sábado, 25 de julho de 2020

Líder do IPST admite "surpresa" com quebra de 7% nas dádivas de sangue

Líder do IPST admite "surpresa" com quebra de 7% nas dádivas de sangue
A quebra de apenas 7% das dádivas de sangue no primeiro semestre de 2020, muito marcado pela pandemia de covid-19, surpreendeu o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), admitiu hoje a presidente do organismo, Maria Antónia Escoval.

"Foi também uma surpresa, porque no início da pandemia implementámos um conjunto de medidas que alteravam muito os nossos procedimentos e apelámos aos nossos dadores. Estamos sempre condicionados pela resposta que os dadores possam dar e não é que nos surpreenda, mas foi uma resposta espetacular. Os nossos dadores não tiveram receio e corresponderam às necessidades do país", afirmou à Lusa.


Os números apresentados pelo IPST no lançamento da nova campanha, intitulada "Dê Sangue -- Ajude a Vida a Vencer", foram alcançados ao abrigo de um plano de contingência implementado em março para garantir a segurança e a sustentabilidade da dádiva durante o surto do novo coronavírus. Com a permanência do SARS-CoV-2 na realidade portuguesa no médio prazo, Maria Antónia Escoval confirmou a manutenção dos cuidados especiais.

"Vamos manter os procedimentos que estamos a adotar, quer para a segurança da transfusão, quer para a segurança dos nossos profissionais e dadores. Iremo-nos adaptando ao evoluir da situação e vamos atualizando o plano de contingência. No que se refere à segurança de dadores e profissionais, neste momento não podemos alterar as normas que foram instituídas", explicou.

Todavia, a presidente do IPST anunciou também uma "nova atualização" ao plano de contingência em agosto e que vai consistir "na adequação de algumas normas de segurança para dadores e para profissionais, na atualização do critério de cura -- porque ainda se considerava a cura após duas análises por RT-PCR negativas -, e na atualização aos procedimentos de colheita de plasma convalescente".

Sobre a utilização do plasma de doentes recuperados da covid-19, a líder do organismo público realçou-a como "uma opção para o tratamento" e enfatizou o significado da constituição de um grupo de peritos para o acompanhamento desta investigação clínica e que reúne elementos do IPST, da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Ricardo Jorge.

"Seguimos todos os passos que tinham de ser seguidos. Disponibilizámos um procedimento, neste momento temos acesso às análises, nomeadamente à realização dos anticorpos neutralizantes, e vamos fazer uma [análise], dentro do âmbito da lei da investigação. Penso que todos os passos foram tomados para que venhamos a ter sucesso", referiu, considerando ser "muito prematuro" definir um horizonte temporal para a apresentação de resultados.

Portugal contabiliza pelo menos 1.712 mortos associados à covid-19 em 49.692 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Fonte:NAOM

NB: Espantoso, nem uma palavra dirigidas aos dirigentes associativos, principalmente àqueles que não cancelaram sessões de colheitas caso da ADASCA de Aveiro.
Já estamos habituados à ingratidão!

Alto “Risco de Incêndio”: Atenção!

De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê-se para os próximos dias a continuação do tempo quente e seco, destacando-se os seguintes aspectos:
Humidade relativa baixa no interior durante a tarde. Fraca recuperação noturna no interior e Algarve; Vento do quadrante norte por vezes forte no litoral oeste e terras altas, por vezes com rajadas até 65 km/h.
Zonas das serras do litoral oeste, com risco mais elevado: Sintra, Montejunto e Monchique.

EFEITOS EXPECTÁVEIS

As condições meteorológicas previstas são favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais em especial nas regiões do Centro e Sul do país.

MEDIDAS PREVENTIVAS

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que, de acordo com as disposições legais em vigor, é:
-PROIBIDO fazer Queimadas Extensivas. Informe-se na sua câmara municipal ou pelo 808 200 520; 
-PROIBIDO fazer Queima de Amontoados. Informe-se na sua câmara municipal ou pelo 808 200 520; 
-PROIBIDO utilizar fogareiros e grelhadores em todo o espaço rural salvo se, usados fora das zonas críticas e nos locais devidamente autorizados, para o efeito; 
-PROIBIDO fumar ou fazer qualquer tipo de lume nos espaços florestais; 
-PROIBIDO lançar balões de mecha acesa e foguetes. O uso de fogo-de-artifício só é permitido com autorização da câmara municipal; 
-PROIBIDO fumigar ou desinfestar apiários exceto se os fumigadores tiverem dispositivos de retenção de faúlhas; 
-PROIBIDO usar motorroçadoras (exceto se possuírem fio de nylon), corta-matos e destroçadores nos dias, e nos municípios, com Risco Máximo. Evite o uso de grades de discos; 
-OBRIGATÓRIO usar dispositivos de retenção de faíscas e de tapa-chamas nos tubos de escape e chaminés das máquinas de combustão interna e externa nos veículos de transporte pesados e 1 ou 2 extintores de 6 Kg, consoante o peso máximo seja inferior ou superior a 10 toneladas.

A ANEPC apela à tolerância zero para o uso do fogo nos espaços florestais.


“Olá, sou o Tiago Mayan Gonçalves e sou candidato à Presidência da República”

O advogado Tiago Mayan Gonçalves anuncia hoje que é o “primeiro candidato genuinamente liberal” à Presidência da República, uma corrida às eleições do próximo ano que tem o apoio da Iniciativa Liberal, partido do qual é membro fundador.
À agência Lusa, fonte oficial da Iniciativa Liberal refere que “foi com grande entusiasmo que recebeu a disponibilidade e motivação do Tiago Mayan Gonçalves para assumir uma candidatura à Presidência da República”, considerando o partido liderado pelo deputado João Cotrim Figueiredo que assim fica garantido que “na eleição para a mais alta função da nação os portugueses terão um candidato verdadeiramente liberal no qual votar”.
É através de um vídeo a divulgar nas redes sociais, e ao qual a agência Lusa teve acesso, que o advogado de 43 anos, nascido e criado no Porto, anuncia que é candidato “para que um grande espaço político tenha em quem votar, um espaço político que congrega liberais mas também pessoas que não se reveem num Presidente [Marcelo Rebelo de Sousa] que abdicou de o ser”.
“Olá, sou o Tiago Mayan Gonçalves e sou candidato à Presidência da República. Sou o primeiro candidato genuinamente liberal à Presidência”, afirma, no arranque do vídeo, gravado na Pérgola da Foz, na Avenida Brasil, um dos locais icónicos da cidade portuense.
O membro fundador da Iniciativa Liberal – que atualmente preside ao Conselho de Jurisdição – manifesta “muito orgulho em ter o apoio do partido que trouxe uma forma diferente de pensar e de fazer política a Portugal”.
“Sou um cidadão como vocês, farto da bolha em que o sistema político vive, alheado da vida dos portugueses. Sou descomprometido. Não estou envolvido em teias de interesses, de cumplicidades e de conveniências, dos séquitos e das elites do Terreiro do Paço”, garante.
Tiago Mayan Gonçalves assume desde já o compromisso de dizer a verdade aos portugueses, sendo o seu objetivo recentrar “a ação política no soberano que é o cidadão” e criar “um país mais justo, mais próspero, mais livre”.
“Portugal tem a oportunidade de mudar de vida já em Janeiro. Do Porto para o país sou o candidato liberal à Presidência da República”, enfatiza.
Depois deste anúncio, segue-se a recolha de assinaturas necessárias para poder formalizar a candidatura à corrida eleitoral para o Palácio de Belém, sendo para isso necessário um mínimo de 7500 proponentes.
De acordo com a nota biográfica disponibilizada, o advogado tem um “longo percurso de serviço associativo e voluntário, do qual se destaca o trabalho na ELSA (The European Law Students Association) e na Refood.
Tiago Mayan Gonçalves esteve envolvido nas campanhas e movimento “Porto, o Nosso Partido”, que elegeram Rui Moreira para a Câmara do Porto, sendo membro suplente da Assembleia da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde por este movimento.
Lusa / Madremedia

Pandemia obrigou ao cancelamento da programação de verão em Santarém

A programação de verão em Santarém, que chegou a ser pensada num formato diferente devido à pandemia da covid-19, não se vai realizar este ano, uma vez que o concelho continua a registar casos de infeção pelo novo coronavírus.
A vice-presidente da Câmara de Santarém e responsável pelo pelouro da Cultura, Inês Barroso, disse hoje à Lusa que o In.Santarém, festival de arte e cultura, que visa a dinamização do centro histórico da cidade com a realização de dezenas de eventos envolvendo agentes do concelho, ainda foi pensado “num conceito diferente”, com várias ações a decorrer em seis sextas-feiras, em horários diferentes e de forma a dispersar o público.
Contudo, o facto de ser raro o dia em que não se registam novos casos da covid-19 no concelho levou a que se optasse por não promover eventos que proporcionem a aglomeração de pessoas, mesmo assegurando o cumprimento das regras da Direção-Geral da Saúde, disse.
Afirmando que a decisão “não foi fácil”, Inês Barroso confessou que esta paragem “entristece” pela atratividade turística que a programação, iniciada em 2015, representa já para o concelho e pela importância que assume para os agentes culturais locais.
“Primeiro que tudo está a segurança. É preciso que as pessoas percebam que mais vale uma vida que uma festa”, disse.
O programador João Aidos, responsável pelo programa Santarém Cultura, que, em 2019, passou a integrar o In.Santarém, disse compreender os motivos que levaram ao cancelamento, frisando a “adaptação muito grande” imposta pela pandemia.
Parada desde março, a programação cultural do concelho tem de ser reprogramada, tendo sido positivo o teste realizado em junho no Teatro Sá da Bandeira, no âmbito da iniciativa nacional “Regresso ao Futuro”, disse.
Por outro lado, tudo está a ser feito para que os dois grandes eventos programados para este ano, a celebração do centenário do nascimento do dramaturgo escalabitano Bernardo Santareno e dos 500 anos de Pedro Álvares Cabral, possam acontecer, estando o primeiro agendado para o período entre 19 de setembro e 19 de novembro e o segundo para o início de setembro, disse a vereadora.
Contudo, Inês Barroso avisou que só mais perto das datas haverá segurança para o seu anúncio formal.
João Aidos afirmou que a programação futura poderá passar por espetáculos mais pequenos, com percursos pela cidade, levando à descoberta do centro histórico.
“Em vez de um espetáculo com 500 pessoas, a tendência será para 10 espetáculos com 50 pessoas”, disse.
Lamentando o fim do programa “Cultura para Todos”, cujos fundos foram redirecionados pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e do Centro para cobrir custos assumidos pelos municípios com a pandemia, o gestor e programador, que estava igualmente a trabalhar a programação para o Médio Tejo, tem alguma esperança nos programas em rede.
“Vamos trabalhar muito a ideia de ‘marketing’ territorial”, disse, dando o exemplo dos espetáculos de dança e música no património, na sua maioria ao ar livre.
Frisando que o “tecido cultural está devastado”, João Aidos sublinhou a importância de se olhar para áreas como as artes performativas, que, pela qualidade do seu trabalho, sobreviviam sem recorrer a apoios da Direção-Geral das Artes e que, “de repente, ficaram sem nada”.
Por outro lado, salientou a importância de não se perder o trabalho de fidelização de públicos, que, no caso de Santarém, envolvia “imensos projetos” nos vários ciclos de ensino e em lares e que terão agora de ser adaptados às novas regras.
Lusa

ATERRADORA PROFECIA JÁ EM DESENVOLVIMENTO!

«Ainda não vimos nada!»
Uma profecia feita com a lucidez e o realismo de António Barreto.
A LER com atenção e a PARTILHAR, pois é deveras preocupante e já se encontra em desenvolvimento na Europa e no Mundo.
António Barreto no jornal Público sobre a revisão da História.

Enviado por Alves Ribeiro

Por António Barreto 

Republicanos, corporativistas, fascistas, comunistas e até democratas mostraram, nos últimos séculos, que se dedicaram com interesse à revisão selectiva da História, assim como à censura e à manipulação.

