domingo, 6 de outubro de 2019

Eleitor perde direito a votar por já terem votado em seu nome

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TSF
Após verem e reverem os cadernos eleitorais, não restavam dúvidas; a informação era clara. "Nos dois cadernos eleitorais, estava uma cruz como se eu tivesse votado."

Luís Ferreira de Almeida saiu de casa depois do almoço para ir votar. Vive em Campolide, na cidade de Lisboa, e vota no Palácio de Justiça, mas, quando lá chegou, não conseguiu votar.

"Isto é inacreditável", afirma, em declarações à TSF.

Após verem e reverem os cadernos eleitorais, não restavam dúvidas; a informação era clara. "Nos dois cadernos eleitorais - os dois que eu penso serem iguais -, tanto na esquerda como na direita, estava uma cruz como se eu tivesse votado", conta.

Perante o caso, o eleitor pensou até tratar-se de alguém com um nome igual, mas as suspeitas eram infundadas: "Não havia nenhum nome parecido com o meu."

"Não tinha outra solução. Disseram-me para preencher o protesto, um formulário que se chama 'reclamação-protesto', para lá colocar os meus dados e explicar o que aconteceu"

Acabou por apresentar queixa, já que esta foi a única hipótese que lhe deram na secção de voto. "Foi o que fiz, e voltei para casa. Este processo está assinado por mim e pelo responsável da mesa, evidentemente."

O eleitor lamenta o caso e diz sentir-se injustiçado.

Qualquer eleitor, delegado, mandatário e candidato pode reclamar ou apresentar protesto por escrito e entregar à mesa da secção de voto.

A CNE tem, em todas as secções de voto, modelos de protestos que permitem ao eleitor guardar um duplicado do protesto apresentado. Em todas as eleições, admite a CNE, há casos destes: pessoas que ficam impedidas de votar porque alguém já votou em seu lugar.

TSF

Quatro sem-abrigo morrem após serem espancados com barra de ferro em Nova Iorque

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Jornal do Luxemburgo
Quatro sem-abrigo morreram depois de serem espancados com uma barra de metal enquanto dormiam na zona de Chinatown, Nova Iorque, e uma quinta pessoa ficou gravemente ferida, anunciou hoje a polícia.
De acordo com as autoridades, o crime foi perpetrado por um outro sem-abrigo, que empunhava uma longa barra de metal quando foi detido.

“O motivo, aparentemente, foi aleatório”, afirmou o chefe dos detetives do sul de Manhattan, Michael Baldassano, numa conferência de imprensa, adiantando que não há qualquer evidência, até ao momento, que as vítimas tenham sido “alvo pela raça, idade ou algo do género”.
O suspeito do crime é Randy Rodriguez Santos, de 24 anos, de acordo com a AP.
Santos está detido e, de acordo com a polícia, terá sido preso pelo menos meia dúzia de vezes nos últimos dois anos, três vezes por agressão.
O único sobrevivente está hospitalizado em estado crítico.
A população de sem-abrigo na cidade de Nova Iorque aumentou para um nível recorde na última década.
Lusa

Mais de 10,8 milhões de eleitores escolhem hoje os 230 deputados da Assembleia da República

