domingo, 2 de abril de 2017

Morreu James Rosenquist, pioneiro da Pop Art

Rosenquist fotografado em 2015 junto da obra "Brazil"
Contemporâneo de Andy Warhol, Roy Lichtenstein e Claes Oldenburg, James Rosenquist deixa trabalhos em pintura, desenho, colagem, serigrafia e vídeo

O artista plástico norte-americano James Rosenquist, um dos pioneiros do movimento Pop Art, morreu na sexta-feira em Nova Iorque aos 83 anos, revelou a família ao jornal New York Times.

Nascido a 29 de novembro de 1933 no Dakota do Norte, James Rosenquist mudou-se na década de 1950 para Nova Iorque, onde começou por pintar painéis publicitários em espaços públicos, um trabalho que acabaria por ser umas das influências da estética da Pop Art.

Contemporâneo de Andy Warhol, Roy Lichtenstein e Claes Oldenburg, James Rosenquist deixa trabalhos em pintura, desenho, colagem, serigrafia e vídeo que estão representados em várias coleções e museus internacionais, como o Guggenheim Museum Bilbao, Museum of Modern Art, Whitney Museum of American Art e a Coleção Berardo.

Entre as obras mais conhecidas estão "President Elect", criada no começo doa anos 1960 e na qual surge representado John F. Kennedy, e "F-111", painel em grande escala com um bombardeiro da guerra do Vietname.

Rejeitando comparações com Andy Warhol, James Rosenquist disse, numa entrevista em 2007 à revista Smithsonian, que não se interessava em desenhar objetos identificáveis da sociedade de massas, mas aquilo que é familiar e não nostálgico para os espetadores consumidores.

Em 2009, um incêndio destruiu várias obras de Rosenquist no estúdio em Aripeka, na Florida, no mesmo ano em que editou a autobiografia "Painting Below Zero: Notes on a Life in Art".

Fonte: DN

OPINIÃO Opinião. A responsabilidade social e a sustentabilidade na era do populismo

O papel da responsabilidade social corporativa enfrenta interessantes e importantes desafios Financiamento para a área do ambiente

As últimas décadas, a responsabilidade social assumiu-se como nuclear na estratégia das grandes empresas, guiada pela preocupação dos stakeholders: consumidores, colaboradores, Estado, organizações não governamentais, instituições internacionais e até investidores sustentáveis, com os desafios de sustentabilidade social e ambiental com que se depara o mundo. 

Na génese deste movimento está uma forma de autorregulação do setor corporativo originada pelo reconhecimento da incapacidade do Estado de cumprir na plenitude a sua função de regulador da atividade corporativa, sobretudo nas regiões menos desenvolvidas, e pelo risco de uma intervenção muitas vezes pouco eficaz. 

Neste contexto, stakeholders e empresas preferem assumir uma parte das responsabilidades que caberiam ao Estado, pois é melhor gastar alguns recursos para perseguir uma agenda sustentável, promovendo a imagem e a marca, do que correr o risco de uma regulação pesada e ineficiente. 

Hoje, o papel da responsabilidade social corporativa, e da sua contribuição para a sustentabilidade social e ambiental do capitalismo, enfrenta interessantes e importantes desafios. Por um lado, apesar de a crise e a diminuição da atividade económica terem aligeirado os índices de poluição no mundo, os desafios que põem em causa a sobrevivência do planeta estão longe de estarem resolvidos. Por outro, e talvez com maior atualidade, apesar de o desafio da pobreza global ter notado progressos notáveis, a polarização socioeconómica das sociedades ocidentais atingiu nos últimos anos níveis preocupantes e assume- se hoje como a grande preocupação para as próximas décadas. 

Esta polarização socioeconómica tem origem em vários fenómenos, alguns de natureza económica, como a globalização e a deslocalização da produção dos setores menos qualificados para os países menos de-senvolvidos, outros de natureza tecnológica, como o extraordinário movimento de inovação tecnológica das últimas décadas e a sua dinâmica de digitalização e robotização, outros ainda de natureza geopolítica, como o aumento dos fluxos de imigração na Europa ou nos EUA. 

