domingo, 25 de dezembro de 2016

Ria de Aveiro e Paisagem do Rossio com Palmeiras decapitadas



Aveiro na Poesia
Miguel Torga, Palavras de Cristal

Campos de Aveiro,
Manchas verdes de arroz,
E a vela dum barco moliceiro,
Que um pirata ali pôs.
A servir de moldura
O velho mar cansado;
E o céu alto a descer e a ter fundura
Na quilha dum arado

_______________________________

Eugénio Beirão, Moliceiro

Flor a sorrir
Na ria de Aveiro:
Singela e branca vela
Dum barco moliceiro.

Canção a soar
Na ria de Aveiro:
Branda aragem a soprar
Dum barco moliceiro

Luz a florir
Na ria de Aveiro
Pintada e esbelta proa
Dum barco moliceiro.

Gaivota a flutuar
Na ria de Aveiro:
Corpo e asa branca
Dum barco moliceiro.

Sonho a crescer
Na ria de Aveiro:
Subtil doce e vulto
Dum barco moliceiro.

Postado por J. Carlos
Director do Litoral Centro - Comunicação e Imagem

A "DITADURA" CONTINUA QUEBRANDO "RÉCORDES" // Ronaldo Schlichting

A “Ditadura” continua quebrando “Récordes”! Hidrelétrica de Itaipu! Ponte “Rio-Niterói”! “COMARA”! Quantos aeroportos construídos na Região Amazônica! “EMBRAER”! E tantos e tantos outros grandes empreendimentos! – “A Tarefa é ingente! Os obstáculos, grandes! E o tempo é curto!” -- dizia “Castelo Branco”! E tudo feito sem corrupção! E tudo feito sem esculhambação! Médici era aplaudido no Maracanã! Tão diferente de hoje quando “presidentes” fogem, com medo de vaias!
Resultado de imagem para itaipuImagem relacionada Imagem relacionada


Enviado por João Antonio Pagliosa

Reflexões sobre a Magna Festividade da Cristandade

Revista Catolicismo
Natal Noel
Nesta magna festividade da Cristandade, desejando a todos nossos leitores e colaboradores um Santo e Feliz Natal, oferecemos-lhes uma matéria com admiráveis considerações sobre a autêntica “Paz na Terra” — que, segundo Santo Agostinho, é a “tranquilidade na ordem” — que tanto almejamos e, a fim de alcançá-la, a indispensável “Glória a Deus no mais alto dos Céus” — que não pode ficar relegada a um segundo plano.
         Natal Noel

A glória de Deus no alto dos Céus, aspecto secundário do Natal?


“Admirável profundidade de toda palavra inspirada! Tão simples que até uma criança o pode compreender, o cântico dos Anjos de Belém — Glória a Deus no mais alto dos Céus, e paz na Terra aos homens de boa vontade (Lc. 2, 14) — encerra entretanto verdades das mais profundas”.
      Plinio Corrêa de Oliveira
Reprodução de Catolicismo, nº 156, Dezembro de 1963
Repousais, Senhor, em vosso misérrimo e augustíssimo presépio, sob os olhos da Virgem, vossa Mãe, que vertem sobre Vós os tesouros inauferíveis de seu respeito e de seu carinho. Jamais uma criatura adorou com tão profunda e respeitosa humildade o seu Deus. Nunca um coração materno amou mais ternamente seu filho. Reciprocamente, jamais Deus amou tanto uma mera criatura. E nunca filho amou tão plenamente, tão inteiramente, tão superabundantemente sua mãe.
Toda a realidade desse sublime diálogo de almas pode conter-se nestas palavras que indicam aqui todo um oceano de felicidade, e que em ocasião bem diversa haveríeis de dizer um dia do alto da Cruz: “Mãe, eis aí teu filho. Filho, eis aí tua Mãe” (cfr. Jo. 19, 26). E, considerando a perfeição deste recíproco amor, entre Vós e vossa Mãe, sentimos o cântico angélico que se levanta das profundezas de toda alma cristã: “Glória a Deus no mais alto dos Céus, e paz na Terra aos homens de boa vontade” (Luc. 2, 14).

Fala-se mais de paz do que da glória de Deus

Natal Noel
Adoração dos Reis Magos (detalhe) – Georges Lallemand, 1624. Hermitage, São Petersburgo
“Paz na Terra aos homens de boa vontade”: o jogo complicado, mas célere das associações de imagens me faz sentir imediatamente que em numerosas ocasiões no ano que finda ouvi falar de paz, e de homens de boa vontade. Curioso… dou-me conta de que ouvi falar menos, e até muito menos, da glória de Deus no mais alto dos Céus. A bem dizer, disto quase não ouvi falar. Nem mesmo implicitamente; pois implicitamente se fala da glória de Deus quando se afirmam os soberanos direitos d’Ele sobre toda a criação, e, por amor a Ele, se reivindica o cumprimento de sua Lei por parte dos indivíduos, famílias, grupos profissionais, classes sociais, regiões, nações, e toda a sociedade internacional.
Por que este silêncio? — Pergunto-me. Por que os homens querem tanto a paz? Por que tantos homens se ufanam de ter boa vontade? E por que tão poucos são os que se preocupam com a glória de Deus, e se blasonam de por ela agir e lutar?

A paz dos homens vale mais que a glória de Deus?

Em outros termos, o fato essencial do vosso Santo Natal, Senhor, seria só a paz na Terra para os homens de boa vontade? E a glória de Deus no mais alto dos Céus seria como que um aspecto colateral, longínquo, confuso e insípido para os homens, do grande evento de Belém?
Em outros termos ainda, a paz dos homens vale mais que a glória de Deus? A Terra vale mais que o Céu? O homem vale então mais do que Deus? E a paz na Terra pode ser obtida, conservada e até incrementada sem que com isto nada tenha a ver a glória de Deus?
Por fim, o que é um homem de boa vontade? É o que só quer a paz na Terra, indiferente à glória de Deus no Céu?
Todas estas questões convidam a uma detida análise do cântico angélico.

Meditar no Santo Natal de modo transcendente

Admirável profundidade de toda palavra inspirada! Tão simples que até uma criança o pode compreender, o cântico dos Anjos de Belém encerra entretanto verdades das mais profundas.
Como é proveitoso, pois, nutrir o espírito com essas palavras, para participar devidamente das festas do Santo Natal!
Ajudai-nos, Mãe Santíssima, Sede da Sabedoria, com vossas preces, para que, iluminados pelas claridades que de Jesus dimanam, possamos entender o cântico angélico que é o mais perfeito e autorizado comentário do Natal.
Natal Noel
“Se só Deus é bom, a boa vontade autêntica é a que se volta toda para Deus, e ama o próximo, não pelo mero amor do próximo, mas pelo amor de Deus”

 “Boa vontade” em relação a quem?

“Homem de boa vontade”: o que representa isto aos olhos de tantos e tantos de nossos contemporâneos?
Para o sabermos, basta indagar: boa vontade para com quem? A resposta salta impetuosa e impaciente, como sói acontecer quando a pergunta tem algo de ocioso por inquirir o que é quase evidente. Ora bolas, dirão muitos de nossos coetâneos, boa vontade para com o próximo. Aquele que, ateu ou sequaz de uma religião, seja ela qual for, adepto da propriedade privada, do socialismo ou do comunismo, quer que todos os homens vivam alegres, na fartura, sem doenças, sem lutas, sem riscos, aproveitando o mais possível esta vida, este é um homem de boa vontade.
Visto nesta perspectiva, o homem de boa vontade é um artífice da paz. Diz o ditado que “em casa onde falta o pão, todos brigam e ninguém tem razão”. Logo, onde há pão todos têm razão e há paz. Onde há pão, teto, remédios, segurança, com maior razão há necessariamente a paz.
Natal Noel

Paz terrena libertada de implicações religiosas?

E a glória de Deus? Para o “homem de boa vontade” assim concebido, é ela um elemento supérfluo no que se refere à paz na Terra. Pois é da adequada ordenação da economia que decorre a boa ordem na vida social e política, e portanto a paz.
“Supérfluo” é dizer pouco, a respeito da glória de Deus no Céu, considerada em função da paz na Terra. Como alguns homens creem em Deus, e outros não creem, e como entre os que creem há diversidade no modo de entender Deus, este último pode atuar como perigoso fautor de divisões, discussões e polêmicas. Deus é um senhor por demais comprometido há milhares de anos em polêmicas, para que dele se fale a toda hora. Para ter paz na Terra é melhor não estar falando a todo momento sobre Deus e sua glória no Céu.
E depois… o Céu é tão vago, tão longínquo, tão incerto! Que dele falassem os Anjos, vá lá, pois lá moram. Mas nós homens, cuidemos da Terra.
Unir a glória celeste à paz terrestre é para o “homem de boa vontade” algo de tão incorreto, supérfluo e pejado de fatores de luta como é, por exemplo, imprudente unir a Igreja ao Estado. A Igreja livre do Estado e o Estado livre da Igreja, eis um anelo bem típico do “homem de boa vontade”. A paz terrena libertada de implicações religiosas, e Deus no seu Céu e sua glória, sorrindo de braços cruzados para a Terra em paz, a uma tal distância da Terra que lá não chegue nem sequer o Lunik, eis o ideal do “homem de boa vontade”.

Sem que os homens deem glória a Deus, não há paz no mundo

Se só Deus é bom, a boa vontade autêntica é a que se volta toda para Deus, e ama o próximo, não pelo mero amor do próximo, mas pelo amor de Deus.
Adoração dos Reis Magos (detalhe) – Wouter Pietersz Crabeth II. Museum het Catharina Gasthuis Gouda, Paises Baixos
Estas são as considerações do “homem de boa vontade” entre aspas, cujo coração está longe do Céu, e cujo olhar só se detém sobre a Terra.
Contudo, quanto divergem elas do sentido próprio e natural do cântico angélico!
Realmente, se o Natal dá glória a Deus no mais alto dos Céus e simultaneamente é a fonte da paz na Terra para os homens de boa vontade — foi o que os Anjos proclamaram em seu cântico — não se pode dissociar uma coisa da outra. Sem que os homens deem glória a Deus, não há paz no mundo. E a guerra, enquanto considerada no agressor culpado, é incompatível com a glória de Deus.
Vós, Senhor Jesus, Deus humanado, sois entre os homens o Príncipe da Paz. Sem Vós a paz é uma mentira e, afinal, tudo se converte em guerra.
E é porque os homens não compreendem isto, que procuram de todos os modos a paz, mas a paz não habita no meio deles.

A “boa vontade” inautêntica e agnóstica

O que é então o homem de boa vontade, se não é o homem que ama o próximo? Será porventura o que odeia seu próximo?
Ao fariseu, que Vos chamou de bom Mestre, perguntastes: por que Me chamais de bom, se só Deus é bom? (cfr. Luc. 18, 19 ).
Se só Deus é bom, a boa vontade autêntica é a que se volta toda para Deus, e ama o próximo, não pelo mero amor do próximo, mas pelo amor de Deus. O homem é tal, que não pode amar o próximo pelo próximo. Ou o ama por amor de si mesmo, e isto é egoísmo. Ou o ama por Deus, e isto sim é amor verdadeiro.
Em consequência, a “boa vontade” agnóstica e a paz terrena que ela tende a instaurar, nem são boa vontade autêntica, nem paz verdadeira.
E o falso “homem de boa vontade” é em última análise um semeador de guerras e um artífice de ruínas.

Paz é a mera abstração de controvérsias?

Mas, dirá alguém, como pode ser Jesus o fundamento da paz, se ninguém como Ele tem suscitado tanto ódio? O populacho, cumulado por Ele de favores espirituais e materiais de toda ordem, preferiu Barrabás, um bandido. Isto não é ódio? Os Imperadores contra Ele moveram perseguições atrozes. Os arianos contra Ele mobilizaram todas as potências da Terra. Depois vieram os maometanos. E depois, e depois, todos os grandes vagalhões da História, até o nazismo e o comunismo. Aliás, acrescentaria talvez alguém, Simeão bem exprimiu essa verdade, profetizando que Ele seria ao longo da História uma pedra de escândalo, um sinal de contradição para a morte e ressurreição de muitos (cfr. Luc. 2, 34). Ele próprio disse de Si que trazia à Terra o gládio (cfr. Mat. 10, 34). Por melhor que tudo isto seja — poderia argumentar um “homem de boa vontade” entre aspas —, a verdadeira paz, isto é, uma plena e completa desmobilização dos espíritos, uma inteira cessação não só de todas as guerras como de todas as polêmicas, não é possível com Jesus Cristo. A paz só é autêntica quando abstrai de todas as controvérsias, inclusive aquelas a que Jesus Cristo — sem culpa própria, concede o “homem de boa vontade” — dá ocasião.

A verdadeira paz não exclui a luta do bem contra o mal

Se só Deus é bom, a boa vontade autêntica é a que se volta toda para Deus, e ama o próximo, não pelo mero amor do próximo, mas pelo amor de Deus.
Adoração dos pastores (detalhe) – Giorgione, séc. XVI. Samuel H. Kress Collection, National Gallery of Art, Washington
Sim, diria um homem de boa vontade autêntico, isto é, um homem que com todas as veras de sua alma ama a Deus.
Neste caso, é por burla que a Escritura chama Jesus Cristo Príncipe da Paz (cfr. Is. 9, 6), e a Igreja, fazendo eco ao Batista (cfr. Jo. 1, 29 e 36), O apresenta como um manso Cordeiro a quem os homens devem pedir o dom da paz: “Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona nobis pacem” (Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo — Jo, 1, 29).
Ou é por que a verdadeira paz não exclui a luta do bem contra o mal, a polêmica entre a luz e as trevas, o perpétuo esmagar da cabeça da Serpente pela Virgem sem mancha, a hostilidade entre a raça oriunda da Virgem e a raça da Serpente? A paz é a ordem de Cristo no Reino de Cristo. Ela tem, pois, como condição a luta dos sequazes de Cristo contra os inimigos de Cristo. A paz de Cristo não se identifica de modo nenhum com a falsa paz, sem lutas nem polêmicas, do pretenso “homem de boa vontade”.
Adoração dos pastores
Três grandes lições, ó Deus-Menino, recolhemos do vosso Santo Natal. Ficamos sabendo que não há paz na Terra sem Vós. Que homem de boa vontade autêntico não é quem ama o homem pelo homem, mas quem o ama por amor de Vós. E que vossa Paz inclui a cessação de todas as lutas exceto a vossa incessante e gloriosa guerra contra o demônio e seus aliados, isto é, o mundo e a carne.
Virgem Maria, Medianeira de todas as graças, debruçada em adoração sobre o Deus-Menino, obtende-nos uma plena compenetração de todas estas verdades.
E permiti que nas perspectivas que elas desvendam, cantemos convosco e com todas as criaturas celestes e terrenas das quais sois Rainha:
“Glória a Deus no mais alto dos Céus, e paz na Terra aos homens de boa vontade”.
Adoração dos Reis Magos - Giuseppe Chiari, séc. XVIII. Santa Maria del Suffragio, Roma
Adoração dos Reis Magos – Giuseppe Chiari, séc. XVIII. Santa Maria del Suffragio, Roma

Fonte: ABIM

Duas mulheres vítimas de violência doméstica no Natal

Resultado de imagem para Duas mulheres vítimas de violência doméstica no NatalUm caso em Sines e outro no Porto. No Alentejo uma militar chamada ao local dos desacatos foi agredida pelo marido da vítima.
Um homem de 28 anos foi este domingo detido em Sines, Setúbal, por agredir à cabeçada uma militar da GNR, que teve de receber assistência hospitalar, disse à agência Lusa fonte da força de segurança.
A agressão à militar ocorreu, cerca das 07h50, quando uma patrulha da GNR foi alertada para desacatos entre um ex-casal, à entrada do prédio onde mora a mulher, na cidade de Sines, no distrito de Setúbal.
À chegada ao local, o homem, de nacionalidade cabo-verdiana, agrediu à cabeçada a militar da guarda, que foi transportada para o Hospital do Litoral Alentejano (HLA), no concelho vizinho Santiago do Cacém, onde recebeu assistência médica.O agressor ficou sujeito à medida de coacção de Termo de Identidade e Residência (TIR) e notificado para comparecer na segunda-feira no Tribunal de Santiago do Cacém.
Resultado de imagem para psp do portoNoite de Natal violenta
Também no Porto, segundo o Correio da Manhã, uma mulher foi vítima de violentas agressões e ameaças por parte do marido, na noite de consoada.
Na ceia de Natal, na casa onde moram, no Porto, estavam só a vítima e as duas filhas. A mulher apresentou queixa na PSP. O homem vai ser presente a tribunal nesta segunda-feira.


Menina de 10 anos morreu a bordo de avião na noite de Natal

Uma menina de 10 anos morreu na noite de Natal, a bordo do voo AC-868 da Air Canada.Resultado de imagem para Menina de 10 anos morreu a bordo de avião na noite de Natal
Segundo a companhia aérea canadiana, o voo fazia a ligação entre Toronto (Canadá) e Londres (Inglaterra) e foi desviado para Shannon (Irlanda), quando estava em Mayo (oeste da Irlanda) após a menina ter tido um "problema médico".
Depois de aterrar na Irlanda, as equipas de emergência médica deslocaram-se ao aparelho.
Segundo a Air Canada, as autoridades médicas locais "declararam a menina morta".
Entretanto, o jornal "Irish Sun" revelou que o piloto tinha comunicado que se encontrava a bordo uma criança com uma "paragem cardíaca".
A nacionalidade da menina não foi revelada.
O Boing 7-87 com 230 passageiros a bordo, seguiu mais tarde para Londres.
Lusa

Pais Natal mergulharam para comprar sapatos a crianças desfavorecidas

Resultado de imagem para Pais Natal mergulharam para comprar sapatos a crianças desfavorecidas
Um grupo de pais Natal mergulhou hoje no oceano, na praia de Armação de Pêra, Silves, com o objetivo de angariar dinheiro para comprar sapatos novos para crianças carenciadas no Algarve.
A iniciativa solidária “Nadar por Sapatos”, que já se realiza há mais de dez anos naquela praia, reuniu dezenas de participantes, sobretudo estrangeiros, que se vestiram a rigor com o fato de Pai Natal, embora alguns também tenham mergulhado em traje de banho.
A ação volta a repetir-se no dia 1 de janeiro, com o mesmo propósito de angariar dinheiro para comprar sapatos a crianças desfavorecidas.
O mergulho acontece em frente a um hotel daquela localidade algarvia, que promove o evento, envolvendo os hóspedes e a comunidade local.
Lusa / Sapo
MAD // PJA 

Lusa/Fim

Premier League: O dia das caixas

Resultado de imagem para Premier League: O dia das caixas
Já todos nós esfregámos as mãos de contentamento quando estamos prestes a saber o resultado do sorteio do calendário para a época futebolística. Mas enquanto em Portugal queremos saber quando o nosso clube encontra os principais rivais, em Inglaterra – desde a Premier League à League Two - o esfregar de mãos tem outro principal motivo: "onde e com quem jogamos no ‘Boxing Day’?" – o dia das caixas, é a primeira pergunta dos adeptos britânicos.
Dia 26 de Dezembro celebra-se em Inglaterra e noutros países pertencentes  à Commonwealth – como são os casos de Canadá, Austrália e Nova Zelândia - o Boxing Day. São várias as teorias propostas para a origem da celebração mas as mais plausíveis são as apresentadas em seguida.
A tradição remonta à idade média, onde os criados das famílias mais abastadas teriam que passar o Natal a trabalhar. Passado o dia de Natal, os trabalhadores tinham um dia de folga para ir a casa e visitar as suas famílias. Era então que os patrões presenteavam os empregados com caixas cheias de presentes e comida que sobrara do dia anterior. Ao chegar a casa podiam finalmente celebrar esse ‘segundo Natal’ com a aberturas das caixas e essa tradição passara a ser conhecida como Boxing Day.
Outra teoria remete-nos para a igreja. Diz a história que é no dia 26 que as caixas de doação de dinheiro para os pobres são abertas e o dinheiro é distribuído pelos mais necessitados. Esta é uma tradição conhecida por Feast of St. Stephen – Festa de Santo Estevão – e diz-se que pode estar na origem do popular Boxing Day.
Sem se perceber bem de onde veio e como cresceu esta tradição, o certo é que o Boxing Day é um feriado muito popular em Inglaterra. O chamado segundo dia de natal evoluiu em várias frentes e é hoje, à semelhança da Black Friday americana, um dia onde o comércio abre as portas aos descontos e a mais uma oportunidade para estimular a economia.  Mas não só de comércio vive a tradição e este passou a ser um dia onde corridas de cavalos, caça, rugby e futebol passaram a ter um papel importantíssimo, se não principal, no entretenimento da população.
Boxing Day: o dia mais apetecível pelos adeptos da Premier League
Na Premier League a maior curiosidade no sorteio do calendário da época é de que um clube que joga em casa no Boxing Day não o fará na jornada após o início do novo ano. Não só o facto de jogar em casa ou fora é levado em conta, como também a distância que as equipas e adeptos (!) terão que percorrer no dia 26 de Dezembro é um fator crucial. Este ano, todas as equipas a jogar fora não vão percorrer mais que 150 milhas, como é o caso do West Ham United, equipa que terá a viagem mais longa quando defrontar o Swansea City no Liberty Stadium.
Se descontarmos o Boxing Day o calendário da Premier League leva em conta clubes cujos estádios são extremamente próximos, como é o caso de Liverpool e Everton, que não podem jogar em casa no mesmo dia. Também as rotas de viagem de clubes rivais nunca poderão ser as mesmas: por exemplo, adeptos do Manchester City e Manchester United nunca poderão ter uma viagem a Londres no mesmo dia, tudo para evitar conflitos entre adeptos. O calendário da Premier League é, por certo, um dos mais complexos de realizar e as condicionantes dadas ao computador que o sorteia são muitas.
Assim sendo, temos um excitante Boxing Day à nossa espera. Ainda que sem jogos grandes, com um campeonato tão equilibrado não poderemos deixar escapar um Chelsea – Bournemouth, onde a equipa de Conte pode bater o recorde do clube de maior número seguido de vitórias. Será que os Blues vão ceder à pressão perante um dos clubes sensação da liga?
E o Arsenal? Como tive a oportunidade de escrever, dificilmente terá plantel e capacidade física para aguentar o ritmo de um calendário tão ocupado. Para dificultar ainda mais a vida aos Gunners, o WBA, equipa que os comandados de Wenger recebem no dia 26, vem de uma derrota frente ao United e tudo fará para não perder duas vezes seguidas, tentando assim uma prenda aos seus adeptos.
Já o United vem a fazer um excelente mês de Dezembro, com a principal figura, Ibrahimovic, a marcar 7 golos em apenas 8 remates à baliza desde o início de Dezembro. A equipa de José Mourinho recebe o Sunderland, no dia 26.
A jornada não se jogará apenas no dia 26 e prolongar-se-á por dias 27 e 28 onde o Liverpool terá mais um teste à sua consistência (recebe o Stoke City) e o Tottenham terá a difícil tarefa de se deslocar a casa dos campeões europeus Cédric Soares e José Fonte.
É com os desejos de um feliz natal e de uma escaldante jornada de futebol inglês que me despeço. E não se esqueça, a bola começa a rolar logo às 12:30 no dia 26, com um Watford – Crystal Palace.
Pedro Carreira (Sapo Desporto)

O Pai Natal existe (mesmo). É fadista, pintor e combateu no Ultramar

Depois de uma longa noite de muito trabalho, o Pai Natal e as suas renas vão descansar. E terão muito tempo para fazê-lo. Mas o que fará o velhinho de barbas brancas durante o ano? O Notícias ao Minuto foi procurar a resposta que, claro, só podia ser dada pelo próprio. O ‘nosso’ Pai Natal, de verdadeiro cabelo e barbas branquinhos, que espalha a magia do Natal e arranca sorrisos a miúdos e graúdos, é um antigo comerciante e combatente no Ultramar, que muito jovem perdeu a mãe e irmã.


PAÍS LAPÓNIA EM MASSAMÁ?
Todos os anos, desde meados de novembro até à véspera da Consoada, vários são os Pais Natais com lugar cativo em festas de escolas, lares, e centros comerciais. Para esses lugares transportam a magia da época e alimentam a ideia de que são reais. E são.

Notícias ao Minuto conversou com o Pai Natal Duarte Loureiro para conhecer o seu percurso de vida e o que faz durante o resto do ano.
O nosso velhinho de barbas e cabelo brancos (verdadeiros) tem 66 anos, nasceu e foi criado em Lisboa, e sempre foi um curioso aventureiro mas também um rapaz responsável, que cedo aprendeu a lição de que nem sempre a vida é fácil.
Começou a trabalhar aos 13 anos, quando os pais se divorciaram e o pai rumou para a vizinha Espanha. Enquanto filho mais velho foi obrigado a prematuramente entrar no mercado de trabalho e passar os estudos para o plano noturno. O primeiro emprego foi numa loja de roupa para homem próxima da Praça da Figueira, e, ainda não sabia, mas estava a traçar o seu destino: “Foi uma escola para mim”, relembra.
A minha pobre mãe viu partir dois filhos. Um para sempre, outro para a tropa
Naquele tempo não eram permitidos namoros entre funcionários mas o coração de Duarte falou mais alto. Acabou por sair para outra loja, a Eduardo Martins, que ardeu no grande incêndio do Chiado em 1988. Aí chegou a fazer trabalhos como modelo fotográfico para ilustrar os catálogos com as novas modas.
Em simultâneo crescia o prazer de desenhar, “ganhava 200 escudos por desenho, sem dominar técnicas. Secava o guache e as aguarelas, para avivar as cores, e tornava a retocar”. Com esses pequenos trabalhos, encomendados por “um desenhador”, chegou a juntar “dinheiro suficiente para comprar o primeiro carro: um Cooper S em 18.ª mão" e “ainda não tinha carta de condução”.
Mas esta vida acabaria interrompida com a partida rumo a outro Continente. Esteve na guerra do Ultramar durante 36 meses. Mas um mês antes de embarcar, a irmã de Duarte suicidou-se. "A minha pobre mãe viu partir dois filhos. Um para sempre e o mais velho para a tropa”, recorda. Valeu o que ganhava enquanto furriel e que mandava para Portugal para ajudar a mãe e incentivar o irmão mais novo a tirar boas notas na escola.
Regressado a Lisboa em março de 74, com mazelas de um acidente “com uma mina anticarro”, nova desgraça tomou conta da família. “Passados três meses do meu regresso faleceu a minha mãe”, que nunca superou a perda da filha. Viu-se sozinho “com um irmão dez anos mais novo” para cuidar e orientar. Foi então que o pai de Duarte reapareceu: “Começámos a dar-nos outra vez”. Até porque, conta, destino diferente escolheu o irmão. O "vício do álcool e das drogas" dominaram-lhe a vida desde novo, acabando por matá-lo aos 50 anos. Memórias que ainda hoje entristecem o 'nosso' Pai Natal.
Notícias ao Minuto
Quando regressou de África retomou o trabalho na Eduardo Martins, mas após o 25 de Abril de 1974 foi convidado para trabalhar “numa loja maravilhosa na Avenida da Liberdade, entre o cinema São Jorge, e o Hotel Tivoli”. Ganhava bem e a isso ajudava o facto de “falar línguas”, nomeadamente francês (à data obrigatório na escola) e inglês, que aprendeu na meninice com os rapazes e raparigas estrangeiros que “chegavam nos barcos-escola à gare de Alcântara”.
Desses tempos recorda a paixão por uma francesa que, por “aventura”, o fez rumar a França. Esteve lá pouco mais de um mês na casa da tia-madrinha, na véspera do Maio de 68 e de partir para o Ultramar, vivendo dos trocos que ganhava a tirar “fotografias a grupos de turistas”. Mas Denise, a bela menina francesa, nunca mais viu.
Foi na loja Santos e Nascimento que conheceu a primeira mulher, com quem viria a ter dois filhos rapazes. Nesta altura da sua vida “surge a oportunidade” de se “estabelecer com mais dois amigos” e “montar uma firma na Avenida Infante Santo”, também “só de roupa para homem e com alfaiataria”. O novo projeto “durou três anos”. Com dinheiro no bolso decidiu apostar num negócio só seu. “Comprei uma loja na Rua Braamcamp” mas, entretanto, “zanguei-me com a mãe dos meus filhos" e "encontrei a minha atual companheira de há 30 anos”, que “veio trabalhar comigo”.
Chegámos a ter anos em que estávamos em casa um mês intercalado e 11 meses fora no passeio
A morte de um dos seus fornecedores ditaria nova reviravolta. Acabou por estabelecer-se apenas numa “grande loja em Massamá”. Foi aí que achou que devia apostar noutros mercados: roupa de senhora e mais tarde apenas de criança. “Trabalhava sábados, domingos e feriados das dez da manhã às dez da noite, durante oito anos”, conta Duarte, até que um dia uma multinacional se mostrou interessada no espaço. Com 55 anos decidiu desfazer-se de tudo. Mas o que iria fazer daí em diante? A casa e o carro estavam pagos, os filhos orientados. "Comprámos uma autocaravana, tem tudo,” e “gasto o mesmo estando em casa”, conta o aventureiro Pai Natal. 

