sábado, 8 de junho de 2019

Moçambique | EDM corta energia à “Casa do Povo” por dívidas

A Electricidade de Moçambique (EDM) cortou o fornecimento de energia eléctrica à Assembleia da República (AR) devido a facturas em dívida há vários meses. O @Verdade apurou que a chamada “Casa do Povo” tem estado a funcionar através de um gerador desde o início da semana no entanto Verónica Macamo, a Presidente do órgão de soberania, disse: “Não tenho conhecimento”.
A interrupção no fornecimento de electricidade aconteceu na passada terça-feira (04), desde então o Parlamento moçambicano está a funcionar com energia fornecida por um gerador que a instituição possui para situações de emergência.
Fonte da assessoria de imprensa da EDM confirmou ao @Verdade, “sim cortamos”, no entanto escusou-se a indicar que montante a “Casa do Povo” deve. A fonte no entanto explicou que para que exista um corte o cliente deverá ter pelo menos duas facturas atrasadas.
Nesta quinta-feira (06) o @Verdade questionou a Presidente da AR sobre a situação tendo Verónica Macamo afirmado: “Não tenho conhecimento, acho que deve ter sido um problema temporário, não é possível isso”.
Para o seu funcionamento em 2019 o Parlamento teve uma dotação de 1,4 bilião de Meticais no Orçamento de Estado (OE) aprovado, dos quais 218.261.260 Meticais para serem gastos com bens e serviços, entre eles os custos de energia.
Contudo o @Verdade apurou, no Relatório de Execução do OE no 1º trimestre deste ano, que a “Casa do Povo” recebeu uma dotação suplementar de 101.920.240 Meticais.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Moçambique | Nyusi não se conforma com decisão do Conselho Constitucional sobre a dívida da EMATUM “É uma questão jurídica que nós vamos ver”

Foto de Jerónimo Muianga
O Presidente do partido Frelimo, Chefe de Estado e candidato a um 2º mandato como Presidente de Moçambique revelou nesta quinta-feira (06) que não está, ainda, conformado com o Acórdão do Conselho Constitucional que confirmou as violações à Constituição e lei orçamental na contratação do empréstimo de 850 milhões de Dólares pela Empresa Moçambicana de Atum(EMATUM). “É uma questão jurídica que nós vamos ver”, afirmou Filipe Nyusi após ser questionado pelo @Verdade.
Questionado pelo @Verdade sobre como se sentia após a decisão do Conselho Constitucional que o Governo do qual fazia parte violou a Constituição, Filipe Nyusi declarou que: “É uma questão jurídica que nós vamos ver”.
“Ficou nítido aqui o exercício da democracia em Moçambique, tenho orgulho de ser moçambicano, saber que em Moçambique se respeitam as leis. Um poder tomou uma decisão, remeteu-se à outra, deu um certo posicionamento, também esse passou para outro, o Conselho Constitucional fez a decisão que fez e nós como Frelimo, nós como Governo, continuaremos a acompanhar o processo para ver e se calhar na altura própria, quanto tivermos a documentação toda em dia iremos dizer qual é o passo”, disse após testemunhar a entrega da sua candidatura para as eleições Gerais de 15 de Outubro no Conselho Constitucional.
O @Verdade perguntou ainda a Nyusi se com este Acórdão que declarou “a nulidade dos actos inerentes ao empréstimo contraído pela EMATUM, SA, e a respectiva garantia soberana conferida pelo Governo, em 2013, com todas as consequências legais” o Governo que lidera vai continuar a negociar com os credores?
“Naturalmente que o Governo faz e fez, a convicção é que somos um Estado. Um Estado que não deve falhar, um Estado que tem que existir, há exemplos em todo o mundo de decisões tomadas no passado que tem que se manter no presente e no futuro. O nosso cuidado queremos é tornar Moçambique um país normal, um país sustentável e credível”, afirmou Filipe Nyusi diante do Conselho Constitucional dando a entender que poderá prosseguir com o “acordo de princípios” que foi alcançado no passado dia 31 de Maio.
Importa clarificar que o Artigo 248 da Constituição da República determina que: “Os acórdãos do Conselho Constitucional são de cumprimento obrigatório para todos os cidadãos, instituições e demais pessoas jurídicas, não são passíveis de recurso e prevalecem sobre outras decisões”.
“Em caso de incumprimento dos acórdãos referidos no presente artigo, o infractor incorre no cometimento de crime de desobediência, se crime mais grave não couber”, pode-se ler ainda no número 2 do mesmo artigo.
Nyusi não tem outra opção senão negociar com os credores para que Moçambique deixe de ser um Estado caloteiro
Foto de Jerónimo Muianga
Recorde-se que o Governo de Nyusi iniciou o mandato transformando o empréstimo com Garantia Soberana assinada por Manuel Chang em 2013 em Títulos de Dívida Soberana de Moçambique, denominada “Notas de Moçambique de USD 726.524.000,00”, legalizada na Assembleia da República em Abril de 2016 pelos deputados da bancada parlamentar do partido Frelimo que a incluíram na Conta Geral do Estado de 2014.

Entre 2015 e 2016 o Executivo pagou 262.352.872 Dólares norte-americanos aos credores da EMATUM no entanto em 2017, e após a descoberta das Dívidas da Proindicus e da MAM, também contraídas violando a Constituição e leis orçamentais, Moçambique suspendeu os pagamentos e tornou-se oficialmente num Estado caloteiro aos olhos do mundo.
Em 2018 o Governo retomou negociações com os credores da EMATUM, e não só, tendo alcançado um “acordo de princípios” em Novembro que entretanto foi renegociado até ao novo “acordo de princípios” do passado dia 31 de Maio onde se propõe a retomar já o pagamento dos juros numa percentagem suave, aumentar a percentagem de juros a amortizar assim que começarem as receitas do gás natural da Bacia do Rovuma, em 2023, e o capital do empréstimo está previsto ser pago entre 2029 e 2033, altura em que são esperadas grandes receitas da exportação do gás de Cabo Delgado.
Para o martírio do povo moçambicano Filipe Nyusi muito provavelmente não tem outra opção senão negociar com os credores para que Moçambique deixe de ser um Estado caloteiro e pária como forma da crise económica e financeira que sobrevivemos deste 2016 possa enfim ser ultrapassada.
A questão é como fará isso sem voltar a violar a Constituição da República!

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Moçambique | Gerais 2019: Nyusi visita sete Províncias numa semana e inscreve-se para Presidenciais; De Momade nem sinal

Foto de Jerónimo Muianga
Enquanto o partido Renamo continua a lamentar-se problemas que inquinaram o Recenseamento o partido Frelimo inscreveu o seu candidato às Presidenciais de 15 de Outubro e acelerou a campanha eleitoral para a sua reeleição. Numa semana Filipe Nyusi esteve em Sofala, Manica, Gaza, Inhambane, Maputo, Nampula e Cabo Delgado. De Ossufo Momade não há informação.
A habitual falta de transporte na capital moçambicana agravou-se na manhã desta quinta-feira (06), dezenas de autocarros dos municípios de Boane, Matola e Maputo foram retirados das suas rotas para transportarem membros do partido que acompanharam em apoteose o seu candidato na submissão da sua candidatura para um 2º mandato como Presidente de Moçambique.
“Nós temos um compromisso, temos uma responsabilidade de fazer crescer este país, de pôr Moçambique nos níveis em que merece estar, esses níveis que foram muitas vezes interrompidos por razões que não interessa muito dizer aqui, porque não faz parte do nosso estilo de trabalho justificar o insucesso ou o fracasso”, afirmou Filipe Nyusi.
O candidato prometeu “a luta renhida contra a corrupção e todo o tipo de males que dificultam o crescimento de Moçambique vai continuar, aliás não temos como, estamos no alto mar, no meio entre o ponto de partida e de chegada, então não temos outra hipótese temos que chegar”.
O ainda Presidente não tem estado acompanhado pela 1ª Dama numa semana em que esteve em Sofala (na semana passada), passou por Manica, foi a Gaza, voltou a Sofala, dirigiu-se a Inhambane, veio a Maputo de onde voltou a embarcar no avião presidencial, pago pelos moçambicanos, para mais uma acção de campanha eleitoral, desta vez na Província de Nampula, onde foi dinamizar a agricultura com o apoio do Banco Mundial, e vai terminar a semana na Província de Cabo Delgado.
“Alternativa as eleições são as eleições, a alternativa ao voto é o voto”
Do líder do maior partido de oposição nem sinal, não há informação sobre onde está, a sua última aparição foi na Cidade do Chimoio onde reuniu no passado domingo com Filipe Nyusi, e não tem agenda pública quando faltam cerca de 5 meses para as Eleições Presidenciais, Legislativas e Provinciais. Alguns dos membros mais influentes do partido Renamo estão “nas bases” a recolherem as 20 mil assinaturas necessárias para a submissão do seu candidato às Presidenciais.
Foto de Adérito Caldeira
Enquanto isso, em Maputo, Fernando Mazanga voltou a insistir na demissão do director-geral do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e continua lamentar-se sobre os vícios que inquinaram o Recenseamento tendo abordado a forma pouco clara como foram adquiridas as máquinas de registo de eleitores.

“Estranhamente o director-geral do STAE optou pela separação dos Mobile ID das fontes de energia, facto que trouxe todo o drama que se verificou nas incompatibilidades entre estes”, disse Mazanga, que é um dos representantes do partido Renamo na Comissão Nacional de Eleições.
Fernando Mazanga no entanto garantiu que a Renamo vai participar nas Eleições apesar de todos os problemas do Recenseamento: “a alternativa as eleições são as eleições, a alternativa ao voto é o voto, portanto nós temos que continuar a lutar e a acreditar que os processos, mais cedo ou mais tarde, virão ao de cima tal e qual temos preconizado na maior parte das leis que tem sido corrigidas.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Economia | Prestações de desemprego chegam a 53% do total de desempregados

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As prestações de desemprego abrangiam em março mais de metade (53,1%) dos desempregados, representando uma subida de mais de dez pontos percentuais desde final de 2015, segundo um documento do Ministério do Trabalho discutido hoje na Concertação Social.

Os dados constam de um documento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre a evolução do mercado de trabalho desde 2015 apresentado esta tarde aos parceiros sociais pelo secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita.
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"A taxa de cobertura das prestações de desemprego tem vindo a aumentar, atingindo em março de 2019 os 53,1%, percentagem que sobe para 58,7% quando excluímos os desempregados à procura do 1.º emprego -- uma subida de mais de 10 p.p. desde o fim de 2015", indica o Ministério do Trabalho.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados na segunda-feira a taxa de desemprego em março foi de 6,5% e a população desempregada foi estimada em 335 mil pessoas, tendo diminuído 0,7% (2,2 mil) em relação a fevereiro de 2019 e 13% (49,9 mil) relativamente a março de 2018.

Lusa

Acordo para aumento salarial dos trabalhadores do setor social pode estar por dias

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas reconhece razão para o protesto dos trabalhadores, que esta sexta-feira se manifestarm em Lisboa.
 Foto: João Relvas/Lusa
Fonte: RR

08 jun, 2019 - 00:38 • Redação
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, acredita que, no final da próxima semana, será definida a atualização salarial dos seus trabalhadores.
Manuel Lemos reconhece razão para o protesto dos trabalhadores misericórdias e das instituições particulares de solidariedade social (IPSS), que manifestaram esta sexta-feira, em Lisboa, para exigir melhores salários e outras condições de trabalho.
O presidente da UMP acredita que a negociação com o Ministério do Trabalho chegue a bom entendimento no final da próxima semana.

“Estamos perto de encontrar o consenso possível dentro de um quadro de limitações que todos sabemos que é muito grande e não vale a pena estar sempre a falar disso”, sublinha.
Manuel Lemos reconhece que os trabalhadores das IPSS têm “um trabalho muito árduo e difícil”, com idosos, doentes e pessoas com deficiências, e “não são muito bem pagos”.
“Temos muita noção disso, estamos a fazer um esforço nas instituições, quer nas misericórdias quer nas IPSS, para corrigir isso”, afirma.
Esta sexta-feira, algumas centenas de trabalhadores concentraram-se em frente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, para exigirem melhores salários e condições de trabalho, que é o reflexo de uma greve realizada esta sexta-feira.
Os trabalhadores exigem das entidades empregadoras, entre as quais as misericórdias, respeito pelos seus direitos.
Paralelamente, exigem ao Governo que considere nos aumentos das comparticipações do Estado atribuídos anualmente às instituições a atualização salarial.
Os sindicatos frisam que estes trabalhadores não tiveram qualquer valorização remuneratória nos últimos anos.
Fonte: RR

CGD: PCP critica "vista grossa" do Governo a fim da carta-cheque de prestações sociais

"O Governo não pode fazer vista grossa perante situações como esta. É preciso intervir, em defesa do interesse público e das pessoas que tem de recorrer à carta-cheque para receber o seu subsídio de desemprego ou as suas pensões”, afirmou Jerónimo de Sousa
Eleições Europeias.
LUSA

2019-06-08 17:46/ SL
O secretário-geral do PCP afirmou, este sábado, que o Governo “não pode fazer vista grossa”, perante a decisão “inaceitável” da Caixa Geral de Depósitos de “denunciar o contrato com a Segurança Social” para pagar prestações sociais por carta-cheque.
O Governo não pode fazer vista grossa perante situações como esta. É preciso intervir, em defesa do interesse público e das pessoas que tem de recorrer à carta-cheque para receber o seu subsídio de desemprego ou as suas pensões”, afirmou Jerónimo de Sousa durante um comício na Senhora da Hora, concelho de Matosinhos, distrito do Porto.
O secretário-geral comunista alertou estarem em causa “mais de cem mil beneficiários”, defendendo que “a um banco público se exige que oriente suas decisões pelo interesse público”, algo que a Caixa Geral de Depósitos “está a renunciar” na opção tomada relativamente à carta-cheque.
A CGD não vai renovar o contrato com a Segurança Social, por considerar as atuais condições penalizadoras, estando a tentar encontrar-se uma solução para pagar aos cerca de 100 mil beneficiários que ainda recebem por carta-cheque pensões ou subsídios de desemprego, entre outras prestações.
Na sexta-feira, o presidente do banco disse à Lusa que “as pessoas podem estar muito tranquilas relativamente ao que têm a receber através da Segurança Social, designadamente as suas pensões” e que a CGD “continuará a assegurar esse serviço até a Segurança Social encontrar outras soluções".
Mas a CGD pretende terminar esses pagamentos quando a Segurança Social encontrar outra solução e Paulo Macedo lembra que, além das cartas-cheques, os pagamentos podem ser feitos por transferência bancária e levantamento por cartão de crédito ou débito.
Em vários países do mundo já não há cheques”, disse.
Jerónimo de Sousa recusou hoje “aceitar critérios de gestão privada” em serviços públicos, como está a acontecer na denúncia “inaceitável” de um contrato da CGD com a Segurança Social relativa ao serviço da carta-cheque para pagamento de prestações sociais.
Para o secretário-geral do PCP, o que é público deve ser colocado “ao serviço de todos”.
A Segurança Social abriu um concurso para instituições assegurarem o pagamento por carta-cheque, mas ninguém concorreu e a CGD não tem interesse em manter a atividade.
No comício, Jerónimo de Sousa afirmou ainda ser “uma emergência nacional” o aumento dos “salários para todos os trabalhadores e o aumento do salário Mínimo Nacional dos atuais 600 para 850 euros.
É uma emergência nacional para fazer crescer a economia e o país e as contribuições sociais, assegurando maior justiça, até pela questão das reformas”, disse o líder comunista.
Para Jerónimo de Sousa, “não há solução para reformas baixas enquanto houver salários baixos”.
Relativamente às alterações ao código de trabalho, o secretário-geral considerou que o PS “não está a ser um partido com uma política de esquerda”.
PS, PSD e CDS estão bem unidos contra os direitos dos trabalhadores”, frisou.
O comunista alertou ainda para a “encruzilhada” em que o Governo e o país se encontram, arranjando “sempre dinheiro para a banca” ao mesmo tempo que não o faz “quando é para o país”, designadamente para melhorar os serviços públicos, apontando como justificação “os constrangimentos impostos pela União Europeia”.
Para Jerónimo de Sousa, as conquistas feitas este mandato nos direitos dos trabalhadores são fruto do trabalho do PCP e da CDU.
O PS não hesitará, se tiver condições para tal, em colocar as exigências da União Europeia à frente dos trabalhadores, do povo e do país”, notou.
O líder comunista criticou ainda o PSD e o CDS, que “trouxeram a ‘troika’ para Portugal”, por “virem agora cantar de galo quando têm responsabilidades”, nomeadamente no estado em que estão os serviços públicos.
É uma ardilosa instrumentalização do descontentamento para alimentar o sentimento de intranquilidade”, observou.
Fonte: TVI

Opinião | Meu teste do tornassol


  • Péricles Capanema
Ponha o papel (ou o líquido) do tornassol na solução. Teste simples, para pH entre 4,5 e 8,3, mostra de cara se alcalino ou ácido o meio. Ficou azul? Alcalino. Avermelhou? Ácido. O tornassol fica vermelho em baixas concentrações de pH; coloração azul, pH lá em cima. Simples assim.
Fazemos testes de tornassol a toda hora. Uma pergunta ágil, como resposta um silêncio por vezes constrangido e já supomos (em geral na mosca), por onde caminham preferências do interlocutor — mais azuis ou chegadas ao vermelho. Nos mais variados ambientes, é dos mais empregados recursos de orientação. Também simples assim.
Gestos, atitudes, insinuações, olhares, silêncios (tantas vezes mais que palavras claras e posições inequívocas) delatam disposições interiores, desmascaram intenções, expõem situações até então ocultas. Lembro ainda, no mundo oficial, de modo particular, o abuso escandaloso dos eufemismos (o emprego correto tem vantagens óbvias). Os grandes políticos nas suas guerras sem tréguas são mestres na artilharia dos eufemismos. Quando o emprego de tais recursos favorece só um rumo, temos claro ora um padrão de conduta, ora uma mentalidade, ora uma diretriz.
Proponho hoje meu teste de tornassol para ser utilizado como meio de esclarecimento. Não é de hoje acompanho com um pé atrás o noticiário relativo a visitas políticas e empresariais à China. Nelas transparece sempre o compreensível receio de retaliações do governo chinês que possam vir a lesar o enorme superávit comercial com a China, bem como possibilidades de investimento e de crescente comércio. As presentes disputas entre Pequim e Washington tornam ainda mais candente o quadro.
Para que não despenque logo sobre mim uma saraivada de acusações sem base, repito abaixo o que escrevi em dezembro de 2018 em artigo intitulado “O chinês mais rico do mundo”:
“Não estou obcecado, procuro o contrário, que todos vejam […]. Nem sou catastrofista. Busco evitar a catástrofe, apontando a pirambeira no caminho. E nem vou repetir razões já por mim expressas vezes sem conta. Acho que deve haver comércio com a China, é sensato aproveitar oportunidades comerciais, temos que considerar sempre necessidades e conveniências da economia brasileira, mas é imperioso, para mantermos de fato a soberania e possibilidades de futuro digno para filhos e netos que saiamos gradualmente da armadilha — dependência excessiva e suicida da economia chinesa —, fruto sobretudo da política entreguista do período lulopetista. Como? Em especial, martelo, fortalecendo laços econômicos com Estados Unidos, Japão e Europa. Sem o apoio dos Estados Unidos, muito dificilmente escaparemos da enrascada na qual nos metemos por dessiso, irreflexão e leviandade”.
O presente, agora. Todas as notícias enviadas da China nas últimas semanas sobre a passagem por lá de autoridades e empresários brasileiros falam que houve contatos com empresários e investidores chineses interessados em investir no Brasil. Transcrevo parte de uma, que ilustra bem o tom:
“A ministra […] apresentou dados do setor agropecuário e áreas com potencial de crescimento para um grupo de 40 investidores chineses com projetos no Brasil, nesta segunda-feira, 13 [de maio], em Xangai, na China. O encontro foi organizado pelo Banco do Brasil em parceria com o consulado brasileiro. Os investidores informaram que pretendem aumentar o montante aplicado no Brasil, em setores de sementes, suinocultura, infraestrutura e ferrovias”.
Procurei com esmero nos sites do Itamarati e do Banco do Brasil o nome dos 40 grupos econômicos, empresas e investidores convidados. Nada encontrei, nenhum nome. Isto poupou um desconforto aos promotores da viagem. Estou certo, todos os 40 convidados, os tais empresários e investidores (para ser cordial, pelo menos a esmagadora maioria deles) são empresas estatais. Se houver algum grupo privado entre os 40, até poderia ser, não dará um espirro sem a anuência do governo e do Partido Comunista Chinês.
Foi oferecido a eles (ou a elas, as estatais) como amostra de possibilidade de investimento em obras ferroviárias na Ferrogrão entre Sinop e Itaituba, projeto orçado em 3,7 bilhões de dólares, com edital previsto para fins de 2019. Outra obra, a Fiol que ligará Ilhéus a Figueirópolis; mais uma, ferrovia Norte-Sul. Não há total, serão dezenas de bilhões de dólares lançados ao apetite voraz de estatais chinesas em leilões, concorrências e parcerias. Significam compra de ativos e concessões para muitas décadas em obras de infraestrutura.
Em nenhum momento, em nenhuma notícia, em nenhum comentário as expressões eufemísticas “investidores chineses”. “empresários chineses” ou “capitais chineses” foram trocadas por palavras que traduziriam realidade óbvia e incontestável: o Brasil estava oferecendo oportunidades de negócio para estatais chinesas. Poderia ser item, de um lado, de nova iniciativa, o Programa Transparência Zero. De outro, parte do espetacular Programa de Privatizações à Brasileira.
