O Ciclo de Teatro Amador do Concelho de
Cantanhede tem agendados para o próximo fim de semana mais quatro
espetáculos, desta vez em Portunhos, Zambujal, Cordinhã e
Sanguinheira.
No
sábado, dia 02 de março, às 21h30, é
a vez do Grupo de Teatro Pedra Rija de Portunhos subir ao palco
do salão da Fundação Ferreira Freire para estrear “De um caso,
virá um dia… virá”, uma adaptação de Mário Marques e Sílvia
Santos.
A
peça foi construída a partir de várias referências como “O meu
caso”, de José Régio, e de “Virá um dia, virá”, de António
Cabral, cujos textos têm algo em comum: o egocentrismo da sociedade,
em que cada um é ou quer ser “senhor do seu nariz” e em que o
pequeno está sempre tramado.
O
enredo não conta uma história com princípio, meio e fim, mas
apresenta uma sucessão de várias cenas, destacando em cada uma
delas um determinado aspeto condenável da nossa sociedade.
Inspirada
também na obra “A noite”, de José Saramago, a ação situa-se
nos tempos da Revolução do “25 de Abril de 1974” e recorda a
censura da informação, assim como a perseguição a quem pensa ou
age de forma diferente.
“Para
pôr as coisas no seu devido lugar e não no lugar onde estão, só
com uma revolução, incluindo de mentalidades, que ‘virá um dia,
virá’”, refere a sinopse.
No
mesmo dia, igualmente à mesma hora, o Grupo de Teatro Amador da
Tocha vai apresentar “Casamento do TPM ao Viagra”, uma comédia
de Alcir Nicolau, no salão da Associação Cultural e Recreativa do
Zambujal.
Os
atores interpretam um casal, um casamento, o dia-a-dia, onde as
manias, os desejos, as teimosias e as necessidades se tornam plurais.
Ainda
no sábado, às 21h30, o grupo Resistência Teatro e Produções
representa “Lendas Distantes”, de Manuel Tomé, no salão da
Junta de Freguesia da Cordinhã.
Trata-se de uma história baseada em
relatos e testemunhos de pessoas que viveram a época dos anos 50,
sendo que o enredo e as histórias são criados, mas as vivências e
os hábitos são reais.
A peça “Sonho de uma Noite de Verão”,
de William Shakespeare, será interpretada também no dia 02 de
março, às 21h30, pelo Clube União Vilanovense, no salão Paroquial
da Sanguinheira.
Esta adaptação de Alexandra Santos
desenrola-se num cenário de encontros e desencontros, em que dois
casais de namorados “passam por inúmeras peripécias, devido à
falta de jeito de um ser mágico que troca todas as ordens que lhe
são dadas. A par disso, um grupo de teatro prepara uma peça para o
rei e rainha que também andam meio desencontrados”.
A edição de 2024 do Ciclo de Teatro
Amador de Cantanhede decorre até abril com a participação de 17
grupos cénicos e mais de 300 atores e outros intervenientes.
De acordo com o modelo definido para esta
ação de dinamização cultural, as associações que integram a
iniciativa realizam dois espetáculos, um na sua comunidade, outro na
“casa” de outra entidade envolvida.
Divisão de Comunicação, Imagem, Protocolo e Turismo
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