segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Infarmed ordena retirada do mercado do creme “D’Aveia Regenerador de Mamilos”

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SAPO24
O Infarmed ordenou hoje a retirada do mercado do produto cosmético "D'Aveia Regenerador de Mamilos", por ter um conservante proibido desde 2015 para este tipo de produtos, que pode colocar em risco a saúde.
A Autoridade Nacional do Medicamento refere num comunicado publicado no seu ‘site’ que constatou, no âmbito das suas atividades, que o produto cosmético “D´Aveia Regenerador de Mamilos" contém na sua composição o conservante Triclosan, cuja utilização para este tipo de produto cosmético se encontra proibida desde 30 de Julho de 2015, de acordo com o disposto no Regulamento da União Europeia.
“Atendendo a que o uso deste produto pode colocar em risco a saúde humana”, o Infarmed ordena “a suspensão imediata da comercialização e a retirada do mercado de todas as unidades” deste produto.
A autoridade do medicamento adverte as entidades que dispõem de unidades deste produto que não os podem disponibilizar, devendo proceder à sua devolução.
Recomenda ainda aos consumidores que possuam este creme, fabricado pela empresa Dermoteca para não o utilizar.
Lusa

Évora | Cromeleque dos Almendres com gestão pública municipal

A Câmara Municipal de Évora e o proprietário da Herdade dos Almendres, local onde se situa o Cromeleque dos Almendres, classificado como imóvel de interesse público, assinaram esta sexta-feira, dia 13 de Setembro, o Contrato de Comodato que permitirá ao município assumir a responsabilidade pela gestão deste importante monumento megalítico.

Assinado no local como forma de valorizar ainda mais o ato, o Contrato de Comodato agora rubricado pelo Presidente da Câmara Municipal, Carlos Pinto de Sá e pelo Sr. José Manuel Neves Rufino, a que assistiram o vereador Eduardo Luciano e os filhos do proprietário, possibilitará à autarquia proceder a intervenções com vista à salvaguarda e manutenção do estado de conservação do Cromeleque dos Almendres.

O Cromeleque dos Almendres é um sítio arqueológico composto por diversas estruturas megalíticas: cromeleque, menir e pedras. O cromeleque foi descoberto pelo investigador Henrique Leonor Pina, em 1964, quando se procedia ao levantamento da Carta Geológica de Portugal. Abrangendo uma larga faixa cronológica, desde o Neolítico Médio até à Idade do Ferro – isto é, desde finais do 6.º até inícios do 3.º milénio a. C. –, este sítio apresenta, entre outros elementos, um cromeleque de planta circular irregular, composto por comprimento de 95 monólitos graníticos colocados em pequenos agrupamentos numa área de, aproximadamente, 70x40 metros.

Trata-se de um sítio cultual com forte carga mágico-simbólica, que denuncia um exemplo singular de reutilização de um mesmo espaço sacralizado ao longo dos tempos. Reflete, também por isso, as próprias transformações económicas, sociais e ideológicas ocorridas nesta larguíssima faixa temporal e neste que é considerado, até ao momento, o maior conjunto de menires estruturados da nossa península, e um dos mais relevantes do megalitismo europeu.

Este momento de particular importância para a defesa do património, foi possível graças ao empenho de todos os intervenientes, que ao longo dos anos garantiram a preservação do espaço e à relação de confiança mútua construída ao longo de todo o processo negocial.

A Câmara Municipal agradece à família proprietária da Herdade, à Junta de Freguesia e a todos os cidadãos que ao longo dos anos de forma empenhada se mobilizaram no estudo, promoção e defesa deste importante património do concelho.


MUNICÍPIO DA COVILHÃ LANÇA CONCURSO PARA IDENTIDADE GRÁFICA DO TEATRO


O Município da Covilhã apresentou, no passado dia 13 de setembro, o concurso para a conceção da identidade gráfica do Teatro Municipal da Covilhã, numa conferência de imprensa realizada no âmbito de uma visita às obras que decorrem no emblemático edifício. 

Vítor Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, acompanhado pela Vereadora Regina Gouveia, referiu que este Concurso tem como objetivo o desenvolvimento de uma proposta criativa de identidade gráfica do Teatro, para utilização nos mais variados contextos no plano institucional, promocional e comunicacional. 

O Teatro Municipal da Covilhã, que vai integrar o futuro Centro de Inovação Cultural, será um espaço multifuncional, que conjuga a economia, a cultura, o conhecimento e a inovação, ao serviço do desenvolvimento da cidade e da região. Vítor Pereira afirma o desejo de que esta estrutura seja o “polo dinamizador da cidade e da região, por via do fluxo cultural que potenciará e pelas sinergias que irá criar”. 
Quanto ao Concurso, procura-se a criação de uma identidade gráfica – símbolo e logótipo - contemporânea, de fácil apreensão e leitura e passível de aplicação em diferentes suportes para o Teatro Municipal. 

O Concurso é aberto a todos os cidadãos de nacionalidade portuguesa ou com residência em Portugal, a ateliers ou pessoas singulares, podendo estas concorrer a título individual ou associadas em grupo. Os candidatos poderão apresentar apenas uma proposta a concurso. 

As propostas devem ser entregues em mão ou remetidas por correio, do dia 30 de setembro de 2019 até 29 de novembro de 2019, no seguinte horário: 9h30 – 12h30 e 14h00 – 17h30, na morada da Câmara Municipal da Covilhã, na Praça do Município, 6200-151 Covilhã. 

A análise e seleção realiza-se através de uma Comissão Técnica constituída por cinco elementos: um designer externo convidado, um membro do Executivo Municipal, um representante da consultoria artística do projeto do Teatro Municipal da Covilhã, um representante do meio artístico local e um representante da UBI. 

Os pedidos de esclarecimento podem ser dirigidos por escrito à Câmara Municipal da Covilhã, através do seguinte endereço de correio eletrónico: teatro.municipal@cm-covilha.pt. As Normas do Concurso e a Ficha de Inscrição podem ser encontradas em www.cm-covilha.pt.

Estarreja | OuTonalidades começa em Estarreja com os Prana

O café-concerto do CTE recebe quatro concertos: Prana, Luar da Namorosa, Moonshiners e Left


Com o regresso das férias, deixamos os primeiros bons motivos para sair de casa. O OuTonalidades - circuito português de música ao vivo que percorre o país de norte a sul, abre a nova temporada do Cine-Teatro de Estarreja (CTE).

A 23.ª edição arranca no dia 21 de setembro, sábado, e o café-concerto recebe os Prana. Miguel Lestre, João Ferreira e Diogo Leite apresentam o mais recente álbum “Ser Nenhum” composto por 13 novos temas cantados em português.

O segundo concerto chega em outubro, dia 18, com os Luar da Namorosa. Nove cantadores e instrumentistas sobem ao palco com novos caminhos do cante alentejano. Vão mostrar a sua interpretação contemporânea sobre a fusão do cante tradicional alentejano com outras géneros musicais como o jazz.

Os aveirenses Moonshiners, constituídos por Gamblin' Sam (voz e harmónica), Susie Filipe (bateria) e Vítor Hugo (voz e guitarra) atuam no dia 1 de novembro. Sob a alçada de influências tão distintas como Bob Dylan e Morphine, a sua música destaca-se pelas harmónicas estridentes e riffs explosivos. Tudo isto com a participação de Bruno Barreto (baixo), Gabriel Neves (saxofone) e Carlos Lázaro (teclados).

Left (a nova forma de Antony Left) é um dos segredos mais bem guardados da pop nacional. Neste concerto, dia 21 de dezembro, dará a conhecer uma nova viagem com o trabalho “Perspective”. O álbum surge como uma justificação para explorar e misturar diferentes sonoridades e ideias, recusando-se a estagnar numa só perspetiva.

Os concertos têm sempre início às 22h00 e os bilhetes têm um preço de três euros, sendo a entrada gratuita para os detentores de Cartão Amigo, Cartão Sénior e Cartão Jovem Municipal.

O circuito “Outonalidades” é coordenado pela d’Orfeu Associação Cultural em colaboração direta com inúmeros parceiros (municípios, teatros e associações), na consolidação de uma grande rede de programação que dá palco a músicos e a músicas de todos os estilos. Nesta já longa parceria do Município de Estarreja com a d’Orfeu, serão grandes noites de outono no café-concerto do Cine-Teatro.

