No âmbito da candidatura da «Arte e Saber-fazer da Calçada Portuguesa» ao Inventário do Património Cultural Imaterial da Humanidade, candidatura que contou com o apoio do Município de Porto de Mós, em conjunto com o Município de Lisboa, a ASSIMAGRA – Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais, a Universidade de Lisboa, a UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa e o Grupo Português da Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual, remetemos para vosso conhecimento a nota de imprensa da Associação da Calçada Portuguesa, a dar conta da entrega da referida candidatura à Comissão Nacional da UNESCO.
*Patrícia Alves
Gabinete de Comunicação
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Hoje foi entregue à Comissão Nacional da UNESCO o dossier da candidatura da «Arte e Saber-fazer da Calçada Portuguesa» ao Inventário do Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Três anos de trabalho volvidos, a Associação da Calçada Portuguesa - constituída por uma equipa pequena, mas empenhada, que contou com o envolvimento e a participação de mais de 50 calceteiros de todo o país e de oito municípios (Braga, Estremoz, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto de Mós e Setúbal) – deu por concluído o processo de candidatura à UNESCO.
Com esta candidatura pretende-se a necessária chamada de atenção para uma arte que tanto precisa de apoios e que no contexto actual se encontra em risco de extinção. Esta manifestação do nosso património cultural imaterial tem ainda um potencial estratégico para o país ao contribuir para a afirmação da cultura portuguesa num mundo globalizado. Importa, então, que as entidades públicas, nacionais e locais, se comprometam para estas concretizações.
Anteriormente, a Associação havia sido a responsável pela proposta de candidatura à inscrição da «Arte e Saber Fazer da Calçada Portuguesa» no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, reconhecida em Julho de 2021.
A calçada portuguesa transformou-se numa das referências estéticas de todo o território nacional, continental e ilhas. A sua aplicação nas ruas e praças constitui uma marca distintiva do desenho urbano, revelando o conhecimento, o saber fazer e a mestria de um grupo profissional específico - o dos calceteiros - que incorpora a sensibilidade de todo um povo, e que, simultaneamente, dá a conhecer, de forma singular, trabalhos de artistas plásticos reconhecidos. Este património encontra-se hoje espalhado pelo mundo, com destaque para o Brasil e outros países com os quais ocorrem trocas culturais.
Ao longo do tempo, a calçada portuguesa não só se consolidou como um elemento essencial da paisagem urbana, mas também como uma expressão estética que constitui identidade, já não apenas do espaço, mas da história e da cultura portuguesas, pelo que assume uma relevância inquestionável para o país.
Por tudo isto, a Associação empreendeu a preparação da presente candidatura da Arte e o Saber-fazer da Calçada Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO). Assim se valoriza a mestria dos calceteiros e procura representar a importância nacional desta expressão cultural e artística identitária que espalhámos pelo mundo com vista a confirmar a sua relevância universal.
A Associação da Calçada Portuguesa, constituída em 2017 por impulso da Câmara Municipal de Lisboa, tem por missão proteger, valorizar e promover (nacional e internacionalmente) a Calçada Portuguesa enquanto património cultural e identitário de Portugal. Tem como associados o Município de Lisboa, o Município de Porto de Mós, a ASSIMAGRA – Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais, a Universidade de Lisboa, a UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa e o Grupo Português da Associação Internacional para a Protecção da Propriedade Intelectual.
A Associação da Calçada Portuguesa
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