quarta-feira, 1 de março de 2023

Covilhã | MESTRE DO REALISMO EM EXPOSIÇÃO

 

O Museu de Arte Sacra da Covilhã tem patente, na sala de exposições temporárias, de 4 de março até ao dia 11 de abril, uma exibição de cerca de 20 telas do pintor Luís Castro Lopo.
A inauguração decorre no próximo sábado, com um concerto de música de câmara da EPABI, que se encontra a comemorar o seu 30º aniversário.
Esta escola profissional de artes, que se tornou uma referência da cidade ao nível do ensino musical, esteve instalada na Casa Maria José Alçada, atual Museu de Arte Sacra, e é aí no centro da cidade, na sua sede mais emblemática, que muitos a recordam com sentida nostalgia. Esta iniciativa resulta, assim, de uma parceria entre a EPABI e o Museu de Arte Sacra que, enquanto espaço de encontros e identidade, possibilita o resgate da memória do edifício onde está alojado.

LUÍS CASTRO LOPO (1958) dedica-se à pintura a tempo inteiro há mais de 36 anos. Tem feito inúmeras exposições individuais e coletivas em Portugal e no estrangeiro, onde está representado em diversas coleções públicas e privadas. Frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e visitou os grandes museus da Europa e Estados Unidos, estudando detalhadamente os grandes Mestres.
O realismo presente na temática da sua pintura gira em torno da natureza morta e da arte figurativa. Nas naturezas mortas pinta objetos mais antigos, que contêm marcas de uso, transmitindo-nos uma certa intimidade pela recordação de momentos vividos com objetos semelhantes, usados na nossa infância pelos nossos avós.
É o caso das leiteiras comuns nessa época, os tachos de cobre, as panelas de ferro, a terrina de esmalte, as tigelas grandes onde se faziam os bolos. Todos eles são pintados com grande detalhe, envolvidos por uma luz suave e cheios de volume, parecendo saltar do quadro, levando o observador a ter a sensação de estar na sua presença.

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