14 de Junho de 2020 - É triste confessar, mas ainda estamos para ver até onde vão os revisores da História. Uma coisa é certa: com a ajuda dos movimentos anti-racistas, a colaboração de esquerdistas, a covardia de tanta gente de bem e o metabolismo habitual dos reaccionários, o movimento de correcção da História veio para ficar.
Serão anos de destruição de símbolos, de substituição de heróis, de censura de livros e de demolição de esculturas. Até de rectificação de monumentos. Além da revisão de programas escolares e da reescrita de manuais.
Tudo, com a consequente censura de livros considerados impróprios, seguida da substituição por novos livros estimados científicos, objectivos, democráticos e igualitários. A pujança deste movimento através do mundo é tal que nada conseguirá temperar os ânimos triunfadores dos novos censores, transformados em juízes da moral e árbitros da História.
Serão criadas comissões de correcção, com a missão de rever os manuais de História (e outras disciplinas sensíveis como o Português, a Literatura, a Geografia, o Meio Ambiente, as Relações Internacionais…), a fim de expurgar a visão bondosa do colonialismo, as interpretações glorificadoras dos descobrimentos e os símbolos de domínio branco, cristão, europeu e capitalista.
Comissões purificadoras procederão ao inventário das ruas e locais que devem mudar de nome, porque glorificam o papel dos colonialistas e dos traficantes de escravos. Farão ainda o levantamento das obras de arte públicas que prestam homenagem à política imperialista, assim como aos seus agentes. Já começou, aliás, com a substituição do Museu dos Descobrimentos pelo Memorial da Escravatura.
Teremos autoridades que tudo farão para retirar os objectos antes que as hordas cheguem e será o máximo de coragem de que serão capazes. Alguns concordarão com o seu depósito em pavilhões de sucata. Outros ainda deixarão destruir, gesto que incluirão na pasta de problemas resolvidos.
Entretanto, os Centros Comerciais Colombo e Vasco da Gama esperam pela hora fatal da mudança de nome.
Praças, ruas e avenidas das Descobertas, dos Descobrimentos e dos Navegantes, que abundam em Portugal, serão brevemente mudadas.
Preparemo-nos, pois, para remover monumentos com Albuquerque, Gama, Dias, Cão, Cabral, Magalhães e outros, além de, evidentemente, o Infante D. Henrique, o primeiro a passar no cadafalso. Luís de Camões e Fernando Pessoa terão o devido óbito. Os que cantaram os feitos dos exploradores e dos negreiros são tão perniciosos quanto os próprios. Talvez até mais, pois forjaram a identidade e deram sentido aos mitos da nação valente e imortal.
Esperemos para liquidar a toponímia que aluda a Serpa Pinto, Ivens, Capelo e Mouzinho, heróis entre os mais recentes facínoras. Sem esquecer, seguramente, uns notáveis heróis do colonialismo, Kaúlza de Arriaga, Costa Gomes, António de Spínola, Rosa Coutinho, Otelo Saraiva de Carvalho, Mário Tomé e Vasco Lourenço.
Não serão esquecidos os cineastas, compositores, pintores, escultores, escritores e arquitectos que, nas suas obras, elogiaram os colonialistas, cúmplices da escravatura, do genocídio e do racismo. Filmes e livros serão retirados do mercado.
Pinturas murais, azulejos, esculturas, baixos-relevos, frescos e painéis de todas as espécies serão destruídos ou cobertos de cal e ácido. Outras comissões terão o encargo de proceder ao levantamento das obras de arte e do património com origem na África, na Ásia e na América Latina e que se encontram em Portugal, em mãos privadas ou em instituições públicas, a fim de as remeter prontamente aos países donde são provenientes.
Os principais monumentos erectos em homenagem à expansão, a começar pelos Jerónimos e pela Torre de Belém, serão restaurados com o cuidado de lhes retirar os elementos de identidade colonialista. Os memoriais de homenagem aos mortos em guerras do Ultramar serão reconstruídos a fim de serem transformados em edifícios de denúncia do racismo. Não há liberdade nem igualdade enquanto estes símbolos sobreviverem.
Muitos pensam que a História é feita de progresso e desenvolvimento. De crescimento e melhoramento. Esperam que se caminhe do preconceito para o rigor. Do mito para o facto. Da submissão para a liberdade.
Infelizmente, tal não é verdade. Não é sempre verdade. Republicanos, corporativistas, fascistas, comunistas e até democratas mostraram, nos últimos séculos, que se dedicaram com interesse à revisão selectiva da História, assim como à censura e à manipulação.
E, se quisermos ir mais longe no tempo, não faltam exemplos. Quando os revolucionários franceses rebaptizaram a Catedral de Estrasburgo, passando a designá-la por Templo da Razão, não estavam a aumentar o grau de racionalidade das sociedades. Quando o altar-mor de Notre Dame foi chamado de Altar da Liberdade caminharam alegremente da superstição para o preconceito.
E quando os bolchevistas ocuparam a Catedral de Kazab, em São Petersburgo e apelidaram o edifício de Museu das Religiões e do Ateísmo, não procuravam certamente a liberdade e o pluralismo. E também podemos convocar os Iconoclastas de Istambul, os Daesh de Palmira ou os Taliban de Bamiyan que destruíram símbolos, combateram a religião e tentaram apropriar-se tanto do presente como do passado.
Os senhores do seu tempo, monarcas, generais, bispos, políticos, capitalistas, deputados e sindicalistas gostam de marcar a sociedade, romper com o passado e afastar fantasmas. Deuses e comendadores, santos e revolucionários, habitam os seus pesadelos. Quem quer exercer o poder sobre o presente tem de destruir o passado.
Muitos de nós pensávamos, há cinquenta anos, que era necessário rever os manuais, repensar os mitos, submeter as crenças à prova do estudo, lutar contra a proclamação autoritária e defender com todas as forças o debate livre.
É possível que, a muitos, tenha ocorrido que faltava substituir uma ortodoxia dogmática por outra. Mas, para outros, o espírito era o de confronto de ideias, de debate permanente e de submissão à crítica pública.
O que hoje se receia é a nova dogmática feita de novos preconceitos. Não tenhamos ilusões.
Se as democracias não souberem resistir a esta espécie de vaga que se denomina libertadora e igualitária, mergulharão rapidamente em novas eras obscurantistas.» 

Fontes:

Covid-19: Aumento de casos na Alemanha leva governos estaduais a temerem segunda vaga

O aumento do número de novos casos de covid-19 na Alemanha está a levar os governos estaduais a falar numa segunda vaga da pandemia no país, numa altura em que se registam 200 mil infetados e nove mil mortes.
Em entrevista hoje ao jornal regional Rhenischer Post, o chefe de Governo de Sachsen (na zona oriental da Alemanha), Michael Kretschmer, defendeu que “a segunda [vaga] já está aí”.
“Todos os dias temos novo focos de infeção que podem originar um elevado número de casos”, alertou o responsável.
A Alemanha identificou 781 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o Instituto Robert Koch, um número ainda assim abaixo das 815 novas infeções identificadas na sexta-feira.
Ao todo, desde o início da pandemia, foram registados 204.964 casos de covid-19 e 9.118 mortes.
De acordo com este instituto, os números dos últimos dias representam uma mudança na tendência, dado que até agora o número médio de novas infeções era de cerca de 500.
O aumento tem sido registado em várias regiões do país, embora cerca de 60% dos novos casos tenham sido registados nos Estados do oeste (Nordrhein-Westfalen) e do sudoeste (Baden-Württemberg)
Depois de as autoridades de saúde alemãs terem admitido que estes são dados preocupantes, Michael Kretschmer disse na entrevista àquela publicação regional ser necessário “quebrar” esta nova tendência.
Lusa / Madremedia

Madrid renova licença de exploração para central de Almaraz

Madrid renovou a licença de exploração para os Grupos I e II da central de Almaraz em Cáceres, a última antes do início do encerramento da central nuclear espanhola situada a cerca de 100 quilómetros da fronteira portuguesa.
Fontes do Governo espanhol, citadas pela agência noticiosa Efe, afirmaram que o ministério da Transição Ecológica espanhol formalizou as ordens de renovação das autorizações para estas instalações.
No caso do Grupo I de Almaraz, a licença de exploração é prorrogada até 01 de novembro de 2027, e no caso do Grupo II até 31 de outubro de 2028.
A renovação das licenças de Almaraz foi pedida pela entidade que atualmente explora a instalação, designadamente Iberdrola, Endesa e Naturgy.
O ministério da Transição Ecológica espanhol também renovou a licença de exploração para a central de Vandellós, II, em Tarragona.
A autorização para a central de Vandellós II é prorrogada por um período de 10 anos a partir de 26 de julho de 2020, em resultado do qual a autorização expirará a 26 de julho de 2030, embora possa ser solicitada uma nova autorização de duração mais curta, uma vez que de acordo com o calendário acordado entre a Empresa Nacional de Gestão de Resíduos Radioativos (Enresa) e as empresas proprietárias da central poderá continuar a funcionar até 2035.
Esta renovação da licença para Vandellós foi solicitada pela Endesa e pela Iberdrola, entidades que atualmente exploram a instalação.
O ministério da Transição Ecológica espanhol autorizou a concessão das novas licenças, que serão as últimas para os dois grupos em Almaraz, na sequência de um relatório favorável do Conselho de Segurança Nuclear (CSN).
Os períodos de renovação autorizados correspondem ao que foi acordado no protocolo de intenções assinado pela Enresa em 2019 com os proprietários das centrais nucleares que operam em Espanha, para realizar o encerramento ordenado e gradual do parque nuclear espanhol entre 2027 e 2035.
Este protocolo tem em conta as previsões do Plano Nacional Integrado de Energia e Clima 2021-2030, que o Governo espanhol apresentou às autoridades da União Europeia e segundo o qual, até 2030, 74% do sistema elétrico espanhol será abastecido por energias renováveis.
As autorizações aprovadas pelo ministério da Transição Ecológica são também coerentes com o projeto do 7.º Plano Geral de Resíduos Radioativos, apresentado pela Enresa ao ministério em março e atualmente em estudo e processamento, a fim de permitir o encerramento escalonado das instalações para permitir a realização de trabalhos de desmantelamento e gestão de resíduos de acordo com os recursos humanos e técnicos disponíveis.
Lusa

Portugal desenvolve a primeira máscara que inativa o vírus SARS-CoV-2

Um projeto português que junta empresas e academia criou a primeira máscara no mundo capaz de inativar o coronavírus responsável pela covid-19. A máscara, desenhada e fabricada em Portugal, já está à venda desde abril em toda a União Europeia.
A máscara já estava à venda desde abril nas lojas MO, mas os testes do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM) mostram agora que a MOxAdTech é a primeira máscara com capacidade de inativar o vírus que causa a covid-19.
Feito e concebido em Portugal, este projeto de cooperação entre a comunidade empresarial, académica e científica para o desenvolvimento de uma máscara reutilizável de elevado desempenho tinha já o comprovativo de proteção microbiana, acrescentando agora a capacidade do tecido para inativar o vírus SARS-CoV-2.
"A MOxAd-Tech, que resultou inicialmente da cooperação entre a fabricante Adalberto, a retalhista de moda MO da Sonae Fashion, o iMM, o centro tecnológico CITEVE, e a Universidade do Minho assume-se, assim, como a primeira máscara que inativa o vírus SARS-CoV-2. Este projeto pretende, desde a primeira hora, reforçar a proteção pessoal na atual situação de pandemia, tornando acessível o vestuário técnico ao maior número de pessoas possível", dizem os responsáveis em comunicado.
Segundo a mesma fonte, testes realizados pelo iMM permitiram aferir a eficácia da máscara MOxAd-Tech na inativação da covid-19. A máscara tem um revestimento que neutraliza o vírus SARS-CoV-2 quando este entra em contacto com o tecido, efeito que se mantém mesmo depois da realização de 50 lavagens.
Citado no comunicado, Pedro Simas, investigador e virologista do iMM, coordenou os testes que qualificam o tecido como tendo propriedades anti-virais e afirma que “de forma simplificada, estes testes consistem na análise do tecido após o contacto com uma solução que contém uma determinada quantidade de vírus, cuja viabilidade se mede ao longo do tempo. Os testes à máscara MOxAdtech revelaram uma inativação eficaz do SARS-CoV-2 mesmo após 50 lavagens, onde se observou uma redução viral de 99% ao fim de uma hora de contacto com o vírus, de acordo com os parâmetros de testes indicados na norma internacional ISO18184:2019.”
No mesmo sentido vai Francisco Pimentel, administrador da MO, que realça que “este projeto é um excelente exemplo de cooperação entre instituições nacionais para criar um produto inovador e disponibilizá-lo às famílias num prazo muito curto. Os testes do iMM vieram comprovar a nossa afirmação de que a MoxAdTech é melhor máscara de proteção social, reforçando todas as certificações já conquistadas. Estamos cientes da importância deste projeto para a comunidade e orgulhosos por, em conjunto com os nossos parceiros, estarmos a cumprir a missão da Sonae de levar os benefícios do progresso e da inovação a um número crescente de pessoas”.
Por sua vez, Susana Serrano, CEO da Adalberto, acrescenta que "a máscara MOxAd-Tech é inovadora a nível mundial, pois inclui diferentes camadas de proteção e um tratamento repelente à água que permite neutralizar bactérias e vírus quando estes entram em contacto com a máscara. Esta solução tornou-se possível por existir uma cooperação entre várias entidades distintas, que colocaram o seu conhecimento e capacidade ao serviço da comunidade para ajudar na proteção das famílias portuguesas”.
As máscaras estão disponíveis nas lojas MO, Continente e Wells, custando 10 euros.
Madremedia
Imagem: MOxAdTech

Centro de Portugal, Porto e Norte e Castela e Leão reforçam cooperação transfronteiriça no Turismo para fazer face à pandemia

Reunião entre as várias entidades decorreu ontem, dia 24 de Julho. Próxima Cimeira Ibérica esteve também em cima da mesa.
Turismo Centro de Portugal e as entidades congéneres das regiões vizinhas de Castela e Leão e Porto e Norte acordaram hoje, numa reunião, uma série de iniciativas tendentes a fazer face à situação provocada pela atual pandemia.
As iniciativas passam pelo reforço da cooperação transfronteiriça em produtos turísticos comuns às regiões, nomeadamente através de uma estruturação, promoção e valorização turística conjunta. Entre os produtos turísticos conjuntos mais relevantes destacam-se o Enoturismo, Gastronomia e Vinhos, os Lugares Património Mundial da UNESCO, o Turismo Cultural e Religioso e as Rotas Napoleónicas.
Na reunião, foi dado um ênfase especial aos Caminhos de Santiago, uma vez que está em curso o processo de certificação dos itinerários. Foi enaltecido o facto de o Caminho Português ser o que mais tem crescido entre todos os Caminhos. Também as Rotas dos Vinhos, que juntam as três regiões, mereceram atenção redobrada.
A reunião, que decorreu através de uma plataforma online, juntou responsáveis das áreas do turismo das regiões Centro de Portugal, Porto e Norte de Portugal e Castela e Leão, além das CCDR (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional) do Centro e do Norte, entre outras instituições.
A 31.ª Cimeira Ibérica, que vai realizar-se em outubro, na cidade da Guarda, foi outro tema relevante da conversa de hoje. Os participantes sublinharam a necessidade de se preparar uma agenda comum a nível do Turismo, enquanto elemento aglutinador em domínios como a mobilidade e acessibilidade, a digitalização, inovação e eficiência energética, a sustentabilidade e economia circular, a coesão territorial e competitividade e a formação e qualificação da oferta e ativos.

TRADIÇÃO, FAMÍLIA, PROPRIEDADE


No idealismo, ardor.
No trato, cortesia.
Na ação, devotamento sem limites.
Na presença do adversário, circunspecção.
Na luta, altaneria e coragem.


E, pela coragem, a vitória”.
Assim Plinio Corrêa de Oliveira definiu o estilo cavalheiresco da TFP e o modo de ser de seus membros (“Folha de S. Paulo”, 24-9-1969)
Chegado à plena maturidade da sua vida, Plinio Corrêa de Oliveira decidiu conferir uma forma associativa à família de almas que o circundava e comungava dos mesmos ideais. Em 26 de julho de 1960 foi fundada em São Paulo a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade,1 a primeira de uma série de associações inspiradas no seu pensamento, que surgiram progressivamente nos cinco continentes.2

A trilogia Tradição, Família e Propriedade, mais do que designar as associações fundadas e inspiradas por Plinio Corrêa de Oliveira, resume a sua concepção do mundo; a qual reflete, por sua vez, os fundamentos da doutrina social da Igreja.3

A verdadeira tradição, escreve o pensador brasileiro, pressupõe dois princípios:

“a) Qualquer ordem de coisas autêntica e viva tem em si um impulso contínuo rumo ao aprimoramento e à perfeição;

“b) Por isso, o verdadeiro progresso não é destruir, mas somar; não é romper, mas continuar para o alto.

“Em suma, a tradição é a soma do passado com um presente que lhe seja afim. O dia de hoje não deve ser a negação do de ontem, mas a harmônica continuação dele”.4

Tradição (do latim tradere) não significa, pois, mero apego ao passado, mas a transmissão, de uma geração para outra, de um patrimônio de valores.5 “A tradição que nós representamos é a tradição católica, é uma tradição cheia de vida. Uma vida natural e sobrenatural ardente”.6 Aquilo que está vivo tem necessidade, para se desenvolver, de um ambiente propício. O ambiente natural para a transmissão e o desenvolvimento dos valores é a família; que, como ensina a Igreja, é “a célula fundamental, o elemento constitutivo da comunidade do Estado”.7Mas a família, para sobreviver e se desenvolver, tem por sua vez necessidade de um substrato material que lhe assegure a vida e a liberdade. Por isso Pio XI afirma na Encíclica Quadragesimo Anno: “É necessário que permaneça sempre intacto e inviolado o direito natural de propriedade privada e de transmissão hereditária dos próprios bens, direito que o Estado não pode suprimir”.8

Em livro com o significativo título “Tradition, Famille, Propriété. Jésus et la triple contestation”, o escritor progressista belga Max Delespesse pondera: “Observadores superficiais poderiam surpreender-se diante da trilogia ‘tradição-família-propriedade’, como se se tratasse de um amálgama artificial. Na realidade, a junção destes três termos não se deveu ao acaso. […] ‘Tradição-família-propriedade’ é um bloco coerente que se aceita ou se rejeita, mas cujos elementos não podem ser separados”.9

A recusa mais radical deste bloco doutrinário foi expressa, na nossa época, pelo social-comunismo, cujos princípios básicos, segundo o matemático russo Igor Safarevic,10 podem ser reduzidos a estes pontos:

a) abolição da propriedade privada;
b) abolição da família;
c) destruição da religião;
d) igualdade, supressão da hierarquia social.

Para Plinio Corrêa de Oliveira, a fórmula TFP encerra “os três grandes princípios que o coletivismo moderno negou e lhe contrapôs um trinômio igualmente significativo: massificação-servidão-fome”.11

ABIM
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Notas:
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 835, Julho/2020.
1. O início da atividade pública da TFP remonta a 25 de julho de 1963, quando a associação assumiu oficialmente a gestão de todas as atividades até então exercidas a título pessoal pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira e pelos seus colaboradores do grupo de Catolicismo. O Presidente da TFP brasileira foi, até à morte, Plinio Corrêa de Oliveira; e o vice-presidente, também ele até à morte, o Prof. Fernando Furquim de Almeida (1913-1981).
2. Foram fundadas TFPs, entidades afins ou escritórios de representação na Argentina, Chile, Uruguai (1967), Peru (1970), Colômbia, Venezuela, Espanha (1971), Equador (1973), Bolívia, França, Portugal, Estados Unidos (1974), Canadá (1975), Itália (1976), África do Sul (1980), Alemanha, Austrália (1982). Costa Rica (1983), Nova Zelândia (1985), Filipinas (1986), Paraguai (1987), Grã-Bretanha (1990), Índia (1992), Polônia (1995), Japão (1996).
3. Nas suas “linhas essenciais — como afirma Pio XII — foram e ainda são as mesmas: a família e a propriedade, como base de manutenção pessoal; depois, como fatores complementares de segurança, as associações locais e as uniões profissionais, e finalmente o Estado” (Pio XII, Radiomensagem de Natal de 24 de dezembro de 1955, in DR, vol. XVII, pp. 437-438).
4. Plinio CORRÊA DE OLIVEIRA, “TFP – Tradição”, em “Folha de S. Paulo”, 12 de março de 1969. Cfr. também id., Nobreza e Elites tradicionais análogas, cit., p. 74-75.
5. Pio XII ensinou que não existe verdadeiro progresso fora da tradição. “Etimologicamente o próprio vocábulo é sinônimo de caminho e de marcha para a frente – sinonímia e não identidade. Com efeito, enquanto o progresso indica somente o fato de caminhar para a frente, passo após passo, procurando com o olhar um incerto porvir, a tradição indica também um caminho para a frente, mas um caminho contínuo, que se desenvolve ao mesmo tempo tranquilo e vivaz, de acordo com as leis da vida. […] Como indica o seu nome, a tradição é um dom que passa de geração em geração; é a tocha que, a cada revezamento, um corredor põe na mão do outro, e confia-lha sem que a corrida pare ou diminua de velocidade. Tradição e progresso reciprocamente se completam com tanta harmonia que, assim como a tradição sem o progresso se contradiria a si mesma, assim também o progresso sem a tradição seria um empreendimento temerário, um salto no escuro” (Alocução ao Patriciado e à Nobreza romana de 19 de janeiro de 1944, in Nobreza e Elites tradicionais análogas…, cit., pp. 263-264).
6. Plinio CORRÊA DE OLIVEIRA, “Discurso de 3 de janeiro de 1992”, in Catolicismo n° 494 (fevereiro de 1992).
7. Pio XII, Alocução aos pais de família franceses, de 18 de setembro de 1951, in DR, vol. XIII, p. 242.
8. Pio XI, Encíclica Quadragesimo anno, de 15 de maio de 1931, in AAS, vol. 23 (1931), pp. 190-216. Cfr. Denz.-H, n° 3728.
9. Max DELESPESSE, Tradition, Famille, Propriété. Jésus et la triple contestation, Fleurus, Paris, 1972, pp. 7-8.
10. Igor SAFAREVIC, Il socialismo como fenomeno storico mondiale, tr. it. La Casa di Matriona, Milão, 1980, p. 267.
11. Plinio CORRÊA DE OLIVEIRA, Nobreza e Elites tradicionais análogas, cit., p. 130.








