domingo, 3 de março de 2019

Nelson Évora é vice-campeão europeu de triplo salto

Nelson Évora conquistou hoje a medalha de prata no triplo salto dos Campeonatos da Europa de atletismo de pista coberta, em Glasgow, na Escócia.
Resultado de imagem para Nelson Évora é vice-campeão europeu de triplo salto
Com um salto de 17,11 metros, o seu melhor registo da época, o saltador português conseguiu a sua 11.ª medalha em grandes competições e finaliza a época como o terceiro melhor europeu do ano em pista coberta.
O vencedor do concurso foi o azeri Nazim Babayev, com 17,29 metros, que assim sucede a Évora, campeão de 2015 e 2017.
A medalha de bronze foi conquistada pelo alemão Max Hess, com 17,10 metros.
A lista dos melhores do ano fecha com o português Pedro Pichardo em primeiro (17,32), que ainda não pode competir oficialmente por Portugal, Babayev e Évora no ‘top-3’.
Lusa
Foto: EPA/HAYOUNG JEON

Hora de Fecho: "Fui a Chaves e vi um ovni chamado Paulo Alves" /premium

Logo Observador

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
No dia do 30.º aniversário da conquista do primeiro Mundial Sub-20, o seleccionador Queiroz fala-nos do golo prometido por Abel Silva a Pelé no dia da final e do estilo à Platini de Resende.
Ricardo Araújo Pereira disse este sábado que faz parte do seu trabalho continuar a criticar o juiz Neto de Moura, que já ameaçou processá-lo. Horas depois, fê-lo outra vez no "Governo Sombra".
Uma alegada tentativa de fuga na cadeia de Castelo Branco foi intercetada pelos serviços de vigilância. Sindicato dos Guardas Prisionais culpa política da direção.
Poucas horas depois de ter vencido a final do Festival da Canção, Conan Osíris, a representar Portugal, é um dos favoritos da Eurovisão e já figura no top 10 das casas de apostas.
A editora de Manfred Eicher faz 50 anos em 2019 e assinala a ocasião com a reedição, na série económica Touchstones, de 50 álbuns emblemáticos, muitos deles esgotados há anos.
Dois dos pensadores mais influentes de hoje, Jordan Peterson e Slavoj Žižek, vão em abril debater sobre se o melhor caminho para a "felicidade" é o capitalismo ou o marxismo. O debate prevê-se quente.
"Torto Arado", o primeiro romance de Itamar Vieira Junior, fala sobre a ruralidade do Brasil, onde os trabalhadores vivem num estado de servidão igual ao da escravatura. Falámos com o Prémio Leya.
Marco Di Lauro, tido pelos media italianos como "o segundo homem mais perigoso em Itália", foi detido este sábado. Era ele quem estaria à frente do clá Di Lauro, da Camorra napolitana.
Ricardo Salgado diz, em entrevista à TSF, que consegue dormir, mas não "totalmente descansado". E critica o Banco de Portugal, mais uma vez, por ter avançado com a resolução do BES.
O Presidente da República concordou com o pedido de auditoria anunciado pelo Governo às contas do Novo Banco, considerando que "os portugueses têm o direito de saber o que se passou".
Os apresentadores, os convidados especiais e as canções. Hugo van der Ding viu tudo e gostou de tudo. Ou de quase tudo. E no fim, Osíris ganhou: 'well done, kid'. Este é o relato da noite de Conan. 
Opinião

Alberto Gonçalves
No fundo, a “mulher” da dra. Joana do CDS não difere da “mulher” da dra. Catarina do BE. Na ânsia de se apoderarem das cabeças alheias esgadanham-se para reduzir sujeitas de carne e osso a caricaturas
Ruth Manus
Feminismo não tem a ver só com igualdade. Feminismo, fundamentalmente, tem a ver com liberdade. Com o direito de escolha de cada mulher. Ser mãe ou não. Ser casada ou não. Ser “feminina” ou não.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Na pastoral e no direito canónico já existem todos os meios necessários para a erradicação da pedofilia e do abuso de menores na Igreja católica.
Sebastião Bugalho
Se o Bloco de Esquerda deseja realmente eleições na Venezuela, por que não apoia o político que as defende? Porque chama ‘golpista’ a um homem eleito pelos venezuelanos para a sua Assembleia Nacional?
Sofia Santos
Num país que ambiciona ser neutro em carbono em 2050, a Sustainable Finance constitui uma oportunidade para todos, quer instituições financeiras, quer Estado, quer cidadãos. 
MAGG

