domingo, 23 de outubro de 2022

Cantanhede | Empreitada orçada em mais de 1 milhão de euros. Requalificação da EB1/Jardim de Infância de Febres entra na reta final

 

Os trabalhos de requalificação da EB1/Jardim de Infância de Febres, que resultam de um investimento superior a um milhão de euros, entraram na reta final.

A intervenção profunda durou cerca de um ano, prevendo-se que os alunos possam usufruir das novas instalações ainda no corrente ano letivo.

Os trabalhos visaram a beneficiação das condições de conforto e bem-estar dentro das salas de aula, sala de refeições, salão polivalente e demais instalações, com melhoria em todo o edifício principal, que mantém a sua traça original, mas, no seu interior, foi alvo de uma remodelação profunda.

Para melhorar as condições de acessibilidade da comunidade escolar foram construída rampas nos acessos ao interior e ao logradouro, bem como às casas de banho.

Também a área exterior da escola (traseiras) sofreu uma significativa intervenção, tendo sido envidraçada a metade que faz a ligação com o salão polivalente, permitindo, deste modo, o acesso mais confortável a partir do interior por parte do jardim de infância.

Nas zonas de terreiro a poente e recreio/logradouro a nascente foram edificados espaços distintos para diferentes brincadeiras, com pavimentação de todo o piso existente, permitindo, assim, o seu uso de forma segura dadas as suas características antiderrapante.

Na zona norte/nascente, o recreio amplo apresenta uma pérgola dupla e escadeada para permitir a integração gradual com o talude acentuado e, aproveitando o mesmo, foi feito um anfiteatro ao ar livre.

Esta era uma intervenção há muito desejada e necessária, inserida num vasto programa de beneficiação da rede escolar do concelho que a Câmara Municipal tem vindo promover”, explica a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, sublinhando que “só com instalações de qualidade e demais condições físicas e materiais, é possível almejar um ensino de excelência no Município”.

Ao enfatizar que a Educação “é um pilar da ação governativa municipal”, a líder do executivo cantanhedense recorda que “a autarquia investiu mais de 10 milhões de euros na construção de novos centros escolares e na requalificação de outros do ensino pré-escolar e do 1.º CEB, processo que vai prosseguir, no entendimento de que a educação é um fator estruturante do desenvolvimento”.

Já o vice-presidente com o pelouro da Educação, Pedro Cardoso, fala numa “obra de referência para este território educativo e a confirmação da aposta muito séria ao longo dos últimos anos na Educação”. “Para o Município de Cantanhede cada cêntimo gasto nesta área, é um investimento importantíssimo nas pessoas, numa educação de qualidade, no fundo uma aposta no futuro”, entende.

De salientar que a par da construção, reabilitação e requalificação dos equipamentos escolares, que continua a ser uma das prioridades do executivo municipal, muitas são as ações e investimentos significativos, necessários e criteriosos, para apoiar as famílias e proporcionar à comunidade escolar as ferramentas necessárias para promover a inclusão e o sucesso escolar dos alunos.


ANA CAÇOETE EM EVIDÊNCIA NOS 32 KM DA X DURA TRAIL COMPETINDO IGUALMENTE NUNO RIBEIRO

 

Teve lugar no passado sábado dia 22 de outubro a X DuraTrail, competição organizada pelo Outdoor Clube de Setúbal que contou com o apoio logístico da Câmara Municipal de Setúbal e que decorreu no Parque Natural da Arrábida, com o Sado por fundo.

Nesta 10º edição, o clube organizador promoveu um conjunto de três provas, nomeadamente um trail curto de 18 km, que pontuou para o circuito nacional de trail sprint da ATRP, uma prova de 32 km, trail longo e por último um ultra trail na distância de 48 km, provas igualmente inseridas, no circuito nacional de ultra trail da ATRP - Associação de Trail Running de Portugal.

Na prova de 32km, participaram 2 atletas da Secção de Ar Livre e Aventura da Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, estando em grande destaque Ana Caçoete, que alcançou a 3ª posição na classificação geral feminina, e o 1º lugar no escalão F40.

No sector masculino Nuno Ribeiro, alcançou o 32º lugar na classificação geral individual e o 15º lugar no escalão M40.



Morreu o antigo ministro de Salazar e líder do CDS Adriano Moreira (1922-2022)

O antigo presidente do CDS Adriano Moreira morreu hoje aos 100 anos, confirmou hoje à Lusa fonte do partido.