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CM
Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro são hoje chamados às urnas para escolher a constituição da Assembleia da República na próxima legislatura e de onde sairá o novo Governo.
Segundo a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições de hoje 10.810.662 eleitores, mais cerca de 1,1 milhões do que nas anteriores legislativas, em 2015, devido ao recenseamento automático no estrangeiro.
As mesas de voto estarão abertas entre as 08:00 e as 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.
Esta é a 16.ª vez que os portugueses serão chamados a votar em legislativas, concorrendo a estas eleições um número recorde de forças políticas — 20 partidos e uma coligação — embora apenas 15 se apresentem a todos os círculos eleitorais.
Nestas eleições, há quatro partidos novos – Aliança, Reagir Incluir Reciclar (RIR), Chega, Iniciativa Liberal, sendo a única coligação a CDU, que junta PCP e PEV e independentes.
Outros dos partidos políticos concorrentes são: PSD, PS, BE, CDS-PP, PAN, PNR, PDR, PCTP-MRPP, PPM, PTP, Livre,MPT, PURP, Nós, Cidadãos!, MAS e JPP.
A 16 de outubro serão contados os votos dos círculos da Europa e Fora da Europa, que elegem quatro deputados. Após o apuramento destes dois círculos, fica fechado o apuramento geral dos resultados das legislativas.
Em relação a 2015, o número de mandatos de deputado a atribuir nos círculos eleitorais da Guarda e de Viseu diminuiu de quatro para três e de nove para oito, respetivamente, enquanto Lisboa e Porto ganharam um lugar cada.
No total, são eleitos 230 deputados numas eleições que, ao longo dos anos, têm vindo a registar um aumento da taxa de abstenção.
Em 2015, a taxa de abstenção atingiu o recorde de 44,4%, comparando com os 8,3% nas eleições para a Assembleia Constituinte, em 1975, ou os 16,4% das primeiras legislativas, em 1976.
Lusa

Legislativas 2019: Populares de Morgade repetem “voto de protesto” contra a mina

Populares de Morgade que se opõem à exploração de uma mina de lítio a céu aberto nesta freguesia de Montalegre repetem hoje um “voto de protesto” e recusam-se a votar nas eleições legislativas.
Esta manhã verificou-se, inclusive, uma tentativa de boicote em três mesas de voto das aldeias de Morgade, Cortiço e Arcos, no concelho de Montalegre, distrito de Vila Real.
Fonte da GNR disse à agência Lusa que em Cortiço e Arcos foram encontradas chaves partidas nas fechaduras das portas dos edifícios e, em Morgade, os portões estavam fechados com cadeados e a fechadura da porta colada.
De acordo com a fonte, as três mesas de voto estavam a funcionar normalmente às 08:00, hora do início do ato eleitoral.
“Esta manhã deparámo-nos com as instalações vedadas a cadeado, a fechadura vandalizada e teve que se recorrer ao arrombamento das portas para colocar a mesa de voto em funcionamento. Não votarem, tudo muito bem, agora andarem a vandalizar as coisas eu não concordo”, disse o presidente da Junta de Freguesia de Morgade, José Nogueira.
Nesta localidade, repete-se hoje um apelo à abstenção nas legislativas como forma de protesto contra a mina de lítio a céu aberto anunciada pela empresa Lusorecursos para esta freguesia que agrega as aldeias de Morgade, Carvalhais e Rebordelo e onde estão inscritos 325 eleitores.
Nas europeias de maio votaram apenas quatro eleitores e, nesse dia, a mesa de voto abriu com um atraso de cerca de uma hora e meia, também devido à porta trancada do edifício da junta.
“Podemos mostrar às pessoas que efetivamente estamos contra, que não queremos aqui a exploração mineira, mas de uma forma ordeira”, salientou José Nogueira.
O autarca disse que também não vai votar hoje.
Junto à sede da Junta de Freguesia, onde está instalada a mesa de voto, concentraram-se dezenas de populares e pela aldeia foram também colocadas tarjas de grande dimensão onde a principal mensagem que se pode ler é “não à mina, sim à vida”.
“Nunca fomos ouvidos em todo este processo e não aceitamos que queiram construir uma mina ao lado das nossas casas que vai alterar completamente a nossa forma de vida. Não aceitamos que alguém em Lisboa decida que quer destruir parte das nossas aldeias e serras e a nossa qualidade de vida”, afirmou Armando Pinto, porta-voz da Associação Montalegre Com Vida.
Este é, segundo o responsável, mais um “voto de protesto”.
Além das preocupações com a dimensão da cratera da mina, a população aponta ainda preocupações relacionadas com os prejuízos ambientais, as consequências para a qualidade da água e do ar, os impactos sobre os solos ou sobre a classificação como Património Agrícola Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
“Nós estamos a apelar a que as pessoas não votem porque é a única forma de os membros do Governo e quem está na iminência de entrar para o Governo nos ouvirem. Estamos a lutar contra a destruição da nossa terra. Não, não à mina”, afirmou Teresa Dias, também residente em Morgade.
Vítor Santos voltou a juntar-se ao protesto de hoje para mostrar que está “contra a mina” e a forma como a “mina foi concebida”.
“As aldeias estão muito próximas da concessão e isso traz impactos enormes aos habitantes das três aldeias. Eu tenho a certeza que se a mina for para a frente as pessoas não vão poder viver aqui”, sublinhou este popular.
Em Montalegre, a Lusorecursos Portugal Lithium, empresa que em março assinou o contrato de concessão com o Estado para a mina do Romano (Sepeda), anunciou um plano de negócios de 500 milhões de euros, a criação de cerca de 500 postos de trabalho e a implementação de uma unidade industrial.
A empresa está em fase de elaboração do respetivo estudo de impacto ambiental (EIA).
Lusa
Foto: PEDRO SARMENTO COSTA/LUSA

