O Departamento de
Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a Embaixada de
Portugal em Luanda, organiza a exposição “Olhares do Sul” no
“Camões - Centro Cultural Português em Luanda”, integrada nas
comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974.
Os curadores e
dinamizadores da exposição, Helena Freitas (Centro de Ecologia
Funcional), Jorge Varanda (Centro em Rede de Investigação em
Antropologia) e Ana Margarida Dias da Silva, (Centro de História da
Sociedade e da Cultura), vão estar presentes na inauguração, que
se realiza no próximo dia 16 de abril, em Luanda, Angola.
Na semana
seguinte ao 25 de Abril de 1974, a Representação da Companhia de
Diamantes de Angola (Diamang), em Luanda, decidiu reunir e enviar
jornais para arquivo junto da Administração em Lisboa. O objetivo
desta decisão, referenciado numa comunicação confidencial com a
sede, era informar do modo de sentir e interpretar da Imprensa de
Angola no relativo aos acontecimentos correlacionados com a ação
das Forças Armadas, que levou ao estabelecimento da Junta de
Salvação Nacional.
O resultado desta
iniciativa permite, hoje, vislumbrar “Olhares do Sul”
representados pelas capas de jornais angolanos selecionados para
exposição. Esta mostra apresenta 50 capas dos jornais: A Província
de Angola, Diário de Luanda, Jornal de Angola, O Angolense, A
Tribuna dos Musseques, O Comércio de Angola no período entre o 25
de Abril de 1974 e o 25 de Abril de 1975.
Estes jornais
fazem parte de uma coleção mais abrangente de recortes de imprensa
organizada pela Secção de Relações Públicas da Diamang ao longo
de 60 anos (1928-1988). O conjunto destes recortes abre várias
janelas sobre o que foi a vivência do momento pós-revolução e
permite perceber melhor o impacto e a reação imediata nestes
territórios.
Esta exposição
é um passo para melhor caracterizar o período do pós-Revolução
em Angola e Portugal e assim compreender o emergir de narrativas e
memórias históricas sobre este período. Espera-se abrir novos
caminhos interpretativos, dialogantes e integradores, nos quais a
cidadania, o futuro, a nação e a memória continuarão a ser
discutidos.
Sara
Machado
Assessora
de Imprensa
Universidade
de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia
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