A notícia foi avançada pelo
DN e confirmada à agência Lusa por fonte do CDS.

O ministro dos Negócios Estrangeiros enviou condolências aos familiares e amigos de Adriano Moreira, destacando a reflexão permanente do ex-ministro e deputado sobre o papel de Portugal no mundo.

"As minhas condolências aos familiares e amigos de Adriano Moreira, que ao longo de muitas décadas teve sempre disponibilidade e abertura de espírito para pensar sobre o lugar de Portugal no mundo", escreveu João Gomes Cravinho na rede social Twitter.

O antigo presidente do CDS morreu hoje aos 100 anos, confirmou à Lusa fonte do partido.

Com 100 anos completados em 06 de setembro passado, foi condecorado pelo Presidente da República em junho com .

Nomeado pelo então Chefe de Estado António de Oliveira Salazar, Adriano Moreira foi ministro do Ultramar no período da ditadura  (1961-1963) e, já em democracia, depois de ter estado exilado no Brasil, foi presidente do CDS (1986-1988), deputado até 1995 e chegou a ser também vice-presidente da Assembleia da República e manteve sempre a ligação à universidade e à reflexão em matéria de Relações Internacionais.

Em 2015 foi nomeado para o conselho de Estado, onde permaneceu até 2019, já com Marcelo Rebelo de Sousa em Belém e de quem recebeu as últimas condecorações, incluindo a Grã-Cruz da Ordem de Camões.

Tinha acabado de celebrar 100 anos de vida em setembro.

Mensagem de condolências do Presidente da República Portuguesa

Outras reações

A mensagem do Presidente da República no centenário de Adriano Moreira

(06 de setembro de 2002)

"O verdadeiramente fascinante em Adriano Moreira é que, há muito, entrou na História apesar de toda a sua vida ter sido feita de desencontros históricos. Chegou sempre cedo demais ou tarde demais a esses encontros.

"Cedo demais. Quando, vindo de Trás-os-Montes profundos, ostensivamente orgulhoso das suas raízes, subiu os degraus da vida, se fez estudioso, e académico, e a Academia que primeiro o acolhera o desperdiçava, e à sua criatividade escrita e oral e à sua ilimitada doação ao trabalho. Por razões que, ela própria, viria a abandonar tempos volvidos.

"Cedo demais. Quando sonhou converter uma escola de quadros coloniais, depois ultramarinos, em Academia tão nobre quanto outras de outros tempos. E teve de encontrar atalhos e esperar pacientemente para que o óbvio acontecesse.

"Cedo demais, quando se lançou, pioneiro, em domínios da Ciência Política, das Relações Internacionais, da Geoestratégia prospetiva. E foram precisas décadas até se entender como antecipara o futuro.

"Cedo demais, quando intuiu, na sua militância rebelde de juventude, que os regimes ou se adiantam na mudança ou morrem; e morrem comatosamente sem glória nem esperança. E assistiu, impotente, à consumação do que marcou a sua e a nossa vida coletiva.

"Cedo demais, quando viu, e viu com clareza, como os Impérios depressa passam da nostalgia de eras transcorridas para destinos não vislumbrados nem assumidos como inevitáveis. E, debalde, sonhou abrir avenidas para o pós-Império, antes de ele chegar à margem dessas avenidas.

"Cedo e, ironicamente, também tarde demais, quando jovem governante, quis reformar Política e Direito Coloniais e Ultramarinos, e, para muitos, o que trazia era rutura em excesso, e, para muitos outros, aportava com, pelo menos, uma década de atraso.

"Cedo e tarde demais, quando irrompeu, nos seus quarenta anos de idade – contrastantes com a anciania do poder instalado. Cedo demais, porque não tinha os pergaminhos do cursus honorum do regime, nem a rede de lealdades no seu seio, nem a aquiescência de um líder, que encontrara na guerra o argumento moral e vocal para continuar, como se o tempo fosse eterno e tudo à sua volta acompanhasse esse seu tempo fora do tempo.

"Tarde demais, porque outros – ideias, projetos, factos, pessoas, existiam ou se faziam para o dia seguinte, não esperando por uma charneira já improvável, por uma transição já inviável.

"Chegara cedo demais para um Status quo parado na sua solidão. E tarde demais para a mudança que decifrava, mas cada vez mais intuía já não contar com o seu papel determinante.