Vou dar um exemplo, fato quente. Enquanto redigia o presente artigo lia notícias veiculadas pela imprensa relativas à construção de aciaria em Marabá, no Pará, investimento de R$1,5 bilhão, com produção destinada ao mercado interno. A Vale vai financiar o empreendimento, a Concremat será sua proprietária e o executará. Começará a operar em 2023. A Concremat é controlada pelo grupo chinês CCCC (China Communications Construction Company). Em nenhuma notícia constava a informação de que a CCCC é estatal chinesa. No português claro, o governo comunista de Pequim vai ter uma aciaria importante no estado do Pará. Os brasileiros não têm direito de conhecer tal informação? Não é relevante? Mais uma realização do Programa Transparência Zero associado ao Programa de Privatizações à Brasileira.
Coloco os fatos acima ao lado de outra realidade ululante: as estatais chinesas são dirigidas por inteiro pelo governo chinês. O governo chinês, imperialista, coletivista, tirânico e ateu é dirigido de alto a baixo, por dentro e por fora, pelo Partido Comunista Chinês (PCC). Os diretores das estatais são na esmagadora maioria dos casos (e em todos os postos decisivos) membros do PCC, com fidelidade canina às diretrizes governamentais e partidárias.
Continuamos a pisar, dói dizê-lo, as veredas da tragédia anunciada, a servidão. Permito-me lembrar afirmações minhas em “O realejo estridente” de dezembro de 2018:
“Desde 2003 até hoje, segundo a Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAIN) do Ministério do Planejamento em 269 projetos houve investimentos chineses anunciados e confirmados de 124 bilhões de dólares. Desse total, segundo o Conselho Empresarial Brasil-China, 87% foram de origem estatal, 13% de origem privada. Vou, de novo, escrever o que ninguém ou quase ninguém põe no papel com clareza: esses 87% é dinheiro de empresas estatais chinesas, que trabalharão pelos objetivos do PCC, e cujos diretores se alinham sempre com a estratégia do partido. Os 13% restantes, via de regra, são de empresas que acertam o passo com o governo chinês”.
Entre outras políticas reveladoras a China apoia na Ásia a Coreia do Norte e na América Latina as ditaduras de Cuba e Venezuela. Maduro não caiu ainda, em parte por causa do apoio chinês. Tivesse Fernando Haddad ganho as presidenciais de 2018, teríamos agora a aliança Rússia-China-Brasil para defender a tirania venezuelana. Seria uma primeira manifestação da aviltante sujeição brasileira aos objetivos chineses, que nos ameaça.
O Brasil não está recebendo capital chinês. Ou, por outra, está recebendo maciço capital chinês estatal. Já é enorme sua presença na infraestrutura. Aqui não vale o mantra dos “setores estratégicos” que devem permanecer em mãos do Estado? Estão sim, mas cada vez mais nas mãos do Estado chinês.
Tudo isso é verdade. Não obstante, aqui vai minha previsão fácil (fiz outras de igual teor, acertei todas), nada vai mudar nos discursos e nos comentários dos meios de divulgação. Vamos continuar a escutar e ler “investidores chineses”, “oportunidades de investimento de capitais chineses”. Não leremos nem ouviremos a realidade inquestionável: é dinheiro de estatais chinesas.
A razão salta incoercível: na prática, mentalmente, em largas faixas falantes, da opinião que se publica, já temos as reações de protetorado chinês. Caminhamos rumo a situação parecida com a da Finlândia da época da Guerra Fria, formalmente soberana, na verdade protetorado efetivo da União Soviética. Finlandizados já também estamos nós em certa medida. A Finlândia não soltava um pio contra os interesses de Moscou. Ainda há tempo para tomar rumo oposto.
Meu teste de tornassol. Quem, ao tratar de economia, soberania, interesses estratégicos, independência nacional, nunca se refere com preocupação à presença crescente das estatais chinesas na economia brasileira, evidencia que mentalmente já vive em atmosfera de protetorado. Tem necrosado o amor à independência brasileira. Quem, ao ventilar os mesmos assuntos, pelo menos de quando em vez faz o contrário e se refere a tal presença, apontando perigos, ainda se vê como cidadão de país soberano. Deu vermelho? Meio ácido, dominante no espírito o complexo do protetorado. Deu azul? Meio alcalino, dominante na alma o ar fresco da soberania.
ABIM

Praia Fluvial da Fróia com qualidade de ouro pelo 8º ano consecutivo



A praia fluvial da Fróia foi novamente distinguida pela Quercus com o Galardão de Qualidade de Ouro em 2019, tendo em conta a qualidade da água “excelente” que a praia apresenta. Esta praia fluvial da União de Freguesias de Alvito da Beira e Sobreira Formosa recebe esta distinção desde 2012. 

Para a época balnear de 2019, a Quercus identifica 375 praias com qualidade de ouro em Portugal, menos 15 do que em 2018. Das praias galardoadas, 326 são praias costeiras, 40 são praias interiores e 9 são de transição. Em comparação com o ano de 2018, as praias costeiras têm menos 16 atribuições, sendo que as praias interiores têm um acréscimo de 1 praia. 

O Galardão Qualidade de Ouro, criado e desenvolvido pela Quercus e já com dez anos de existência, apresenta em 2019 novos critérios que conferem ainda mais rigor à atribuição desta classificação, como: qualidade da água excelente nas últimas quatro épocas balneares de 2014 a 2017; todas as análises realizadas na última época balnear (2018) deverão ter apresentado resultados melhores que os valores mínimos definidos por esta entidade relativa às águas balneares; e na última época balnear (2018), não poderá ter ocorrido qualquer tipo de ocorrência/aviso de desaconselhamento da prática balnear, proibição da prática balnear e/ou interdição temporária da praia. 

Esta avaliação efetuada pela Quercus não envolve qualquer processo de candidatura: ao basear-se apenas na qualidade da água das praias, continua a ser mais exigente neste aspeto em específico, incluindo todas as águas balneares. A informação utilizada é a informação pública oficial disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente, tendo apenas em consideração as análises efetuadas nos laboratórios das diferentes Administrações Regionais Hidrográficas.

Proença-a-Nova | Aluno de Proença-a-Nova recebe Menção Honrosa no Concurso Nacional de Leitura


Manuel Pinto, aluno do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Proença-a-Nova, recebeu uma Menção Honrosa na 13ª edição do Concurso Nacional de Leitura que decorreu a 25 de maio em Braga. Representando as escolas da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, que inclui os concelhos de Proença-a-Nova, Oleiros, Castelo Branco, Penamacor, Vila Velha de Ródão e Idanha-a-Nova, Manuel Pinto foi um dos cinco alunos a participar na Prova de Palco, escolhido entre os 50 participantes da sua categoria nesta prova nacional. O desafio era selecionar um texto para ler e argumentar. “O Manuel Pinto fez uma prova de elevada qualidade no tempo exato permitido pelo regulamento. O ensejo permitiu homenagear uma autora da terra, Inês Cardoso, a quem subtraiu um texto para ler e argumentar”, refere Isabel Bessa Garcia, Coordenadora da Equipa Biblioteca Escolar que acompanhou o aluno nas diferentes etapas deste concurso. “Os nossos parabéns revestidos de orgulho”, acrescenta. 

Para chegar à fase nacional, Manuel Pinto, de nove anos, teve de realizar provas de seleção em três fases distintas: fase escolar, fase municipal e fase intermunicipal. Em Braga, estiveram presentes 200 alunos, 50 de cada uma das categorias a concurso (1º, 2º, 3º ciclos e ensino secundário), provenientes de Portugal e de escolas portuguesas no estrangeiro. Para participar na prova de palco, os participantes realizaram uma prova escrita online que consistiu na criação de um texto literário a partir de um tema proposto. “Letras Caídas” foi a obra que valeu a Menção Honrosa a Manuel Pinto neste Concurso Nacional de Leitura.

Proença-a-Nova | Pavilhão Municipal beneficia de obras de requalificação



O Pavilhão Gimnodesportivo Municipal vai ser de alvo de obras de requalificação orçadas em 300 mil euros, dos quais 50% são financiados pelo Programa de Beneficiação de Equipamentos Municipais – Programa BEM, que financia projetos de valorização e requalificação de espaços, infraestruturas ou equipamentos municipais que potenciem o desenvolvimento dos territórios do interior do país. 

A intervenção, com início durante o mês de julho e término em setembro/outubro, inclui a substituição do piso da área de jogo, pintura interior e exterior, modernização dos balneários, entre outros arranjos. Será ainda criada uma sala para aulas de judo. 

A cerimónia de assinatura dos protocolos de parceria aconteceu a 30 de maio na sede do Gabinete da Secretaria de Estado da Valorização do Interior, em Castelo Branco, e contou com a presença do Secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel. 

O programa BEM conta com uma dotação de 3,5 milhões de euros, no âmbito da Cooperação Técnica e Financeira entre a administração central e as autarquias. Em 2019 foi aprovado o apoio a mais 38 projetos, com a comparticipação de 4,7 milhões de euros, números que representam um total de 69 protocolos, com 8,5 milhões de euros a passar da administração central para a administração local. De acordo com o Governo, este programa “enquadra-se na estratégia definida” no Programa Nacional para a Coesão Territorial (PNCT). 

No âmbito de uma candidatura submetida pela Agência de Energia Médio Tejo 21 ao Fundo de Eficiência Energética, em março deste ano foi substituída a iluminação da área de jogo e bancadas por iluminação led e colocação de sistema de gestão e controlo, o que já permitiu uma redução de 69 % na fatura energética. 

O pavilhão municipal, aberto desde 1993, tem uma taxa de utilização a rondar os 350 utentes/dia e estas obras têm como objetivo melhorar a qualidade, a segurança e o conforto para utentes e funcionários.

Proença-a-Nova | Terminou ano letivo 2018/2019 da Universidade Sénior



Os workshops semanais, com diversas temáticas, foram uma das novidades no ano letivo 2018/2019 da Universidade Sénior de Proença-a-Nova que terminou esta sexta-feira, 7 de junho. Com início em fevereiro, foram realizadas 13 sessões, dinamizadas por voluntários das áreas de educação física (treino funcional), arte (artesanato criativo, arte mehndi), alimentação saudável, plantas aromáticas e dança. A prevenção primária e secundária das demências foi o tema que encerrou, no dia 27 de maio, estes workshops que decorreram de forma paralela à atividade letiva e que contaram, no geral, com cerca de 200 participantes. Como forma de agradecimento aos voluntários, dos workshops e aos professores, e para encerrar o presente ano letivo, foi realizada uma visita a Vila Velha de Ródão que incluiu um passeio e almoço no Rio Tejo e uma visita ao Centro de Interpretação de Arte Rupestre, com a presença de 72 participantes. 

No âmbito das atividades das disciplinas anuais, 12 alunos de Química na Cozinha visitaram a 17 de maio, a Schreiber Foods, a antiga Danone, em Castelo branco. Na visita, acompanhada pela professora Maria do Céu Ferreira e técnicos da empresa, os alunos fizeram duas qualidades de iogurte (tipo grego e com pedaços de chocolate) e tiveram oportunidade de conhecer todas as etapas de produção de iogurtes, desde a recolha do leite ao seu processamento e embalamento. Também nesta disciplina, os alunos realizaram uma aula no Centro Ciência Viva da Floresta, utilizando os equipamentos deste espaço, onde observaram ao microscópio a célula epiderme da cebola. 

O projeto da Universidade Sénior de Proença-a-Nova, com polos em Proença-a-Nova e Sobreira Formosa, destina-se a pessoas com mais de 50 anos e pretende ser um espaço de partilha e de dinamização de atividades sociais, educacionais e culturais em ambiente informal. O ano letivo 2019/2020 arrancará em outubro e qualquer pessoa interessada pode realizar a sua inscrição no Gabinete de Ação Social da Câmara Municipal. Também os voluntários para dar aulas podem formalizar a sua disponibilidade no mesmo local.

Torres Vedras | "À PROCURA DA NOVA TERRA DO NUNCA" NO TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

À Procura da Nova Terra do Nunca vai subir ao palco do Teatro-Cine de Torres Vedras nos próximos dias 15 e 16 de junho, pelas 21h30 e as 16h30, respetivamente.
Este musical que será apresentado pela CruzaMenTes - Companhia de Música Teatral proporcionará uma “invulgar viagem pelo mundo da Disney, um novo argumento de bruxas, fadas, príncipes, princesas, mauzões e vilões. A curiosidade, o sonho, a audácia, transversal a todas as idades, desafiam a imaginação das personagens e dos espectadores na procura de respostas para os seus desejos e vontade de descobrir o mundo. Uma experiência intemporal, inesquecível, para gente crescida, a que os mais novos gostarão de assistir”.
O preço dos bilhetes para se assistir a À Procura da Nova Terra do Nunca no Teatro-Cine de Torres Vedras é de 5 euros.

“Vão tentar encontrar a Nova Terra do Nunca. Será que lá chegam?”

Ficha Tècnica
Direção Artística, Texto e Encenação: Filomena Calado
Intérpretes: Ana Sofia Santos, Bernardo Cruz, Cacau Azul, Cris Antunes, Elisabete Gonçalves, Filipe Pires, Filomena Calado, João Pedro, Margarida Eira, Margarida Gregório, Margarida Pires, Matilde Raposo, Pedro Canário, Rafaela Ferreira, Rui Flora
Elenco infantil: Beatriz Silva, Catarina, Leonor Garcia, Rita Moreira, Sofia Santos
Produção: CruzaMenTes - Companhia de Música Teatral
Desenho de Luz e Operação de Som: Teatro-Cine de Torres Vedras
Revisão de texto: Maria do Espírito Santo Miranda
Produção Fotográfica: Ana Sofia Santos
Imagem Promocional e Ilustração: Joana Fontes

Reguengos de Monsaraz | Fernando Daniel, Azúcar Moreno e Os Vocalistas nas Festas de Santo António em Reguengos de Monsaraz



As Festas de Santo António em Reguengos de Monsaraz vão decorrer entre os dias 12 e 16 de junho no Parque de Feiras e Exposições. A banda sonora das festividades em honra do padroeiro de Reguengos de Monsaraz integra concertos com Fernando Daniel, Azúcar Moreno, Os Vocalistas, Grupo Republika e a banda Remember de tributo aos anos 80 e 90 do século passado. O programa terá ainda as tradicionais marchas populares e a quinta edição da feira de vinhos ViniReguengos, onde poderão ser degustadas dezenas de marcas de vinhos portugueses.

A inauguração das Festas de Santo António vai decorrer no dia 12 de junho, às 18h30, no Pavilhão Multiusos do Parque de Feiras e Exposições. Pelas 22h começam a desfilar e a atuar as marchas populares, que este ano são compostas pelas marchas infantis das Atividades de Animação e Apoio à Família do Jardim de Infância de Reguengos de Monsaraz e do Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz, e pelas de adultos do Câmara Reguengos Clube, do Núcleo Sportinguista de Reguengos de Monsaraz e da Ani + Reguengos – Associação de Proteção de Animais de Reguengos de Monsaraz. A primeira noite das festividades terá ainda um espetáculo pirotécnico à meia-noite, seguindo-se a atuação do Grupo Republika, uma banda que tem o palco num camião.

No dia 13 de junho, dia de Santo António, o programa das festividades inicia-se às 10h com a cerimónia do içar das bandeiras nos Paços do Concelho. Pelas 10h30 concentram-se na Praça da Liberdade as Imagens dos Padroeiros das Comunidades Cristãs do concelho, seguindo-se meia hora depois a Eucaristia.

Às 22h voltam a desfilar e a atuar as tradicionais marchas populares e pelas 23h30 cantam Os Vocalistas. Este projeto originário de Beja foi formado em 2015 e apresenta um repertório baseado no Cante Alentejano. A partir da meia-noite e meia hora realiza-se um baile popular com o Duo Ritmus.

No dia 14 de junho, às 22h30, sobe ao palco Fernando Daniel, cantor que ficou conhecido por vencer o programa The Voice Portugal em 2016. Fernando Daniel lançou o seu primeiro álbum, “Salto”, de onde extraiu as músicas “Espera”, “Nada Mais” e “Mágoa” que se tornaram sucessos nas rádios e atingiram dezenas de milhões de visualizações no You Tube. O cantor apresentou recentemente o tema “Tal como sou”, que será o primeiro single do seu novo álbum.

À meia-noite abre a pista de dança do Reguengos Emotions com a dupla K.R.A.S.H., constituída pelo dj e produtor Henri Josh e pelo MC Katorz. Com mais de 10 anos de carreira e centenas de espetáculos, Henri Josh e MC Katorz vão misturar as melhores músicas eletrónicas, Hip Hop e House.

No dia 15 de junho, pelas 11h, realiza-se o XI Desfile de Fanfarras de Bombeiros Voluntários pelas ruas da cidade, com a participação das fanfarras de Reguengos de Monsaraz, Montemor-o-Novo, Arraiolos, Cacilhas, Vila Viçosa e Alcabideche. A Praça de Toiros José Mestre Batista recebe às 18h uma corrida de toiros em homenagem ao ganadeiro Luís Rocha, com os cavaleiros João Moura Jr, João Ribeiro Telles e Luís Rouxinol Jr.. Os forcados de Monsaraz e de Montemor-o-Novo vão pegar toiros da ganadaria Luís Rocha.

Pelas 22h30 sobem ao palco das festas a dupla Azúcar Moreno, constituída pelas irmãs Toñi e Encarna Salazar. Naturais de Badajoz, as Azúcar Moreno têm 39 anos de carreira, 23 álbuns editados, 35 discos de ouro, 18 discos de platina e mais de seis milhões de discos vendidos em todo o mundo. A partir da meia-noite, o Reguengos Emotions recebe o Dj Grouse, acompanhado por Martin, dos Santos e Pecadores, com uma atuação de saxofone e percussão.

O último dia das Festas de Santo António terá, às 22h30, o concerto com a banda Remember, que vai tocar os maiores sucessos musicais das décadas de 1980 e 1990. A fechar as festividades, a partir da meia-noite, vai estar o Dj Plastiks a misturar música no Reguengos Emotions.

No Parque de Feiras e Exposições haverá também ao dispor dos visitantes várias tasquinhas e bares. Os bilhetes para as Festas de Santo António custam 4 euros nos dias 14 e 15 de junho. Poderá também ser adquirida a pulseira jovem (até aos 29 anos), que pelo valor de 4 euros dará acesso a todos os espetáculos, assim como o bilhete único, que custa 5 euros. Os munícipes com Cartão Social têm entrada grátis.

ViniReguengos apresenta cerca de duas dezenas de produtores de vinho

Durante as Festas de Santo António, de 14 a 16 de junho, o Pavilhão Álamo do Parque de Feiras e Exposições vai receber a quinta edição da ViniReguengos. Nesta feira de vinhos poderão ser apreciadas referências de vinhos de cerca de duas dezenas de produtores nacionais.

A ViniReguengos abre no dia 14 de junho às 18h com a atuação do grupo Al-Canti, seguindo-se um beberete dinamizado pelos formandos do Centro de Emprego e Formação Profissional de Évora. O espaço PROVA, local destinado à promoção dos vinhos, das marcas e dos serviços dos produtores, recebe às 21h30 a apresentação da Rota do Vinho Bucelas, Carcavelos e Colares.

No dia 15 de junho, a ViniReguengos abre às 18h com a atuação do Grupo Coral Os Bel’Aurora de Campinho. Pelas 18h30 decorre o Showcooking Reguengos à Mesa pelo chef Hélio Loureiro com destaque para a Semana Gastronómica do Porco.

Às 19h30 e às 21h30 haverá apresentações de vinhos no espaço PROVA, enquanto pelo meio, às 21h, realiza-se mais um Showcooking Reguengos à Mesa pelo chef Hélio Loureiro, desta vez referente à Semana Gastronómica do Borrego.

No dia 16 de junho, o programa da ViniReguengos inicia-se às 18h com a atuação do grupo En’canta Modas, seguindo-se meia hora mais tarde um Showcooking Reguengos à Mesa pelo chef Luís Leitão, com destaque para a Semana Gastronómica do Lago. Às 19h30 e às 21h30 haverá apresentações de vinhos no espaço PROVA, decorrendo pelo meio, às 21h, Showcooking Reguengos à Mesa pelo chef Luís Leitão sobre a Semana Gastronómica da Caça.

Carlos Manuel Barão