Homem detido por cultivar cannabis, em Ovar

O Comando Territorial de Aveiro, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Ovar,no dia 23 de Julho, deteve um homem com 33 anos, por cultivo de cannabis, em Ovar.
A ação foi efetuada na sequência de um inquérito de investigação relacionado com tráfico de produtos estupefacientes, que durava há sete meses, e que envolveu uma busca domiciliária e uma em veiculo, que permitiu apreender o seguinte material:
· 80,61 doses de liamba;
·Dois pés de cannabis;
·Três estufas e diverso material relacionado com o cultivo, nomeadamente 98 vasos, fertilizantes, sistemas, exaustão, ventilação, iluminação e controlo de temperatura;
·Uma balança de precisão;
O detido será presente ao Tribunal Judicial de Aveiro.

Abrir as escolas no próximo ano letivo “é um imperativo”, diz ministro da Educação

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, reafirmou que “abrir as escolas” no próximo ano letivo “é um imperativo”, garantindo que “todas as condições de segurança” estão a ser criadas tendo em conta a pandemia de covid-19.
“As escolas são e serão efetivamente lugares seguros”, disse Tiago Brandão Rodrigues, que falava aos jornalistas à margem de uma cerimónia de assinatura de protocolos com autarquias, em Vila Nova de Gaia, no âmbito do programa nacional de retirada do amianto das escolas, tendo sido questionado sobre críticas da Federação Nacional de Professores (Fenprof).
“Temos dialogado com as organizações que representam os diretores e os trabalhadores, professores, assistentes operacionais. Fizemos um trabalho muito próximo com as confederações de pais, com todos os parceiros e autarquias para podermos preparar o próximo ano letivo. A Fenprof fala todos os dias de manhã, tarde, noite e madrugada e não faria nada mais se me dedicasse a comentar essas declarações”, disse o ministro da Educação.
O governante reafirmou que a Direção-Geral da Saúde (DGS) tem “orientações claras” que “apresentam uma multiplicidade de características para darem confiança e segurança às famílias” e descreveu que a disposição das salas terá “determinadas características para que os alunos não estejam frente a frente”.
Tiago Brandão Rodrigues também frisou que as escolas terão “maior higienização pessoal e infraestrutural, bem como circuitos de circulação” e disse que “as turmas vão funcionar como bolhas”.
“Os alunos vão estar única e simplesmente com os seus colegas”, explicou, acrescentando que as cantinas e bibliotecas terão regras muito especificas” e que têm sido feitos “protocolos e planos de contingência para dar respostas imediatas e concretas”.
O ministro da Educação sublinhou também que “ter crianças em casa durante meses” também “implicaria riscos para a saúde mental e física” e acarreta “implicações económicas e familiares” para depois frisar que em Portugal, ao contrário de outros países, o uso de máscara será obrigatório.
“Todos aqueles que estiverem em ambiente escolar, ao contrário do que acontece em outros países – e vemos aqui ao lado a Espanha que tem uma distância mínima, mas a partir do momento em que essa distância não seja possível de ser cumprida, as pessoas usam máscara o que não é obrigatório lá – nós aqui entendemos que é obrigatório usar máscara e vamos nós fornecer a todos os que trabalham e estudam nas nossas escolas”, afirmou.
Também questionado sobre o apoio a crianças com necessidades educativas especiais, Tiago Brandão Rodrigues disse que estas, bem como “as crianças mais novas e as apontadas como crianças em risco” serão “as últimas a sair das escolas”.
“Se as autoridades de saúde, em determinado momento, nos disserem que os alunos têm de sair da escola para diminuirmos a propagação, essas serão as crianças com maior acompanhamento”.
Já durante a cerimónia, e dirigindo-se a autarcas e diretores de escolas de vários concelhos do norte do país, o ministro da Educação referiu que o ano letivo 2020/2021 “é muito provavelmente, o início de ano letivo mais complexo de que temos memória”.
“As escolas estão a trabalhar para terem reais planos de recuperação e consolidação de aprendizagem (…) Abrir as nossas escolas é um imperativo social, económico e pedagógico. Por muito que tenhamos necessidade de recorrer a um regime misto ou mesmo não presencial, nada substitui o papel direto de contacto direto dos professores e das escolas com os alunos”, referiu.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 627 mil mortos, incluindo 1.712 em Portugal.

Prisão preventiva para três suspeitos de abuso sexual sobre oito vítimas em Tomar

Três homens detidos em Tomar por suspeita de abuso sexual de crianças, violação e violência doméstica agravados, cometidos, nalguns casos durante décadas, sobre oito vítimas, ficaram em prisão preventiva, informou hoje fonte judicial.
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou em comunicado a detenção dos três homens, que foram ontem ouvidos em primeiro interrogatório judicial no Juízo de Instrução Criminal de Santarém, que determinou a prisão preventiva para os três suspeitos.
Na nota divulgada hoje, a PJ afirma que os três homens, com 38, 43 e 71 anos, têm relações de parentesco com as vítimas, todas do sexo feminino e que foram “sujeitas a atos sexuais de relevo, bem como maus-tratos físicos e psíquicos”.
Os crimes foram cometidos de forma transgeracional ao longo dos últimos 40 anos”.
As oito vítimas têm idades entre os 5 e os 68 anos.
Segundo a PJ, os factos foram conhecidos recentemente, tendo-se iniciado de imediato as diligências investigatórias que levaram à detenção dos suspeitos, após a emissão de mandados de detenção pela autoridade judiciária competente.
Lusa

Roteiro de arte urbana aumentado em vários pontos da cidade de Águeda


Para além da arte que pode ser apreciada em vários edifícios, há uma APP que guia os visitantes pelo roteiro de arte urbana 

Águeda tem um roteiro de arte urbana com dezenas de espaços que podem ser descobertos. Tratam-se de paredes de edifícios, muros ou outras zonas que foram pintadas por diversos artistas de renome nacional e internacional. Entre elas contam-se obra de Goodmess, do Coletivo Nora, de Mário Belém, de EIME, do Duo Amazonas, de Bordalo II, de Halfstudio ou de Millo, entre outros. 

O roteiro, que tem uma identidade diferenciadora cada vez mais enraizada no concelho e que transforma Águeda numa verdadeira galeria de arte a céu aberto, vai ser este ano aumentado com novas obras de Millo, Dourone e AkaCorleone. 

Já começaram a ser instaladas esta semana, numa ação que se prolonga até agosto, podendo ser prontamente visitadas. 

Pedro Campiche, mais conhecido como AkaCorleone, é natural de Lisboa, onde começou o seu percurso como writer de graffiti e está pela primeira vez em Águeda, onde está a criar um mural, na ESTGA. O artista disse que preparou um trabalho a pensar “nas principais referências da região, seja em termos visuais ou históricos”, usando o seu característico jogo de cores, que se tem tornado na sua imagem de marca. 

Com raízes na ilustração digital, AkaCorleone passou para o muralismo e street art, uma “mudança orgânica e natural”, defendeu o artista, que tem trabalhos em vários pontos do país, como Estarreja, Alenquer, Viseu e Lisboa. 

Para além de AkaCorleone, nos próximos dias, Águeda vai receber outros artistas desta forma de expressão de arte urbana, como Dourone, uma dupla que tem um registo fragmentado nas suas composições. O trabalho mural de Dourone pode ser apreciado em mais de 45 cidades em mais de 90 murais em todo o mundo. Águeda vai recebê-los para os ver transformar o edifício do “canto” da Rua Eng.º Júlio Portela. 

O italiano Millo, que já viu o seu trabalho “Love Prisioners”, em Recardães, ser considerada a melhor instalação urbana do ano, segundo a Widewalls, está de regresso a Águeda para transformar mais um edifício. Francesco Camillo Giorgino, mais conhecido como Millo, pinta murais em larga escala, usando linhas simples a preto e branco com traços de cor quando necessário e, muitas vezes, incorpora elementos da arquitetura nas suas pinturas de vários andares. 

Millo tem pinturas em vários países, como Itália, EUA, Rússia, China, Áustria, Chile, Portugal, Finlândia, Chipre, entre muitos outros. 

A parede que vai receber a arte de Millo estará localizada na baixa da cidade. 

Refira-se que Águeda tem também disponível uma APP (http://agitaguedaurbanart.com/ ) para guiar os visitantes no percurso pela Arte Urbana.

Corpo de jovem encontrado em barragem de Vieira do Minho

O corpo de um jovem, que estava desaparecido, foi encontrado ao início da noite de hoje na praia fluvial da barragem do Ermal, em Vieira do Minho, no distrito de Braga, disse à agência Lusa fonte da GNR.
Segundo o Comando Territorial de Braga da GNR, foi encontrado o corpo de um jovem, nascido em 2001, pelas 20:50, a “cerca de 15 metros da berma da albufeira do Ermal”.
A mesma fonte acrescentou que o jovem estava desaparecido desde as 14:00.
Contactado pela Lusa, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Braga disse que no local estiveram 34 operacionais, das corporações dos bombeiros voluntários de Vieira do Minho, de Caldas das Taipas, de Vizela, de Barcelinhos, Famalicenses e de Barcelos.
Estas corporações foram apoiadas por 16 veículos e ainda três embarcações.
Lusa

Prefeitura de São Paulo adia Carnaval em 2021 por causa da pandemia

A prefeitura de São Paulo, a maior cidade do Brasil, anunciou hoje o adiamento do Carnaval de rua e dos desfiles das escolas de samba em 2021 devido à pandemia do novo coronavírus.
Uma nova data para organizar o evento ainda não foi definida pelos responsáveis, mas o portal de notícias G1 adiantou que os desfiles das escolas de samba provavelmente acontecerão em maio de 2021.
O Carnaval de São Paulo é um dos maiores eventos do país. Este ano, mais de 15 milhões de pessoas participaram nos desfiles de rua em centenas de blocos organizados na cidade.
A prefeitura da capital 'paulista' estimou, em março, que o Carnaval 2020 gerou ganhos de 2,7 mil milhões de reais (450 milhões de euros) para a economia local.
Somados aos 227 milhões de reais (37,5 milhões de euros) movimentados pelo Carnaval no Sambódromo do Anhembi, onde acontecem os desfiles das escolas de samba, o total de receitas que a festa trouxe para a cidade chegou a 2,9 mil milhões de reais (480 milhões de euros).
Além de adiar o Carnaval, as autoridades São Paulo também decidiram cancelar a corrida de Fórmula 1 do Brasil, que acontece anualmente na cidade, no Autódromo de Interlagos, por causa da covid-19.
Uma parada anual organizada por grupos que reúnem Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgénero (LGBT) e um grande evento promovido por evangélicos chamado Marcha para Jesus, organizados na maior cidade do Brasil também não vão acontecer em 2020.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 2,2 milhões de casos e 84.082 óbitos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 627 mil mortos e infetou mais de 15,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Lusa

Novos surtos no Reino Unido, Espanha e França preocupam Europa

Com já mais de três milhões de casos confirmados desde o início da pandemia, continente gere aumento de surtos e cadeias de transmissão. Esta sexta-feira, uso de máscara passou a ser obrigatório em mais cinco países. Veja a lista dos 13 Estados sob maior escrutínio, incluindo Portugal.
Novos surtos de Covid-19 em Espanha, Reino Unido e França, sobretudo, suscitam preocupação na Europa, confrontada com o aumento dos contágios em vários países, três meses após o continente deixar de ser o epicentro da pandemia.
Além destes três países, dos mais afetados pela pandemia de Covid-19 na Europa, outros registam agora novos surtos ou novas cadeias de contágio pelo novo coronavírus, embora com menor expressão.
Esta sexta-feira, cinco avançaram com o uso obrigatório de máscara, entre eles o Reino Unido.

Espanha

O número de novos contágios nos últimos dias é sete vezes superior ao registado quando, há um mês, foi levantado o estado de emergência e foram retomadas a circulação, as relações sociais e a atividade económica.
A 21 de junho, quando terminou o estado de emergência, Espanha contava 141 novos casos em 24 horas.
Desde então, foram registados 369 surtos, em todas as comunidades autónomas do país, mas com especial gravidade em Aragão e Barcelona (nordeste).
Nesta quinta-feira, foram registados 971 novos casos, com 281 surtos ativos por todo o país envolvendo 3.200 novos casos de infeção.