Freguesia do Sabugal demonstra descontentamento por barragem com abstenção

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CM
Os habitantes da freguesia de Malcata, no concelho do Sabugal, no distrito da Guarda, estão a abster-se de votar nas eleições de hoje, por estarem descontentes com o funcionamento da barragem local, segundo fonte autárquica.
O presidente da Junta de Freguesia de Malcata, João Vítor, disse à agência Lusa que a mesa de voto "abriu normalmente às 08:00", mas como a população "decidiu não votar", pelas 09:30, apenas tinham votado dois eleitores.

"Há uma abstenção global, mas não é unânime. Duas pessoas votaram depois das 09:00. As pessoas devem fazer o que entenderem, mas o problema [do descontentamento devido à barragem] é transversal [a todos os habitantes]", declarou o autarca da freguesia, que tem 405 eleitores inscritos.
Apesar dos dois votos já registados, João Vítor disse à Lusa que o ambiente na freguesia é "normal".
O protesto da população tem a ver com a reivindicação de medidas relacionadas com a barragem local.
João Vítor adiantou que foram colocados cartazes na aldeia "com as reivindicações" da população e tudo indicava que ninguém votasse no ato eleitoral de hoje, o que "não foi conseguido".
No dia 25 de setembro, habitantes e autarcas do Sabugal decidiram enviar uma exposição ao próximo Governo, a pedir a "regulação independente" de transvases de água e a "redefinição de níveis mínimos" na albufeira da barragem local.
Na exposição, que foi aprovada numa "audição pública", promovida pela Associação Malcata com Futuro (AMCF), União de Freguesias de Sabugal e Aldeia de Santo António e Juntas de Freguesia de Malcata, Quadrazais, Foios e Vale de Espinho, lê-se que as freguesias "mais diretamente afetadas pela sangria do rio Côa, têm toda a legitimidade para exigir" a "regulação independente sobre transvases e sobre a utilização da água" no regadio da Cova da Beira, que é assegurado pela barragem que foi inaugurada no ano 2000.
É também exigida a "redefinição de níveis mínimos" que garantam a concretização do Plano de Ordenamento da Albufeira e a elaboração de um Plano de Recuperação, de Valorização e de Gestão Otimizada dos Recursos Hídricos.
Os subscritores pedem, ainda, que seja efetuado um Estudo de Impacto Ambiental "que esteja disponível antes da emergência de outros projetos de irrigação na Cova da Beira e na Gardunha".
A construção de açudes, a limpeza de linhas de água e a recuperação de represas fazem também parte das reivindicações a apresentar ao Governo.
"Basta de sangria e de utilização ineficiente de recursos escassos na origem. Justifica-se o reenquadramento da albufeira do Sabugal no Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira", é igualmente defendido.
Lusa

Religião | Neopaganismo comuno-tribal na nova prática missionária

Foto: Ricardo Stuckert / ABr

A denúncia feita há 42 anos no livro “Tribalismo Indígena – Ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI”,[1] de Plinio Corrêa de Oliveira, está claramente confirmada pela ecologia indigenista projetada pelo Sínodo Pan-Amazônico. Esse livro constituiu uma barreira à propagação das ideias de missionários progressistas que desfiguram o ideal de civilização cristã.
➤ Paulo Roberto Campos 
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 826, Outubro/2019


Autodemolição da Igreja! Expressão forte, mas muito apropriada para qualificar os objetivos do Sínodo Pan-Amazônico que se realiza neste mês em Roma. 

Em edições anteriores,Catolicismo publicou importantes comentários sobre as ideias incluídas como temas da assembleia de bispos da região amazônica. São as mesmas ideias impregnadas pelos gases pestíferos da “Teologia da Libertação” com que já trabalhavam muitos missionários, adquiridas durante a formação comuno-estruturalista em seminários, propugnadas hoje pelos eclesiásticos progressistas que defendem uma igreja místico-tribal-ecológica com rosto amazônico e indígena. 

Em artigo intitulado Amazônia, o rosto ecológico de Deus (“O Globo”, 31-8-19), Frei Betto mostra os objetivos: 

“A Igreja tem consciência de que, se agora defende a causa indígena, pela qual há tantos mártires, por outro lado ainda não se libertou da influência do projeto colonizador que vigorou no passado. O Sínodo [da Amazônia] busca justamente implantar uma Igreja pós-colonial e solidária, com rosto amazônico e indígena. Para a Igreja, a região é muito mais do que um lugar geográfico; é também um lugar teológico, no qual transparece a face de Deus criador […]. Os povos indígenas guardam ainda uma sintonia holística com o Cosmo. Seus sentidos aguçados estabelecem um diálogo permanente com a natureza”. 

CRIAR UMA NOVA FORMA DE IGREJA 
Engolfando-se nessas mesmas ideias delirantes, outro “teólogo da libertação”, o ex-frade franciscano Leonardo Boff — coautor da encíclica Laudato Si, do Papa Francisco, a respeito de questões ecológicas — afirma em entrevista publicada no site da “Unisinos” (6-9-19):[2] 

“Eles [os indígenas] conhecem o ritmo da floresta, sabem como preservá-la. Eles são nossos mestres e doutores, não os cientistas que têm uma visão de fora […]. Existe o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), que há 30 a 40 anos realiza um trabalho sistemático para a proteção dos povos indígenas. O documento do Sínodo Pan-Amazônico faz outro discurso. Não se trata de converter as culturas, mas de fazer a evangelização nas culturas, para que possa surgir uma igreja com rosto indígena. Nesse sentido, pensa-se na ordenação de padres indígenas para criar essa nova forma de igreja que não seja simplesmente a adaptação das igrejas europeias […]. O Papa Francisco tem uma imensa liberdade interior e coragem para abrir novos caminhos. Eu acredito que serão consagrados verdadeiros presbíteros indígenas. Apoio o Bispo Erwin Kräutler, amigo do Papa, que também defende ordenar as mulheres”. 

Em ambas as declarações, vemos a contestação à ação missionária da Igreja, que tudo fazia para salvar os índios, proporcionando-lhes bens espirituais e materiais e levando-lhes a boa-nova do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nessas declarações, nota-se também a diferença em relação à ação colonizadora europeia para estabelecer a Cristandade, pois visavam à civilização e conversão de nossos irmãos indígenas. Catequizando-os, iam pouco a pouco, entre outros benefícios, extirpando a barbárie, o canibalismo, as superstições, o paganismo e o infanticídio, prática comum em várias tribos. 

Esses dois expoentes da “esquerda católica” promovem o contrário do que buscavam os missionários tradicionais, pois “não se trata de converter”, nem de transmitir aos silvícolas o ensinamento católico. Pelo contrário, nós é que devemos assimilar o que eles, “nossos mestres e doutores”, têm a nos ensinar. Para os missionários “atualizados”, o homem civilizado não é modelo para os selvagens, estes é que devem ser modelos para todo o mundo ocidental e cristão. Ambos apresentam uma visão panteísta da vida selvagem, como que identificando Deus com a própria natureza ecológica. Em suma, os novos missionários não devem mais catequizar os aborígines, mas assumir seus costumes tribais e seus cultos fetichistas.

Não se esboça nisso a criação de uma nova religião? Outro conceito que indica a tendência neste sentido é a proposta de ordenação sacerdotal de índios casados e de mulheres. 

Não menos importantes que essas declarações são as de um dos principais organizadores do Sínodo da Amazônia, D. Pedro Ricardo Barreto Jimeno, SJ, arcebispo de Huancayo (Peru), cuja recente ascensão ao cardinalato e ao cargo de vice-presidente da REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazônica) revela a extensão dos objetivos do atual Sínodo e o açodamento em realizá-los: 

“Os índios vivem o dia e não fazem planos nem para a próxima semana. Outro ponto é o seu tratamento igualitário. Não há diferenças. Eu aprendo muito com eles e continuo a aprender. Sua cultura, sua sabedoria mostrou uma transcendência que para mim era Deus.” Invertendo a condição dos missionários, sustenta que a Igreja não deveria evangelizar os índios, mas sim aprender com eles: “São os índios que devem nos ensinar tantas coisas.” As lições aprendidas com os indígenas da Amazônia representarão um impulso para uma profunda reforma na Igreja: “Devemos definitivamente apoiar a reforma da Igreja. Agora ou nunca!”.


Dom Tomás Balduíno, falecido Bispo de Goiás Velho, ostentando
um cocar, prega os “valores evangélicos” que, segundo ele, inspiram a cultura dos índios.

O PSEUDO-EVANGELHO DE D. BALDUÍNO
“Só temos a aprender com os índios” – diz o Pe. Egydio Schwade,
assessor do CIMI. Os Jíbaros eram temidos porque matavam todos aqueles que ousassem entrar em seus domínios. E depois, com uma técnica especial, reduziam a proporções diminutas as cabeças de suas vítimas.


Os neomissionários progressistas, como vemos, estão requentando os erros doutrinários defendidos há décadas por alguns próceres da “esquerda católica” e do indigenismo tribalista, como o antigo bispo de Goiás, D. Tomás Balduíno (1922-2014), um dos fundadores do CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e da CPT (Comissão Pastoral da Terra). Entre numerosas apologias da vida tribal e de críticas aos missionários tradicionais, ele declarou:

“Hoje a atividade missionária descobre na cultura indígena valores evangélicos, de tal forma que o índio não só é evangelizado, mas também é capaz de nos evangelizar […]. A evangelização é capaz de descobrir a presença de Cristo no grupo tribal, o qual vive de maneira mais cristã do que nós, com o nosso batismo e com a nossa prática religiosa. Sem professar o nome de Cristo, os aborígines vivem muito mais na plenitude de vivência anunciada pelo Cristo”.[3] 

A DESCOBERTA DA AMÉRICA – UM CRIME 
D. Pedro Casaldáliga, Bispo de São Félix do Araguaia,
em trajes episcopais “aggiornati”: por “báculo”, um remo;
por “mitra”, um chapéu de palha; e “estola”.
Para ele, “Anchieta foi até certo ponto transmissor
de um evangelho colonizador. A lgreja deve se penitenciar”.


