sábado, 1 de julho de 2017

CANTANHEDE: A vez das senhoras…

No próximo dia 6 de Julho, será feita a apresentação oficial do Cantanhede Ladies Open.
Este é um torneio internacional que ganha, ano após ano, uma importância cada vez maior no panorama desportivo regional.
Francisco Ferra

Cinco comandantes demitidos na sequência dos roubos em Tancos

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Chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte afirma que o furto ocorreu durante a noite/madrugada.
Cinco comandantes foram exonerados na sequência do desaparecimento de material militar em Tancos. Informação dada pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Rovisco Duarte, este sábado na RTP: "Decidi exonerar os cinco comandantes das unidades que estão ligados a estes processos".
"Quando se escolhem dois paios no lote de 20, que por acaso não são os mais próximos da entrada, temos de tirar conclusões".
Furto terá sido realizado durante a noite/madrugada, afirmou Rovisco Duarte.
TSF

MIRA: Sangria por uma boa causa!

Associação de Idosos Mirense irá promover no dia 8 de Julho, pelas 16:00 horas, o seu "Festival Sangria e Companhia"
Será um festival aberto a toda a comunidade com animação, vários tipos de sangria, porco no espeto e sobremesas.
O preço será de 10€/pessoa com acesso a tudo à descrição (gratuito até aos 10 anos).
Os bilhetes serão vendidos no dia ou através do contacto 231458367. 
Esta é uma saborosa forma de contribuir com esta importante instituição de Mira, com larga experiência na forma de ajudar os idosos a terem uma vida digna, que tanto fizeram por merecer...

Comunicado da Câmara Municipal de Vagos – “Programa Animar o Verão 2017”

"Programa Animar o Verão 2017 - JULHO
É com muito prazer que anunciamos a programação da melhor Praia do Mundo, para a época balnear 2017, que acabou de ser, mais uma vez, distinguida com a Bandeira Azul e Praia Acessível que, são os símbolos europeus da excelência da qualidade das zonas balneares.
Quanto ao programa, que se preparou para este ano, tivemos sobretudo o cuidado de promover e convidar os nossos valores culturais, as nossas bandas, os nossos artistas, que vão dar corpo a um conjunto de ações de animação na Praia da Vagueira.
É no Largo Parracho Branco, na Praia da Vagueira, que terão lugar a maioria das atividades, que destacamos de seguida.
Nos dias 30 de junho e 1 e 2 de julho, o evento gastronómico Vagos Sensation Gourmet, com a participação de diversos Chef’s de renome nacional e internacional.
No dia 9 de julho, os Insufláveis que estarão na praça ao longo de todo o dia e as Danças de Verão da Academia de Artes 1.ª Posição
Conforme referido no início, e contando com a colaboração dos nossos valores culturais e outros artistas nacionais, vamos promover espetáculos musicais de animação da nossa Praia. Para julho teremos as atuações musicais com “TRIBUTUS” no dia 12, Olívia Palito no dia 14, Duo Ricardo Silva no dia 15 e no dia 19 contamos com a atuação de Sérgio Rossi.
As manhãs desportivas vão continuar este ano com a prática de aulas de Zumba todos os domingos de manhã, a partir do dia 16 de julho.
Este ano, teremos um Ciclo de conferências com temas ligados ao ambiente que decorrem nos dias 20, 21 e 22 de julho, no espaço museológico da Vagueira.
Será, também, a 22 de julho que desfilarão, mais uma vez, as Marchas Populares que envolvem mais de 700 marchantes em representação das oito freguesias do Concelho.
É no dia 23 de julho que se dará início ao Torneio de Futebol de Praia que termina a 8 de agosto.
No dia 26 de julho, realiza-se o cinema infantil no Espaço Museológico da Vagueira.
Nos dias 27, 28 e 29 de Julho, vamos contar com mais uma edição dos Jogos “Municípios Sem Fronteiras”, que vão envolver todas as freguesias do nosso Concelho e que vai constituir-se, mais uma vez, como uma grande manifestação de convívio e de competição salutar entre toda a população. Música, luz, cor e divertimento é o que nos espera nessas 3 noites de festa.
No dia 28 de Julho, inseridos nos Jogos Municípios Sem Fronteiras, realizar-se-ão os Jogos Vagos Sem Barreiras, dedicados a pessoas com deficiência, cuja organização é da responsabilidade do Comissão de Apoio Social e Desenvolvimento de Santa Catarina.
De 28 a 30 de julho teremos o Vagueira Surf Fest, com atividades ligadas ao Surf na Praia da Vagueira.
Serão desenvolvidas ainda outras atividades noutros locais: a 3.ª Resistência de BTT Noturno de Vagos que decorre no dia 8 de julho na Quinta do Ega e suas imediações; a “I solidariturna”, uma caminhada solidária noturna, que se realiza no dia 21 de julho com ponto de encontro marcado junto à Santa Casa da Misericórdia de Vagos; o Dia dos Avós que se realiza no dia 26 de julho, no Largo do Município de Vagos; a Manhã Náutica que acontece no dia 30 de julho junto à Marina da Vagueira e a Astronomia na Vagueira que acontece no mesmo dia, à noite no CasaBlanca Lounge Bar.
Para além das atividades já referenciadas, de salientar também a mostra permanente do nosso artesanato, da Biblioteca de Praia bem como da Hora do Conto e da Feira do Livro.
Trata-se de um vasto programa de ações a desenvolver, que julgamos ir de encontro às expetativas dos nossos empresários e comerciantes instalados naquele local, bem como proporcionar aos veraneantes momentos de lazer e de divertimento.