Catarina da Eira Ballestero
A influenciadora celebrou a morte de uma criança de 7 anos. "Um filho da puta a menos para roubar o nosso país”, escreveu nas redes.
Mais pessoas vão gostar da Hora de fecho. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
ObservadorEleito melhor jornal generalista 2018
©2019 Observador On Time, S.A.
Rua João Saraiva, n. 7, Lisboa

Comité de Solidariedade com a Palestina pede a Conan Osíris para boicotar Eurovisão em Israel

Resultado de imagem para Comité de Solidariedade com a Palestina pede a Conan Osíris para boicotar Eurovisão em Israel
Três organizações juntaram-se e enviaram uma carta ao vencedor do Festival da Canção, Conan Osíris, a apelar que não represente Portugal no Festival da Eurovisão, que acontecerá em Telavive. 
O Comité de Solidariedade com a Palestina, o SOS Racismo e as Panteras Rosa escreveram uma carta ao vencedor do Festival da Canção 2019, Conan Osíris, a apelar que não vá a Israel ao Festival Eurovisão da Canção
Conan Osíris venceu, este sábado, a final do Festival da Canção, com a canção "Telemóveis" e deverá representar Portugal no Festival da Eurovisão, que acontece em Telavive, Israel, em maio.
O Comité de Solidariedade com a Palestina acredita que o cantor terá em conta a carta assinada pelas três organizações. Em declarações à TSF, Elsa Sertório, que pertence ao comité, explicou o objetivo do apelo.
"Não seria uma ação isolada [de Conan Osíris], seria incluída na campanha internacional para Boicote, Sanções e Desinvestimento a Israel (BDS). É uma campanha que está a ser seguida por muitos artistas pelo mundo fora", esclareceu Elsa Sertório.
O movimento existe desde 2005 e, segundo o Comité de Solidariedade com a Palestina, "está cada vez mais forte". "Há muitos artistas que já cancelaram concertos agendados para Israel, outros que recusaram mesmo o convite. Um dos mais conhecidos é o Roger Waters, dos Pink Floyd", apontou Elsa Sertório.
"O que nós pedíamos ao Conan era que aderisse a essa campanha e juntasse o seu nome aos dos outros artistas que têm aderido ao boicote a Israel. É uma forma de pressão para isolar Israel enquanto permanecer no apartheid e ocupação da Palestina", reforçou.
Um pedido a que o Comité de Solidariedade com a Palestina acredita que Conan Osíris será sensível.
"[Conan Osíris] é um jovem irreverente. (...) Ele pode ficar na História como alguém que teve a coragem de cancelar a participação na Eurovisão (...) e escolher os direitos humanos", afirmou Elsa Sertório.

Fonte: TSF

Homenagem sentida e bonita, aquela que os Masters de Beira-Mar e Esgueira proporcionaram ao Simão Quina






Beira-Mar Basquetebol
11 h
Homenagem sentida e bonita, aquela que os Masters de Beira-Mar e Esgueira proporcionaram esta noite.
À família do Simão foi oferecida pela equipa auri-negra a camisola de jogo #32 do Simão, devidamente autografada por todos os companheiros de equipa. Da parte do Esgueira, pela mão do Francisco Morais, foi oferecido um quadro com a "caricatura" do Simão.
Para terminar a cerimónia, todos os presentes tiveram a oportunidade de ver um vídeo projetado no Pavilhão com um resumo de momentos da vida do nosso Simão Quina.