Ideias extravagantes como essas, renegando o Evangelho, também foram defendidas pelo hoje nonagenário D. Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), um dos criadores das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e propulsor do MST. Ele ficou conhecido por não usar os trajes próprios de prelado: em vez da mitra, chapéu de palha; no lugar do báculo, um remo. Não usa anel de ouro, mas de tucum. Assim se chama uma árvore nativa da Amazônia, com cuja semente se faz o “anel de tucum” — símbolo dos propagadores do Sínodo da Amazônia. Em sua autobiografia, D. Casaldáliga escreveu: 

“Acabei, por fim, de entender, e até de sentir, toda a ganga de superioridade racista, de domínio endeusado e de exploração inumana com que foram descobertos, colonizados, e, muitas vezes, evangelizados os novos mundos. ‘Colonizar’ e ‘civilizar’ já deixaram de ser para mim verbos humanos. Como não o são, aqui onde vivo e sofro, as novas fórmulas colonizadoras de ‘pacificar’ e ‘integrar’ os índios. Imperialismo, colonialismo e capitalismo merecem, no meu ‘credo’, o mesmo anátema. Repugnam-me os monumentos aos descobridores e aos bandeirantes”.[4] 

Na declaração acima, D. Casaldáliga deixa entender que no seu “credo” não há anátema ao comunismo. Além da crítica aos heróicos descobridores e bandeirantes, ele censura severamente a admirável obra evangelizadora de santos e missionários; como, por exemplo, a de São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil: 

“Anchieta foi até certo ponto um transmissor de um evangelho colonizador. A Igreja deve se penitenciar […]. É evidente que a descoberta da América foi em muitos aspectos um crime colonialista. E que a evangelização tem sido excessivamente vinculada a uma cultura e, por isto mesmo, a um domínio”.[5] 

SÍNODO PAN-AMAZÔNICO: RECAUCHUTAGEM DE IDEIAS RETRÓGADAS 


D. Balduíno já faleceu; D. Casaldáliga está muito idoso e doente; mas em pleno século XXI outros adeptos da “Teologia da Libertação” continuam com os mesmos delírios da missiologia comunista. Hoje alguns dos motivadores do Sínodo Pan-Amazônico estão recauchutando o velho projeto de imobilizar o índio na vida tribal, panteísta, comunistoide, igualitária e sem propriedade privada, como o faz o arcebispo peruano D. Pedro Barreto. E apresentam tal “estilo de vida” como modelo para a sociedade, e também para macular o glorioso passado missionário da Igreja. 

Esse projeto foi denunciado por Plinio Corrêa de Oliveira [foto ao lado] há quatro décadas. O Sínodo ora em andamento pretende reanimá-lo, não somente com vistas a manter os silvícolas estagnados no tribalismo primitivista e pagão, mas também para apresentar tal estilo de vida como ideal para a sociedade dita “civilizada”. Exatamente o que o Prof. Plinio refutou cabalmente em 1977, em seu livro Tribalismo Indígena – Ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI. O documento de trabalho (Instrumentum laboris) do Sínodo Pan-Amazônico confirma tais objetivos.

Esse livro foi classificado por alguns como profético e irrefutável. Profético, pois há 42 anos prognosticou precisamente o que hoje está acontecendo; irrefutável porque, seriamente documentado, não deixa margem para réplica. A íntegra dessa obra encontra-se disponível no seguinte link:
 https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Tribalismo_last_corre%C3%A7%C3%A3o.pdf 

SÍNODO PAN-AMAZÔNICO – OS “ESTADOS GERAIS” DE UMA REVOLUÇÃO 

No livro Tribalismo Indígena, os novos missionários progressistas são classificados por Plinio Corrêa de Oliveira como “missionários aggiornati” (do italiano giorno, dia), no sentido do missionário modernista da Igreja-Nova, pós-conciliar. Os textos das próximas páginas podem ser aplicados inteiramente aos atuais propugnadores do Sínodo da Amazônia, que se utilizam da questão indígena como pretexto para contestar uma sociedade “austera e hierárquica, fundamentalmente sacral, anti-igualitária e antiliberal”,[6] solidamente fundamentada no magistério tradicional da Santa Igreja Católica. 