Vagos, até onde queremos ir."

Trabalhadores das secções de processos de dívidas da Segurança Social admitem recorrer à greve


SINTAP garante que funcionários "estão dispostos a utilizar todas formas de luta ao seu alcance para conseguirem o reconhecimento e a valorização das suas carreiras.

Trabalhadores das secções de processos de dívidas da Segurança Social admitem recorrer à greve
Os trabalhadores das secções de processos do Departamento de Gestão da Dívida do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social admitem recorrer à greve se não for atendida a pretensão de mudarem de serviço dada a "sobrecarga de trabalho" que dizem sofrer.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP) garante que estes funcionários "estão dispostos a utilizar todas formas de luta ao seu alcance para conseguirem o reconhecimento e a valorização das suas carreiras, incluindo o recurso à greve".

Segundo explica, os trabalhadores das secções de processos do Departamento de Gestão da Dívida do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) "estão a solicitar ao respetivo departamento de recursos humanos uma declaração autenticada que comprove a sua relação jurídica de emprego público e todos os demais dados necessários para a instrução de pedidos de mobilidade entre órgãos e serviços ou candidaturas a concursos abertos noutros serviços".

"Na base desta ação conjunta está o facto de estes trabalhadores se sentirem totalmente esquecidos, apesar de, já por diversas vezes e de diversas formas, terem alertado a tutela para as dificuldades que vivem no desempenho das suas funções, debatendo-se com permanente sobrecarga de trabalho e défice de pessoal", explica.

De acordo com o SINTAP, a média de receita anual processada por cada trabalhador das secções de processos "é de quatro milhões de euros, responsabilizando-se por 2.615 contribuintes e 15.326 processos de execução", mas os respetivos salários "estão inalterados desde 2001 e existe uma enorme desproporção entre o esforço e face ao vencimento que auferem, quando comparado com outros trabalhadores com funções e responsabilidade semelhantes".

"Os trabalhadores das secções de processo trabalham continuamente, sem horário de encerramento para almoço, confrontam-se diariamente com situações de risco, sendo alvo de ameaças e comportamentos violentos", refere o sindicato, assegurando que estes funcionários estão "totalmente desmotivados" e "sem perspetivas de evolução na carreira".

Esta situação, garante, "tem provocado e continuará a provocar saídas de pessoal para outros serviços e organismos", nomeadamente para a Autoridade para as Condições de Trabalho e para a Autoridade Tributária e Aduaneira.

Para o SINTAP, o facto de se "continuar a não reconhecer a realidade" destes trabalhadores e "não promover a dignificação das suas carreiras" é "assumir um risco sério de colapso do funcionamento do próprio IGFSS, colocando em causa o funcionamento de toda o sistema da Segurança Social". 

Recordando que "desde o início da legislatura vem insistindo na necessidade de realização de uma reunião para a discussão de várias matérias sob tutela da secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, com particular atenção para a situação dos trabalhadores das secções de processos do Departamento de Gestão Financeira do IGFSS, o sindicato diz já ter enviado novo pedido de reunião para "o mais curto espaço de tempo". 

Fonte: CM

Tão azul está a Praia de Mira…

Trinta e uma. 
São trinta e uma, as Bandeiras Azuis que a Praia de Mira, merecidamente, já recebeu ao longo de... trinta e uma edições deste galardão!
Única no mundo, esta praia não é só belo sol, nem areia majestosa, nem um lindo mar a perder de vista. Ela é gente hospitaleira, ela é bem cuidada, ela é um ponto de referência deste pequeno trecho de terra a beira mar plantado, lá fora, em terras distantes, onde a grande maioria das pessoas não sabem falar português, mas sabem pronunciar o nome dela!
Por trinta e uma vezes em trinta e uma ocasiões, a Praia de Mira soube colher os frutos do excelente trabalho que tem sido feito há décadas pelos mais variados executivos da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de Mira, que não medem esforços para que ela, sempre ela, continue a ser contemplada com tão honroso deferimento.
Acompanhando esta verdadeira pérola do turismo regional e nacional, também a Praia do Poço da Cruz foi agraciada, novamente, com a mesma distinção. Mais um exemplo de que quando se pretende fazer algo de positivo pela terra, todos, mesmo todos, fazem o possível e o impossível pelo bom nome da localidade.
As palavras, com franqueza, podem ser imensas para descrever mais este desiderato alcançado. Mas, o melhor mesmo, é vir até a Praia de Mira e a Praia do Poço da Cruz, e ver in loco, imagens de uma paisagem deslumbrante e receber o caloroso acolhimento das suas gentes. Tudo isso é muito mais que algumas linhas traçadas, onde se procura traduzir o amor da gente do Concelho de Mira pelo seu ex-libris.
Ver de perto, sentir a brisa do mar no rosto, passear pela calçada, andar na areia, entrar no mar... tudo isso pode ser feito em muitos locais, pois claro. A diferença está no que cada um pode sentir dentro de si, ao fazê-lo nestas praias.
O que se sente aqui, é bem mais que caminhar, beber um fino ou chupar um gelado: aqui, todos se sentem em casa... e, por isso, fazem questão de voltar.
Como mostram as imagens recolhidas pelo Jornal Mira Online, aconteceu um pequeno teatro realizado pelo Centro de Saúde de Mira com um intuito de levar às crianças o sentido de preservação do meio ambiente e a importância de uma consciência incutida desde pequeno na prevenção contra o sol e nos cuidados a ter com o mar sendo, também este, um momento alto desta celebração, que contou com a presença de importantes figuras da região centro, para além das locais...
Francisco Ferra

Hora de Fecho: Os segredos que decidiram a II Guerra Mundial

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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
"A guerra secreta", de Max Hastings, revela como a espionagem, as acções de sabotagem e a decifração de códigos influíram – ou não – no rumo da II Guerra Mundial.
O chefe do Estado-Maior reconheceu que quem roubou o material de guerra do quartel de Tancos tinha "conhecimento do conteúdo dos paióis" e admitiu a possibilidade de fuga de informação.
Azeredo Lopes diz que o material roubado "estará agora a tentar entrar no mercado ilícito de trafico de armas que podem depois servir para os mais diferentes fins", como o terrorismo.
Distrital de Lisboa vai este sábado a votos. Apoiante de Passos vence com facilidade, mas críticos vão fazer prova de vida, tentando vencer a secção de Lisboa com Morais Sarmento como cabeça de lista.
Da primeira maioria absoluta de Cavaco à quase eleição de Miguel Esteves Cardoso para o Parlamento Europeu, passando pela visita do "Justiceiro" a Portugal, revisite o verão de 87 nesta fotogaleria.
O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos anunciou uma greve para 18 e 19 de julho e, posteriormente, por tempo indeterminado a partir de 1 de agosto.
A partir de segunda-feira, os táxis com mais de 17 anos deixam de poder circular no centro de Lisboa. As associações de táxis dizem que serão muito poucos os automóveis abrangidos pela medida.
O Papa Francisco não renovou o mandato do Cardeal Müller enquanto líder da Congregação para a Doutrina da Fé. O braço direito de Francisco passa a ser o jesuíta Dom Luis Ladaria.
Dia 17 de junho. 14:43. 64 mortos. Ninguém estava preparado para o que daí vinha. Relato do fotojornalista do Observador que esteve no local durante sete dias.
Presidente da Autoridade Nacional da Proteção Civil disse no programa Sexta às 9 que "o SIRESP é uma ferramenta excelente" e que qualquer avaliação ao que se passou em Pedrógão Grande é prematura. 
Opinião

Alberto Gonçalves
O primeiro-ministro esteve impecável. Em vez de explicar, como os fracos, o dr. Costa exigiu explicações. Em vez de pedir desculpas, como os malucos, pediu um “focus group” sobre a sua popularidade.

Manuel Villaverde Cabral
A forma partidarizada como foi constituída uma «comissão parlamentar», cuja missão devia ser apurar o que realmente se passou e porquê, já mostrou que dali nada sairá.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Desenganem-se os que desdramatizam uma eventual descriminalização da eutanásia, porque uma tal lei porá “em causa a sustentação do ordenamento jurídico português e a razão de ser do próprio Estado”.

Rui Ramos
Dizem-nos que a demissão seria “o mais fácil”. Mas o governo já fez “o mais fácil”: na prática, já se demitiu, perante o conjunto de organismos e de interesses a que, por hábito, chamamos "Estado".

José Manuel Fernandes
A obsessão do Bloco com o eucalipto não é uma preocupação com a floresta, é só preconceito e ignorância. Mais: sem o contributo do eucalipto dificilmente teremos recursos para recuperar o mundo rural.

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Centro: um milhão de euros para o fazer renascer das cinzas

(Orlando Almeida / Global Imagens)
O Turismo do Centro de Portugal quer investir um milhão de euros para compensar os empresários dos efeitos dos incêndios.
Na semana em que a reforma da floresta esteve em discussão no Parlamento, com o ministro da Agricultura a admitir ontem que não permitirá mais plantação de eucaliptos e que se empenhará no não abandono das terras, perguntámos a Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, como se faz renascer das cinzas um território que foi afetado pelos grandes incêndios de Pedrógão Grande.
O primeiro passo “passa pela urgência de restabelecer a operação turística e alterar a perceção do mercado”. Pedro Machado revela que foram 40, os estabelecimentos atingidos pelos incêndios em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, “nos quais precisamos de rapidamente de repor as infraestruturas”. Desde o dia 18 “já se apurou que não há unidades destruídas pelo fogo, mas há infraestruturas importantes afetadas ao redor das unidades”.
O Turismo do Centro de Portugal tem equipas no terreno a fazer levantamento junto dos hoteleiros e ontem Pedro Machado reuniu-se com Luís Araújo, presidente do Instituto de Turismo de Portugal, e outras entidades “no sentido de garantir que os prejuízos materiais são supridos no imediato”, conta.
Mudar a perceção pública sobre aqueles territórios a nível nacional e internacional é, para Pedro Machado, o maior desafio: “Vamos começar pelo nacional e mostrar que aqueles territórios estão em condições de receber a atividade turística. A primeira aposta é procurar que o mercado nacional que hoje está solidário passe também a estar comprometido com o destino e com estes empresários, para que daqui a um, dois ou três meses tenham como alimentar os negócios”, explica.
“É preciso desmistificar a perceção de que o centro de Portugal está todo reduzido a cinzas. Não está. Estes concelhos representam 4% do território do centro, dos 70 percursos pedestres foram atingidos cinco a seis percursos, e dos milhares de quilómetros de cicloturismo foram atingidos 200.”
Com o objetivo de promover o destino já arrancou uma campanha promocional na rádio e online, em parceria com o Turismo de Portugal. “Estamos a desafiar empresas para ali fazerem as suas reuniões, como é o caso da APAVT, que vai fazer a reunião anual no Casal de São Simão, turismo rural das aldeias de xisto, no concelho de Figueiró dos Vinhos.”
Para atuar são precisos recursos financeiros e Pedro Machado garante que “neste momento há instrumentos disponíveis, aliás estava a iniciar-se agora a aplicação de fundos do Portugal 2020 e uma das rubricas tinha que ver com campanhas de posicionamento.
Vamos aproveitar esses instrumentos para acudir e, considerando o impacto dos incêndios na operação e o que os estabelecimentos poderão deixar de faturar no prazo de quatro a seis meses, vamos precisar de investir um milhão de euros”, valor que apresentou ontem ao governo. Nele se inclui “um valor compensatório, que já discutimos com o Turismo de Portugal, para ter verba para o restabelecimento da atividade turística do território”. Também ontem houve uma reunião com os empresários da região para pôr em marcha várias ações, desde uma campanha de outdoors ao lançamento de serviços de GPS para turistas que percorrem os trilhos no meio da floresta.
Depois dos incêndios logo se fizeram sentir os cancelamentos de reservas hoteleiras na região e Pedro Machado lamenta que “tenham sido feitas pelos portugueses”. Os estrangeiros “não só as mantêm como as estão a aumentar”. E apela: “A solidariedade não se proclama, pratica-se.” Além disso, “depois de casa roubada, trancas à porta. E a vigilância e meios de combate estarão mais ativos do que alguma vez estiveram”.
Do lado do governo está em cima da mesa baixar a TSU às empresas da região ou isentar de contribuições os trabalhadores independentes do turismo. Na opinião do líder do Turismo Centro de Portugal, “trata-se de sugestões de políticas públicas, em que nós participámos e algumas integram o programa Valorizar, com incentivos e valorização dos chamados territórios de baixa densidade. Mas defendemos ainda não só uma redução de IRC mas, em alguns casos, a eliminação do IRC por um prazo até dois anos, para as empresas que foram atingidas no seu âmago, assim como uma linha de crédito sem juros, já que as empresas precisam de fundo de maneio para recomeçar”. E, claro, “é urgente fazer a reforma da floresta e fiscalizar a aplicação das leis”.
Quanto às responsabilidades políticas, diz que “há um tempo para as apurar. A culpa não pode morrer solteira”.
Dinheiro Vivo
O 15º Doclisboa - Festival Internacional de Cinema fará uma sessão de antecipação ao ar livre no terraço da Cinemateca Portuguesa no próximo dia 7 de Julho às 22h30. Na sessão, de entrada livre, será exibido Strop, de Věra Chytilová , apresentando a retrospectiva de autor que lhe é dedicada. Un Jeu Si Simple, de Gilles Groulx, apresenta a retrospectiva "Uma Outra América - o singular cinema do Quebec".
 Věra Chytilová - Retrospectiva
Věra Chytilová, "primeira-dama do cinema checo”, é a autora em retrospectiva do Doclisboa'17. Figura preponderante e única mulher a integrar a Nova Vaga checoslovaca, ao lado de nomes como Milos Forman ou Jiří Menzel, afirmou-se como a mais radical e inovadora realizadora do movimento. O percurso de Chytilová é singular: expande-se por cinco décadas e cruza vários géneros cinematográficos, do documentário experimental nos anos 60 à comédia mainstream nos anos 90 e 2000. O seu cinema, marcadamente irreverente, destacou-se por uma abordagem assaz irónica que, através de narrativas não-lineares e outros dispositivos fílmicos não-convencionais, impôs uma ruptura com os códigos de representação vigentes do realismo social. Centrado nas relações humanas, com especial enfoque em temas como o papel da mulher na sociedade e a sua emancipação, o trabalho de Chytilová é também uma dura crítica da decadência moral da sociedade e do regime comunista - a sua obra foi alvo constante de censura, chegando mesmo a ser impedida de filmar pelo governo. Ao longo da carreira ganhou inúmeros prémios a nível internacional em festivais como o de Veneza, Oberhausen, Moscovo ou Chicago. O seu contributo ao cinema foi por fim reconhecido pela condecoração com a Ordem das Artes e Letras do governo francês em 1992, e com a atribuição da Medalha de Mérito da República Checa em 1998. Esta retrospectiva, em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, o Czech Film Center, o Czech State Cinematography Fund e a FAMU, traz ao Doclisboa a obra de Věra Chytilová, uma realizadora cujo trabalho importa conhecer.

Strop, Věra Chytilová (1961) Um olhar sobre a vida e o dia-a-dia de uma modelo, é o filme de escola de Věra Chitilová. A combinação de elementos cinéma verité com outros mais formais evidenciam já a Vaga que estava para surgir. Sobre o filme, Chytilová disse: "Não o fiz como trabalho de casa, não creio que fosse necessário para acabar o curso; não foi uma obrigação, foi uma necessidade."

Uma outra América - o singular cinema do Quebec
Os anos 60 e 70 são uma época particularmente curiosa no cinema produzido no Canadá francófono, o Quebec. No decurso de políticas oficiais do Office National du Film, bem como do aparecimento de equipamento de leve porte, nasce uma vaga de autores que inventam um estilo único de Cinema Directo. Profundamente ancorado na problematização de questões de identidade, cultura, língua, mas também históricas, retratam o dia a dia da sua região, criando propostas cinematográficas profundamente surpreendentes: filmes cuja montagem, uso da música, da relação entre som e imagem ou preto e branco e cor constituem um conjunto único na história. Do impulso documental à construção ficcional, do cinema-manifesto ao cinema-ensaio, vemos aqui um cinema vizinho do grande território anglo-saxónico, que se pensa sempre a partir da estranheza da história do seu próprio território. Uma natureza difícil, uma cultura específica, um povo de carácter surpreendemente forte. Uma história que inclui o abismo da colonização, o desejo de autonomia, a luta separatista, a procura do reconhecimento identitário.
Esta retrospectiva, em colaboração com a Cinemateca Portuguesa e a Sodec, apresentará um grande núcleo de filmes produzidos nessas décadas, com autores como Claude Jutra, Michel Brault, Pierre Perrault, Gilles Groulx, Anne Claire Poirier, Marcel Carrière, mas também uma viagem até aos dias de hoje, com outros cineastas como Denis Côté, Simon Lavoie, entre outros.

Un Jeu Si Simple, Gilles Groulx (1964) - Um belíssimo documentário que nos mostra todos os aspectos do fenómeno hockey no gelo: festa, drama, mito, desempenho físico e libertação colectiva. Groulx aproxima-se do cinema directo, alternando entre o preto e branco e a cor, para mostrar o que significa o hockey no Quebec: mais que um jogo, é uma oportunidade única de se viver um sonho.