Notícias ao Minuto
Juntos já foram a “Itália, França, Espanha” e percorreram “Portugal de lês a lês”, passando "temporadas de meses" onde lhes apetece. “Chegámos a ter anos em que estávamos em casa um mês intercalado e 11 meses fora” no passeio, “o que nunca aconteceu na nossa vida de trabalho”. Este ritmo de aventura só foi travado quando “há três anos a minha mulher teve um problema muito grave de saúde” e “passado um ano o mesmo me aconteceu devido a um cancro nos intestinos”. Mas, diz com a alegria de um verdadeiro Pai Natal, “felizmente a minha mulher ficou bem e eu também”.
Uma série de circunstâncias fez-me pensar que seria um bom Pai Natal: tenho tempo, cabelo e barbas brancos, sou brincalhão e toda a vida lidei com crianças
E foi precisamente nesta altura, “num almoço de família, que a minha comadre (dona de um espaço para festas de crianças) me viu com uma barba de cinco dias e disse ‘davas um Pai Natal giro’. E assim foi”. Superada a comichão provocada pela grande barba branca, “uma série de circunstâncias fez-me pensar que seria um bom Pai Natal: tenho tempo, cabelo e barbas brancos, sou brincalhão e toda a vida lidei com crianças”. Além disso, confessa, “já o tinha feito em família para os filhos, sobrinhos e netos”. Enquanto criança também Duarte vivia intensamente o Natal, “um momento mágico” que recorda com saudade, particularmente “as idas ao musgo para fazer o presépio” e “o pinheirinho que enfeitava com os chocolates que o avô trazia da fábrica onde era encarregado”.

Duarte, o 'nosso' Pai Natal, reconhece ter passado “por muitas situações difíceis na vida”, mas hoje faz por compensar tudo isso “junto da companheira, dos filhos e netos” e, claro, com os seus vícios/hobbies: a pintura. “A minha arrecadação é o meu atelier. Tenho estivador, cavaletes, tintas, telas, chego a passar lá oito/dez horas. Quando começo a pintar perco a noção do tempo e dos cigarros que fumo”, admite. Além disso, “é rara a sexta-feira que não vá a Alfama encher a barriga de fados”.
Quando começo a pintar perco a noção do tempo e dos cigarros que fumo
“Depois de estar reformado é que tenho a vida que mereço e gosto. Se soubesse tinha-me reformado mais cedo porque só a partir dos 40 anos é que canto fado, ando por todo o lado na autocaravana, pinto a óleo e faço exposições com os meus quadros, e depois disto a arte de representar o Pai Natal” e “dar às crianças o que elas precisam. Soube aproveitar as oportunidades que tive, e tal como queria quando fosse mais velho, estou grato à vida e sinto-me em paz”, confessa Duarte Loureiro.

Fonte:noticiasaominuto

António Girão: Um homem de grandes causas!

DSC_0045
Neste dia especial… dia de Natal, nada mais inspirador que contarmos histórias de vidas que sejam motivadoras. Daquelas que nos fazem pensar…
Desta vez escolhemos um homem que nasceu na região de Montemor-o-Velho. Considera-se um cidadão de Cantanhede e, acima de tudo, é um cidadão do mundo!
António Manuel de Souza Girão, nasceu a 2 de Junho de 1958 em Pereira do Campo. Foi lá, a atravessar o Mondego durante as suas cheias, que participou nas suas “primeiras aventuras radicais”, segundo o próprio diz, em meio a uma gargalhada.
Para ele, “o rio nunca teve segredos” pois habituou-se a atravessá-lo a nado, a pé ou em bicicleta, consoante o seu caudal. Por isso, certamente, foi assim que “nasceu o desporto” na vida deste super-atleta!
ECLETISMO
Muito provavelmente o leitor não deverá ter conhecimento de algum outro atleta que tenha representado Portugal em 3 desportos diferentes, pelas suas selecções. Provavelmente, não: certamente, pois este deve ser um caso raro ou, quiçá, único no mundo!
Tendo como desporto de eleição o atletismo, António Girão também foi atleta da seleção nacional de Voleyball e de BTT. Uma força da natureza, este é um homem que ao longo de pouco mais de 4 décadas de carreira, obteve mais de 800 vitórias. Um palmarés impressionante!
Com resultados expressivos a nível de quase todas as distâncias no atletismo e no salto em altura, a prática dos outros desportos, sempre com resultados acima da média e títulos regionais, nacionais e internacionais, também contou muito para que António Girão se tornasse no “homem de Cantanhede mais conhecido em outros países”. Mas, não foram só os seus muitíssimos troféus que lhe deram fama, conforme veremos adiante!
“ESCOLA DA VIDA”
Foi aos 6 anos de idade que António matriculou-se na escola (sim, foi ele quem foi matricular-se!). Sua ânsia de saber sempre esteve em paralelo com a enorme vontade de praticar desporto. Mas, ao contrário do que podemos pensar, formou-se professor de... Português. Não se espante, caro leitor, pois a justificativa é válida: “nunca tive dinheiro em abundância – antes pelo contrário – e, como tal, não podia ir para Lisboa para a Faculdade de Educação Física. Fiquei-me por Coimbra e fiz a faculdade de Letras”.
DSC_0048
Mas, este homem que começou a trabalhar muito cedo e que treinava na hora do almoço, entre tantos afazeres, conseguiu tudo à base do sacrifício, sem nunca ter chumbado ou deixado matérias para trás. Como? Diz ele que tudo se resume a “utilizarmos bem as 24 horas do dia”, com organização e planeamento…

