sexta-feira, 31 de julho de 2020

Município de Figueiró dos Vinhos oferece cadernos de atividades aos alunos do 1.º e 2.º CEB


A Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos aprovou, pelo sexto ano consecutivo, em reunião ordinária de 29 de julho de 2020, a atribuição gratuita dos cadernos de atividades aos alunos matriculados no concelho.

Podem beneficiar desta oferta todos os alunos matriculados no 1.º e 2.º CEB e que irão frequentar, no ano letivo 2020/2021, as escolas do concelho de Figueiró dos Vinhos.

Os alunos do 1.º e 2.º CEB estão abrangidos por uma medida do Governo que oferece os manuais escolares a todas as crianças, oferecendo o Município os cadernos de atividades.

Os encarregados de educação deverão manifestar a vontade de usufruir deste auxílio económico atribuído pela Câmara Municipal no âmbito da ação social escolar através de inscrição, de 03 a 14 de agosto de 2020, nas instalações do Gabinete de Ação Social do Município de Figueiró dos Vinhos, sito na Av. José Malhoa, ou na Plataforma Digital SIGA (https://siga1.edubox.pt). O registo inicial para obtenção do código de acesso a esta plataforma deverá ser feito, presencialmente, no Gabinete de Ação Social.

Os encarregados de educação dos alunos matriculados que irão frequentar as Escolas Básicas de Almofala e Arega poderão, ainda, proceder à inscrição acima mencionada, nos edifícios das respetivas Juntas de Freguesia.

Esta medida tem como objetivo o apoio às famílias, potenciando uma melhoria na sua qualidade de vida.

A aquisição dos referidos cadernos de atividades será feita nos estabelecimentos sediados no concelho, que façam a sua comercialização.

Câmara abre concurso público para requalificar e ampliar Centro de Saúde de Águeda


Decisão foi tomada ontem, em reunião do Executivo extraordinária, por um preço base de 1,125 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Águeda aprovou, ontem, em reunião do Executivo, a abertura do concurso público para a requalificação e ampliação do Centro de Saúde de Águeda, por 1.125.750 euros (acrescidos de IVA), contando com apoio de fundos comunitários ao abrigo do Programa Operacional Regional Centro 2020. 

“O Centro de Saúde de Águeda precisava desta intervenção de fundo e, para além de resolver alguns dos problemas existentes, como infiltrações e questões técnicas, esta obra vai melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde e de atendimento dos utentes”, começou por dizer Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, acrescentando que o edifício será ampliado e permitirá criar novas áreas. 

O edifício, predominantemente de um piso, possui uma área de implantação de 1.235 metros quadrados, que irá ser ampliado em 372 metros quadrados e será repensado para albergar novas funcionalidades. Dispõe ainda de uma ala no piso superior, com 255 metros quadrados que será mantida. 

O Centro de Saúde de Águeda será objeto de várias intervenções/alterações, para melhorar a eficiência das instalações e qualificar as condições existentes, requalificando o interior do edifício. As áreas de direção, gabinetes médicos e salas de espera foram ajustadas, com espaços mais amplos e com condições de mobilidade mais eficientes, para além de que a ampliação prevista permitirá ter mais e maiores gabinetes. 

Foram introduzidos novos espaços, nomeadamente gabinetes de Psicologia, Nutricionista, Saúde Oral e Assistência Social. Também foram idealizados, entre outros, um ginásio terapêutico, uma sala de pessoal, um espaço para tratamento de roupa, tratamento de pensos e uma sala para feridas/pé diabético. 

A ampliação da ala voltada a Sul trará novos espaços: Saúde Materna, Saúde Infantil, Sala de Aerossóis, Sala de Amamentação e uma sala para secretariado. 

No setor de consultas em isolamento, a Norte, também através de uma ampliação, foi projetada uma zona de instalações técnicas, permitindo ainda ter uma antecâmara, uma sala de espera com instalações sanitárias para utentes, uma sala de tratamentos, dois gabinetes médicos, uma sala de atendimento e uma adufa. 

Por sua vez, o novo volume projetado, a Norte, contempla uma garagem e permite, também, a introdução de novos espaços, destinados a farmácia avançada: injetáveis de grande volume, inflamáveis, medicamentos gerais, medicamentos em câmara frigorífica, estupefacientes/psicotrópicos em cofre, material de limpeza e, por fim, receção/expedição/conferência de inventário e respetiva instalação sanitária de apoio. De modo a unir o existente e a ampliação, foi criada uma cobertura, formando um alpendre, que dota e qualifica a entrada de consulta em isolamento. 

Quanto à ala existente no primeiro piso, será mantida, apenas se intervindo ao nível da envolvente externa (fachadas, vãos exteriores e coberturas). 

O programa funcional do Centro de Saúde de Águeda contempla seis unidades operativas: USF Águeda Mais Saúde; Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados; Unidade de Saúde Pública; apoios comuns; Unidade de Cuidados na Comunidade; e Consulta em Isolamento. 

“Esta é uma obra que, embora seja da competência do Poder Central, está a ser realizada pelo Município, que está empenhado em concretizar esta melhoria significativa. É uma intervenção muito necessária para o concelho e que é verdadeiramente importante para a comunidade, para a melhoria da prestação de cuidados de saúde”, declarou Jorge Almeida.

SICÓ - Área de Paisagem Protegida | Sessão pública


O Presidente da Câmara Municipal de Ansião, António José Domingues, abriu a sessão pública de esclarecimento, que decorreu, no passado dia 30 de julho, no Centro de Negócios de Ansião, promovida pela Associação Terras de Sicó, no âmbito do período de discussão pública da proposta de classificação de Sicó como Área de Paisagem Protegida de Âmbito Regional. 

A acompanhar os trabalhos estiveram presentes os Presidentes de Câmara de Alvaiázere e Penela, municípios integrantes desta sessão de esclarecimento, que contou também com o Presidente da Câmara Municipal de Soure, que assume atualmente a presidência da Associação. Na intervenção que dirigiu à plateia referiu os objetivos do projeto e o caminho escolhido para se avançar no território com este trabalho, que reconheceu difícil, mas de grande importância no estabelecimento do diálogo com todos, no sentido de encontrar um instrumento regulador, mas que ao mesmo tempo não seja castrador da vivência humana no território. Referiu ainda que o projeto que está em discussão não tem a pretensão de agradar a todos, mas visa manter o território ao serviço de todos. 

O projeto, nomeadamente a delimitação física proposta e a regulamentação de gestão prevista, foi apresentado pela empresa que o acompanha, seguindo-se um período de discussão, no qual todos os interessados apresentaram as suas dúvidas, discordâncias, pontos de vista, interesses, críticas, opiniões, contributos e sugestões. 

Na sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal de Penela realçou o interesse em se partir de um documento base, aberto à discussão pública, que permita a construção de um relatório de ponderação, necessário para integrar as sugestões e contributos que possam ser acolhidos. Terminou referindo que a classificação em questão irá permitir avançar com a preparação de um Plano de Gestão para o território que promova a sua gestão integrada. 

Antes de encerrar os trabalhos, o Presidente da Câmara Municipal de Ansião referiu ainda o enorme desafio que a Terras de Sicó e os municípios integrantes têm pela frente, na construção e no ponto de equilíbrio que permita conciliar as várias questões que se levantam com a classificação de uma área protegida, com o interesse económico, nomeadamente resultante das áreas florestais produtivas. Salientou ainda a importância de promover uma gestão integrada, processo no qual é fundamental envolver todos os interessados e conhecedores do território.

A AIDA CCI vai realizar no próximo dia 04 de agosto,3ª feira, às 11h00, o webinar especializado sobre a temática Marcação CE.

AIDA reconhecida como Câmara de Comércio e Indústria do Distrito ...

OBJETIVOS
Abordar de forma objectiva o papel marcação CE como resposta mais-valia na gestão da qualidade de produto

ORADORES

Pedro Calheiros
Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial, Universidade do Minho
Auditor Coordenador e Auditor Qualidade na Implementação e Melhoria de Sistemas de Gestão nas áreas: Qualidade, Ambiente, Segurança, Marcação CE (Produtos de Construção)

VALOR DA INSCRIÇÃO
36,00 Euros Associados AIDA CCI
60,00 Euros Não associados AIDA CCI
Desconto de 10% para inscrições de grupo (a partir de 3 inscrições)
Será dada prioridade às inscrições provenientes de empresas associadas da AIDA CCI

CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO
O webinar será transmitido através da plataforma ZOOM e realizado com o mínimo de 10 participantes
Os participantes poderão participar fazendo questões por escrito ou por voz
O webinar será gravado. Cada participante será responsável por manter a sua câmara desligada, caso não autorize a gravação da sua imagem
A Atribuição de certificado de participação e o envio à posteriori das apresentações só será efetuado mediante a receção do questionário de avaliação devidamente preenchido
A AIDA CCI reserva o direito de adiar ou cancelar o evento caso não reúna o número mínimo de participantes

PAGAMENTO
O pagamento deverá ser efetuado, antecipadamente, por transferência bancária e devidamente identificada para o IBAN: PT50.0036.0370.99102062798.20
O número de inscrições é limitado e a inscrição só será válida após a boa cobrança, sendo dada prioridade às inscrições provenientes de empresas associadas da AIDA CCI
O comprovativo do pagamento deverá ser enviado para: a.ferreira@aida.pt
Após receção do comprovativo de pagamento será enviado o link de acesso ao webinar para o e-mail do participante

Contamos com a sua presença!

Local: Plataforma Zoom
Horário: 11:00 - 12:30

PROGRAMA

COMUNIDADE ESTRANGEIRA E MUNICÍPIO DE SILVES ALIAM-SE NA ENTREGA DE CABAZES ALIMENTARES A FAMÍLIAS CARENCIADAS


O Município de Silves procedeu à distribuição de cabazes alimentares a 23 agregados familiares do concelho. Os cabazes resultam de uma doação efetuada à autarquia por parte de elementos da comunidade estrangeira e tiveram como destinatários finais agregados familiares socioeconomicamente carenciados, residentes em diversas freguesias do concelho, e referenciados pelo Sector de Ação Social municipal.

Os cabazes entregues eram compostos por produtos de primeira necessidade, entre os quais, produtos lácteos, azeite, grão, feijão, enlatados, massas e bolachas.

O Município de Silves agradece a toda a comunidade estrangeira envolvida a generosa oferta destes produtos, que fizeram, naturalmente, uma grande diferença no dia-a-dia destas famílias que ficaram mais vulneráveis pelo quadro pandémico que atualmente atravessamos.

Câmara Municipal de Évora distribui máscaras pela população mais vulnerável

Perante a impossibilidade de distribuir máscaras de forma generalizada pela população do Concelho, a Câmara Municipal de Évora (CME) tem optado por distribuir, de forma regular, este importante equipamento de proteção individual pelos munícipes mais vulneráveis, bem como pelas entidades que com eles mais diretamente contactam.

Depois da distribuição de início de abril pelas IPSSs, com reforços pontuais de acordo com as necessidades, e das duas entregas às Juntas de Freguesia em abril e junho, a CME está a proceder à entrega de um pequeno kit com máscaras reutilizáveis aos utentes do Cartão Social do Munícipe (CSM).

É importante recordar que o CSM é um apoio social da autarquia, destinado aos munícipes pensionistas ou que tenham idade igual ou superior 70 anos e se encontrem em situação de comprovada de carência socioeconómica, que possibilita a comparticipação de medicamentos e outras despesas de saúde, descontos em tarifas e no consumo de água, bem como o acesso ao passe social nos transportes públicos urbanos.

Para obter mais informações sobre o CSM pode contactar a Divisão de Educação e Intervenção Social da CME através do telefone 266777108 .

Agosto trará reforços à programação da Feira do Livro de Braga

Feira do Livro de Braga 2019 tem como "tema central” a biografia ...
Depois de mais de 28 horas de iniciativas e de 52 mil acessos em julho, a Feira do Livro de Braga, que acontece em exclusivo nas plataformas digitais, entra no mês de agosto com um programa cultural que congregará diversas dimensões artísticas, reforçando o papel do certame como plataforma agregadora de várias formas de expressão cultural.
Da literatura ao teatro, passando pela música, pela pintura e pelo cinema, a Feira do Livro de Braga desafiará os visitantes, durante o mês de agosto, a redescobrir o Minho, através das residências artísticas “Amar o Minho” e do ciclo de filmes “Isto também é Braga”, bem como dará a possibilidade de conhecer o trabalho de artistas que mantêm uma ligação estreita com o mecenas do evento, o dst group.
Os processos de criação artística estarão também em destaque, contando com uma tertúlia subordinada ao tema (21 de agosto), assim como a exposição de Alfredo Cunha, “O tempo das Mulheres”, que contará com uma visita virtual agendada para 14 de agosto.
A Companhia de Teatro de Braga (CTB) e o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga (CMCGB) mantêm ainda as suas rubricas já residentes. No primeiro caso, através da leitura de alguns dos textos mais icónicos da literatura mundial em “40 anos, 40 livros”, ficando as noites de domingo entregues à interpretação musical de grandes obras musicais pelos músicos do CMCGB.
De recordar que, a Feira do Livro de Braga 2020 prolonga-se até ao próximo dia 3 de setembro e dá  a possibilidade dos internautas assistirem a uma programação cultural diversificada através das plataformas digitais da Feira do Livro de Braga [www.facebook.com/FeiraDoLivroDeBraga/], bem como de visitar os espaços de livrarias, alfarrabistas e editoras presentes na feira do livro virtual (disponível em https://bit.ly/VirtualTour-FLB) e  adquirir livros aos expositores presentes na feira através do Dott [dott.pt/pt/campaign/feira-do-livro-de-braga].
Programa Feira do Livro de Braga || 1 a 31 de agosto de 2020
1 de agosto
11h00 | Agora Pergunto Eu! com Laura Machado & Luís Canário Rocha – zet gallery
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Conversa d’Artista com vencedor do Prémio Arte em Espaço Público – zet gallery
2 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Chant du Menestral com Luis Ribeiro e Rui Martins, Saxofone e Piano - Conservatório de Braga Calouste Gulbenkian
3 de agosto
18h00 | Vídeo d’Artista com Gabriel Tizón – zet gallery
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
4 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Livros com RUM com Filomena Marona Beja - Rádio Universitária do Minho
5 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
6 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Livros com Rum com Daniel Jonas - Rádio Universitária do Minho
7 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Ciclo de Filmes “Isto também é Braga!”  Wizzy, a visitor from Zimbabwe de Frederico Bustorf Madeira e Wizzy Mangona – Companhia de Teatro de Braga
8 de agosto
11h00 | Agora Pergunto Eu! com Luísa Gomes & Manuela Pimenta – zet gallery
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 |Residências Artísticas "Amar o Minho" de Luís Canário Rocha – zet gallery
9 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Libertango, Quarteto de Saxofones - Conservatório de Braga Calouste Gulbenkian
10 de agosto
18h00 | Vídeo d’Artista com Volker Schnuttgen – zet gallery
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
11 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Livros com RUM com Francisco Duarte Mangas - Rádio Universitária do Minho
12 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
13 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Livros com RUM com Mário Cláudio - Rádio Universitária do Minho
13 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Visita Guiada “O tempo das mulheres”, de Alfredo Cunha
15 de agosto
11h00 | Agora Pergunto Eu! com Gabriel Simão Soares & JAS – zet gallery
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 |Conversa d’Artista com Francisco Vidal – zet gallery
16 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Venha quem vier por bem, Ensemble e Instrumental - Conservatório de Braga Calouste Gulbenkian
17 de agosto
18h00 | Vídeo d’Artista com Ana Maria pintora – zet gallery
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
18 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Livros com RUM com Laura Ferreira dos Santos - Rádio Universitária do Minho
19 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
20 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 |Livros com RUM com Manuel Alegre - Rádio Universitária do Minho
21 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 |Tertúlia, Processos de Criação Artística com José Luandino Vieira, Alberto Péssimo, Rui Madeira e Paulo Bragança. Moderador Dr. Nuno Higino – Companhia de Teatro de Braga
22 de agosto
11h00 |Agora pergunto eu! com Camila de Campos & Ana Pais Oliveira – zet gallery
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
23 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Ao Som de Trombones - Compilação de alunos do 1º ciclo - Classe de Trombone, Acompanhamento de Piano - Conservatório de Braga Calouste Gulbenkian
24 de agosto
18h00 | Vídeo de Artista com Rafael Oliveira – zet gallery
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
25 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Livros com RUM com Filipa Leal - Rádio Universitária do Minho
26 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
27 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Livros com Rum com Luísa Costa Gomes - Rádio Universitária do Minho
28 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
29 de agosto
11h00 | Agora pergunto eu! Ava Costa & Elisa Costa - zet gallery
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
30 de agosto
21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga
21h30 | Serenata Orquestra de Cordas - Conservatório de Braga Calouste Gulbenkian
31 de agosto

21h00 | CTB: 40 anos - 40 textos - Companhia de Teatro de Braga

CAMPOS MULTIDESPORTIVOS DE SÃO PEDRO DE MOEL

Investimento de 75 mil euros

A Câmara Municipal da Marinha Grande encontra-se a finalizar a obra para a criação de um espaço desportivo multifuncional em São Pedro de Moel, versátil, seguro e apelativo.

Aproveitando as estruturas pré-existentes dos dois campos de ténis, foi implementado um campo muitidesportivo e reabilitado um dos campos de ténis. Os campos deverão ficar preparados para a prática de diferentes modalidades desportivas e contemplar as respetivas balizas e tabelas bem como as necessárias marcações desportivas no pavimento.

Com estas obras visa-se dotar São Pedro de Moel de um espaço multidesporto por excelência e garantir o conforto dos utilizadores e a complementaridade entre as áreas de recreio/ jogo ativo e a sua envolvente direta, salvaguardando zonas destinadas a aquecimento, prática desportiva informal ou até assistência aos jogos.

CIÚME – Poema e declamação de Euclides Cavaco


Há diversas formas de ciúme, mas neste poema verso sobre o diabólico sentimento que se gera entre pessoas que se amam.
Aqui o partilho neste video do talentoso amigo Afonso Brandão.

Euclides Cavaco

www.euclidescavaco.com 

Ondas de areia gigantes em movimento no planeta Marte observadas pela primeira vez


Pela primeira vez, uma equipa internacional de cientistas planetários, que inclui David Vaz, do Centro de Investigação da Terra e do Espaço da Universidade de Coimbra (CITEUC), observou o movimento de ondas gigantes de areia, designadas megaripples (“megaondulações”), no planeta Marte.

Esta descoberta, resultado de cerca de uma década de observações (entre 2007 e 2016), assume particular relevância, uma vez que, até agora, se pensava que estas estruturas - por serem constituídas por partículas de areia mais grossa - não estariam ativas (o vento atualmente não conseguiria fazer mover estas partículas). «Como não existiam evidências de que se movimentavam, acreditava-se que seriam "relíquias" da atividade de ventos mais fortes que terão existido no passado em Marte. No entanto, as nossas observações são bastante conclusivas e contrariam esta visão, ou seja, as megaripples em Marte estão definitivamente ativas», explica David Vaz.

Para chegar a esta conclusão, de que afinal as “megaondulações” movem-se pelo planeta vermelho, embora lentamente (cerca de 10 centímetros por ano), a equipa liderada por Simone Silvestro, do INAF-Osservatorio Astronomico di Capodimonte (Itália), analisou mais de um milhar destas estruturas sedimentares, utilizando imagens de alta resolução adquiridas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, em duas regiões de Marte: cratera McLaughlin e Nili Fossae.

A participação do investigador do CITEUC nesta descoberta centrou-se no «processamento das imagens da superfície obtidas pela sonda e na aplicação de várias técnicas, desenvolvidas anteriormente, que permitem medir com grande precisão os fluxos de sedimentos (velocidade de transporte e quantidade de sedimentos transportados por ação do vento) na superfície de Marte».

«Neste estudo foi particularmente importante medir a velocidade e o modo como as megaripples, um tipo específico de ondulações que se formam pelo transporte de sedimentos devido à ação do vento, se deslocaram durante um intervalo de tempo de quase 10 anos terrestres», sublinha.