Os eventos do último ano deixaram, e continuam a deixar, claras as consequências sociopolíticas destes fenómenos, com o crescimento do populismo nacionalista, nomeadamente a votação do brexit e a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA. Caso a tendência continue, teremos governos com uma visão crítica sobre o capitalismo internacional, com uma atitude de confronto com as empresas internacionais e multinacionais e com políticas que poderão prejudicar o comércio e o investimento internacionais que geraram, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o maior período de crescimento e de redução da pobreza no mundo.

Lidar com os desafios socioeconómico e políticos dos países industrializados tornou-se o maior dos desafios da sustentabilidade do nosso modelo económico. Nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas, a referência no objetivo 10: “Reduzir as desigualdades” é insuficiente. Mais ênfase devia ser dado ao “aumento da adaptabilidade”, isto é, da capacidade das sociedades e das pessoas se ajustarem a uma economia mundial de inovação acelerada e disruptiva e de choques de competitividade constantes. 

Do ponto de vista corporativo, a questão é como as estratégias das grandes empresas devem reagir a esta tendência que pode, a prazo, prejudicar o seu potencial de crescimento. Em particular, será possível repensar a agenda de responsabilidade social das empresas para uma dimensão mais marcadamente sociopolítica, com foco no combate à polarização, que contribua para a sustentabilidade do capitalismo mundial? 

Para definirmos essa agenda temos de entender que a atividade corporativa contribui hoje para a polarização sobretudo pelo seu papel na globalização e na inovação tecnológica. Estes dois fatores têm contribuído para a exclusão precoce do sistema produtivo nos países industrializados dos trabalhadores menos qualificados e mais velhos, menos capazes de se ajustarem à tecnologia ou de transitarem para novos setores, ao mesmo tempo que, por criarem um mercado em constante mudança, geraram um ambiente de precariedade para os mais jovens. 

Assim, as relações laborais modernas têm tendência a ser menos duradouras e mais ténues, transferindo a responsabilidade pela gestão de carreira das organizações para os trabalhadores que, por várias razões, e sobretudo nos menos qualificados, têm dificuldade em assumi-la. A exclusão crescente destes grupos tem fornecido a energia que alimenta o populismo. A reação do ponto de vista da política económica não se fez esperar, com um movimento crescente a favor do protecionismo, nomeadamente na administração Trump, e contra a inovação tecnológica, com propostas de tributação da utilização de robôs recentemente assumidas num relatório do Parlamento Europeu e apoiadas por Bill Gates e pelo Prémio Nobel Robert Shiller. 

Do ponto de vista das empresas, parece- me claro que a estratégia de sustentabilidade tem, a muito curto prazo, de assumir esta nova componente na sua dimensão humana e na relação com os colaboradores. A teoria de shared value proposta por Robert Porter e Mark Kramer em 2011 na Harvard Business Review, segundo a qual a responsabilidade social devia ser vista numa lógica estratégica de criação de valor partilhada com os stakeholders, pode sugerir algumas pistas. 

No caso da sustentabilidade socioeconómica do capitalismo, caberá às empresas assumir plenamente a sua função de desenvolvimento de capital humano, numa lógica de adaptabilidade e de competências técnicas, criando valor que será partilhado (shared) com os próprios colaboradores para a sua carreira, mesmo que não permaneçam na organização. Isto é, cumprirá às empresas ajudar no reajustamento dos trabalhadores mais velhos e no desenvolvimento dos trabalhadores mais jovens, para além da lógica puramente económica. 

A teoria económica das relações laborais sugere uma receita simples: cabe às empresas pagar formação que gera capital humano específico à empresa, isto é, que não tenha valor fora da organização, e cabe ao trabalhador financiar a formação geral, que pode ter retorno noutras organizações. Na economia moderna, muitas empresas investem no desenvolvimento de competências gerais dos seus colaboradores, quer por exigências regulatórias quer pela esperança de conseguirem reter os colaboradores. 

Na lógica da sustentabilidade sociopolítica do capitalismo, caberia às empresas assumir a responsabilidade social pelo desenvolvimento de competências dos seus colaboradores, mesmo que a probabilidade de retenção seja reduzida, com base do shared value criado entre a empresa, o colaborador e a sociedade em geral. Por exemplo, a criação de programas alargados de formação, inclusive para os quadros externos, pode ser enquadrado neste contexto. 

Não sendo isenta de dificuldades, como são todas as iniciativas associadas à sustentabilidade, assumir uma dimensão de desenvolvimento de pessoas para ajustar ao capitalismo moderno torna-se absolutamente crítico. Sem o assumir dessa responsabilidade, não apenas pelo Estado, mas também pelas organizações socialmente responsáveis, está em risco, no mínimo, o enquadramento que tem assegurado a capacidade de geração de valor para os acionista das últimas décadas e, eventualmente, como a história ensina, os valores mais básicos da liberdade e da paz. Que maior incentivo para uma nova agenda de sustentabilidade? 

Fonte: Dinheiro Vivo

Colheita de Sangue Dia 5 de Abril entre as 15 horas e as 19:30 horas no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro


Em Abril vão decorrer colheitas de sangue nos dias 5, 12 e 19 entre as 15 horas e as 19:30 horas, dias 8 e 22 entre as 9 horas e as 13 horas, todas no Posto Fixo da ADASCA.

Os interessados em aderir à dádiva devem fazer acompanhar do Cartão de Cidadão para facilitar a inscrição. Não deixem de consultar o site www.adasca.pt


Solidários, seremos união. Separados seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.” Bezerra de Menezes.

J. Carlos

MOBILIÁRIO Renda média em Lisboa já custa 830 euros. Valor disparou 23% em 2016

As zonas mais caras para arrendar casa na capital são o Parque das Nações, onde a renda média ronda os 1080 euros, e as Avenidas Novas. 

Lisboa
Que viver em Lisboa é cada vez mais caro já não é uma novidade. O boom turístico dos últimos anos fez disparar o preço do metro quadrado na capital. O último estudo da consultora imobiliária CBRE revela que o valor do arrendamento em Lisboa subiu 23% no último ano, para uma média de 830 euros por mês.

 Quando falamos de imóveis novos, este valor sobe para os 1070 euros mensais. As zonas mais caras para arrendar casa na capital são o Parque das Nações, onde a renda média ronda os 1080 euros, e as Avenidas Novas, onde os preços ascendem a 998 euros.

O mesmo estudo revela novos dados sobre a reabilitação e construção de casas em Lisboa. 

Atualmente há 180 edifícios em fase de construção, sendo que a maior parte diz respeito a projetos de reabilitação. Até ao final do ano devem ficar concluídas pelo menos 100 obras, colocando no mercado cerca de 1000 novas frações.

A zona que concentra o maior número de projetos em construção é a Baixa e Castelo, onde existem cerca de 40 obras em curso. Seguem-se Chiado, Bairro Alto e São Paulo, logo antes de Liberdade e Príncipe Real. 

As mesmas zonas concentram os preços de comercialização mais elevados. A média ronda os 5.960 euros por metro quadrado, mais 7% face a 2015. Na zona do Chiado o preço do metro quadrado é, em média, de 6700 euros. Na Avenida da Liberdade e Príncipe Real desce ligeiramente para 6620 euros. 

Entre as zonas analisadas, o preço médio mais baixo está no Lumiar e Alta de Lisboa, com 4100 euros por metro quadrado, 31% abaixo do valor médio do mercado.

O estudo conclui que existem cada vez menos edifícios disponíveis para recuperação no centro da cidade, e que por isso é expectável que no curto prazo, outras zonas da cidade comecem a ganhar projeção. 

“A cidade de Lisboa observou ao longo de 2016 um aumento significativo no desenvolvimento de novos edifícios residenciais. São predominantemente projetos de reabilitação, localizados no centro histórico e muito vocacionados para o turismo, na forma de arrendamento de curta duração, e para o mercado estrangeiro. No entanto, a construção começa a expandir-se para outras zonas da cidade, com um maior número de desenvolvimentos de construção de raiz e mais vocacionados para o mercado doméstico”, sublinha Cristina Arouca, Directora de Research da CBRE, citada no estudo. 