"Ainda assim, refez-se na Academia, no Brasil e em Portugal. Ainda assim, viu reparadas miopias, injustiças, esquecimentos. Ainda assim, pôde – caso único – liderar formação política em regime bem diverso daquele a que se opusera jovem e no qual fora, em posição cimeira, do mais inteligente, do mais brilhante, do mais sedutor, em lances essenciais. Mas, já era tarde. Tinham passado vinte e cinco anos. Mundo, Mundo de fala portuguesa, Europa, Portugal eram, irreversivelmente outros.

"E foi assim que alguém, como poucos, fadado para a Chefia do Estado ou do Governo, ou missões internacionais de tomo, se desencontrou com esses destinos.

"E foi assim que, mesmo desencontrado com a História, nela entrou há meio século, ou talvez mais. Nela entrou, nela ficou, nela ficará para sempre. A própria História se faz desses sortilégios.

"Há quem se encontre com ela e nela não entre, não deixe traço, a não ser o de uma cronologia, de um apontamento sumário, de um aceno breve, ainda quando reconhecido.

"Com Adriano Moreira, a História acolheu-o bem antes de a Providência ou o Fado lhe terem proporcionado o mais raro do raro – viver e tão intensamente que se pôde permitir o por todos invejável – ser o último a contar o que viu e viveu, sem a possível contradita dos contemporâneos.

"Mas Adriano Moreira, além desse privilégio comparativo, foi sempre impar no pensamento, na oratória, na conquista das almas, na natural adesão dos alunos, discípulos, seguidores, na intuição do essencial, na conjugação de valores com realidade, no equilíbrio entre o enigma que reforça o mito e a empatia que suscita a emoção, na confirmação da certeza que tinha e tem do seu ascendente com uma sábia humildade, misto de uma sincera modéstia do seu ser com uma subtil e fina capacidade de enlear pessoas e chamá-las à identificação afetiva.

"Em suma, traços de génio, tantas vezes recoberto pela antiga presciência acerca da inveja portuguesa, de que falava o Embaixador Rodrigo Sousa Coutinho na sua carta ao Rei Luís XV.

"Não é, porém, apenas por ter, há muito entrado na História, na nossa História Portuguesa, que hoje aqui estamos. Aqui estamos para lhe dizermos, de viva-voz, como lhe agradecemos tudo o que fez, tudo o que faz, pelas nossas Forças Armadas, pela nossa Língua, pela nossa Cultura, pela nossa Portugalidade.

"Neste momento não há nem direita, nem esquerda, nem civis, nem militares, nem apóstolos das suas lutas, nem críticos de algumas das suas atitudes, nem antigos, nem novos, nem novíssimos, nem conhecedores de há tempos sem fim – nos quais me conto, colega de carteira que foi de meu Pai, há quase um século –, nem recém-vindos ao seu convívio.

"Há, tão somente, Portugueses!

"E são esses Portugueses que lhe agradecem em nome de Portugal!"

Fonte oficial

Perfil redigido pela Agência Lusa

Adriano Moreira, que morreu hoje com 100 anos, foi ministro do Ultramar no período da ditadura e presidente do CDS já em democracia, tornando-se uma das figuras mais prestigiadas dos séculos XX e XXI.

Condecorado pelo Presidente da República em junho com a Grã-Cruz da Ordem de Camões, antes de completar 100 anos em 06 de setembro, destacou-se não só como político e estadista, mas também como professor universitário e pensador em matéria de Relações Internacionais.

Ex-membro do Conselho de Estado indicado pelo CDS-PP, Adriano Moreira teve um percurso académico e político dividido entre dois regimes, tendo sido ministro do Ultramar no Estado Novo, de 1961 a 1963, e presidente do Centro Democrático e Social (CDS) em democracia, de 1986 a 1988.

Professor universitário com dezenas de obras publicadas, fortemente ligado ao atual Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), que dirigiu e ajudou a reformar antes do 25 de Abril, foi também deputado, entre 1980 e 1995, e vice-presidente da Assembleia da República no seu último mandato parlamentar.

"A minha vida foi a escola, sobretudo. A intervenção política foi mais por obrigação cívica", afirmou Adriano Moreira, numa entrevista à agência Lusa, em 2012.

Adriano José Alves Moreira nasceu em Grijó, Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, em 06 de setembro de 1922, filho de António José Moreira, que foi subchefe da Polícia de Segurança Pública (PSP) no porto de Lisboa, e de Leopoldina do Céu Alves.

