Entrevista
à cantora Mónica Paula
Conduzida por: Joaquim M.
C. Carlos
Director da Tribuna da
ADASCA
Dando
cumprimento ao conjunto de entrevistas, desta vez tivemos o prazer de
entrevistar a Cantora Mónica Paula no Salão do Hotel Moliceiro, a quem agradecemos
a sua colaboração. Não é fácil falar desta artista a viver nos EUA há muitos
anos, contudo, ela própria se dá a conhecer.
Doravante
a identificação da revista e da nossa ilustre entrevistada segue pelas siglas TA e MP.
TA: A Mónica Paula com que idade imigrou
para os Estados Unidos?
MP:
Vinte e sete anos.
TA: Qual foi a sua primeira actividade profissional
naquele país? Sentiu dificuldades na sua integração?
MP:
Não porque já tinha ido aos EUA em duas digressões artísticas.
TA: Mónica Paula, por onde passa tem
fãs, e eles a acompanham mesmo! Como é para si receber esse carinho? Como
surgiu a oportunidade para entrar na música?
MP:
Surgiu com o acordeonista Isidro Batista. Claro, quando faço digressões e que
os meus fãs têm disso conhecimento, fazem questão de ir ao meu encontro, o que
é muito bom sentirmo-nos acarinhados, isso fortalece ao ego dos artista, julgo
que qualquer um.
TA: Para além de artista na área
musical, também se tem dedica a outra actividade, podemos saber qual?
MP:
Sim, sou enfermeira, das duas não sei qual delas adoro mais, se da música se
desta, seja como for, sinto-me realizada.
TA: Como é lidar com o glamour e o luxo
do mundo da música?
MP:
Eu sempre fui modesta e sempre serei, considero que a humildade derruba todas
as barreiras, assim me sinto bem comigo própria.
TA. Entretanto regressou a Portugal para
passar umas curtas férias, tem participado em espectáculos, como têm decorrido?
MP:
Maravilhoso, sinto que o tempo não passou, devia prolongar-se, mas, não pode
ser porque tenho outros compromissos.
TA: Tem sentido o calor humano nesse acolhimento?
MP:
Muito, muito amor da parte do público, é formidável, sem dúvida.
TA: Sente que a sua vida pessoal tem sido prejudicada pela carreira?
MP:
Sim, algumas vezes, não seria correcta se disse-se que não.
TA: Chegou a fazer alguma formação
académica na área musical ou as coisas foram acontecendo com o evoluir do
tempo?
MP:
Sim, eu sempre procuro estar á altura dos acontecimentos musicais, a formação
contínua é necessária, os tempos actuais assim o impõe.
TA: Ainda no que diz respeito à música,
quantos trabalhos já gravou?
MP:
Na verdade desde os meus catorze anos, mais ou menos 10-45 rotações, seis LPs e
cinco CDs, e muito está para vir, uma questão de tempo.
TA: E videoclips tem apostado nesta área?
MP:
Sim, penso que é importante porque a imagem vai sempre para além da nossa
presença física.
TA: Como define o actual panorama musical?
MP:
Temos bom e mau, como sempre e como tudo, aliás, tenho dúvidas da perfeição…
TA: Alguma vez foi convidada pela
televisão para a dar a conhecer a seu conhecimento musical?
MP:
Tem existido conversa, mas, não a prática, fica-se sempre com a percepção de
que somos desconsiderados pelos mídia, tornando-se difícil digerir esse
sentimento.
TA: A nível de espectáculos como vão
decorrendo as coisas, tem tido muitas solicitações? Ou também se faz sentir os efeitos
da crise?
MP:
Nos espectáculos, muitas vezes tenho rejeitado por diversas razões.
TA: Orgulha-se do seu passado e do caminho que percorreu até aqui?
MP:
Muito, muito, o meu passado é o meu futuro, assim costumo dizer.
TA: Ao longo destes anos de carreira,
recorda-se de algum acontecimento que a mais tenha marcado de forma indelével?
MP:
Quantos acontecimentos querido amigo, mas, o que mais me comoveu foi cantar
para o Prof. Marcelo Caetano naquele tempo isolado no Brasil.
TA: É vaidosa?
MP:
Não conheço essa virtude ou defeito.
TA: Enquanto artista da área da música com
uma experiencia bastante rica, já alguma vez se sentiu frustrada por não ter
conquistado um espaço de revelo nos mídia?