Daniela Couto

Alvaiázere | Abertas as inscrições para o Trail do Chícharo


No próximo dia 5 de outubro vai realizar-se mais uma edição do Trail do Chícharo, que este ano integra quatro opções para participação.
Assim, decorrerão três provas cronometradas:
  • O “Trail Kids” destinado a crianças com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos;
  • O Trail Curto, com uma extensão de 12 Km; e
  • O Trail Longo, que totalizará 21 Km.
Para além destas, haverá uma caminhada de 12 Km, aberta à participação de maiores de 12 anos (desde que acompanhados e devidamente autorizados pelos respetivos representantes legais).
Os preços para a participação são de €6,00 para o Trail Kids e caminhada, e de 10€ para o Trail Curto e Trail Longo, sendo que as inscrições são efetuadas no site do parceiro do evento, em http://www.prozis.com/trailchicharo19.
A participação, que inclui seguro de acidentes pessoais e de responsabilidade civil, dá ainda direito a reforços alimentares durante a prova, almoço volante constituído por sopa e bifana, e brindes vários, como t-shirt e prémio finisher, entre outros.
O levantamento de dorsais é feito no dia anterior à prova, entre as 17 e as 22 horas, e no próprio dia, a partir das 07:00, junto do secretariado localizado no Estádio Municipal, local de onde se iniciará a prova.
O Município de Alvaiázere convida a participar nesta prova, que pretende, acima de tudo, possibilitar o convívio entre todos os participantes, promover hábitos de vida saudáveis e dar a conhecer a beleza e singularidade do património natural e paisagístico do concelho de Alvaiázere.



Évora lidera projeto para tornar a cidade autossustentável e amiga do ambiente

A cidade de Évora, através da Câmara Municipal, irá liderar o projeto POCITYF (Positive Energy CITY Transformation Framework), na qualidade de cidade-lanterna, depois da Comissão Europeia ter dado “luz verde” a esta candidatura. O projeto POCITYF assenta em soluções SmartCity já testadas e validadas, às quais se acrescenta uma componente de inovação para o Centro Histórico, Horta das Figueiras/Zona industrial e Valverde.
A candidatura foi desenvolvida por um grupo alargado de trabalho, do qual fazem parte para além do município de Évora, a EDP, parceiros da área tecnológica sediados em Évora (Universidade de Évora, PACT, DECSIS), restante território Nacional (FCT-Universidade Nova, INESC-PORTO, UBIWHERE, SONAE) e parceiros internacionais (de Itália: Schneider Electric SPA; TEGOLA CANADESE SPA., de Espanha: ONYXSOLAR, e da Alemanha: AMPS Power GmbH).
Évora entrou no projeto POCITYF na qualidade de cidade- lanterna (cidade para as quais serão desenvolvidas, implementadas e monitorizadas as soluções do projeto), a par da cidade Holandesa de ALKMAAR, ao qual se juntaram as seguintes cidades seguidoras - que replicarão as soluções das cidades lanterna: Granada (Espanha), Bari (Ιtália), Celje (Eslovénia), Ujpest (Hungria), Ioannina (Grécia) e Hvidovre (Dinamarca).
A estratégia do projeto POCITYF foi desenvolvida em quatro Linhas de Transição Energética (LTE) de atuação complementares e multidisciplinares, com a integração de sistemas energéticos comercializados e inovadores, para tornar a cidade mais autossustentável e amiga do ambiente.
O projeto POCITYF tem a duração de 60 meses e um investimento total de 22,5M€ (destinado na sua maioria às duas cidades lanterna, Évora e Alkmaar). Évora irá beneficiar de um investimento de 9,8M€ (total dos parceiros que trabalharão para Évora), do qual 8,1M€ será financiamento entregue pela CE.
O Município de Évora irá receber da CE uma verba de 1,15M€, da qual se destina: 488m€ à subcontratação para a instalação de equipamentos a fornecer pelos parceiros; 414m€ a custos diretos com pessoal; 251m€ a outros custos indiretos e diretos.

A apresentação do POCITYF ocorrerá no próximo dia 19 de Setembro, pelas 10h30, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.