Dos edifícios atualmente em construção, apenas 66 estão a ser comercializados. O equivalente a 1200 fogos. Porém, entre as casas que foram postas à venda em 2016, apenas 5% ainda estão disponíveis. 

“À semelhança do verificado no ano anterior, o número de apartamentos de dimensões reduzidas, isto é, estúdios, T1 ou T2, continua a representar 65% da atual oferta em comercialização, confirmando o claro posicionamento para o investimento no mercado de arrendamento de curta duração, resultante do boom turístico a que se tem assistido na cidade”, destaca Francisco Sottomayor, Director de Promoção da CBRE. 

O mesmo responsável acredita, no entanto, que com a recente alteração à lei do alojamento local, no que respeita ao aumento da tributação do negócio, “é expectável que alguns imóveis que estavam a ser alocados ao arrendamento de curta duração sejam colocados em arrendamento habitacional, minimizando a atual escassez de oferta residencial para arrendamento”. 

Fonte: Dinheiro Vivo


Espanha terá palavra decisiva sobre situação de Gibraltar

Este é um dos pontos que consta do projeto de "orientações para a negociação" dos 27 publicado hoje.
Resultado de imagem para Espanha terá palavra decisiva sobre situação de Gibraltar
A posição de Espanha será decisiva na aplicação em Gibraltar de qualquer acordo entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido depois do 'Brexit', segundo um projeto de "orientações para a negociação" dos 27 publicado hoje.
Depois do Brexit, "nenhum acordo entre a UE e o Reino Unido poderá ser aplicado ao território de Gibraltar sem um acordo entre o Reino de Espanha e o Reino Unido", de acordo com o texto, citado pela agência AFP, apresentado em La Valleta pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
Os dirigentes dos 27 países que vão permanecer no bloco europeu deverão adotar estas "orientações" na reunião de chefes de Estado e de Governo da UE que se vai realizar em 29 de abril em Bruxelas.
Gibraltar é um pequeno enclave, de sete quilómetros quadrados, do Reino Unido no sul de Espanha, com 32.000 habitantes que deixará também de fazer parte da UE.
Em outubro do ano passado, Madrid propôs formalmente a Londres uma soberania partilhada que permitiria a Gibraltar "manter-se na UE" depois da saída do Reino Unido ('Brexit').
A oferta já tinha sido feita anteriormente e rejeitada pelos habitantes do enclave num referendo organizado em 2002.
Gibraltar depende para se abastecer da Espanha, país também decisivo no crescimento económico do enclave baseado na especialização em serviços financeiros.
O Reino Unido decidiu abandonar a UE na sequência de um referendo, em junho de 2016, onde 52 % dos britânicos votaram para saír da UE.
No mesmo referendo, 96% dos eleitores de Gibraltar manifestaram o desejo de se manter na UE.
Fonte: Lusa

Homem encontrado morto em levada de água em Coimbra

O cadáver de um homem de idade indefinida foi encontrado esta tarde numa levada de água na vila de Soure, Coimbra, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra.

Meios de socorro (Lusa/Estela Silva)
O alarme foi dado por volta da 16:39 por moradores desta vila do Baixo-Mondego, que encontraram a vítima caída numa vala profunda por onde é encaminhada água de regadio.
Num primeiro momento os serviços de proteção civil apontaram para uma morte por afogamento, mas fonte dos Bombeiros de Soure não confirma esta informação, avançando que no local estão agentes da PJ de Coimbra e da GNR local, que iniciaram uma investigação sobre as causas da morte.
O cadáver, que ainda não foi identificado, foi encaminhado para a morgue de Coimbra, para ser autopsiado.
Fonte: Lusa
Foto: © Global Imagens

Hora de Fecho: "Lidei de perto com a droga e com a violência"