MP:
Eu nunca me senti frustrada na vida, tenho a alma bem forte, tenho a noção do
que quero, do caminho que devo seguir.
TA: E quais são as suas perspectivas em termos profissionais para os próximos
três meses de 2015 e para os próximos anos?
MP:
Estou em contacto com a Europa para Shows, mas, também tenho a noção de que não
estou sozinha neste mundo. Estou fazendo o que devo fazer e nunca ficar à
espera que as oportunidades venham ter comigo.
TA: Na sua opinião como descreve o
panorama musical português?
MP:
Muita gente com vontade de se evidenciar, e alguns valores que prometem…
TA: Pode dizer-se que alguns artistas
acabam por deixar de cantar, o que gostam para cantar o que mais se vende? Não
é o seu caso…
MP:
Não, eu componho as minhas músicas, as minhas letras, e canto o que eu quero, o
que gosto, procuro como é evidente agradar ao meu público.
TA: Como descreve a qualidade de
artistas portugueses, nomeadamente os contemporâneos?
MP:
Como já disse, vontade e valores.
TA: Mónica Paula, como vê o presente
cenário político considerando que vive há muitos anos nos Estados Unidos,
talvez a sua visão seja outra? Aliás, já lhe dedicou uma canção…
MP:
Eu considero que os nossos políticos, estão esquecendo a essência de um povo,
que marcou história no mundo, deviam prometer menos e fazer mais em prol do
país que dizem representar, o que assistimos é uma inversão de valores.
MP: A sua integridade, o amor genuíno à família, e à
pátria.
TA: É uma mulher romântica?
MP:
Sim, sinto-me uma mulher romântica, sou eu própria, á minha medida.
TA: Até que ponto a fama, o dinheiro e o status trazem felicidade?
MP:
Não creio que o dinheiro, e a fama tragam felicidade, ou tranquilidade do teu
espírito. É doloroso assistir, actualmente, na civilização das massas, à
angústia que sofrem os jovens com a destruição de seus autênticos valores.
TA: Uma mensagem final para os seus fãs
e aos leitores Revista Tribuna da ADASCA…
MP:
Que por favor possam aderir a esta grande obra, contribuindo com a sua dádiva
generosa em prol dos doentes necessitados de sangue ou dos seus componentes.
Mais, que se disponibilizem para ajudar o seu presidente nos momentos mais
difíceis. Juntos podem ir mais longe.
Muito
obrigado pela entrevista. Desejo-lhe os melhores sucessos para a sua carreira,
ame a liberdade e seja feliz.
Perfil:
Fui registada como... Lúcia Dias
Nascimento: 18 de Abril 1957
Na TV assisto: Moeres
Não assisto na TV: Politica
Nas horas livres: Ler
No cinema: História
Música: Romântica
Livro: não respondeu
Prato predilecto: Sardinha
Pior presente: Quando estou doente
O melhor do guarda-roupa: Os meus vestidos para espectáculos
Perfume: Lancome
Mulher bonita: Marlyn Monroe
Homem bonito: O meu Filho
Cantor: Tom Jones
Cantora: Amália
Actor: Tom Cruize
Actriz: Marlyn Monroe
Animal de estimação: Não tenho
Escritor: Eça de Queirós
Arma de sedução: O meu sorriso porque me encanta rir
Melhor viagem: Ao Brasil
Sinónimo de elegância: Comportar-se como uma dama
Melhor notícia: Que o mundo está a melhorar
Inveja: Não conheço esse sentimento
Ira: Nunca tive
Gula: Não conheço
Cobiça: Não conheço
Luxúria: Não conheço
Preguiça: Às vezes
Vaidade: Algumas vezes com o meu cabelo, o Joaquim está a ver,
é lindo.
Mania: Que sou a Marlyn Monroe
Filosofia de vida: Amar sem olhar a quem. A vida humana tem valor
inestimável. Com amor atrai-se o bem.
Fotorreportagem
da entrevista com a Cantora Mónica Paula radica nos Estados Unidos da América
NB:
o nosso sincero obrigado à Administração do Hotel Moliceiro, local onde
decorreu a entrevista, pela forma como fomos recebidos. A dita entrevista está disponível na Edição nº. 22 da Revista Tribuna da ADASCA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário