As mortes por malária reduziram durante os primeiros seis meses de 2019 em Moçambique, foram 425 óbitos comparativamente aos 545 registados em igual período do ano passado, porém a chefe do departamento de Epidemiologia no Ministério da Saúde (MISAU), Lorna Gujral, indicou que o número de doentes aumentou para 3,8 milhões e não esclareceu que as pulverizações intra-domiciliárias não estão a acontecer devido a crise económica.
“Entre o dia 1 de Janeiro até ao dia 10 de Junho o país registou cerca de 3,8 milhões casos de malária e 425 óbitos, contra 3,6 milhões casos e 545 óbitos (em igual período do ano passado). Registamos uma redução acentuada no número de óbitos”, assinalou a Dra.Lorna Gujral em conferência de imprensa na passada quinta-feira (13) na Cidade de Maputo.
A responsável pela Epidemiologia no MISAU explicou que: “A situação da malária no presente ano sofreu algumas alterações devido as intensas chuvas que tivemos nos ciclones, portanto algumas províncias registaram um ligeiro aumento de casos como era esperado, isto devido ao acumulo de água”.
No entanto esta explicação parece ser desmentida pelos dados detalhados do próprio Ministério da Saúde que indicam que a principal causa de internamento hospitalar em Moçambique aumentou nas províncias de Nampula, Zambézia, Tete e Manica que não foram substancialmente fustigadas quer pelo Ciclone Idai assim como pelos Kenneth.
Aliás o Sistema de Informação de Saúde de Moçambique para Monitorização e Avaliação (SISMA) revela que nas províncias de Sofala e de Cabo Delgado os doentes de malária até reduziram, comparativamente ao 1º semestre de 2018.
Questionada pelo @Verdade porque razão durante este ano quase não aconteceram acções de pulverização intra-domiciliária a chefe do departamento de Epidemiologia no Ministério da Saúde declarou que “há critérios para a identificação dos distritos, há distritos que são seleccionados que foram pulverizados no ano passado, há outros que foram seleccionados e serão pulverizados este ano, nem sempre se implementam as duas medidas de prevenção”.
Porém o @Verdade apurou que as campanhas de pulverização intra-domiciliária não aconteceram durante os primeiros seis meses de 2019 devido a escassez de fundos para a aquisição do produto usado assim como para a remuneração das pessoas envolvidas no processo que tem sido financiado pelos Parceiros de Cooperação que têm vindo a reduzir os seus apoios financeiros desde a descoberta das dívidas ilegais da Proindicus e MAM.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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