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
A pele de Garrett McNamara, curtida pelo Sol e pelo sal, tem outras marcas além das que o mar lhe deixa. A "infância selvagem", das drogas ao abandono, acabaram por levá-lo ao sucesso de hoje.
Uma avó, uma filha, três netas e uma sobrinha. Bonitas, bem vestidas - e carteiristas. Conhecidas pela polícia como Manitas de Plata, fizeram assaltos de norte a sul do país. Foram condenadas.
O Governo já está a discutir com os partidos de esquerda parlamentar a revisão dos escalões de IRS que deverão estar refletidos no Orçamento do Estado para o próximo ano, noticia o Expresso.
A Suíça bloqueou cerca de 150 milhões de euros de pessoas suspeitas de lavagem de dinheiro, no contexto processo de desmantelamento do Banco Espírito Santo, confirmou hoje o MP daquele país.
O jogo acabou apenas dois minutos depois de ter começado. O avançado Marco Gonçalves foi detido e será presente a um juiz esta segunda-feira, segundo o Jornal de Notícias.
Piolhos que sabem coisas, texugos demasiado arrumados e vizinhos que resolvem pintar o céu de outras cores. No Dia Mundial do Livro Infantil reunimos sete histórias que vale a pena ler aos mais novos.
No Dia Mundial do Livro Infantil, vá pelos seus dedos e espreite a nossa galeria de personagens que tocaram a infância de várias gerações. De Enid Blyton a Alice Vieira, das primeiras letras à BD.
Insultar o seu carro quando ele não pega, perguntar ao seu gato se ele está contente ou chamar "Maria" à sua televisão significa que é um ser humano normalíssimo.
São 140 mil imagens, vídeos e áudios saídos dos álbuns da NASA. E foram reveladas pela primeira vez no novo arquivo online da agência espacial. Aqui mostramos 20 das mais icónicas da corrida espacial.
Cidadãos de países que recebem muitos turistas terão de suportar aumento da capacidade de rede. Além disso, têm menos rendimentos para viajar e usufruir dos benefícios do fim do 'roaming'. 
Opinião

Vasco Pulido Valente
… hopes expire of a low dishonest decade… W. H. Auden

João Marques de Almeida
Os portugueses devem saber que cada vez que o país se financia nos mercados e contrai dívida, somos todos nós que vamos pagar os custos da opção de Costa. Nós, os nossos filhos e os nossos netos.

Rui Ramos
A classe política europeia exibe perante o Reino Unido a coragem que lhe falta perante a Rússia de Putin ou a Turquia de Erdogan. Julgará que castigando os britânicos evitará outras saídas da UE?

P. Gonçalo Portocarrero de Almada
A eutanásia é um “verdadeiro retrocesso civilizacional e científico” porque, como denunciaram cinco dos últimos bastonários da Ordem dos Médicos, “não é mais do que tirar a vida”.

Fernando Egidio Reis
A flexibilidade curricular agora anunciada pelo Ministério da Educação merece reflexão. Não basta alterar, importa verificar se os alunos aprendem mais e melhor, se desenvolvem as suas capacidades.
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Está a começar a revolução do pão em Portugal





   
   
 
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Última Hora Jogador do Canelas agride árbitro e jogo com Rio Tinto acaba aos 2 minutos


Incidente aconteceu após o juiz ter expulsado um jogador do Canelas.

O jogo entre o Rio Tinto-Canelas só durou dois minutos, depois de um jogador da equipa visitante, o avançado Marco Gonçalves, ter agredido o árbitro José Rodrigues, que ficou a sangrar da cara após ter levado uma joelhada.

O incidente aconteceu depois de o árbitro ter expulsado o jogador Marco Gonçalves. O juiz foi transportado para o hospital e a equipa do Canelas recolheu ao balneário. Não se registaram mais incidentes.

Após o jogo ter sido interrompido, os adeptos dirigiram-se para a bilheteira do estádio de forma a reaver o dinheiro do bilhete, o que gerou alguma confusão.

O jogo referia-se à Divisão Elite da A. F. Porto e foi interrompido e não vai ser retomado.

