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O Ministério Público abriu um inquérito para apurar eventual negligência hospitalar no internamento do histórico dirigente do PCP Ruben de Carvalho, que morreu na terça-feira em Lisboa com 74 anos, confirmou a Procuradoria-Geral da República.
Em declarações ao SAPO24, a Procuradoria-Geral da República conformou "a existência de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do DIAP de Lisboa", acrescentando que não há "arguidos constituídos".
O histórico dirigente do Partido Comunista Português Ruben de Carvalho morreu no dia 11 de junho, "em consequência de problemas de saúde que exigiram internamento hospitalar", disse na altura o Secretariado do Comité Central do PCP.
O funeral realizou-se ontem, dia 16 de junho, em Lisboa.
Ruben de Carvalho era o único membro do atual Comité Central do PCP que tinha estado preso nas prisões da PIDE, a polícia política da ditadura finda em 25 de Abril de 1974.
Foi responsável na Câmara Municipal de Lisboa pelo Roteiro do Antifascismo e fazia parte da organização da Festa do Avante! desde o seu início, em 1976.
Jornalista de profissão, Ruben de Carvalho foi também chefe de redação do semanário “Avante!”, órgão central do PCP, entre abril de 1974 e 1995, chefe de redação da revista “Vida Mundial” e redator coordenador do jornal “O Século”.
O histórico comunista foi membro das “comissões juvenis de apoio” à candidatura do General Humberto Delgado, chefe de gabinete do Ministro Sem Pasta, Francisco Pereira de Moura, no I Governo Provisório após o 25 de Abril de 1974, deputado à Assembleia da República eleito pelo distrito de Setúbal e vereador nas câmaras municipais de Lisboa e Setúbal.
Ruben de Carvalho aderiu ao Partido Comunista Português em 1970. Foi funcionário do partido entre 1974 e 1997 e era membro do Comité Central desde 1979.
Tinha 74 anos e era o único membro no atual Comité Central do PCP que tinha estado preso nas cadeias da PIDE durante o Estado Novo.
Sqpo24 com agência Lusa
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