A Assembleia Municipal de Cantanhede deliberou aprovar, por maioria, o Relatório de Gestão de 2023. A votação ocorreu na sessão ordinária da última sexta-feira, 19 de abril, seguindo o sentido de voto registado em reunião de Câmara de 3 de abril.
No
decurso de uma apresentação em que foram mostrados aspetos
relevantes da atividade desenvolvida em diversos domínios, a
presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, explicou o modo
como a edilidade geriu os seus recursos durante o ano transato,
destacando desde logo a poupança de 6,78 milhões de euros (ME) de
receita corrente, um robusto indicador da eficácia da gestão
financeira do último exercício económico.
Na
apreciação aos documentos, que mereceram elogios de todas as
bancadas, a autarca salientou também como indicadores relevantes “o
saldo de gerência de 2,64 milhões de euros existente a 31 de
dezembro de 2023 e o prazo médio de pagamento a fornecedores, que se
ficou pelos 20 dias”.
“Não
posso deixar de reconhecer, publicamente, o trabalho rigoroso da
equipa da Divisão Financeira, quer na contenção da despesa, quer
na concretização de um criterioso plano de investimentos”,
elogiou, convicta de que, seja qual for a perspetiva de análise, “os
resultados do desempenho económico-financeiro do Município de
Cantanhede em 2023 são muito positivos”.
Helena
Teodósio lembrou também o impacto da assunção de novas
competências que estavam na esfera da Administração Central neste
exercício económico, que impôs alterações ao nível
organizacional, realidade que teve repercussão financeira na despesa
total, cujo valor ascendeu a 34.207.774 euros, refletindo assim um
aumento de 8% relativamente ao ano anterior. “Esse
aumento teve, como se esperava, maior incidência na despesa
corrente, particularmente com o pagamento aos trabalhadores, rubrica
que em 2023 atingiu 11.287.004 euros, mais 18% do que em 2022, tendo
passado a representar 32,99% dos gastos totais do Município”,
explicou a líder do executivo camarário.
De
resto, o processo de assunção de novas competências representou um
aumento significativo de trabalhadores, que passaram de 334 em 2021
para 497 em 31 de dezembro de 2023, neste caso ainda sem os que só
viriam a ser transferidos na sequência da assinatura do auto de
transferência celebrado com o Ministério da Saúde, já em março
deste ano.
No
que respeita à despesa de capital, Helena Teodósio considera que “o
impacto financeiro decorrente do investimento em infraestruturas e
equipamentos nas áreas que passaram para a tutela do Município
atingiu alguma expressão, mas deverá acentuar-se significativamente
em 2024 com os pagamentos das obras entretanto iniciadas e outras a
iniciar em escolas e instalações dos serviços de saúde e de ação
social”.
A
autarca deu conta que o Município prossegue “uma
agenda ambiciosa, muito focada no forte investimento em
infraestruturas, na rede viária e equipamentos coletivos”
e que “oferece garantias de que
serão dados mais alguns passos no processo de desenvolvimento
económico e social do concelho”.
A
terminar, destacou a importância dos apoios e investimento junto das
associações culturais, desportivas e instituições particulares de
solidariedade social, bem como juntas e uniões de freguesia, numa
lógica de reforço da coesão territorial.
*Divisão de Comunicação, Imagem, Protocolo e Turismo
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