Em Lisboa, morou em Campolide, estudou no Liceu Passos Manuel e licenciou-se em Ciências Histórico-Jurídicas pela Faculdade de Direito de Lisboa, em 1944. Recém-formado, começou a exercer a advocacia e o seu envolvimento num processo contra o então ministro da Guerra, Fernando dos Santos Costa, valeu-lhe uma detenção.

No Aljube, de onde foi libertado passados cerca de dois meses, conheceu Mário Soares: "Até então, só o conhecia de nome. Era um jovem que muita gente apreciava, porque tinha uma certa alegria e também porque era muito determinado e consistente para a idade. Mas defendíamos posições inteiramente contrárias", relatou, citado pela Visão, em 1995.

Entretanto, ingressou no corpo docente da antiga Escola Superior Colonial, que passaria a Instituto Superior de Estudos Ultramarinos - o atual ISCSP, pelo qual se doutorou, assim como pela Universidade Complutense de Madrid - e que, com a sua intervenção, seria integrado na Universidade Técnica de Lisboa.

A sua tese "O Problema Prisional do Ultramar", editada em 1954, foi premiada pela Academia das Ciências de Lisboa. Entre 1957 e 1959, Adriano Moreira fez parte da delegação portuguesa às Nações Unidas: "Aí pude ouvir pela primeira vez em liberdade as vozes dos povos que eram tratados como mudos ou como dispensáveis. E isso mais avivou a minha ideia de que tínhamos de transformar completamente o ensino".

António de Oliveira Salazar chamou-o então para o Governo, primeiro para subsecretário de Estado da Administração Ultramarina, em 1960, e depois para ministro do Ultramar, em 1961. Estalavam as primeiras revoltas em Angola contra a colonização portuguesa.

Segundo o próprio Adriano Moreira, Salazar convidou-o para que pusesse em prática um conjunto de reformas de que falava nas suas aulas, mas posteriormente pediu-lhe para mudar de política e a sua resposta foi: "Vossa excelência acaba de mudar de ministro".

"Fui ministro de Salazar, mas fui o ministro que fui: revoguei o Estatuto do Indigenato e aboli as culturas obrigatórias nas colónias", disse ao Expresso, em 1983.

Quando deixou o Governo, em 1963, voltou ao ensino e casou-se em 1968 com Mónica Isabel Lima Mayer, com quem teve seis filhos, António, Mónica, Nuno, Isabel, João e Teresa. Foi presidente da Sociedade de Geografia.

Após o 25 de Abril de 1974, foi saneado das funções oficiais e esteve exilado no Brasil, onde foi professor na Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Em 1980, regressou à política ativa, como candidato a deputado nas listas da Aliança Democrática (AD). Filiou-se no CDS, que acabaria por liderar, entre 1986 e 1988, e continuou deputado até 1995.

Em 2014, Adriano Moreira foi uma das 70 personalidades que defenderam a reestruturação da dívida pública como única saída para a crise.

Outras fontes • Diário de Notícias, Público

euronews

Preço do cabaz alimentar já subiu mais de 30 euros

Pescada, farinha e leite entre os que mais subiram.
O preço do cabaz alimentar de bens essenciais que está cada vez mais caro. Segundo a DECO Proteste, desde Fevereiro, já aumentou mais de 30 euros.
No cabaz de bens essenciais estão, por exemplo, o leite, o frango, a pescada, a laranja e a farinha. Estes produtos estão entre os 10 que mais subiram de preço entre 23 de fevereiro e 19 de outubro.
Os dados são da DECO proteste que tem feito, desde o início da guerra na Ucrânia, a comparação de preços dos bens essenciais que integram um cabaz composto por 63 produtos.
Segundo a DECO 55 destes produtos já subiram de preço várias vezes.

 

Cerca de 2 milhões de portugueses vivem com 500 euros por mês

 Governo garante que o Orçamento do Estado para o próximo ano é adequado à situação de pobreza em Portugal.
São cada vez mais os sinais de preocupação em relação ao aumento da pobreza em Portugal, mas o Governo garante que o Orçamento do Estado para o próximo ano é adequado ao momento que vivemos.
São 2 milhões de portugueses a viver com pouco de mais de 500 euros por mês.
O aumento do custo de vida, alimentado pela inflação, faz com que também aumente as diferenças na visão do Governo e a da oposição sobre o que o país precisa.
À esquerda, a oposição diz que é inaceitável porque a atualização de salários está abaixo da inflação.
O Presidente da República escolheu como tema do próximo Conselho de Estado a situação económica e social do país.

SIC Notícias