Para sempre recordado com enorme saudade.
Até sempre, Campeão! 💛🙏

Até um dia destes Simão Quina, não te esquecemos!
J. Carlos

Sem surpresas, Conan Osiris é o grande vencedor do Festival da Canção

Está escolhido: Conan Osiris é o grande vencedor da 53.ª edição do Festival RTP da Canção. De Portimão para Telavive, a partir o telemóvel. Uma noite onde até as mensagens políticas não faltaram. 
Resultado de imagem para Sem surpresas, Conan Osiris é o grande vencedor do Festival da Canção
A norte o Porto-Benfica ia para intervalo empatado a um golo quando, a sul, começava a grande final do Festival da Canção. Ambos com casa esgotada. A noite deste sábado queria-se, pois, em frente a uma televisão ou de ouvido na rádio.
Mas se em termos futebolísticos eram onze contra onze e no final podia antecipar-se o líder do campeonato, na Arena de Portimão foi mais um cumprir calendário — fim dos termos futebolísticos. Eram oito os finalistas, mas, como desde o início do festival, só dava Conan. Das redes sociais ao Programa da Cristina, foi declarada ao longo da última semana uma vitória antecipada. Só que do favoritismo à decisão final, ainda faltava uma gala pelo meio.
E foi pouco depois das vinte e uma que um número de abertura humorístico-dançado Vasco Palmeirim/Filomena Cautela deu o pontapé de saída para o evento que fechou, com resultados muito positivos, mais um Festival da Canção.
Sobre as atuações há pouco a dizer; muito pouco mudou além das indumentárias dos intérpretes. É, porém, importante referir o momento que se seguiu às oito atuações.

Se a Eurovisão muitas vezes é política, raramente o Festival da Canção assume uma posição. Não foi o que aconteceu esta noite com NBC e os Madrepaz. Da Green Room, o intérprete e a banda, a seu tempo, quiseram passar uma mensagem. "Estamos aqui a divertir-nos, mas há muita gente na Venezuela que não tem nada para comer", disse NBC. "São as cores de quatro povos que hoje estão a passar por mudanças muito radicais e que precisam urgentemente de mudança: Israel, a Venezuela, a Palestina e o Brasil", explicaram os Madrepaz em alusão às cores das suas pinturas faciais.
The show must go on. E o Festival da Canção continuou a revisitar o seu passado, desta vez com arranjos musicais de Nuno Gonçalves, dos Gift. Voltou a ouvir-se "Esta Balada Que Te Dou", de Armando Gama, "A Cidade (até ser dia)", de Anabela, e "Senhora do Mar", de Vânia Fernandes. Temas que venceram o concurso em 1983, 1993 e 2008, respetivamente.
Houve ainda tempo para Cláudia Pascoal e Isaura regressarem ao palco onde, por esta altura, o ano passado se sagraram vencedoras, para apresentar novos temas. "Ter ou não ter", o primeiro trabalho conhecido de Cláudia Pascoal depois da Eurovisão, "Liga-Desliga", a primeira aventura de Isaura em português. Ambas prometem novidades para breve.
Mas o momento pelo qual todos esperavam só chegou depois da meia-noite: Conan Osiris venceu com 24 pontos. O peso das votações foi repartido entre os telespectadores e um júri, com representantes de sete regiões de Portugal (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Açores, Madeira e Algarve). Apenas o júri da região do Algarve não deu 12 pontos, mas sim 10, a segunda nota mais alta, ao intérprete de "Telemóveis". Já o televoto votou em concordância com a grande maioria dos jurados.
NBC ficou na segunda posição, enquanto Matay acabou na terceira. Foi precisamente o intérprete de "Perfeito" um dos mais aplaudidos ao longo noite, continuando o seu nome gritado pela audiência já Conan tinha sido declarado vencedor.
Conan Osiris irá representar Portugal no Festival da Eurovisão, que decorre em maio em Telavive, Israel. As duas semifinais acontecem a 14 e 16 de maio, respetivamente. A grande final decide a 18 de maio quem sucede a Netta Barzilai.
Até já, Telavive.
Rita Sousa Vieira / Madremedia
Foto: RTP