Na França de 1789, a convocação da Assembleia dos Estados Gerais (clero, nobreza e povo) pelo Rei Luís XVI precedeu a Revolução Francesa, que derrubou a monarquia e deu início a um estado de coisas caótico, o qual foi se acentuando até os nossos dias. Da mesma forma, deve-se temer que a atual Assembleia Pan-Amazônica — devido às suas gravíssimas consequências para todo o mundo católico — se transforme nos Estados Gerais da Igreja, com vistas a derrubar a sua estrutura monárquica. É o que se poderia deduzir das seguintes palavras do Papa Francisco: “O Vaticano como forma de governo, a Cúria, o que seja, é a última corte europeia de uma monarquia absoluta. A última. As demais já são monarquias constitucionais, a corte se dilui, mas aqui há estruturas de corte que têm que cair”.[7]

ABIM

____________ 

Notas: 
1. Em janeiro de 1978, sócios e cooperadores da TFP saíram em caravanas de propaganda do livro Tribalismo Indígena – Ideal Comuno-Missionário para o Brasil no Século XXI. Percorreram 2.963 cidades em todos os quadrantes do Brasil. Em nove edições sucessivas, a tiragem alcançou 82 mil exemplares, sem incluir a publicação em Catolicismo (edição de novembro/dezembro de 1977). A mais recente reedição da obra, em 2008, contém o acréscimo de uma segunda parte, na qual os jornalistas Paulo Henrique Chaves e Nelson Ramos Barretto narram visita que fizeram à reserva Raposa-Serra do Sol (Roraima), e o que pesquisaram em Mato Grosso e em Santa Catarina sobre a questão indígena no Brasil. Este acréscimo comemorativo tem por título: 30 anos depois – Ofensiva radical para levar à fragmentação social e política da nação. Confirma inteiramente as teses sustentadas pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 1977.
2. http://www.ihu.unisinos.br/592363-o-futuro-da-humanidade-e-da-terra-esta-ligado-ao-futuro-da-amazonia-entrevista-com-leonardo-boff
3. Índio ensina ao branco os valores cristãos – entrevista de D. Tomás Balduíno ao semanário “Opinião”, apud “CIC – Centro Informativo Católico”, Vozes, Petrópolis, ano XXV, nº 1279, 22 de fevereiro de 1977.
4. Yo creo en la justicia y en la esperanza! – Desclée de Brouwer, Bilbao, Espanha, 1976, p. 176.
5. “De Fato”, Belo Horizonte, ano I, nº 6, setembro de 1976.
6. Revolução e Contra-Revolução, Artpress, S. Paulo, 4ª edição em português, 1998, Parte II, Cap. II, 1.
7.https://www.vaticannews.va/es/papa/news/2019-05/papa-francisco-entrevista-televisa-mexico-migrantes-feminicidio.html

Oeste | "SOPRO" DE DANÇA DE SOFIA NEUPARTH NO TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

Sopro vai passar pelo palco do Teatro-Cine de Torres Vedras no próximo dia 18 de outubro, pelas 21h30.Trata-se de um espetáculo de dança de Sofia Neuparth, que, segundo a artista, se constitui como “um estudo do nascer do gesto que traz ao encontro a alegria de ser movimento! Não se é corpo sozinho.
O prazer de esticar um braço, rebolar, olhar para o céu, tocar o ar, sentir a terra a beijar os pés…dançar. Há uns anos fui descobrindo que o movimento pode fazer-­se gesto e que a dança poderia ser a poesia do gesto. Cada forma que se vai fazendo forma, dança a dança que dança…assim possa…e ninguém sabe o que pode um corpo! Seja corpo, água, pássaro, luz, nuvem, flor, erva, som, inseto, girafa, peixe. Nunca ressoou em mim a tristeza dos humanos (muitos deles supostamente dedicados à “dança”) quando expressam a incapacidade de “criar” um momento dançante… não que em Sofiez a dança se faça linda e brilhante a todo o momento mas a alegria, o amor de poder dançar, o agradecimento de poder dançar é uma força imensa!
Acompanhei ao longo do caminho da existência vidas complicadas em que o movimento não podia mesmo aparecer, em que o corpo físico se viu enjaulado numa imobilidade cruel. Bem dentro do meu coração acompanhei os últimos anos de quem amo muito, alguém que em criança era selvagem e aventureira e atrevida, alguém que se foi fechando numa concha de não movimento até que qualquer gesto se tornou impossível…e nós humanos aqui a desperdiçar a vida, a inventar complicações que justifiquem a nossa falta de girar, gritar, saltar, existir!
SOPRO é um grito, um sussurro, uma canção, um beijo, um sopro de amor de existir…não é uma boa dança ou uma dança feia ou…é dança, com a companhia de quem vibra lado a lado,  a  Margarida na atmosfera e o Bruno na música, e sabem porque danço? porque posso! E que o mundo dance! que a dança dance! que o corpo possa!".
O preço dos bilhetes para se assistir ao espetáculo Sopro no Teatro-Cine de Torres Vedras é de 5 euros.