Materiais de apoiohttps://we.tl/5Fxz9xtU8I

Coisas de mulheres, sal, chá e crianças

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Fugas
 
 
  Sandra Silva Costa 

Hoje sinto-me vaidosa – coisas de mulheres. A Fugas que esta manhã chegou às bancas com o PÚBLICO está mais bonita. A Sónia Matos fez-lhe um lifting e deixou-a mais nova – coisas de mulheres, mais uma vez. Está com outro ar, mais fresco, mais leve – mais bonito, não me canso de repetir. De resto, está recheada com as boas histórias do costume, vamos descobri-las?
A Francisca Gorjão Henriques, por exemplo, andou a percorrer os caminhos do sal português. De Aveiro ao Algarve, passando pela Figueira da Foz e por Rio Maior, traz-nos histórias de vida que se temperam a branco – a de Gilda, a dos dois Virgílios, a de João Matias. Também nos fala de outras coisas ligadas ao sal, como o peixe seco e as plantas halófitas. E não se preocupe: estas prosas não precisam de moderação no consumo, são para ler até ao fim sem culpa de qualquer espécie.
Com a Alexandra Prado Coelho vai ficar a conhecer Sebastian Filgueiras, o argentino que trouxe o chá de volta a Lisboa. É ele o rosto da Companhia Portugueza do Chá e é ele o protagonista desta semana, uma nova rubrica que criámos na Fugas. Siga para aqui, sente-se e tome um chá.
Já a Luísa Pinto estreia-se a escrever sobre coisas de miúdos. Esta semana, revela o que são os CISV – Children International Summer Villages. São, claro, campos de férias internacionais para crianças que duram um mês e os ajudam a acumular mundo. Não é coisa barata, não, mas, conta quem já foi, a experiência é absolutamente inesquecível.
Estas são apenas algumas das coisas boas que temos para si. Ao longo da semana, partilharemos outras, no sítio de sempre. Até lá, boas viagens.

Vale a pena voltar aqui



Viva o porco, perdão, o Porto

No domingo vai para o ar o programa de Anthony Bourdain sobre o Porto. Online, já se antecipa muito do que se verá.

O PERIGO DOS CRITÉRIOS DE JOSÉ MÁRIO VAZ MANIFESTAM-SE DESCARADAMENTE

Chamam-lhe JOMAV para simplificar, talvez para poupar a saliva naquele país quente onde a água potável vale ouro, mas ele chama-se José Mário Vaz (na foto) e é presidente da República da Guiné-Bissau. Um alegado republicano que comporta a censura na comunicação social em altar. Isso mesmo demonstrou à boca cheia em pedido verbal aos jornalistas, efetuado na passada segunda-feira:  "Aos jornalistas vou pedir só uma coisa. Vamos fazer como faz Cabo Verde. Se eu falar coisas que coloquem a Guiné-Bissau mal lá fora, cortem", afirmou José Mário Vaz, segundo a Lusa, no DN.

Para já ignorávamos que Cabo Verde, alegado país mais democrático de África, segundo os “sábios” internacionais, tem jornalistas que também são censores e assim adulteram a profissão… Mas o que está agora em causa é a Guiné-Bissau e o tal JOMAV pseudo democrata e, por isso, concordante da censura.

Ora os critérios deste afamado presidente guineense que tem levado avante um mandato de tropelias antidemocráticas e esquizóides demonstram a sua falta de respeito pelos acordos internacionais e, principalmente, pela constituição da República a que ele preside, porque ali nada consta relativamente à legalização de qualquer espécie de censura. Antes pelo contrário, legitima a liberdade de informação e de expressão, entre outras.

A seguir as declarações do bastonário da Ordem dos Jornalistas, talvez um sindicato com um nome pomposo, onde se revela, nas declarações, contra os “cortes” sugeridos pelo PR defensor de inconstitucionalidades. As declarações são de afirmação contra a censura, contudo, na frase pronunciada, usa uma palavra em que lamenta não poder seguir a sugestão de JOMAV, ele diz que “infelizmente” os jornalistas não podem satisfazer o presidente no seu pedido de assumirem a tarefa de censores. Mas qual “infelizmente”? Felizmente, deveria dizer aquele sindicalista, perdão, bastonário, para que sem dúvidas se concluísse que estava do lado das regras democráticas e do que é expresso na constituição do seu país, a Guiné-Bissau. Com aquele "infelizmente" não colhe os 100%.

Ao que parece o assunto vai ter pano para mangas ou badana para toda a semana, o que na Guiné-Bissau pode significar meses ou até anos. Pior é que nestas andanças as grandes vítimas são as populações guineenses, isto porque uns quantos pseudo-iluminados, provavelmente com licenciamentos universitários saídos nas tampas premiadas de um qualquer detergente ou caixa de preservativos, se constituíram da elite e massacram permanentemente a sobrevivência e o quotidiano do povo guineense. Amílcar Cabral se visse o que ali acontece teria muito nojo de tais sebosos elitistas da política e de outros misteres do sistema putrefacto e a modos que ganzado que vigora na Guiné-Bissau.

Nem de propósito, num despacho da Lusa, ficamos a saber do recuo dos todos poderosos do regime guineense relativamente àquela agência de notícias. Para saber mais pode ler “Atividade da agência Lusa "não está suspensa" - Governo guineense" . 

E desenvolve:

"O ministro da Comunicação Social da Guiné-Bissau, Vítor Pereira, anunciou hoje, em declarações à agência Lusa, que o Governo guineense recuou na decisão de suspender a atividade da agência de notícias portuguesa naquele país.” A notícia completa-se no link acima, em Sapo 24.

A seguir as declarações do bastonário da Ordem dos Jornalistas e restante desenvolvimento, se continuar a ler.