David Vaz contribuiu também com um conjunto de medições de velocidade de migração e fluxos sedimentares para dunas de outras regiões de Marte, «que serviram para enquadrar e explicar as observações feitas nas duas áreas em que o estudo se foca», tendo participado ainda nos trabalhos de campo que decorreram no deserto marroquino em 2017 e 2019, onde se estudaram «megaripples terrestres. Este trabalho, no fundo, serviu de preparação e de inspiração para as descobertas que fizemos posteriormente em Marte». Isto porque o fenómeno observado em Marte também se regista na Terra, embora a escalas e velocidades muito diferentes.

Ainda de acordo com David Vaz, doutorado em Geologia pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), este estudo «é importante porque demonstra, pela primeira vez, que estas estruturas sedimentares (megaripples) estão ativas, e que o vento na superfície marciana será suficientemente forte para movimentar partículas de maiores dimensões, ou seja, esta descoberta vem confirmar que Marte é um planeta bastante ativo do ponto de vista geológico, mesmo que a velocidades muito menores do que na Terra, os processos geológicos continuam a moldar a superfície do planeta».

A equipa, que integra ainda cientistas da Università degli Studi “Gabriele d'Annunzio” (Itália), Lunar and Planetary Laboratory, University of Arizona (USA), Planetary Science Institute (USA) e Ben‐Gurion University of the Negev (Israel), pretende agora estender a investigação de megaripples a todo o planeta Marte.

O estudo, publicado recentemente no Journal of Geophysical Research: Planets, foi destacado e comentado na Science na última semana. O vídeo com exemplos do movimento das dunas e megaripples está disponível em:

Cristina Pinto

Na presente pandemia, a mão de Deus castiga?

Jesus Cristo expulsa os vendilhões do Templo – Giotto di Bondone, séc. XIV. Capella degli Scrovegni, Pádua.

  • Luiz Sérgio Solimeo
Para alguns altos prelados, Deus jamais castiga. Dizer que o flagelo da atual pandemia possa ser um castigo divino seria, para eles, uma coisa pagã. Foi o que declarou em recente entrevista Dom Mario Delpini, atual sucessor de São Carlos Borromeu na arquidiocese de Milão. O repórter perguntou-lhe se “devemos implorar a Deus por socorro porque, como dizem alguns pregadores, é Ele quem envia o flagelo do vírus”. A resposta do arcebispo foi surpreendente: “Essas são teorias sobre Deus, que eu não sei de onde veem, e que não compartilho. A oração agora não pretende pedir a Deus que remova um castigo que Ele mesmo enviou; nós não temos um Deus irado que deve ser acalmado. Para mim, isso parece uma concepção muito pagã”.1
O Cardeal Antônio Marto, bispo de Leiria-Fátima, Portugal, se pronunciou do mesmo modo. Questionado se concordava com os padres, e mesmo cardeais, que alegavam ser o coronavírus um castigo de Deus, ele respondeu, em flagrante contraste com a mensagem de Fátima: “Isso não é cristão. Só o diz quem não tem na sua mente ou no seu coração, por ignorância, fanatismo sectário ou loucura, a verdadeira imagem de Deus Amor e Misericórdia revelada em Cristo”.2
Outro prelado, o Cardeal Blase Cupich, arcebispo de Chicago, também parece dar pouco valor à oração durante uma pandemia. Com relação ao desejo de alguns fiéis, de que as missas sejam permitidas aos fiéis nas igrejas, ele comentou: “Religião não é mágica, onde apenas fazemos orações e pensamos que as coisas vão mudar. Deus nos deu um cérebro e o dom da inteligência, e temos que usá-los neste momento”.3
O Pe. Raniero Cantalamessa, OFMCap. [foto abaixo], Pregador da Casa Pontifícia desde 1980, também negou, em sermão na noite da Sexta-Feira Santa na Basílica de São Pedro vazia, que a atual pandemia pudesse ser um castigo de Deus: “Deus é nosso aliado, não o aliado do vírus! […] Se esses flagelos fossem castigos de Deus, seria inexplicável, por que eles atingem bons e maus; e porque, geralmente, os pobres sofrem as maiores consequências. São eles mais pecadores que outros?”.4
Não existem razões para uma punição?
Como podem esses eclesiásticos ter tanta certeza de que a pandemia de coronavírus não é uma manifestação da ira de Deus, pelos muitos pecados hodiernos? E certeza também de que não é um castigo ou um aviso de Deus?
A apostasia impressionante da sociedade moderna, em relação à verdade do Evangelho, leva muitos a se perguntarem se Deus não está enviando uma mensagem à humanidade por meio do coronavírus. Ele poderia estar dizendo: “Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Reanima, pois, o teu zelo e arrepende-te” (Apoc. 3,19).5
Poderia Deus estar mostrando Seu supremo descontentamento com a amoralidade, a libertinagem, a perda de fé e o pecado hoje reinantes?
Se considerarmos apenas o aborto voluntário, por exemplo, não poderia a pandemia ser um castigo divino pelo sangue de milhões de vítimas inocentes, que sobe ao Céu clamando a Deus por justiça? “Eles derramaram o sangue dos santos como água ao redor de Jerusalém. E não houve quem os sepultasse. Vinga, ó Senhor, o sangue dos Teus santos, que foi derramado sobre a terra”.6
As declarações dos eclesiásticos acima mencionados resultam de uma falsa noção da misericórdia e justiça divinas, e estão em contradição com a doutrina católica e a Tradição. Por isso parece oportuno relembrar alguns pontos doutrinários e responder a algumas objeções.
● “Se a pandemia de coronavírus pode ser explicada cientificamente, não pode ser uma intervenção divina”.
Esta é a objeção usual à intervenção de Deus. Se a ciência pode explicar a natureza e as consequências do coronavírus (SARS-Cov-2), não haveria necessidade de considerar a intervenção divina. Entretanto, embora a ciência positiva possa explicar a mecânica dos desastres naturais, ela não explica seu significado transcendente.
Excluir qualquer intenção divina nos eventos, seria negar que “todas as coisas, na medida em que participam da existência, devem igualmente estar sujeitas à providência divina”.7 Caso contrário, Deus teria feito a criação sem fim e propósito, portanto não seria sábio; ou então Ele seria incapaz de intervir em sua própria criação, portanto não seria onipotente. Mas isso equivaleria a negar sua existência, pois a simples possibilidade de um Deus imperfeito contradiz a própria noção de Deus. Ou Ele é um Ser absolutamente perfeito, ou o próprio conceito de Deus não faz sentido.
Toda a Criação está sob o poder do governo divino, e sujeita aos sábios desígnios de Deus. [Foto: Frederico Viotti / Vitral da igreja de São Sulpício, Fougeres (França)].
Nada na criação escapa ao governo de Deus
De fato, Deus não apenas criou todos os seres por meio de um ato soberano de sua divina Vontade, mas os sustenta na existência e os guia para o fim para o qual os criou, a saber, Sua glória extrínseca, sem entretanto tirar a liberdade das criaturas racionais. Em outras palavras, toda a Criação está sob o poder do governo divino, e sujeita aos sábios desígnios de Deus. Como ensina São Tomás de Aquino:
“Deus é governador e causa dos seres; pois a Ele pertence produzi-los e dar-lhes a perfeição, o que tudo é próprio de quem governa. Ora, Deus é, não a causa particular de um gênero de seres, mas a causa universal, da totalidade dos seres. Por onde, assim como nada pode existir sem ser criado por Deus, assim também nada há que lhe possa escapar ao governo. […] Por onde, como nada pode haver que não se ordene à bondade divina como fim, segundo do sobredito se colhe, impossível é a qualquer ser subtrair-se ao governo divino”.8
