Independentemente
de opções partidárias e em respeito pelo espírito de jornalista
de análise de factos, será de comum interpretação que foram
finalmente assumidas as
há muito adiadas (e boas) intenções de olhar para a crise e a
realidade da comunicação social.
O
ministro da tutela Pedro
Duarte
disse no início deste mês de outubro num encontro com uma centena
de jornais em Oliveira de Azeméis, promovido pela ANIR, associação
do setor, que o estado tem que investir na comunicação social como
garante da democracia. Sem
interferir nos conteúdos que são publicados.
No
plano há dias apresentado estão contemplados jornalistas e
empresas. Desde as 400
mil assinaturas digitais comparticipadas, à duplicação da
contribuição no custo de expedição dos jornais impressos
regionais. Permitindo,
desta forma, melhores preços de assinatura. Assim, mais cidadãos
podem ter acesso à informação local.
Nas
redes sociais há muita (des)informação de borla. Pagar para quê,
então? O
aumento da credibilidade na informação tradicional tem que fazer a
diferença
para quem quer ler uma informação séria e confiável.
No
estudo da Reuters deste ano, Portugal ocupa no mundo um honroso sexto
lugar na confiança dos cidadãos na imprensa.
Encontrando-se à
frente de países
como Alemanha, Brasil, Japão, Espanha e França.
Mais
um motivo para o país investir
na imprensa séria. Mantendo
e aumentando esta confiança. O que também representa uma
responsabilidade acrescida para jornalistas e editores. Sem
jornais respeitados fica diminuída a confiança na democracia.
Uma e outra andam a par.
*Eduardo
Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa
Regional.
Destaque
“O
estado tem que investir na comunicação social como garante da
democracia”
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