Manhã de domingo: Partiu o telemóvel e partiu aquilo tudo /premium

Logo Observador

Manhã de domingo

As principais notícias do dia
Bom dia!
Os apresentadores, os convidados especiais e as canções. Hugo van der Ding viu tudo e gostou de tudo. Ou de quase tudo. E no fim, Osíris ganhou: 'well done, kid'. Este é o relato da noite de Conan.
Depois de ganhar o Festival da Canção, Osiris estava sem grandes palavras e com dores no pé. Afirmou que é "legítimo" ter uma opinião negativa dele e reiterou a surpresa por ter sido "entendido".
O Twitter, esse poço sem fundo, acompanhou a final do último sábado. Conan Osíris saiu vencedor, Cláudia Pascoal e Isaura voltaram de regador na mão e até os políticos tiveram uma palavra a dizer.
Conan Osíris conquistou o Festival da Canção em Portugal, assegurando a presença no Festival da Eurovisão, em Tel Aviv, Israel. O concurso decorre de 14 a 16 maio
Houve homenagens ao passado, com atuações de Armando Gama, Anabela e Vânia Fernandes, e um vencedor que convenceu quase todos. Este é um relato fotográfico da final do Festival da Canção.
Três organizações enviaram uma carta a Conan Osíris, vencedor do Festival da Canção, a pedir para que este não vá a Tel Aviv. "Reconhecemos que não é uma decisão fácil, mas a custo de quê?".
Quatro dias depois, só mudaram os números: Barcelona voltou a ganhar no Bernabéu (1-0) e deixou o Real Madrid a 12 pontos num jogo marcado pela "pega" entre Sergio Ramos e Messi em cima do intervalo.
Ao primeiro álbum, os De La Soul não inventaram o hip hop, mas mostraram como podia ser feito de maneira diferente e influente. "3 Feet High and Rising" faz 30 anos e Isilda Sanches recorda-o.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, manifestou disponibilidade para ir ao parlamento, na próxima semana, prestar esclarecimentos sobre a situação do Novo Banco.
Depois de ter conseguido fazê-lo com um ramo do KKK, Stern repete o truque com um grupo neo-nazi. O anterior líder diz-se "enganado". Stern assume: "Fui mais esperto do que eles."
Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, admitiu disponibilidade para fazer alterações legislativas que melhorem transparência. 
Opinião

Alberto Gonçalves
No fundo, a “mulher” da dra. Joana do CDS não difere da “mulher” da dra. Catarina do BE. Na ânsia de se apoderarem das cabeças alheias esgadanham-se para reduzir sujeitas de carne e osso a caricaturas
Ruth Manus
Feminismo não tem a ver só com igualdade. Feminismo, fundamentalmente, tem a ver com liberdade. Com o direito de escolha de cada mulher. Ser mãe ou não. Ser casada ou não. Ser “feminina” ou não.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Na pastoral e no direito canónico já existem todos os meios necessários para a erradicação da pedofilia e do abuso de menores na Igreja católica.
Sebastião Bugalho
Se o Bloco de Esquerda deseja realmente eleições na Venezuela, por que não apoia o político que as defende? Porque chama ‘golpista’ a um homem eleito pelos venezuelanos para a sua Assembleia Nacional?
Sofia Santos
Num país que ambiciona ser neutro em carbono em 2050, a Sustainable Finance constitui uma oportunidade para todos, quer instituições financeiras, quer Estado, quer cidadãos. 
MAGG

Catarina da Eira Ballestero
A influenciadora celebrou a morte de uma criança de 7 anos. "Um filho da puta a menos para roubar o nosso país”, escreveu nas redes.
Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
ObservadorEleito melhor jornal generalista 2018
©2019 Observador On Time, S.A.
Rua João Saraiva, n. 7, Lisboa