Politica | PS mais longe da maioria absoluta. PSD recupera… mas pouco

É o primeiro recuo nas intenções de voto desde abril deste ano. Em setembro o PS viu encurtar-se a distância face ao PSD. O aumento do número de indecisos, sobretudo na área socialista, ajuda a explicar este resultado.
Se as eleições fossem hoje, em que votaria? A pergunta que nos últimos meses foi acumulando cada vez mais intenções de voto no Partido Socialista, em setembro, parece ter sido de resposta mais difícil. O número de indecisos que respondeu ao inquérito da Pitagórica para a TSF e para o JN disparou de agosto para setembro (de 19,6% para 28,4%) e isso parece ter afetado sobretudo as intenções de voto no PS.
Assim, este mês, o Partido Socialista liderado por António Costa recolhe 39,2% das intenções de voto. É um trambolhão de 4,4 pontos percentuais (pp) face ao mês anterior. Em sentido inverso, o PSD de Rui Rio recupera 2,9 pp, para 23,3% dos inquiridos que parecem agora disponíveis para votar nos sociais-democratas. A distância entre estes dois partidos - que pode ser determinante para uma eventual maioria absoluta - é agora de 15,9 pontos.
Quem não mexe é o Bloco de Esquerda que continua com 10% de intenções de voto, rigorosamente a mesma percentagem que tinha em agosto. Mas vê a distância face ao quarto "classificado", a CDU, estreitar-se. A Coligação Democrática Unitária sobe mais de um ponto em setembro para 7,7% e consegue, com isso, o melhor resultado desde abril.
Quem também recupera, ainda que muito ligeiramente, é o CDS de Assunção Cristas. Este mês, os centristas alcançam 5,6% das intenções de voto, recuperando sete décimas face a agosto. E conseguem, com isso, distanciar-se um pouco mais do PAN, que estagnou nos 3,2%. O mesmo acontece ao Aliança de Pedro Santana Lopes: estabilizou em 1,5%, exatamente o mesmo resultado que tinha alcançado no mês anterior.
A surpresa em setembro é o Livre. O partido que tem como cabeça de lista Joacine Katar Moreira, consegue 0,9% das intenções de voto, mais três décimas face a agosto.

Rio só ganha no Porto

É a cidade que o viu nascer, foi lá que foi autarca e é por lá que se candidata como número dois da lista do PSD. Será, por isso, natural, que Rui Rio tenha no grande Porto (23,4%) mais intenções de voto do que António Costa (22,1%). Mas é, na verdade, caso único. O secretário-geral do PS "vence" em todas as outras regiões do país.
No caso do Livre, que este mês surge com possibilidades de eleger o seu primeiro deputado, não é em Lisboa - por onde se candidata Joacine Katar Moreira - que o partido recolhe mais intenções de voto, mas antes no centro do país e no grande Porto.
Na caracterização dos indecisos, em setembro, a sondagem da Pitagórica mostra que são sobretudo mulheres, eleitores com idades entre os 18 e os 24 anos e entre os 45 e os 54. Classe A e B e habitantes do centro do país e das ilhas.

É ao PSD que o PS rouba mais votos

No exercício de comparação com as eleições legislativas de 2015, é possível perceber que a transferência de votos para o PS está a ser feita, sobretudo, à custa do eleitorado do PSD, com algum contributo do eleitorado da CDU, mas quase nada à custa do Bloco de Esquerda.
No caso do PSD, também parece haver alguma transferência de votos do PS, mas para onde os socialistas parecem estar a perder a maior fatia de eleitorado é mesmo para o Bloco de Esquerda.

Ficha técnica

A Sondagem foi realizada pela Pitagórica para a TSF e o JN com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com Eleições Legislativas.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 9 e 12 de setembro, foram recolhidas 605 entrevistas telefónicas a que corresponde uma margem de erro máxima de +/-4,07% para um nível de confiança de 95,5%.
A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores Portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. A Taxa de resposta foi de 64,02% e a direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa pode ser consultada online na Entidade Reguladora da Comunicação Social
TSF

Mundo | Na Argentina, renovada atração por prédios com cúpulas


Buenos Aires é conhecida como “cidade das 300 coberturas” em forma de cúpula (talvez sejam mais de duas mil). A modernidade as havia relegado ao desinteresse, mas atualmente fluxos de turistas as procuram, curiosos em saber “quem habita essas maravilhosas cúpulas”. 

Em número crescente, tocam a campainha do último andar de prédios para conhecer o morador de bom gosto, que se afasta da agitação para ficar mais próximo do céu e ouvir música clássica em refinados jantares. 
Essa procura de uma cobertura tipo “mil e uma noites” levou alguns proprietários a organizar tournées, cocktails e festas. 
A desenhista Alejandra Giraud esclarece: “São locais que seduzem. Têm mistério”. E um porteiro acrescenta: “O que atrai é sobretudo a hierarquia”.
ABIM

Saúde | 0 anos SNS. José Boavida: "Somos o país da UE com mais diabetes"


40 anos SNS. José Boavida: "Somos o país da UE com mais diabetes"

15/09/2019 10:24
Este domingo assinalam-se 40 anos da criação do Serviço Nacional de Saúde. Como era a saúde em 1979? Como está hoje? O i reuniu testemunhos que ajudam a recordar uma história que começa a desenhar-se antes do 25 de Abril e falam das preocupações do presente. Mais financiamento não chega, é preciso reformar um SNS que surgiu quando o país era jovem e a saúde era mais barata do que é hoje. 


“Quem vive os momentos históricos não tem bem noção de que está a vivê-los”, sorri José Manuel Boavida, endocrinologista e presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal. Eram tempos de entusiasmo. No arranque do SNS estava a fazer o Serviço Médico à Periferia em Castro Marim, em plena serra algarvia. Recorda que apesar das carências da população, havia algo de inovador nos centros de saúde de primeira geração que lamenta que, com o tempo, se tenha perdido. “Havia enormes bolsas de pobreza e as pessoas só iam ao médico numa situação de emergência. Naquela altura houve a preocupação de mostrar aquilo que os serviços médicos podiam oferecer. Fazíamos rastreios de diabetes em feiras, tínhamos oftalmologistas, pediatras, cardiologistas nos centros de saúde, o que era de uma atualidade extrema. Com a criação da especialidade de medicina geral e familiar perdeu-se um pouco esta dimensão e, durante uma vintena de anos, os centros de saúde tornaram-se mais um sítio onde as pessoas iam numa urgência, como iam aos hospitais. A vertente curativa tornou-se o centro da atividade e só nos últimos anos se voltou a discutir se os centros de saúde devem ter outros especialistas, se os médicos devem trabalhar em equipas multidisciplinares.”

Ao mesmo tempo, continua Boavida, criou-se uma separação entre hospitais e centros de saúde que, hoje, ainda não está minimamente resolvida. O médico recorda que uma das iniciativas que mais o marcaram enquanto dirigiu o Programa Nacional para a Diabetes foi a criação de unidades integradas de diabetes que juntavam médicos dos centros de saúde e dos hospitais. “As pessoas conheceram-se e perceberam que tinham as mesmas preocupações. Penso que é esse caminho que tem de ser cada vez mais trilhado”. A diminuição da mortalidade maternoinfantil foi um dos grandes sucessos do SNS, mas acredita que o envelhecimento da população pede que se reforcem as políticas noutras áreas e se combatam as assimetrias nos cuidados de saúde primários e os tempos de espera elevados para consultas de especialidade. 

Na diabetes, o cenário é preocupante, alerta, também porque reflete o atraso do sistema no acompanhamento dos problemas da população. “Há um texto da Organização Mundial da Saúde que diz que se queres saber como está a saúde no teu país, vê como tratam a diabetes. É uma doença que exige de tal maneira a participação das pessoas que obriga a que existam respostas de proximidade, profissionais motivados, recursos. É muito mais fácil os médicos prescreverem medicação do que alterarem hábitos de vida, fazer uma educação terapêutica e seguirem as pessoas para ver se esses novos hábitos se mantêm”, diz Boavida. “Não temos nenhum estudo de prevalência desde 2009, mas é natural que, hoje, a percentagem de população com diabetes se aproxime dos 15%. Somos o país da UE com mais diabetes e se isto em parte se deve ao envelhecimento e à obesidade, em particular obesidade infantil, em que Portugal tem ocupado lugares cimeiros, também resulta de não ter havido um trabalho continuado de prevenção e promoção de hábitos saudáveis. Em Portugal, ainda há hoje 1500 amputações. Pensar que a diabetes é a principal causa de insuficiência renal, de amputações, de diminuição de visão é algo que mostra como é necessário uma intervenção muito mais musculada. São problemas que hoje, claramente, já se podiam evitar.

Ovar | Quatro bombeiros da corporação de Ovar feridos em despiste a caminho de incêndio

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Quatro bombeiros da corporação de Ovar ficaram feridos, dois dos quais com gravidade, na sequência do despiste da viatura de combate de incêndios em que seguiam, disse à Lusa o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Aveiro.

Segundo a fonte, o acidente ocorreu pelas 13:40, nas imediações do quartel dos Bombeiros Voluntários de Ovar, encontrando-se no local vários meios de assistência, nomeadamente a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Santa Maria da Feira e ambulâncias da corporação de Ovar.

De acordo com a edição ‘online’ do Jornal de Notícias (JN), o despiste aconteceu "na rua Dr. Nunes da Silva, a cerca de 400 metros do quartel, quando os bombeiros se deslocavam para combater um reacendimento surgido na zona onde, dias antes, ocorreu um incêndio intenso".

Na sequência do despiste, o veículo colidiu contra uma árvore.

Lusa