França

França regista nas últimas semanas um aumento de casos de infeção que levou as autoridades a emitir alertas à população para a necessidade de manter as regras de higiene e segurança que contribuem para limitar os contágios.
Na quinta-feira, no seu mais recente boletim, França contabilizava 1.062 novos casos em 24 horas e indicava que, em relação à semana passada, houve um aumento de 27% de testes positivos à covid-19.
Desde o início do desconfinamento, em maio, foram identificados 570 focos de contágio, 10 deles entre estas quarta e quinta-feira, embora apenas 120 se mantenham ativos, com 450 focos considerados resolvidos.

Reino Unido

O Reino Unido é o país da Europa até agora com mais mortes associadas à covid-19 e o terceiro em todo o mundo, com 45.554 mortos, em quase 300.000 casos confirmados.
O surto mais grave em atividade registou-se no princípio do mês na cidade de Leicester, que durante uma semana foi responsável por 10% de todos os casos em Inglaterra.
As autoridades decretaram o encerramento das escolas e dos estabelecimentos comerciais não essenciais por 15 dias.
Com o número de mortes a manter-se elevado no país, o Governo britânico adotou novas medidas para travar a propagação do vírus, como o uso obrigatório de máscara, a partir desta sexta-feira, nas lojas, supermercados, bancos e estações de correio.

Roménia

A Roménia regista um forte aumento de casos, com um recorde diário de 1.112 novas infeções atingido na quinta-feira.
Segundo o último balanço oficial, 25 pessoas morreram entre quarta e quinta-feira, num país que regista um total de mortes desde março de 2.126.
Os contágios começaram a aumentar no princípio de junho, depois de uma queda acentuada em maio, evolução que as autoridades atribuem ao menor cuidado da população em manter regras de proteção após o levantamento do estado de emergência e do confinamento, a 15 de maio.

Alemanha

A Alemanha registou há duas semanas o surto mais grave, com cerca de 1.800 novos casos entre trabalhadores de um matadouro, surto já considerado controlado.
Nas últimas 24 horas foram notificados 815 novos casos, um número moderado para um país com 83 milhões de habitantes.
As autoridades manifestaram contudo preocupação com os casos registados em pessoas provenientes do estrangeiro, nomeadamente de Espanha.

Bélgica

A Bélgica decidiu não avançar para as etapas seguintes de desconfinamento devido a um aumento de novos casos, traduzido, segundo números de hoje, numa média diária de 220 novos casos nos últimos sete dias.
O aumento de casos foi detetado em meados de julho em comunidades localizadas, mas estende-se atualmente ao conjunto da população belga.
As autoridades decidiram não voltar atrás nas medidas de alívio das restrições já em vigor, mas endureceu algumas, como o uso obrigatório de máscara, até agora em vigor apenas nos espaços fechados e doravante estendido às ruas comerciais mais frequentadas.

Itália

Em Bolonha (norte) foi identificado na quinta-feira um novo surto numa residência para idosos com 21 pessoas infetadas e, no mesmo dia, um surto em Molise (centro), onde sete venezuelanos da mesma família testaram positivo.
As autoridades italianas, país que nos primeiros meses da pandemia na Europa foi o mais afetado e contava até quinta-feira 35.092 mortos e mais de 245 mil casos, estão também atentas à ilha de Capri (sul), seguindo os contactos de três turistas de Roma que visitaram a ilha no fim de semana e testaram positivo.
Em Roma as autoridades estão a realizar testes entre a comunidade natural do Bangladesh, entre a qual no princípio do mês foram detetados 39 casos.

Holanda

Segundo os números oficiais mais recentes, entre 15 e 21 de julho foram notificados 987 novos casos de infeção, quase o dobro da semana anterior.
Entre 4 e 7 de julho, o número de novos casos subiu 0,29% e entre 16 e 19 de julho, 0,72%, o que sugere uma nova tendência de aumento de casos.
Desde 1 de junho, todas as pessoas com sintomas ligeiros podem fazer um teste, mas as autoridades admitem que ainda assim os números reais de infeções sejam superiores aos testes positivos.

Grécia

A Grécia regista um aumento ligeiro, mas constante, do número de novos casos, num país que foi dos menos afetados pela pandemia, com 4.100 casos e 201 mortes.
Na última semana houve uma média diária de 25 novos casos, quase um terço (27,8%) dos quais relacionados com viagens de ou para o estrangeiro.
A Grécia retomou as ligações aéreas com 29 países a 15 de junho, lista que alargou a mais 46 países a 1 de julho, e ao Reino Unido a 15 de julho, prevendo no final do mês abrir também os seus aeroportos aos voos dos Estados Unidos, o país do mundo com mais casos e mais mortes associados ao novo coronavírus.
Dos 46.893 testes realizados a passageiros à chegada à Grécia na última semana, apenas 0,2% tiveram resultado positivo, segundo números oficiais.

Áustria

A Áustria reintroduziu, a partir de hoje, o uso obrigatório de máscara nos estabelecimentos comerciais, 39 dias depois de ter limitado a medida aos transportes públicos, hospitais e clínicas, em face da descida dos contágios.
Na quinta-feira, o país registava 170 novos casos, o número mais elevado desde meados de abril, depois em de maio e junho os novos casos diários se terem mantido abaixo dos 50.

República Checa

As autoridades checas registaram na quinta-feira 235 novos casos, o número diário mais alto desde junho, depois de vários dias seguidos com 200 novos contágios em média.
Face aos números, o Governo decidiu reintroduzir restrições, entre as quais o uso de máscara em espaços fechados com mais de 100 pessoas ou a limitação de concentrações a 500 pessoas (até agora 1.000).

Polónia

A Polónia registou hoje 458 novos positivos, o número mais alto desde 17 de junho e o segundo consecutivo acima dos 400 novos casos, segundo o Ministério da Saúde.
A maioria dos casos regista-se nas províncias da Silésia e da Pequena Polónia, no sul do país. Na Silésia, onde foram detetados 184 dos casos das últimas 24 horas, as autoridades admitem “bastantes” novas infeções nos próximos dias.
O Governo afasta contudo a possibilidade de reintroduzir restrições, frisando a necessidade de maior respeito por regras como o uso de máscara, distanciamento físico e lavagem das mãos.

Portugal

Portugal registava na segunda-feira 206 surtos ativos, sendo a preocupação maior na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se concentram a maioria desses surtos (quase 65%).
Em dezanove freguesias da região vigora o estado de calamidade, com dever de recolhimento em casa e, nas restantes, foram impostas medidas como o encerramento da maioria dos estabelecimentos às 20h00 e a proibição da venda de álcool após essa hora.
O ritmo de contágios no conjunto do território de Portugal tem descido, com os últimos cinco dias consecutivos a registarem menos de 300 novas infeções por dia, o que não ocorria desde maio, quando houve 19 dias consecutivos com menos de 200 casos diários.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 627 mil mortos e infetou mais de 15,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço de hoje da agência France-Presse (AFP).
A Europa ultrapassou na quinta-feira os 3 milhões de casos, registando 206.000 mortos.