São Tomás explica ainda que, embora esse governo divino seja direto e imediato do ponto de vista do desígnio, isso não significa que Deus não possa usar meios secundários para a execução final de seus planos. Consequentemente, Ele pode usar os anjos ou até homens para intervir na História. Ele pode usar as forças naturais e as leis físicas, que são derivadas da natureza dos seres quando Ele os criou, e seus relacionamentos entre si.9
No entanto, apenas porque Deus normalmente se utiliza dessas causas secundárias para executar seus planos, isso não significa que Ele não esteja direcionando, de maneira superior, todas as coisas para o seu verdadeiro propósito, que é a sua glória. Deus geralmente age na História sem suspender as leis da natureza, mas orientando-as na obtenção de resultados específicos. Por exemplo, quando o Profeta Elias orou pedindo pela chuva em Israel, que estava sofrendo com uma seca terrível, Deus fez com que muitas nuvens se juntassem e chovesse fortemente (1 Reis 18, 41-45). Em outras ocasiões Ele suspendeu as leis da natureza, como, por exemplo, quando os israelitas cruzaram o Mar Vermelho (Ex 14, 16).
De fato, a perfeição absoluta de Deus exige que Ele aja continuamente na História. Isto é abundantemente confirmado pelas Sagradas Escrituras e pelos escritos dos Padres e Doutores da Igreja. Portanto, ao analisar a atual catástrofe, o governo de Deus no mundo deve ser levado em consideração.
● “Deus é a própria bondade, portanto, jamais castiga os homens”.
Esta é outra objeção comum ao castigo divino. No entanto, se levada à sua consequência lógica e última, negaria o dogma da existência do inferno.
Visto que Deus é o Ser absolutamente perfeito e a causa de toda perfeição, Ele deve ter em Si todas as perfeições possíveis.10 Assim, Ele não é apenas infinitamente bom e misericordioso, mas também infinitamente justo.
Deus reserva a recompensa ou o castigo final e definitivo para a outra vida, como pode ser visto na parábola do trigo e do joio (Mt 13, 24-30). Mas Ele também castiga nesta Terra. Esta verdade é formalmente encontrada nas Sagradas Escrituras. Alguns exemplos são as pragas do Egito (Ex 7-8), o dilúvio (Gen. 6-8), a destruição de Sodoma e Gomorra (Gen. 19) e a destruição de Jerusalém (Mt 24, 1-2).
Deus julga e castiga os homens, e cada um individualmente
Adicionar legendaEstátua de Carlos Magno. São Paulo afirma que a “autoridade [terrena] está a serviço de Deus, […] não é sem razão que leva a espada: é ministro de Deus, para fazer justiça e para
exercer a ira contra aquele que pratica o mal” (Rom. 13, 4).
Além disso, São Paulo afirma que a “autoridade [terrena] está a serviço de Deus, […] não é sem razão que leva a espada: é ministro de Deus, para fazer justiça e para exercer a ira contra aquele que pratica o mal” (Rom. 13, 4). Mas, como é evidente, nenhuma autoridade humana poderia ser um ministro ou agente da justiça divina, se o próprio Deus não aplicasse o castigo terrestre.
Segundo o Apóstolo, o homem não pode escapar à justiça divina, seja nesta vida ou na próxima: “Tu, ó homem […] pensas que escaparás ao juízo de Deus? […] Mas, pela tua obstinação e coração impenitente, vais acumulando ira contra ti, para o dia da cólera e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, buscam a glória, a honra e a imortalidade; mas ira e indignação aos contumazes, rebeldes à verdade e seguidores do mal” (Rom. 2, 2-8).
Deus é misericordioso. Mas “sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem” (Lc 1, 50), proclama a Santíssima Virgem no Magnificat.
● “Como a calamidade afetou tanto os bons quanto os maus, não pode ser um castigo divino — Deus jamais castigaria o bom”.
Para tratar adequadamente desta objeção, cumpre primeiro relembrar alguns ensinamentos básicos de nossa Fé católica:
a — Deus é o Senhor da vida: a Ele devemos nossa existência; e, assim como Ele livremente nos deu vida, é livre para no-la tirar. Não há injustiça quando Ele o faz, independentemente do estágio da vida, seja a de um bebê, de uma criança, de um adulto em pleno vigor, ou de alguém que atingiu a venerável velhice.
b — A vida e a felicidade eternas, não as terrenas, são nossos objetivos finais: além do mais, nossa vida terrena e a felicidade não são fins em si mesmas. Elas não são a principal razão de nossa existência. São o caminho, o meio para alcançarmos a vida eterna, que é nosso verdadeiro objetivo. Assim, São Paulo nos lembra: “Nós, porém, somos cidadãos dos céus” (Fip. 3, 20). O modo de agir de Deus se torna incompreensível quando perdemos de vista a vida eterna e a felicidade celestial.
c — Deus pune o pecado coletivo coletivamente: quando o pecado se generaliza e é grandemente tolerado, ou cometido por indivíduos muito representativos, ele compromete toda a família, a cidade, a região, a nação, e mesmo épocas históricas. Essa dimensão coletiva torna o pecado particularmente grave e ofensivo a Deus, trazendo como resultado o castigo divino também coletivo. Os bons e os maus sofrem: os primeiros, para se tornarem mais perfeitos; os segundos, como castigo por suas faltas e convite à conversão.
O vulcão Galeras ameaça com a sua erupção a cidade de Pasto, no sul da Colômbia. Foram feitas procissões pedindo a Deus que poupasse a cidade do castigo.
Santo Agostinho explica o castigo coletivo
O grande Santo Agostinho, bispo de Hipona, Doutor e Padre da Igreja, viveu durante as invasões bárbaras que provocaram a queda do Império Romano do Ocidente. De fato, os vândalos estavam assaltando as muralhas da sua cidade quando ele morreu.
Durante esse período conturbado, os romanos pagãos culparam a Igreja pelo colapso do Império e da Civilização. Argumentavam eles que, se o Império não se tivesse tornado cristão, Júpiter e os outros deuses de Roma o teriam salvo da destruição. Acrescentavam ainda que o Deus dos cristãos não era nenhum deus, pois não os havia poupado dos bárbaros.