NOBRES CAUSAS
E assim, chagamos ao “lado sentimental e humano” desta reportagem.
De uns anos a esta parte, António Girão “revolucionou” a sua vida. Com um “verdadeiro conforto emocional” a contribuir, após uma fase a nível familiar que lhe causou demasiadas tristezas, “começou a sair pela Europa fora” sempre à procura de contribuir para causas que envolvam crianças. Isto, diz ele, “traz anticorpos”, mas não é nada que o desanime. Muito pelo contrário!
As forças para idas e vindas desde Roterdão e Amsterdão, por exemplo, passando por países intermináveis em cima de uma bicicleta, dormindo em quartéis de bombeiros ou junto a sem-abrigos ou no meio da floresta, simplesmente, vêm exatamente da vontade de contribuir para causas como a das crianças com cancro ou, aqui bem perto, a da “Bárbara Passo a Passo”, angariando fundos para que as famílias tenham uma situação “mais amena” em meio às preocupações do dia-a-dia.
Afirmando já não recordar da forma como ficou a saber do caso da Kikas, sabe, entretanto, que apaixonou-se por esta causa de uma forma instantânea e, sempre que se faz necessário pega a estrada para divulgar, dar conta e angariar fundos para ajudar no seu tratamento.
António Girão, humildemente, diz ser apenas a “ponta visível do iceberg” que procura sensibilizar as pessoas. Para ele existe “a parte invisível” que é um enorme grupo de amigos que vão dando informações, transmitindo casos de crianças que necessitem de ser divulgados para que estas também possam receber algum conforto.
Assim, este homem que diz que “agora tenho uma família que me apoia verdadeiramente e entende as minhas lutas para cumprir esta ajuda que nunca acaba” vai seguindo o seu caminho, custe o que custar, goste quem gostar. Nada mais o move. Nada mais interessa para ele que, aos 58 anos de idade, com tantos percalços e tantas vitórias, diz ter encontrado uma forma de sentir-se útil a uma sociedade cada vez menos solidária e mais egoísta.
FALTA DE RECONHECIMENTO
Considerando-se um “desalinhado”, não se esforça muito para tentar entender o porquê de, no mesmo dia em que o mairie de Paris o recebeu reconhecendo o seu trabalho de divulgação sobre rodas, a Câmara de Cantanhede, cidade que adotou para morar, não foi capaz de dar-lhe o reconhecimento merecido em entrega de prémios… desportivos! Fica difícil perceber porque ele, atleta que escolheu o Sombras Negras, de Lemede, para representar (quando podia tê-lo feito por emblemas bem “maiores”), tendo sido campeão nacional em 10 oportunidades e até campeão ibérico, sempre por Cantanhede, não receba “em casa” o mesmo reconhecimento que tem fora das fronteiras do Concelho!
Mas, ele faz mesmo questão de repetir: “estou-me nas tintas para os troféus… há muito que doo os que recebo às crianças! É para elas que tenho meus olhos virados. É para elas que vão as minhas intenções de trazer um sorriso”. E é assim que ele quer continuar…
CONCLUSÕES FINAIS
Em jeito de balanço, o que fica nesta entrevista é o lado simples e, ao mesmo tempo, objetivo deste homem, deste ser humano de quem não podemos separar o lado atleta do lado humanístico que carrega consigo onde for.
É impossível não lembrar os títulos e as homenagens recebidas por Portugal todo e pela Europa fora. É impossível falar de António Girão sem tocar em algo tão profundo que não seja a alma.
DSC_0049
António Girão é um valente que rema contra a maré do descaso e do "assobiar para o lado". Contra muitos obstáculos, senta no selim da sua bicicleta e anda milhares de quilómetros por algo tão básico chamado "sorriso de uma criança!"
Ele é assim, e pronto! Não é perfeito, pois claro, mas é um ser humano acima da média, pois a média da sociedade limita-se a ver, enquanto alguns – como ele – fazem.
António Girão merece que se lhe seja reconhecido este lado gentil e afável. Merece que as pessoas saibam que, ao ser questionado pela reportagem do Jornal Mira Online sobre se contribuiria de alguma forma, pela Larinha (um caso muito parecido com o da Kikas, no Concelho de Mira), a resposta foi exatamente esta: “Desconhecia esta situação. Não sabia da existência da Larinha… mas, digo-o, desde já, com toda a certeza: vou ajudar a Larinha… vou querer ajudar a família dela. A Larinha pode, desde já, contar com o meu humilde apoio!”
Palavras para quê, não é?
Feliz Natal a todos. Feliz Natal, António Girão!
Mira Online