Ficha Técnica
Criação e Interpretação: Sofia Neuparth

Atmosfera em presença: Margarida Agostinho
Música: Bruno de Azevedo
Luz: Bruno Santos
Produção: c.e.m – centro em movimento, Cristina Vilhena
Imagens do projeto: Play Bleu

crédito fotográfico: Play Bleu

Religião | Sínodo da Amazônia: que os bispos falem de Cristo e não de sincretismo




Roma, 4 de outubro de 2019

Que o Sínodo Especial para a Região Pan-Amazônica seja a oportunidade para um verdadeiro reavivamento do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, evitando qualquer tentação ao sincretismo religioso.

Este é o apelo lançado pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira aos padres sinodais, que se reune em Roma de 6 a 27 de outubro.

Hoje pela manhã, um representante do Instituto, o jornalista Nelson Ramos Barretto, entregou no Vaticano mais de 22 mil assinaturas recentemente coletadas durante campanha organizada pelos jovens voluntários do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, que em 20 dias atravessaram vastas regiões amazônica.

Em carta enviada ao cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, o presidente do Instituto, Adolpho Lindenberg, lembrou o trabalho meritório realizado pela Igreja na América ao longo dos séculos, destacando também como o Brasil sempre foi chamado de “Terra da Santa Cruz”.

A maioria da população da região amazônica — escreve Adolpho Lindenberg — pede à Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos “que não atue como uma caixa de ressonância de teorias que estão longe de ter a aprovação da comunidade científica e que poderiam jogar esse imenso território no atraso social e econômico”.

“Essas teorias — acrescenta ele —, embora amplamente divulgadas pelos poderosos deste mundo, como as Nações Unidas, inúmeras ONGs extremamente ideológicas e a grande mídia, não representam o sentimento comum do homem da rua daquela região, como nossos jovens puderam ver e comprovar”.

Para amanhã, 5 de outubro, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira organizou um fórum internacional, que será realizado no Hotel Quirinale, na Via Nazionale, das 9h30 às 18h00.

No evento, falarão o príncipe imperial do Brasil, Dom Bertrand d’Orleans e Bragança, autor do livro Psicose Ambientalista, recentemente citado pelo presidente Jair Bolsonaro; o Prof. Luiz Carlos Molion, meteorologista da Universidade Federal de Alagoas; o advogado Jonas Marcolino Macuxí, líder da etnia Macuxí de Roraima, na Amazônia.

Em seguida, intervirão no fórum José Antonio Ureta, da Association Tradition, Famille, Propriété (TFP) da França; James Bascom, diretor do escritório de TFP de Washington; o Prof. Stefano Fontana, Diretor do Observatório Card. Van Thuận da Doutrina Social da Igreja e Prof. Roberto de Mattei, presidente da Fundação Lepanto. Julio Loredo, presidente da TFP italiana e autor de Teologia da Libertação – Um salva-vidas de chumbo para os pobres será o moderador.

O programa do fórum de 5 de outubro no link: