quarta-feira, 22 de junho de 2016

SELEÇÃO RONALDO… QUANTO MAIS ALTO SE SONHA MAIOR É O TRAMBOLHÃO

Expresso Curto com a cafeína servida por Cristina Peres, senhora jornalista lá do burgo Bilderberg e o mais que lhes convier. Nem por isso lhes cai as paredes na lama. Urge ter no final do mês aquilo com que se compram as batatas e pagam os colégios privados – os tais que teimam em verem os otários dos contribuintes portugueses, na totalidade, a contribuírem para os seus luxos, taras e manias. Enquanto esses contribuintes pagam impostos a torto e a direito e vêem os seus magros ordenados ainda mais magros, famintos. Uns no luxo, outros no lixo. Moralidades à moda dos Bilderberg. Pois.

A seguir, quando lá chegar, este Curto, abre com o Brexit. Disso estamos todos nós fartos. Os britânicos querem sair da pseudo União, que se diz europeia. Saiam. Têm toda a razão. As elites que comandam a tal UE são tudo menos eleitos democraticamente e quando o são ocultam que estão ao serviço de interesses que não se destinam a liberdades, direitos e garantias dos cidadãos europeus – só de alguns de que são mainatos.

Blá, blá, UE. Blá, blá, UE. Pois. Isto vai acabar tudo à porrada numa guerra fratricida, infelizmente. É o que querem os todo-poderosos comandados pelas políticas de enormes interesses do capitalismo enfermo, putrefacto mas dominante. O governo mundial, a ditadura mundial… O que faz falta é avisar a malta.

E o europeu de futebol aqui tão perto mas tão longe. Perto por via das transmissões televisivas e no blá, blá constante. Longe por a seleção de Portugal parir um rato quando afinal se julgava que seria uma montanha. Acontece aos melhores e aos piores. Principalmente quando as vedetas dominam mas já não dão meia para a caixa por falta de estarem em forma ou de não entregarem o lugar aos mais novos – àqueles que até comem a relva para vencerem.

Ronaldo. Ah, pois é. É bom de bola… Mas nem sempre. Agora está nessa. Quanto mais alto se sobe em sonhos e perspetivas… maior pode ser o trambolhão. Pim. Ai.

E o resto é conversa, com cafeína. Do Expresso. Obrigado tio Balsemão, bom dia. Longa boa vida. Para nos tramarmos estamos cá nós, a maioria. Mas que rica democracia!

Vá, maioria, vamos lá a esfarrapar-nos para receber uma merda pelo trabalho que rende balúrdios aos que pouco ou nada fazem mas fazem de conta que fazem. Fazer, fazem. Roubam-nos!

Mesmo assim, apesar desta porca miséria: tenham um bom dia!

Mário Motta / PG

Bom dia, este é o seu Expresso Curto 

Cristina Peres – Expresso

O Brexit faria do Reino Unido a mais odiada das nações

Quem o diz é o historiador britânico Antony Beevor num artigo publicado ontem no Guardian no qual defende que as falhas da União Europeia não justificam a sua desintegração. A verdade é que “o espectro da rotura assombra a Europa”, como admitiu o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o admite Beevor.

Interrupção para ligar ao jogo hoje das 17h no qual Fernando Santos afirma uma fé inabalável na vitória de Portugal. É o que escreve a nossa enviada Mariana Cabral: mesmo sem André Gomes e Raphaël Guerreiro, Portugal vencerá a Hungria. Consulte o site euro2016.expresso.pt e ficará a saber tudo com (um)a (das) melhor(es) cobertura(s) do Europeu de França. Entretanto, veja aqui o vídeo de motivação que Fernando Gomes usou com os jogadores da nossa seleção.

De volta ao Brexit, saberemos já amanhã se haverá futuro ou não para esta União desenhada para aproximar os cidadãos europeus e encontrar uma nova forma de viver em conjunto depois de guerras que se sucederam a guerras. Beevor não entra em contradição com o que disse em entrevista ao Expresso em março do ano passado (leia aqui) a propósito das eleições gerais no Reino Unido. Foi antes de se saber que a hipótese de referendar a permanência do país na UE avançada por um David Cameron quando estava empenhado em neutralizar o nacionalismo rampante do Ukip e em suster os conservadores mais radicais acabaria por lhe rebentar nas mãos ao obter a maioria absoluta a 7 de maio. Beevor sublinhava em 2015 a “incrível” vontade dos britânicos em permanecer na UE e advertia para o efeito perverso - esse sim! - do excesso de controlo de Bruxelas.

Consulte aqui o balanço do derradeiro debate televisivo de ontem à noite na BBC. O primeiro-ministro David Cameron critica o facto de o debate se ter fechado questão da imigração e apelou à oportunidade de o eleitorado mostrar que o Reino Unido é a democracia multi-étnica de maior sucesso. Boris Johnson, líder do pró-Brexit, disse que esta quinta-feira poderia ser o “dia da independência” do país. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, fez um apelo comovido à permanência na UE pedindo aos ingleses que não façam “a escolha errada”. A última sondagem da YouGov para o Times apurava 39% dos votos para a saída, 34% para ficar com 17% de indecisos…

Fique a conhecer aqui neste artigo da CNN o impacto com que os Estados Unidos contam da possível saída do Reino Unido da União. Contém um “guia não-britânico para o Brexit”, ou seja, um Q&A sobre as consequências diretas e indiretas na América, incluindo o que pensam os candidatos que lideram a corrida à Casa Branca.

Leia aqui como é que a imprensa britânica toma partido na votação reportado para o Expresso a partir de Londres: Quando os media dão orientação de voto.

OUTRAS NOTÍCIAS

Dezoito anos de pena para Jean-Pierre Bemba, 53 anos, sentenciou ontem o Tribunal Penal Internacional (TPI), condenando assim o dirigente de mais alto nível desde que foi fundado em 2002 como “tribunal de último recurso”. O ex-vice-presidente da República Democrática do Congo e chefe de milícia responde assim pelas violações, crimes e pilhagem cometidas pelas suas tropas na República Centro-Africana entre 2002-2003. Esta pena do TPI foi a primeira a reconhecer a violação como arma de guerra e a empregar a doutrina da responsabilidade de comando. Quer dizer que os líderes passam a ser responsabilizados pelos crimes dos seus subordinados. Um ponto de viragem para milhares de mulheres e crianças que foram vítimas da campanha orquestrada de Bemba.

Os 28 deliberaram prolongar por mais seis meses as sanções à Rússia, insistindo deste modo na pressão ao país por causa do conflito que mantém no leste da Ucrânia. A deliberação dos responsáveis pela diplomacia europeia foi tomada por unanimidade (obrigatório) e permitirá aferir melhor até 31 de janeiro de 2017 em que termos Moscovo está ou não a cumprir o tratado assinado em Minsk para terminar o conflito naquela região ucraniana.

A luta continua ainda que longe de estar ganha: é o que prova mais esta derrota sofrida por Barack Obama na tentativa de encerrar a prisão de Guantánamo, uma das bandeiras mais importantes da campanha eleitoral de há oito anos que continua por hastear. O Departamento da Justiça norte-americano opôs-se a mais uma proposta do Presidente, como aqui conta a Reuters. Em três meses, a procuradora-geral Loretta Lynch interveio duas vezes para bloquear as propostas da administração Obama argumentando com a violação dos procedimentos e regras da justiça criminal.

Protestos nos arredores de Pretória estão a marcar a pré campanha para as eleições regionais de agosto. O Governo divulgou ontem à tarde um comunicado em que apela à calma. Manifestantes atiraram pedras aos carros-patrulha da polícia chamada a intervir na área de Tshwane. Na origem dos tumultos está o candidato escolhido pelo ANC (Congresso Nacional Africano) para Tshwane, Thoko Didiza, que substituirá o atual mayor Kgosientsho Ramokgopa. A liderança de Jacob Zuma é mais uma vez posta à prova desde que a tensão não para de aumentar esta semana, conta o sul-africano Mail&Guardian. Leia aqui a análise do The Economist sobre anecessidade de a África do Sul encontrar uma oposição de fôlego ao ANC.

Por cá, Ricardo Félix Mourinho esteve reunido com os parceiros do Governo no Parlamento para explicar o plano de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. A Helena Pereira e a Cristina Figueiredo contam o que o Expresso confirmousobre as reuniões e as explicações para os quatro mil milhões de euros de capitalização. Entretanto ficou a saber-se hoje pela Antena 1, que o plano para a CGD já está pronto e poderá até chegar aos cinco mil milhões de euros implicando a dispensa de 2500 trabalhadores.

Marcelo Rebelo de Sousa mandou fazer uma auditoria às contas da presidência e o Expresso foi ver em que é que o Presidente gasta dinheiro. Descobriu que o dinheiro previsto para deslocações e estadas em 2016 chega ais 154 mil euros. As comunicações consomem 600 mil euros, mas são as remunerações que levam a maior fatia das despesas. Leia aqui os pormenores.

Oi a um passo da falência leva CMVM a suspender as ações da Pharol.A administração da operadora brasileira Oi, a braços com uma divida de 65 mil milhões de reais, está sob pedido de proteção judicial de credores. A Anabela Campos explica aqui como é cada vez mais incerto o futuro da Oi, empresa com a qual a Portugal Telecom (PT) se fundiu em 2014 para criar o maior operador de telecomunicações de língua portuguesa.

Fernando Pinto, que agora lidera a TAP com outros três elementos sucedendo a Humberto Pedrosa, reclama prémios de gestão suspensos desde 2009 argumentando com a sua contratualização com o Estado. Apesar de o presidente executivo ainda não ter discutido o assunto com o Governo, declarou aos jornalistas que o faria. Verifique aqui no Económico.

A Comissão Europeia critica a inação de Portugal no caso Banif. Como escreve o Público, Bruxelas distribui responsabilidades pelo Governo anterior, o Banco de Portugal e a gestão do banco para concluir que a gestão do banco contrastou com a de outros bancos portugueses.

Já agora, fique a saber que o preço das casas deu um salto de 6,9% nos últimos três meses, o maior desde 2010. O preço das casas em Portugal sobe há dez meses consecutivos, como aqui pode ler no Económico. O número de casas vendidas está também a recuperar. Segundo o CM, vendem-se 327 a cada dia. E, claro, é cada vez mais caro viver em Lisboa.

FRASES

“Em tempos de finanças apertadas, a presidência terá de dar o exemplo”, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República a propósito da auditoria às contas da presidência

“Teríamos de vê-lo como uma chamada à realidade e um aviso para não continuarmos o business as usual”, Wolfgang Schäuble,ministro alemão das Finanças à revista Spiegel caso os britânicos votem a favor da saída da UE ou apenas uma escassa minoria de votos os mantenha entre os 28

“Porque é que eu não hei de acreditar?”, Fernando Santos, selecionador nacional a propósito da vitória de Portugal à Hungria no jogo de hoje

“Tudo deveria ter sido feito antes. A venda do banco em Malta deveria ter sido feita antes, a da Açoreana deveria ter sido feita hoje, o próprio Banif também”, Mário Centeno, ministro das Finanças

“Eu escolho resolver a crise dos refugiados com a UE”, Sadiq Khan,mayor de Londres no último debate transmitido ontem em direto pela BBC

O QUE ANDO A LER

Tudo o que (me) esclareça sobre a complexidade e multiplicidade das consequências daquilo que pode ser já a partir de amanhã, quinta 23 de junho, o acontecimento do ano. Escolha o Reino Unido sair ou não da UE, a Europa (e como tal, o mundo) não voltará a ser a mesma. Mais comentário sobre jogo sujo, menos raciocinado esclarecido, mais oportunismo ou revelação de caráter subterrâneo, recomendo este long read que a revista E do Expresso publicou no sábado passado, um trabalho esclarecedor de Filipe Ribeiro Meneses: Brexit: que Europa é esta?.

Outro long read, este na Aljazeera, leva Kenan Malik a argumentar em “Beyond the Brexit debate” que nem a saída nem a permanência terá as consequências radiciais que se têm previsto. O terceiro long read que li e sugiro foi publicado ontem no Guardian e é dedicado à eurofobia britânica. Geoffrey Wheatcroft diz que os britânicos estão muito mais à procura da sua própria identidade do que a fugir à Europa.

Na segunda-feira, foi a vez de Alan Posener adiantar consequências da saída dos britânicos da UE nos vizinhos europeus. O Brexit, diz em “German nacionalism can only be contained by a united Europe ”, Posener esclarece como o Brexit poderia fortalecer a direita xenófoba da Alternativa para a Alemanha (AfD), transformando-a num perigo para Berlim.

Na sequência da famosa capa que a revista alemã “Der Spiegel” com 23 páginas em língua inglesa em que titulou “Please don’t leave! / Bitte geht nicht! - Why Germany needs the British”, Jenny Hill explica a preocupação dos alemães pela hipotética saída dos britânicos neste artigo divulgado na BBC: “Prospect of Brexit bemuses and worries Germany”.

O “Spiegel Online Internacional” (em inglês) explica como é que a posição de liderança dos britânicos nos mercados financeiros mundiais pode ser posta em causa com o Brexit.Leia aqui “Betting the Banks: Will Brexit Be End of Party for London?”. E aqui fica uma entrevista com o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, onde ele declara que “Out is out”, anunciando o fim do “business as usual” caso os eleitores do Reino Unido escolham sair da UE. É um trabalho da revista “Spiegel”deste mês.

Ricardo Costa chama ao referendo “inevitável e importante”, leia aqui porquê.

E pronto, terminado o café, acompanhe o Expresso Online ao longo do dia até à hora do Expresso Diário, minutos antes das 18h. Passe bem a que poderá ser a última quarta-feira a 28. Bom jogo com temperaturas acima dos 30ºC!

Portugal. LIGADOS À MÁQUINA

João Quadros – Jornal de Notícias, opinião

Hoje é o dia do tudo ou nada. Tal como Fernando Santos, estou pelo tudo e não quero nada com o nada. Anteontem, o nosso selecionador nacional garantiu que Ronaldo vai marcar no próximo jogo (o de hoje) e que "vamos chegar à final, e vamos ganhar." O nosso míster tem um discurso parecido com o da taróloga da SIC, esperemos que o fim não seja o mesmo. Neste jogo do tudo ou nada, apesar das "promessas" de conquista do Euro 2016, na realidade, poucos portugueses esperam que Portugal regresse a casa a 11 de julho, mas também não passa pela cabeça a ninguém que possa regressar já amanhã.

Se aqui escrevi que Portugal era favorito perante a Islândia e a Áustria, e aconteceu o que sabemos, desta vez não arrisco e opto por dizer que não somos. Quero regressar à minha posição confortável de "underdog". Olho para a Hungria como se fosse a seleção mais poderosa do universo. Uma espécie de Mannschaft, com Eva Carneiro como médica e treinada por Jorge Jesus. É assim que me sinto confortável. Eu nasci em 1964 e sou do tempo em que os portugueses torciam pelo Brasil no Mundial, porque nós nunca lá íamos. Resumindo, é com a fúria de um "underdog" que desejo que esta noite o sortido de Fernando Santos vença o onze húngaro. Temos de acreditar que os nossos vão ser bravos e dar tudo em campo e que os húngaros vão relaxar um bocadinho porque fizeram contas e, se calhar, não lhes dá jeito vencer o grupo.

Não vou negar que estou assustado com a possibilidade de a seleção de todos nós poder ser eliminada. Se Portugal for eliminado, é o fim das minhas crónicas neste distinto jornal. Nunca perdoarei a Fernando Santos ter de cortar no lavagante ao pequeno-almoço. Infelizmente, as notícias que nos vão chegando não são as melhores. Causou-me alguma perplexidade saber que o selecionador nacional assinou a petição contra a eutanásia. Será que Fernando Santos está a pensar que, depois de hoje, vai haver um súbito aumento de portugueses com um desejo profundo de falecer?! Será por isso que ele ainda não desligou a máquina ao Moutinho?! Seja como for, esta posição pessoal do nosso míster em relação à eutanásia faz todo o sentido. Como selecionador nacional, vê-se bem que ele tem esta obsessão de deixar as pessoas a sofrer horrores até ao fim. Vamos Portugal!

DESEMPREGADOS, OS CRIMINOSOS. ABUQUERQUE, INCENDIÁRIA IMPUNE. RONALDO, PFFFF…

Mário Motta, Lisboa

Dizem que três é a conta que Deus fez. Só para rimar. O número preferido de Deus parece que é o resultado de 70 vezes 7, igual a 490 – o preferido. Porquê? Esperem aí que o melhor será consultar a bíblia ou telefonar para o padre Caniço… Podem esperar, sentados.

Tudo isto porque são três as pequenas prosas que seguem e dão motivo a esta intromissão pós-refeição, que incluía um litro de vinho a granel que era do maduro corpulento e de graus upa-upa. Que pomada! Hic, para quem quiser.

Três laudas, três acontecimentos diferentes:

1 – O PS deixou preto no branco que quem está desempregado é como um arguido, eventual criminoso ou de facto, que tem de se apresentar quinzenalmente na esquadra mais próxima da sua residência. A “invenção” foi de Bagão Félix (esse “esquerdista”) quando ministro do Trabalho e afins. Era Sócrates PM (era ?). O Bloco queria acabar com a obrigatoriedade que mais parece o cumprimento do pagamento à sociedade pelo crime de estar desempregado, mas o governo de Costa – o tal apoiado pelas esquerdas – disse que não e mais uns blá-blás que nem por sombras justificam porque é que o PS não é de esquerda nem a favor do respeito pelos cidadãos (desempregados) e pela dignidade que está garantida na Constituição da República mas que dá para interpretar como melhor convier aos que a subvertem em benefícios próprios. É por essas e outras que depois saem dos governos e são nomeados para os grandes grupos empresariais e afins, de que já eram peças bem oleadas da engrenagem. Por isso lhes chamamos “eles”. E são. São os que nos dominam e acachapam o mais possível. Só acontece porque há os que assim permitem. E são demasiados os que permitem. Um rebanho rendido, por que sim. E agora, depois de cousa tão evidente e tão simples o Bloco só tem que dar o passo seguinte e deixar o PS com as calças na mão. É que se no mercado de trabalho existissem vagas excedentes para tudo e para todos e os que estão inscritos no desemprego não as aceitassem… Mas não, há mesmo muita falta de empregos. Todos o sabem, parece que exceto o governo… de esquerda (?). Rir é o melhor. Depois de palhaçadas recomenda-se. Faz bem ao fígado.

2 – A propósito do Banif, diz o deputado PS, João Galamba, que Albuquerque "escondeu fumo". Como não há fumo sem fogo agora percebemos a razão de estarmos a arder, enquanto a incendiária Albuquerque está na maior, a ganhar a dois ou três carrinhos como paga dos incêndios causados e ainda é deputada e mais o que for. Uma vedeta que se afirma “limpa”. Tão limpinha que para o provar até devia atirar umas cuequinhas imaculadas às trombas dos que a acham encardida, suja. Porque às senhoras só devemos atirar flores é melhor ficarmos por aqui. Já agora, senhora ex-ministra, aceite do PG uns valentes e viçosos cardos que têm as flores mais lindas que existem no mundo. Cuidado, não diga ai ao picar-se. Não diga mais nada. Não se enterre mais. É que pode ainda ganhar raízes e depois florescer e transformar-se numa flor lindíssima, daquelas que vimos ao engano de atrair nas plantas carnívoras. Albuquerque, incendiária impune. O melhor é rir. Faz bem ao fígado.

3 – Por fim temos o melhor do mundo, o Ronaldo, a treinar nova modalidade: lançador de microfones. O homem não presta, mas insistem em andar a lamber-lhe e acomodar-lhe os tintins e o que mais possa ter. É bom de bola mas isso desvanece-se perante o seu mau caráter, as suas vaidades, os seus vedetismos exacerbados, as suas insensibilidades, as suas frustrações, o seu mau perder perante a idade que não perdoa, nem a falta de forma. Apesar disso é um convencido. Provável e estranho convencido de que é imortal e que vai dar sempre chutos aqui e acolá, até na atmosfera e nas pessoas, e que terá por reconhecimento grandes ovações. O “maior” Ronaldo anda agora a treinar o lançamento de microfones. O vídeo está por aí em barda. Já cansa, mesmo para quem não o vê porque nem precisa, devido a saber muito bem o que a casa gasta, quer dizer: esse Ronaldo de mau caráter. Cada um nasce para o que nasce se não agarrar educação, humildade, humanismo, respeito pelos seus semelhantes, etc. Ronaldo nasceu para dar pontapés nas bolas e driblar – antes melhor que agora. Além disso para muito pouco mais nasceu. Um ídolo (para alguns), que afinal tem pés de barro, como a maioria dos dessa espécie. A responsabilidade é dos que os idolatram… injustificadamente. Estupidamente. Rir? Como podemos rir perante tamanha e reprovável atitude? Um asco a merecer muitos pfffffs. Até faz mal ao fígado.

Pronto. Cá está o final da introdução ou intromissão. Vá de ler o que se segue. Veneno à vista não tem, porque já antes foi servido infernalmente.

PS nega ao Bloco fim de apresentação quinzenal de desempregados

O Governo rejeitou hoje a proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda destinada a acabar com a apresentação quinzenal dos desempregados nos centros de emprego.
"O Governo não está disponível para abdicar de mecanismos de controlo efetivo dos desempregados", afirmou o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, no parlamento.

O governante, que falava numa audição na Comissão parlamentar do Trabalho e da Segurança Social, respondia a uma questão colocada pelo deputado do PS Rui Riso, sobre esta proposta do Bloco apresentada em janeiro e face à qual o Governo ainda não se tinha pronunciado até ao momento.

De acordo com um projeto de lei do Bloco de Esquerda que deu entrada no parlamento em janeiro, os bloquistas propunham acabar com a obrigatoriedade de apresentação quinzenal a que os desempregados estão sujeitos, pedindo uma alteração ao decreto-lei de 2006.

O não cumprimento, injustificado, por duas vezes, da obrigação da apresentação quinzenal nos centros de emprego, nos serviços de Segurança Social da área de residência do beneficiário, ou em outras entidades competentes ou protocoladas, como as Juntas de Freguesia, resulta na anulação da inscrição no serviço de emprego e na perda do direito ao subsídio de desemprego.

Na proposta, os deputados do Bloco de Esquerda qualificavam esta obrigatoriedade de "humilhação inútil", lembrando que os desempregados já estão obrigados a comunicar ao centro de emprego a alteração de residência e o período de ausência do território nacional.

Numa audição em abril, no parlamento, o Ministro do Trabalho, Vieira da Silva, foi questionado sobre a matéria e referiu que a questão seria considerada. Hoje, pela voz de Miguel Cabrita, o Governo assumiu a rejeição à proposta do Bloco.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Albuquerque "escondeu fumo" do caso Banif

Socialista continua a criticar anterior governo por polémica com banco português.

As respostas da Comissão Europeia relativamente às duvidas dos deputados portugueses quanto ao caso Banif continua a merecer destaque na página de Facebook de João Galamba.

Para além de ter acusado o anterior governo de ter feito o "mínimo necessário" em relação ao Banif, o socialista acusa agora a ex-ministra das Finanças de ter escondido o caso.

“A relação de Maria Luís Albuquerque com o sector financeiro português pode ser resumida da seguinte forma: parece que havia fogo, mas MLA [Maria Luís Albuquerque] escondeu o fumo”, escreve.

Andrea Pinto – Notícias ao Minuto

Ronaldo atira microfone ao lago e é notícia em todo o mundo

A poucas horas do jogo decisivo, o internacional português incendiou as redes sociais e tornou-se notícia em todo o mundo.

Cristiano Ronaldo tornou-se notícia, esta manhã, por ter atirado o microfone de um jornalista da CMTV ao lago. O vídeo depressa se tornou notícia em todo o mundo, não fosse CR7 o melhor futebolista do mundo.

A notícia sobre a inusitada atitude do craque português chega mesmo a abrir jornais desportivos, como é o caso dos espanhóis Marca As.

Também o El País noticiou a perda de estribeiras protagonizada por Ronaldo, assim como o The GuardianIrish Times e BT SportLe FigaroMetro NewsFrance TV e 20 Minutes também não ficaram indiferentes, tal como os britânicos Mirror Metro.

As imagens continuarão a dar que falar ao longo do dia. Mais logo, pelas 17 horas, Portugal entra em campo para defrontar a seleção húngara num jogo a contar para a fase de grupos do Euro’2016.

Goreti Pera – Notícias ao Minuto

Macroscópio – Agora que lá passámos, como ficará a Europa depois do Bremain (ou do Brexit)?

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!

Pronto. Portugal lá sofreu e lá empatou, o país respirou fundo apesar de uma prestação de fazer suster a respiração. Ora a suster a respiração é como estará amanhã toda Europa quando os britânicos forem finalmente votar no referendo mais aguardado dos últimos anos. Há muita ansiedade no ar, e não apenas no Reino Unido, onde hoje as duas campanhas deram o tudo por tudo na recta final para convencerem os indecisos numa consulta que as sondagens continuam a apresentar como muito indefinida, apesar dos avanços do “remain” nos últimos dias (vale a pena seguir a cobertura em directo do Observador). Seja lá como for, suceda o que suceder no Reino Unido, as ondas de choque vão sentir-se um pouco por toda a Europa, pelo que o Macroscópio vai procurar antecipar hoje um pouco do que poderá ser o “dia seguinte”.

De facto, como escreve Timothy Garton Ash no El Pais, emPiensen lo que piensen, voten, “Lo único en lo que están de acuerdo las dos partes de un debate cada vez más enconado es en que esta es la decisión más importante que van a tomar los británicos desde hace 40 años.” Trata-se de um texto que faz depois uma análise interessante do que pode significar uma alta participação eleitoral (ou uma elevada abstenção), sublinhando algumas especificidades menos conhecidas do sistema eleitoral britânico.

Conhecer o sistema britânico, e a forma de pensar dominante no Reino Unido, é também importante para perceber o que pode passar-se se não quisermos ficar pelas simplificações que reduzem tudo ao “medo” (como arma do “remain”) ou ao ódio (como argumento do “leave”). No Le Monde, Catherine Marshall, uma investigadora francesa especializada na civilização anglo-saxónica, esteve a responder a perguntas dos leitores – em #BrexitOrNot : « La critique revient toujours sur la légitimité démocratique des instances européennes » –, nomeadamente sobre o porquê de os ingleses terem tanta resistência a decisões tomadas fora do Reino Unido. Vale a pena ler a sua resposta:
Selon le constitutionnaliste victorien A.V. Dicey, il y a deux grands principes de la Constitution non codifiée britannique : la souveraineté parlementaire et la suprématie du droit. Depuis la glorieuse révolution de 1688, le pouvoir du parlement s’est affirmé par rapport au pouvoir de la Couronne. A partir du 19e siècle, plusieurs constitutionnalistes, Bagehot et Dicey en particulier, ont expliqué que la suprématie des lois du royaume votées par le parlement était l’édifice sur lequel reposait la Constitution. Cela signifie que seul le parlement peut faire et défaire les lois, et nulle autre institution ne peut se substituer à lui. Le parlement est souverain parce qu’il représente la nation, c’est donc bien une démocratie parlementaire, et cette souveraineté parlementaire ne peut pas se partager. C’est pourquoi la primauté du droit communautaire européen pose problème aux Britanniques.

Ora é precisamente este argumento da soberania do parlamento que vi ser retomado por João Pereira Coutinho na única coluna de um português que encontrei a defender abertamente o Brexit – só que publicada num jornal brasileiro, a Folha de São Paulo: O projétil europeu. Escreve ele, num texto em que cita Daniel Hannan, um dos defensores da saída do Reino Unido: “Os ingleses que defendem o "Brexit" nunca se opuseram a um mercado comum. O que eles não toleram, porque nunca toleraram, é a existência de um poder exterior que suplanta e marginaliza o papel secular do parlamento.” Para depois acrescentar: “É também por isso que espero pela saída do Reino Unido. A utopia federal que a União Europeia persegue é clara, e creio que irreversível. E essa utopia implica a rendição das soberanias nacionais a um único poder burocrático, centralizado –e incontrolado.”

Não é assim que pensa, bem pelo contrário, Rui Ramos, que aqui no Observador considerou que neste referendo Não é só a Europa, é a democracia que está em causa. Para ele “A UE é uma aliança de democracias, unidas por valores como os consubstanciados no Estado de direito, na economia de mercado e na protecção social. Não é verdade que a UE seja dominada por uma burocracia anónima, como clamam os demagogos: é dirigida por governos democraticamente eleitos em cada país e com apoio nos parlamentos nacionais. Esta aliança europeia (…) formou a base de um entendimento entre os grandes partidos democráticos da direita e da esquerda, que assim se puderam dividir em relação a políticas públicas, sem terem de se dividir em relação aos princípios constituintes do regime.”

Houve mesmo quem fosse mais radical, chegando mesmo a expressar-se de uma forma quase hostil para com o Reino Unido. Foi o caso de Manuel Villaverde Cabral também no Observador – em Irá a Inglaterra sair mesmo da UE? distingue a Inglaterra da Escócia, do País de Gales e da Irlanda do Norte, para considerar que “A perda do império é a causa remota da disposição mental soberanista dos ingleses das gerações mais antigas perante o continente europeu. Dividir e reinar foi sempre a sua divisa.” – ou de Paulo Rangel no Público – onde escreve, em A falsa pax britannica que “ao invés do que por aí propala a habitual brigada anglófila, o debate sobre o referendo do dia 23 de Junho tem sido básico, populista, em muitas ocasiões, repelente e aviltante”.

Mas passemos lá ao dia seguinte, começando por citar dois estudos. O primeiro é Out and down – Mapping the impact of Brexit, um relatório da The Economist Intelligence Unit, que analisou os diferentes sectores da economia britânica e previu que um possível Brexit terá um impacto económico muito negativo: “We expect real GDP in the UK to be 6% below our baseline forecast by 2020 if voters elect to leave. This economic pain would be coupled with political instability, as signi cant doubts emerge about government cohesion. The impact will be serious, and prolonged”. Já a Standard & Poor's estudou o impacto da possível saída do Reno Unido noutras economias em Who Has The Most To Lose From Brexit? Introducing The Brexit Sensitivity Index. O ponto a reter desta análise mais curta é que Portugal não está entre os 20 países onde o impacto será maior, como se verifica no gráfico abaixo:

 
Seja lá como for, como se escreve no Wall Street Journal, ‘Brexit’ Vote Will Change Europe, No Matter the Outcome. Isto porque, entre outras coisas, “The referendum, at a minimum, has delivered a shock to Europe’s political classes, calling into question what some had once regarded as an inevitable march toward a federal EU. “Obsessed with the idea of instant and total integration, we failed to notice that ordinary people, the citizens of Europe, do not share our Euro-enthusiasm,” European Council President Donald Tusk observed in a speech in late May. “The specter of a breakup is haunting Europe, and a vision of a federation doesn’t seem to me like the best answer to it.”

Ora aqui está um ponto importante, que o mesmo jornal retoma num longo editorial de defesa do “remain”, Britain and Europe’s Fate: A faltering Continent needs the U.K. more than vice versa. O diário económico de Nova Iorque é bastante claro: “The British people go to the polls Thursday in their most important vote since they elected Margaret Thatcher in 1979. While we hope Britain votes to remain in the European Union, the reasons have less to do with the sturdy British than with the damage an exit could do to a Europe that is failing to meet the challenges of the 21st century. America’s interests lie in a free and prosperous Europe, and we’ve long thought this is best served with Britain as part of the European Union to balance France and Germany.”

Mas se esta é a visão que parece predominar do outro lado do Atlântico, na Europa teme-se, entre outras coisas, o efeito de contágio. Isso mesmo se escreve no Le Figaro, em Brexit : le risque d'un effet domino en Europe. Por outras palavras: “Le risque est grand, en effet, que d'autres pays ne s'engouffrent dans la brèche ouverte par le Royaume-Uni, «soit en organisant à leur tour un référendum, soit en usant de chantage, en brandissant cette menace si Bruxelles ne cédait pas à leurs exigences, analyse Pauline Schnapper, professeur de civilisation britannique contemporaine à la Sorbonne nouvelle. La crainte dans beaucoup de capitales européennes est donc qu'un Brexit soit la première étape d'une désintégration progressive du projet européen»”.

No El Pais, em El continente paralizado, também se considera que “La pérdida de mayorías en los parlamentos y la catarata de plebiscitos dificultan la política europea”. Isto por “Estas citas electorales provocan un efecto hibernante”.

Na Europa teve-se de resto a sensação de que uma intervenção muito activa dos seus dirigentes na campanha britânica – à semelhança da intervenção sem meias palavras de Barak Obama, que se deslocou a Londres – até podia ser mal sucedida. Isso mesmo se refere em ¿A qué se debe el silencio de la UE en la campaña del 'brexit'?, uma análise do jornal online El Español. Em concreto: “En el colegio de comisarios de Juncker se discutió qué actitud adoptar frente al referéndum y la decisión fue quedarse al margen por la imagen negativa que tienen las instituciones europeas en Reino Unido. “Nos han retratado tan mal que nuestra intervención podía hacer más daño que bien”, asegura uno de los miembros de su equipo. El resultado es que en las ruedas de prensa diarias que ofrece el Ejecutivo comunitario a la prensa acreditada en Bruselas apenas se habla de la consulta, ni siquiera para desmentir argumentos falsos de los partidarios del brexit.”

No dia seguinte já todos se deverão manifestar, sendo de destacar a reunião dos quatro presidentes organizada pelo presidente do Conselho, Donald Tusk, com Jean-Claude Juncker (Comissão), Martin Schulz (Parlamento) e Mark Rutte (presidência holandesa). Teresa de Sousa procura antecipá-la, no Público, em precisamente O dia seguinte, onde escreve que “Nem sequer existe um consenso entre estas quatro figuras que representam as principais instituições europeias.”

Antes de terminar apenas mais umas referências breves. A primeira para o significativo apelo da maior revista alemã, a Spiegel: Don't Leave Us! Why Germany Needs the British. É muito curioso ver como o artigo argumenta a favor da permanência do Reino Unido: “We need the British because they belong to Europe, and because without them, the union of European peoples becomes pointless and lost. We need them because they are part of the community of pragmatic, reasonable countries and because they are politically, culturally and economically similar to us Germans. They are closer to us than the Portuguese or the Croatians; we share their scepticism of state profligacy; and we also share their frustration with the EU. Only with the British can we make the EU better and lead it into a new future. Without them, we would have to walk this path without a significant part of Europe alongside us.”

Outra perspectiva interessante, mas de sentido oposto, é a de John Mills, alguém que fez fortuna com um império de bens de consumo, que é um dos grandes financiadores do partido trabalhista e, ao mesmo tempo, figura de destaque na campanha pelo Brexit. Numa entrevista ao Observador – “O vosso vinho português vai continuar a ser bem-vindo” – ele dá a perspectiva de uma parte da esquerda britânica que também está pela saída: “É bem sabido que as grandes empresas preferem a continuidade na União Europeia, e fazem-no em interesse próprio. Eles querem que o Reino Unido seja dominado por uma organização supranacional que eles conseguem influenciar através do lóbi, para se certificarem que são aprovadas regulações que lhes convêm.”

Finalmente, um alerta da Foreign Policy que pode tocar milhões de pessoas: The Brexit Could Be Bad News for ‘Game of Thrones’. Isto porque, em concreto, “The European Union helps fund production of HBO’s epic in Northern Ireland. If the U.K. leaves, that money could too.” O que talvez seja argumento para muitos fãs irem esta quinta-feira às urnas.

Até lá, e até termos uma ideia do resultado, despeço-me com desejos de bom descanso, boas leituras e mais um pouco de reflexão sobre como este referendo, apesar de não ser nosso, já está a mudar um pouco a nossa Europa. O que pode fazer com um sorriso dos lábios apreciando um pouco do humor britânico (e do exagero) de Jonathan Pie...

 
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Empate louco vale passagem a Portugal aos oitavos no terceiro lugar

A seleção passa no terceiro lugar do grupo F, atrás de Hungria e Islândia.
 
Portugal segue para os oitavos de final do Euro 2016 com um empate louco a três golos diante da Hungria no jogo da terceira jornada do grupo F do Euro 2016. A Seleção Nacional ficou no terceiro lugar, atrás dos húngaros e dos islandeses, que venceram a Áustria, por 2-1. Mesmo sem vencer, a equipa das quinas segue em frente.

Para o jogo decisivo em Lyon, Fernando Santos apresentou a estreia de Eliseu no onze e o regresso de João Mário à titularidade, relegando Quaresma para o banco de suplentes. Embora o empate fosse suficiente para passar pelo menos como um dos melhores terceiros classificados, Portugal entrou bem no jogo e impôs de imediato o seu domínio, mostrando iniciativa e dinâmica. Contudo, tal como nos jogos anteriores, denotava alguma falta de contundência perto da área do veterano Gabor Király.

Tudo parecia estar a correr de acordo com o plano de Fernando Santos até que chegou o minuto 19 e o golo da Hungria. Zoltán Gera aproveitou o espaço à entrada da área para desferir um potente remate de pé esquerdo, que furou toda a defesa portuguesa e bateu Rui Patrício. O tento húngaro foi um verdadeiro murro no estômago da Seleção, que acusou e de que maneira o golo sofrido.

Nos minutos seguintes, Portugal desorientou-se, perdeu referências e ofereceu ainda mais espaços à equipa magiar, que só não elevou a vantagem graças a uma boa defesa de Rui Patrício a um tiro de Elek já dentro da área.

Foi já perto do intervalo que Portugal ressurgiu da letargia e do desânimo em que estava mergulhado. Ronaldo, depois de desperdiçar mais dois livres, passou o protagonismo e a decisão para Nani, aos 42 minutos, assistindo o seu colega de ataque para o golo de Portugal. Depois de já ter marcado à Islândia no encontro de estreia, Nani finalizou com classe e segurança diante de Király, levando assim a seleção empatada para o intervalo.

No segundo tempo adivinhava-se uma reação forte da equipa das quinas, mas o que aconteceu foi um novo 'balde de água fria'. Já com Renato Sanches em campo no lugar de João Moutinho, Portugal ficou novamente em desvantagem aos 47'. Dzsudzsák fez o 2-1 para a Hungria na conversão de um livre à entrada da área, no qual a bola ainda desviou em André Gomes.

Portugal voltava a ter de correr atrás do prejuízo, mas foi então que Cristiano Ronaldo surgiu com brilhantismo em campo. Apenas três minutos depois, o capitão da Seleção estreou-se a marcar neste Euro2016 com um belíssimo golo de calcanhar, consumando o recorde de golos em quatro Europeus consecutivos (2004, 2008, 2012 e 2016).

A Seleção dava mostras de querer ganhar o jogo, mas tudo o que aconteceu foi ver a Hungria marcar uma vez mais. Aos 55', o capitão húngaro bisou na partida, com o seu remate de fora da área a ser outra vez desviado e a enganar Rui Patrício. O jogo estava numa fase quase surreal, em que tudo podia acontecer.

Ato contínuo, Portugal chegou ao empate aos 62' e novamente por Ronaldo. Já com uma assistência de Ricardo Quaresma, o capitão cabeceou no coração da área e fez o 3-3, tornando este o jogo com mais golos neste Euro2016.

Pouco depois, a Hungria ameaçou com um remate ao poste e parecia que tudo poderia voltar a repetir. Contudo, já não houve mais golpes de teatro no jogo, passando a uma fase em que as duas seleções pareciam confortáveis com o empate. Assim foi o resultado final, que sofreu uma alteração na classificação já após o apito final, com o tento islandês a consumar a ultrapassagem a Portugal no grupo.


Fonte e Foto: sapo

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