Fonte: JN

Por que todo empreendedor deveria ter uma horta

Eu comecei a empreender em 2008.
De lá para cá foram 4 empresas formais abertas e mais de 10 projetos iniciados. Alguns foram ficando pelo caminho e outros tinham começo e fim definido e alguns ainda estão em andamento.
Eu estudei administração de empresas na USP e não fui preparado para empreender. Não tive uma matéria sequer de empreendedorismo na faculdade
Meu aprendizado tem sido na raça. Nos tropeços, no esforço, no sofrimento, nas noites não dormidas, nas cabeçadas, nas incontáveis vezes em que tive dúvidas e não fazia ideia do que estava fazendo. Já perdi muito dinheiro.
Mas também vivi muitas coisas incríveis. Já tive empresa que faturou 7 dígitos, já recebi muitos presentes do universo. Contatos, contratos e oportunidades que jamais imaginei que poderiam acontecer. Empreendendo negócios e empreendendo minha própria vida.
Eu fiz da minha vida um laboratório. Fiz da minha vida um campo de experimentação.
Meu objetivo é descobrir o que é viver de verdade. Quais são minhas possibilidades, o que posso fazer, e até onde dá pra chegar?
Como faço para lidar com meus medos, meus sofrimentos e meus desejos?
E nessa jornada eu encontrei a melhor escola de empreendedorismo que existe: A natureza.
Desde que comecei a me envolver mais com a natureza, observar mais e, especialmente cuidar da minha horta, tenho aprendido coisas que nenhuma escola formal de empreendorismo ensina. Tenho tido insights que me ajudam a conduzir minhas atividades profissionas e experimentar uma nova forma de fazer negócios.
E hoje eu penso que todo empreendedor deveria ter sua própria horta.
Compartiho aqui alguns dos insights.

1 - O tempo das coisas
Quando criamos nossa empresa, temos pressa. Queremos ver resultado rápido, queremos colher os frutos o quanto antes.
Quando se planta alguma coisa, você respeita o tempo daquilo que você plantou. Não é o seu tempo. Não é quando você quer. É no tempo da natureza. No tempo que tiver que ser.
A colheita nunca vem antes da hora. Nenhuma hortaliça cresce antes do seu tempo.
Hoje buscamos aceleradoras para crescer mais rápido. Mas será que precisamos crescer mais rápido? Será que acelerar o crescimento não tira aprendizados que o tempo traria?

2 - Curtir o processo e não na colheita.
Quando se cuida de uma horta, você aprende a gostar de cuidar da horta. Simples assim. Eu não planto para colher. A colheita é apenas uma das etapas.
É gostoso cuidar da terra. É gostoso semear. É gostoso fazer a manutenção, tirar erva daninha, podar, replantar, mudar de lugar. E é gostoso colher.
O processo é especial e delicioso de ser vivido. A colheita é apenas uma das etapas.
Quando empreendemos, temos que aprender a curtir o processo. Se ficamos apenas apegados ao resultado, à colheita, o processo fica chato. Porque às vezes a colheita demora.

3- Aprender sobre o tempo de colheita
Quanto tempo seu projeto vai levar para trazer resultados financeiros?
Qual o tamanho do seu sonho?
Fala-se muito hoje que sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho, então melhor sonhar grande mesmo.
Mas o que eu vejo muito é que empreendedores se lançam em sonhos grandes e não conseguem se sustentar até que esse sonho grande dê retorno.
E aí o que acontece é uma busca desesperada por um investidor que coloque uma grana pra poder manter o sonho vivo.
Eu já quebrei e perdi todo meu dinheiro exatamente por isso.
Queria um sonho grande. Uma startup que impactasse milhões de pessoas em um modelo de negócios extremamente complexo. Obviamente que demorou mais tempo para virar do que eu tinha capacidade de sustentar financeiramente.
Na minha horta eu sei que tem coisas que plantei que vão demorar anos para poder colher. Plantei árvores frutíferas que vão demorar mais de 5 anos.
Essa semana fiz uma colheita de mandioca que plantamos 1 ano atrás.
Se eu plantasse somente mandioca na minha horta e dependesse dela pra me sustentar, eu morreria de fome, porque não aguetaria um ano.
O que eu faço então?
Planto hortaliças de ciclo curto, como alface e rúcula que posso colher em uns 40 dias, beringela que posso colher em 3 meses e assim por diante.
Quais são os projetos da sua empresa que trazem a colheita rápida?
Não precisa ser aquilo que você quer fazer pelo resto da vida e nem o sonho grande. Mas algo que traga a colheita para você conseguir se alimentar.
Nos sistemas de agroflorestas faz-se um consórcio, plantando no mesmo espaço hortaliças de ciclo curto, legumes de extrato médio e e árvores frutíferas e nativas (sonho grande).
Como está o seu consórcio na sua empresa?