Lula volta para a prisão depois de ter estado presente no funeral do neto

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva regressou este sábado à prisão onde cumpre uma sentença por corrupção, depois de ter estado presente no funeral do seu neto Arthur, em São Bernardo do Campo, com autorização para deixar por algumas horas a prisão sob uma forte escolta.
Resultado de imagem para Lula volta para a prisão depois de ter estado presente no funeral do neto
O ex-presidente do Brasil (2003-2010) voltou à sede da Polícia Federal, em Curitiba, quase nove horas depois de iniciar a sua viagem para o cemitério de São Bernardo do Campo, onde se despediu do seu neto, que faleceu repentinamente esta sexta-feira, aos sete anos, devido a uma meningite.
Lula chegou à cerimónia num comboio de automóveis pretos, do qual desceu escoltado por agentes armados.
Cumprimentou com ar sério os militantes que o aguardavam à porta e gritavam: "Lula, guerreiro do povo brasileiro". Quase duas horas depois, deixou o local aplaudido pelos seus partidários.
A apoiar a família também estiveram vários representantes de movimentos sociais e do Partido dos Trabalhadores, tais como a ex-presidente Dilma Rousseff e Fernando Haddad, candidato derrotado nas últimas eleições.
O velório decorreu numa sala fechada à imprensa e decorada com vários arranjos de flores, incluindo uma coroa enviada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou o jornal Folha de São Paulo.
Sem conseguir conter as lágrimas, o ex-líder sindical, de 73 anos, dirigiu-se aos seus familiares durante a cerimónia que antecedeu a cremação do neto, pouco antes de ter de ir embora.
"As palavras de Lula ao despedir-se emocionaram a todos", contou depois João Pedro Stedile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao portal G1.
Arthur, filho de Sandro Luís Lula da Silva, um dos cinco filhos de Lula, tinha visitado o avô na prisão em duas ocasiões.
Um amplo dispositivo de segurança acompanhou a viagem do ex-presidente, de cerca de 425 quilómetros, em várias etapas, que começaram quando Lula deixou de helicóptero o edifício da Polícia Federal em Curitiba rumo ao aeroporto.
De lá viajou até São Paulo num avião do governo do Paraná, antes de completar a penúltima etapa até São Bernardo, berço de sua carreira política e seu local de residência, novamente de helicóptero.
O ex-presidente foi autorizado a sair da prisão ao abrigo de uma lei que permite aos presos visitar parentes próximos gravemente feridos, ou comparecer nos funerais.
Esta é a segunda vez que Lula deixa o edifício onde ocupa uma cela desde que, a 7 de abril, começou a cumprir uma pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A primeira foi em novembro, quando foi levado a prestar depoimento perante um tribunal de primeira instância de Curitiba, num caso pelo qual foi condenado no mês passado a outros 12 anos e 11 meses de prisão.
Em janeiro desde ano, o irmão do ex-Presidente Genival Inácio da Silva, de 79 anos, morreu em São Paulo.
Na altura, os advogados de defesa de Lula da Silva pediram autorização à justiça para que o ex-chefe de Estado pudesse comparecer no velório, mas o pedido foi inicialmente negado, até que o presidente do Supremo Tribunal Federal, juiz Dias Toffoli, autorizou a saída.
Dado que o funeral já tinha ocorrido quando a decisão foi emitida, Lula da Silva decidiu permanecer na prisão.
Lula da Silva cumpre pena na sede da Polícia Federal, na cidade brasileira de Curitiba desde abril de 2018, e já foi condenado em dois processos relacionados com a operação “Lava Jato”, que investiga desvios de dinheiro na petrolífera estatal brasileira Petrobras e outros órgãos públicos do país.
AFP / Madremedia

Governo português mantém programa de “vistos gold” mas está disponível para fazer alterações