Santo Agostinho escreveu o livro “A Cidade de Deus” para defender a Igreja e fortalecer a fé nos corações. Nessa sua obra-prima ele explica o motivo dos castigos coletivos. Seu raciocínio pode ser resumido da seguinte forma:
1 — Como as nações como tais não passam para a vida eterna, elas são recompensadas ou castigadas nesta vida pelo bem ou pelo mal que praticam. Os bons e os maus sentem os efeitos da recompensa e do castigo.11
2 — Quanto aos bons, o castigo purifica neles o amor a Deus. Pode até levá-los das tribulações desta vida para a vida eternamente feliz do Céu. “Os bons têm ainda outra razão para sofrer os males temporais. É a mesma de Job: que o homem submeta o seu próprio espírito à prova, e comprove e conheça com que grau de piedade e com que desinteresse ama a Deus”.12
3 — Por outro lado, com frequência os bons são justamente castigados pelo egoísmo, falta de coragem e de zelo apostólico, que os impede de apontar para os maus o desacerto de seus caminhos: “Receiam pôr em perigo e perder a sua integridade e reputação, […] se comprazem nas adulações e temem a opinião pública, os tormentos da carne ou da morte, isto é, por causa dos grilhões de certas paixões e não por causa do dever de caridade”.13
4 — Quanto aos maus, eles são castigados pela “divina Providência que costuma, com guerras, purificar e castigar os costumes corrompidos dos homens”.14
Este é também o ensinamento de Santo Tomás, que afirma: “Justiça e misericórdia aparecem no castigo dos justos neste mundo, uma vez que pelas aflições são limpos de falhas menores, e eles são mais elevados das afeições terrenas a Deus. Da mesma forma, São Gregório diz: ‘Os males que nos pressionam neste mundo nos forçam a ir a Deus’”.15
Nossa Senhora de Fátima: uma advertência profética e maternal
Em 1917, Maria Santíssima apareceu em Fátima para advertir que, se o mundo não se convertesse e não fizesse penitência, seria castigado: “Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. […] Espalhará [a Rússia] seus erros pelo mundo […]; os bons serão martirizados, […] várias nações serão aniquiladas”.16
Independentemente de as causas da pandemia de coronavírus serem naturais ou provocadas pelo homem, não podemos excluir os sábios e insondáveis desígnios da Divina Providência. Pelo contrário, por todas as razões expostas acima, e de maneira particular pela mensagem de Nossa Senhora em Fátima, parece-nos que a prudência exige que consideremos com seriedade a possibilidade de que Deus esteja nos advertindo de nossas falhas e nos conclamando ao arrependimento.
Deus não quer a morte do pecador, mas a sua conversão.17 No entanto, se o mundo não atender ao chamado de conversão de Nossa Senhora, não ficaremos surpresos se tragédias ainda piores afligirem o mundo — a aniquilação de nações inteiras, por exemplo, como mencionado por Ela em Fátima.
Seja qual for o futuro que nos é reservado, devemos sempre lembrar que Nossa Senhora também predisse em Fátima a conversão definitiva da humanidade e sua vitória: “Por fim, meu Imaculado Coração triunfará!”.
Que a série de catástrofes que caíram sobre o nosso País e o mundo nos ajude a levar a sério o chamado maternal de conversão feito por Nossa Senhora, pois existe esta promessa divina: “Sê fiel até a morte, e te darei a coroa da vida” (Apoc. 2, 10).
ABIM
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Notas:
* Este artigo encontra-se disponível em inglês no link: https://www.tfp.org/is-the-voice-of-god-resounding-in-the-present-pandemic/
  1. Salvatore Cernuzio, “Delpini: Da Pagani Pensare a um Dio Che Manda Flagelli. A Milano Chiese Chiuse Mai ‘”, La Stampa, 16 de março de 2020, https://www.lastampa.it/vatican-insider/it/2020/03/16/news/delpini-da-pagani-pensare-a -un-dio-che-manda-flagelli-a-milano-chiese-chiuse-mai-1.38600147 . (Nossa ênfase).
  2. João Francisco Gomes, “’Ignorância, Fanatismo ou Loucura.’ Cardeal António Marto Crítica Quem Diz Que Pandemia É Castigo de Deus”, Observador, 15 de abril de 2020, https://observador.pt/2020/04/15 / ignorancia-fanatismo-ou-loucura-cardeal-antonio-marto-critica-quem-diz-que-pandemia-e-castigo-de-deus /
  3. Bernie Tafoya, “Cardinal Cupich Prepares For A First-Of-Its-Kind Easter Amid Coronavirus,” WBBM780.radio.com, Apr. 9, 2020, https://wbbm780.radio.com/articles/cardinal-cupich-prepares-for-a-first-of-its-kind-easter.
  4.  Notícias do Vaticano, “O Papa celebra a paixão do Senhor, como o pregador papal reflete na pandemia de Covid-19”, Vatican News, 10 de abril de 2020, https://www.vaticannews.va/en/pope/news/2020 -04 / papa-francis-paixão-do-senhor-cantalamessa-sermon-coronavirus.html.
  5. As citações bíblicas são da Biblia Ave Maria.
  6. Adaptação do Salmo 78: 3, 9–10, Tracto da Missa dos Santos Inocentes, Mártires, (dia da festa 28 de dezembro) antigo missal romano latino.
  7. São Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 22, a. 2c.
  8. Ibid., Q. 103, a. 5.
  9. Ver Idem, Ibid., a. 6.
  10. Assim, Santo Tomás diz: “Visto que Deus é a causa primeira e eficaz das coisas, as perfeições de todas as coisas devem preexistir em Deus de uma maneira mais eminente”. (I, q. 4 a. 2).
  11. Ver A. Rascol, s.v. “Providence, S. Augustin”, em Vacant-Magenot-Amann, Dictionnaire de Théologie Catholique (Paris: Letouzey et Ané, 1936), vol. 13, col. 963.
  12. Santo Agostinho, A Cidade de Deus, livro I, cap. IX. Tradução de J. Dias Pereira. 2.a Edição. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 1996, p. 124.
  13. Ibid.
  14. Ibid., Cap. 1.
  15. São Tomás, Summa Theologica, I, q. 21, a. 4.
  16. Antonio Augusto Borelli Machado, As aparições e a mensagem de Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia, Editora Vera Cruz Ltda., 35ª edição, São Paulo, 1993, pp. 46-47.
  17. Terei eu prazer com a morte do malvado? – oráculo do Senhor Javé –. Não desejo eu, antes, que ele mude de proceder e viva?” Ezequiel 18:23.