4 - O ciclo da natureza
No outono as folhas caem.
No inverno tem geada.
Você não pode exigir da sua horta de performar o ano inteiro. Nem se você der 30 dias de descanso.
Mas na empresa, fazemos isso. Queremos render o tempo inteiro. Ter alta performance todos os dias.
Mas tem dias em que não conseguimos trabalhar direito. Tem dias que estamos mais introspectivos. Tem dias que temos menos energia. Tem dias que precisamos de mais descanso e de mais sono.
Como respeitar esses ciclos numa empresa? Esse é um desafio interessante. Acho que é hora de experimentarmos novas rotinas do que o segunda à sexta das 9h às 17hs + 30 dias de férias.
Alguém inventou essa rotina. E acho que podemos buscar uma nova.

5 - Sua plantação tem ciclos
Tudo que eu planto tem um ciclo. As árvores tem ciclos bem mais longos (às vezes mais longos que nossa própria vida). Mas tem hortaliças e legumes que tem ciclos mais curtos.
Quando eu colho aquela rúcula que demorou 40 dias para nascer, eu abro espaço para plantar algo novo. As raízes e e folhas ajudaram a melhorar a qualidade do solo e o preprararam para o que vem a seguir.
O mesmo acontece com pessoas.
Existem pessoas que vão entrar para o seu negócio apenas para ajudar a começar. Elas têm um ciclo curto. E chega uma hora que elas precisam ir embora e seguir suas vidas.
Mas temos apego. Queremos que fiquem para sempre. E muitas relaçãoes terminam em briga por participação, dinheiro, tempo de dedicação. Mas na verdade o que está em jogo é que não entendemos o ciclo da vida e criamos condições que travam esse fluxo.
Não sabemos lidar com o ciclo de pessoas também. Ao invés de sentirmos gratidão por quem contribuiu, mesmo que por algumas semanas, ficamos ressentidos porque foram embora. É como seu eu ficasse puto com a minha rúcula que foi embora...

6 - Aprender a observar
Antes de empreender, temos uma visão, fazemos nosso planejamento, montamos o business plan, as projeções de crescimento. Mas o que acontece é que na prática nunca sai como imaginamos.
O que aprendi com meus tropeços foi aprender a observar.
Fala-se muito hoje em criar um MVP (mínimo produto viável) para testar a ideia e falhar rápido.
Para mim, o que precisamos é aprender a observar. Quando você aprende a observar, você não quer que as coisas sejam do seu jeito. Você apenas oberva o que está acontecendo.
Outro dia semeei umas cenouras. Eu fiquei observando e vi que não estavam nascendo. Depois de algumas semanas tive a certeza de que não vingaram.
Talvez tenham sido as sementes que não eram boas. Talvez seja a terra que nao estava legal ali.
E a partir dessa observação eu mexi na terra e plantei coisas novas.
A observação traz um estado de presença, um estado onde a mente fala menos e damos espaço para perceber a realidade sutil das coisas.

7 - Sentir a abundância
A natureza sempre dá muito mais do que eu consigo comer.
Meu pé de caqui da absurdamente muito caqui. Toda árvore frutífera da muito mais que qualquer pessoa consegue consumir.
Eu posso compartilhar. Não preciso ficar guardando e estocando. Porque eu sei que no próximo ciclo vem mais.
Eu compartilho com a natureza, com os pássaros e insetos e compartilho com meus amigos, familiares e vizinhos.
Qualquer fruta tem muitas sementes. E cada semente dá um novo pé que dá muitas frutas.
É infinito e exponencial.
Você compartilha os frutos que sua empresa dá? Como você se relaciona com quem está em volta de você?
Você pode compartilhar e doar as sementes dos frutos que você colhe. Você pode compartilhar os aprendizados, abrir os processos, dividir as boas práticas.
Não precisamos viver na escassez achando que vai faltar mês que vem.
Eu já vou me preparando para colher as minhas beringelas...

Author and Entrepreneur

 :)