MM | PG

Jornalistas guineenses trabalham para bem-estar da população e não fazem censura – Ordem

O bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau, António Nhaga, disse hoje que a imprensa guineense trabalha para o bem-estar da população e que não pode satisfazer o pedido do chefe de Estado de lhe censurarem declarações.

"Infelizmente nós não vamos poder satisfazer o pedido do Presidente da República, ou seja, o Presidente da República está a pedir-nos para fazer uma coisa que nós não podemos fazer. Se nós próprios somos contra a censura, não somos nós que vamos fazer censura", afirmou António Nhaga à Rádio Nacional da Guiné-Bissau.

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pediu segunda-feira aos jornalistas para contribuírem para a construção do país, evitando passar mensagens que ponham em causa a Guiné-Bissau.

"Aos jornalistas vou pedir só uma coisa. Vamos fazer como faz Cabo Verde. Se eu falar coisas que coloquem a Guiné-Bissau mal lá fora, cortem", afirmou José Mário Vaz.

Nas declarações à rádio nacional guineense, António Nhaga explicou que os jornalistas fazem notícias e o que "é notícia" têm de publicar.

"Isso, não podemos fazer", disse António Nhaga, referindo-se ao pedido do chefe de Estado guineense.

António Nhaga afirmou também que a "imprensa não destrói a imagem da Guiné-Bissau" e que as autoridades têm de definir uma "política de comunicação".

Lusa | em Diário de Notícias | 27 junho 2017

Governo da Guiné-Bissau anuncia suspensão das atividades da Agência Lusa, RTP e RDP

O ministro da Comunicação Social guineense anunciou hoje a suspensão das atividades da RTP, da RDP e da Agência Lusa na Guiné-Bissau, alegando a caducidade do acordo de cooperação no setor da comunicação social assinado entre Lisboa e Bissau.

Segundo o ministro Vítor Pereira, as atividades vão ser suspensas à meia-noite de hoje (01:00 em Lisboa).

MSE // PJA // LUSA

Argumento da suspensão de RTP/RDP/Lusa é pretexto para silenciar vozes eventualmente críticas -- analista

O argumento apresentado pelas autoridades da Guiné-Bissau para suspender as atividades da RTP, RDP e Lusa a partir de sábado é "apenas um pretexto" para "silenciar vozes eventualmente críticas" ao regime "ilegal" do Presidente, disse hoje um analista guineense.

Em declarações à agência Lusa, o comentador político, poeta, jornalista, escritor e ainda vice-presidente da Associação de Escritores da Guiné-Bissau (AEGB), considera quem, independentemente de uma alegada caducidade do contrato, "não há razões válidas" para que o assunto não seja devidamente tratado no quadro de uma cooperação bilateral "que é histórica".

"O que está a acontecer com a RTP, RDP e Lusa enquadra-se num processo de subversão da ordem estabelecida. O Governo constitucional e eleito de Carlos Gomes Júnior foi derrubado com a fora das armas, com a participação de muitos civis que, hoje, aparecem novamente ou no poder ou na periferia desse poder", argumentou, referindo-se ao golpe de Estado de Abril de 2012.

"Há uma tentativa de silenciamento dos 'media' guineenses, há uma ordem praticamente dada pelo chefe de Estado (José Mário Vaz) para que os jornalistas guineenses enveredem pela autocensura e o que está a acontecer com a RTP, RDP e Lusa é exatamente a outra face da mesma moeda, que visa silenciar vozes contrárias e críticas e, sobretudo, não permitir que a verdade seja tratada com idoneidade, ética e deontologia", acrescentou.

No dia 26, José Mário Vaz pediu hoje aos jornalistas para contribuírem para a construção do país, evitando passar mensagens que ponham em causa a Guiné-Bissau: "A partir de agora peço aos jornalistas para passarmos só boas mensagens da Guiné-Bissau. Ajudarmos a Guiné-Bissau".

Hoje, em declarações à Lusa, Tony Tcheka lembra o "grande apoio ao serviço público" prestado por Portugal e pelos três órgãos de comunicação social portugueses presentes na Guiné-Bissau praticamente desde a independência na cobertura de conflitos, golpes de Estado e outros episódios do país, considerando que RTP, RDP e Lusa constituem um "exemplo inigualável e imbatível" da história guineense.

"Não há clareza por trás da decisão de usar este pretexto (de caducidade do acordo) para silenciar órgãos de comunicação social", frisou.

"Estamos perante uma situação, sobretudo até porque o próprio Presidente já admite convocar eleições antecipadas, para criar condições para que tudo seja feito, não pela força das armas, mas através de ações palacianas, que visam não só enfraquecer a oposição como a própria comunicação social. É um plano maquiavélico", afirmou.

Para o autor do livro de poesia "Noites de Insónia em terra Adormecida", a Guiné-Bissau tem um governo criado "à margem da lei, dos acordos internos (Constituição) e internacionais (Acordo de Conacri)".