O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, garantiu hoje que os "vistos gold" não vão acabar, mas manifestou disponibilidade para fazer alterações legislativas que melhorem a transparência. 
Resultado de imagem para Governo português mantém programa de “vistos gold” mas está disponível para fazer alterações
"Portugal mantém o sistema a funcionar. Tem aumentado o grau de exigência. Este Governo promoveu alterações legislativas nesta área", disse Eurico Brilhante Dias numa entrevista à Antena 1/Jornal de Negócios, em resposta à conclusão da comissão especial do Parlamento Europeu sobre crimes financeiros e evasão fiscal, que propõe o fim dos programas de "vistos gold" na Europa.
O secretário de Estado adiantou que o país vai continuar a atribuir autorizações de residência para investimento, apontando que, contrariamente ao que acontece em outros países, Portugal não atribui nacionalidade em troca de investimento.
"Portugal tem um regime de autorizações de residência para investimento que não é um regime de nacionalidade. E queremos um sistema transparente que não aceitará proveniências de dinheiro que sejam difusas ou pouco claras e, evidentemente, não contribuiremos para a evasão fiscal", disse.
Eurico Brilhante Dias disse ainda que o Governo está disponível para fazer as alterações legislativas sugeridas pela União Europeia, para efeitos de transparência no âmbito do branqueamento de capitais e evasão fiscal.
Nesta entrevista, o secretário de Estado garantiu ainda que Portugal não tem planos para colocar restrições ou para bloquear a entrada de capital estrangeiro, "venha ele de onde vier", desde que cumpra as normas nacionais em matéria de interesses vitais.
Sobre o investimento chinês, Eurico Brilhante Dias lembrou que Portugal não pode criar limitações a "quem veio a jogo" quando o país precisou no tempo da "troika".
"Não podemos hoje olhar para essas transações e ter um entendimento de que foram úteis e, agora que estamos melhor, vamos criar limitações", considerou.
A comissão especial do Parlamento Europeu sobre os crimes financeiros e a elisão e evasão fiscais aprovou na semana passada um relatório no qual propõe a abolição dos ‘vistos gold’, por considerar que os riscos daqueles programas são superiores aos eventuais benefícios económicos.
No relatório, aprovado por 34 votos a favor, quatro contra e três abstenções, a comissão parlamentar considera que os potenciais benefícios económicos dos regimes de ‘vistos gold’ “não compensam os riscos graves de segurança, de branqueamento de capitais e de evasão fiscal que apresentam”.
Por isso, apelam aos Estados-membros para que “revoguem de forma progressiva todos os regimes de cidadania pelo investimento e de residência para atividade de investimento o mais rapidamente possível”.
Até abolirem os ‘vistos gold’, os Estados-membros devem assegurar que as medidas de diligência reforçada quanto à clientela, exigidas pela diretiva contra o branqueamento de capitais, sejam devidamente aplicadas àqueles que apresentam pedidos de cidadania ou residência ao abrigo destes regimes, diz o relatório, recordando que esta diretiva impõe medidas de diligência adicionais para as pessoas politicamente expostas.
Em 23 de janeiro, o executivo comunitário reconheceu que os ‘vistos gold’ apresentam riscos para a União Europeia (UE), nomeadamente em termos de segurança, lavagem de dinheiro, corrupção e evasão fiscal, e alertou para a falta de transparência destes esquemas nos Estados-membros.
Sem nunca mencionar diretamente o caso de Portugal, que aparece referido apenas como um dos 20 países onde existe um programa de ‘vistos gold’, Bruxelas declarou que estes “esquemas” apresentam “riscos sérios de segurança” para os Estados-membros e para o bloco comunitário.
Desde a criação do programa de Autorização de Residência para a Atividade de Investimento (ARI) em Portugal, em outubro de 2012, e até janeiro deste ano, já foram atribuídas 7.107 autorizações de residência, 4.127 dos quais a cidadãos chineses, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Contabilizando as autorizações de residência a familiares reagrupados, o número ascende aos 12.056.
De acordo com os dados do SEF, os ‘vistos gold’ já renderam aos cofres do Estado 4,335 mil milhões de euros, com cerca de 3,928 mil milhões a resultarem da aquisição de bens imóveis e pouco mais de 400 mil de transferência de capital.
Lusa