enviadas da província de Tete.
Ex-trabalhadores da empresa Fabritex Lda queixaram-se à 8ª Comissão do Parlamento “da morosidade do Tribunal Judicial da província de Manica em executar a sentença proferida em 2002, no âmbito da Acção de impugnaçãoo por despedimento sem justa causa em processo sumário laboral nº 10/06, contra a empresa FABRITEX Lda”, numa das quatro petições submetidas da província de Manica.
Da cidade de Maputo foram submetidas o maior número de petições, 17, sobre a violação de direitos laborais dentre elas a de Adolfo Miguel Ramos que: “Reclama a reintegração nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique após ter sido desmobilizado em 1994, ao abrigo do protocolo do Acordo Geral de Paz”.
A Assembleia da República recebeu 18 outras petições relacionados com conflitos de terra como a do Centro Terra Viva, instituição vocacionada para assistência gratuita a cidadãos e comunidades desfavorecidas, que recorreu à 8ª Comissão procurando uma solução para o diferendo entre a Comunidade de Cubo, no distrito de Massingir, e a empresa de econturismo Twin City.
Os residentes dos bairros 25 de Junho e do Bagamoyo, na cidade de Maputo, apresentaram a 8ª Comissão umas das 17 queixas relacionadas com conflitos de habitação denunciando “a venda de infraestrutura desportiva pública o que indicia um caso grave de corrupção entre as autoridades municipais e os gestores da empresa supermercado Terramar”.
Foram ainda submetidas 31 petições para o Parlamento ajudar a dirimir conflitos sociais, financeiros e fiscal como o caso da Kadoma Comercial Beira que: “Reclama o pagamento da dívida pela prestação de serviço ao Estado, em Sofala e Tete, no valor total de 8.511.685,78 meticais”.
Os cidadãos Abdul Hamid Mamudo Issufo e Leopoldina de Fártima Martins Issufo queixaram-se “da subida vertiginosa da taxa de juros, sem aviso prévio, por parte da banca, mormente o banco central”.
Viriato Vicente Machungo exigiu: “a reposição dos seus direitos e da sua esposa na sequência do seu afastamento do altar da Igreja Universal do Reino de Deus” enquanto Alex Luís Maria Mahuaie: “solicitou autorização antecipada voluntária de cumprimento de serviço espiritual. Alega que interage com espíritos de dirigentes antigos que seguram o país e quer apoiar no desenvolvimento”.
Os ex-trabalhadores moçambicanos na República Democrática da Alemanha (RDA) queixaram-se ao Parlamento da: “morosidade do Tribunal Administrativo em decidir em torno do processo nº 54/2014 1ª, que requereram ao Juiz Conselheiro relator da 1ª secção para intimar a ministra do Trabalho a facultar a consulta dos processos administrativos referentes aos comprovativos reais transferidos e recebidos por cada ex-trabalhador”, numa das 28 petições contra Órgãos da Administração da Justiça.
Discursando na plenária da AR o deputado Francisco Campira afirmou que das 132 petições 19 foram indeferidas, porque “carecem de fundamento ou decorreu o prazo legal de prescrição do direito que é objecto”, duas foram arquivadas, 84 continuarão a ser acompanhadas pela Comissão de Petições, Queixas e Reclamações e 22 foram oficiados à Procuradoria-Geral da República para “propostas concretas das providência a serem tomadas para esclarecimento”.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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