"É uma atitude de desespero, mais uma jogada a ver se consegue passar impune pelo temporal que está a assolar a Guiné-Bissau, em que (o Presidente) está a passar pela chuva sem se molhar, apontando sempre o dedo aos outros", sustentou.

"Há um plano maquiavélico que prejudica o país e que tem estado a adiar o desenvolvimento da Guiné-Bissau. Todas as vozes, independentemente da cor política, devem-se levantar e opor-se a esta tentativa que configura, em última análise, um golpe de Estado palaciano", concluiu.

O ministro da Comunicação Social guineense anunciou hoje a suspensão das atividades da RTP, da RDP e da Agência Lusa na Guiné-Bissau, alegando a caducidade do acordo de cooperação no setor da comunicação social assinado entre Lisboa e Bissau.

Em conferência de imprensa, Vítor Pereira informou que a partir da meia-noite de hoje em Bissau (01:00 em Lisboa) ficam suspensas todas as atividades naquele país dos três órgãos portugueses até que o governo de Lisboa abra negociações para a assinatura de um novo acordo.

A Guiné-Bissau tem vivido uma situação de crise institucional desde as últimas eleições, com um afastamento entre o partido vencedor das legislativas e o Presidente da República, também eleito.

O atual Governo não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta e este impasse político tem levado vários países, entre os quais Portugal, e instituições internacionais a apelarem a um consenso.

PJA/JSD // VM // LUSA

Suspensão da RTP, RDP e Lusa constitui "uma limitação da liberdade de imprensa"- UE em Bissau

O representante da União Europeia em Bissau, Victor Madeira dos Santos, considerou hoje "uma limitação da liberdade de imprensa" a decisão do Governo guineense de suspender a atividade da RTP, da RDP e da Agência Lusa.

"Nós estamos atentos, em contacto uns com os outros [Bissau e Bruxelas] para decidir qual é a atitude a tomar, mas é evidente que isto é para nós uma limitação da liberdade de imprensa e que terá de ser tratada da maneira que merece", lamentou o representante da União Europeia (UE), em declarações à agência Lusa.

O ministro da Comunicação Social guineense anunciou hoje a suspensão das atividades da RTP, da RDP e da Agência Lusa na Guiné-Bissau, alegando a caducidade do acordo de cooperação no setor da comunicação social assinado entre Lisboa e Bissau.

Em conferência de imprensa, Vítor Pereira informou que a partir da meia-noite de hoje em Bissau (01:00 em Lisboa) ficam suspensas todas as atividades naquele país dos três órgãos portugueses até que o governo de Lisboa abra negociações para a assinatura de um novo acordo.

Victor Madeira do Santos acrescentou que a UE "está atenta" ao desenrolar da situação, estando aquela instituição em "contacto estreito" com o Governo de Portugal, ao nível das duas embaixadas, como ao nível da representação permanente e da sede da União Europeia em Bruxelas.

"Estão a decidir qual será a melhor atitude a tomar relativamente àquilo que aconteceu", disse.

Víctor Madeira dos Santos acrescentou ainda que a UE está "à espera" da primeira reação do Governo português para depois decidir-se se vai ser criada uma ação conjunta ao nível da UE ou se o Governo português vai continuar em ações bilaterais neste processo.

O governante adiantou ainda na conferência de imprensa que caberá aos responsáveis dos três órgãos de comunicação social portugueses a gestão concreta dos recursos no terreno, mas deixou claro que "a decisão de suspensão das atividades é explícita".

A suspensão das atividades, acrescentou o ministro, não tem qualquer relação com os conteúdos que os três órgãos difundem, mas salientou que Bissau considera que é necessário "revisitar e renegociar" as condições do acordo de cooperação, celebrado há 20 anos.

Desde a assinatura do acordo no domínio da comunicação social entre os governos de Bissau e Lisboa, ocorreram mudanças na sociedade e no panorama da própria comunicação social, explicou Vítor Pereira.

O governante explicou que, desde há 14 anos, Bissau tem tentado sentar-se à mesa das negociações com o Governo português, mas "sem sucesso".

O ministro guineense disse que não teve qualquer resposta da parte portuguesa à carta, pelo que manteve a decisão de suspender a atividade das empresas portuguesas, alegando que a parte guineense "fez todos os esforços" para evitar esta situação.

"Infelizmente todos os nossos esforços tiveram como resposta um preocupante e injustificável silêncio da parte portuguesa", referiu Vítor Pereira.

A Guiné-Bissau tem vivido uma situação de crise institucional desde as últimas eleições, com um afastamento entre o partido vencedor das legislativas e o Presidente da República, também eleito.

O atual governo não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta e este impasse político tem levado vários países, entre os quais Portugal, e instituições internacionais a apelarem a um consenso.

HYT (ALU/MB/MSE) // VM // LUSA