quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Directa ou indirectamente os dadores de sangue sempre pagaram as taxas moderadoras

Directa ou indirectamente os dadores de sangue sempre pagaram as taxas moderadoras
 Acontecia com o anterior cartão nacional de dador, porque os serviços onde os dadores se dirigiam desculpavam-se, alegando que a banda magnética estava danificada, ou alegando que o cartão estava desactualizado, tinha que haver sempre uma desculpa para que levasse o dador a pagar o valor que não devia.
Com a circulação de um novo cartão, a situação ainda se complicou mais, considerando que os ditos centros de saúde não são detentores do sistema informático para ler o chip vs histórico. Mais um esquema que interessa ao sistema: cobrar valores a quem é solidário, paga para o ser, e por vezes ainda acaba por ouvir o que devia: “o senhor, então dá sangue com o propósito de beneficiar da isenção das taxas moderadoras?”.
Outras vezes entra-nos pelos ouvidos: “ vocês dadores de sangue, já não têm direito a nada, as regalias que tinham acabaram”. Mais, sempre existiram funcionários do IPS que nos diziam na cara que não devíamos ter “direito” a esses benefícios vs incentivos, o que não deixa de ser surrealista.
Este o modelo do novo Cartão Nacional de
 Dador de Sangue
O desrespeito que se instalou no SNS pelos dadores de sangue, só por si era motivo mais do que suficiente para comparecer cada vez menos nos locais de colheitas. Estamos perante reflexos típicos da sociedade portuguesa, e dificilmente serão erradicados considerando que a mesma está enferma de indiferença, possessa de egoísmo.
O anterior ministro da saúde – o que vemos neste recorte – tomou os dadores como alvo a abater, pois as medidas legislativas que implementou assim o comprovam.
Da parte do conselho directivo do IPST nem uma tomada de posição a favor dos dadores foi tomada, bem pelo contrário, optou pelo caminho mais fácil: a isenção das taxas moderadoras deixou de ser assunto, o que não surpreendeu assim tanto, apesar de ter motivado alguma perplexidade junto das associações de dadores, que manifestaram a sua indignação.
O modelo de relacionamento de alguns funcionários do IPST nem sempre agrada aos dadores de sangue, menos ainda no que diz respeito a alguns médicos – na verdade existem excepções – pela forma como são chamados para a avaliação médica que antecede a colheita de sangue.
O estilo é: “o primeiro, próximo, seguinte ou outro”. O mesmo acontece com os enfermeiros, tornou-se numa prática corrente. Ao que é dado saber, o sistema funciona informático funciona em online, ou seja, o nome do dador é visto no monitor de todos os computadores.
O estilo é: “o primeiro, próximo, seguinte ou outro”. O mesmo acontece com os enfermeiros, tornou-se numa prática corrente. Ao que é dado saber, o sistema funciona informático funciona em online, ou seja, o nome do dador é visto no monitor de todos os computadores.



J. Carlos




Nenhum comentário:

Postar um comentário