domingo, 11 de novembro de 2018

Hora de Fecho: Do SOS à aterragem limpa. A história do Air Astana

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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
O avião em apuros em Lisboa conseguiu aterrar em segurança em Beja. Mas só à terceira tentativa. A primeira foi quase fatal. A hipótese de amaragem foi ponderada duas vezes, mas nunca foi tentada.
Já acabou a Convenção do Bloco de Esquerda, com Catarina Martins a diminuir um pouco a temperatura da discussão sobre se o BE já se está a preparar para entrar no Governo.
O que vem aí para o BE? As análises de José Manuel Fernandes, Alberto Gonçalves, Helena Matos, Alexandre Homem Cristo, Luís Aguiar-Conraria, Miguel Pinheiro, Pedro Benevides e Luís Rosa.
Em dois meses, aumentaram quase todos os números de investigados: agora há oito bispos, 105 sacerdotes, 5 diáconos, 29 religiosos (não sacerdotes), 10 leigos e 21 pessoas não identificadas.
O presidente de França advertiu contra o crescimento do nacionalismo, a que chamou "o oposto do patriotismo". Macron discursava nas celebrações dos 100 anos do fim da I Guerra Mundial.
Rui Rio anunciou este domingo seis medidas para o Orçamento do Estado de 2019. A primeira consiste em votar contra a "taxa de proteção civil" que António Costa quer aplicar em 2019.
Samuel Natário queria viajar de Lisboa para Londres pela Ryanair. Como é invisual tinha de estar acompanhado pelo cão-guia. Mas a companhia não deixou e Samuel ficou em terra.
A popularidade não é das melhores e há quem tema que seja um "rei ativista". Carlos faz 70 anos esta quarta-feira. Está próximo do seu destino mas nunca um herdeiro britânico esperou tanto tempo.
Poços de giz que descem até 40 metros abaixo do solo, narrativas de amantes poderosas e de artistas nos meandros do vinho. Viagem ao coração histórico de Champanhe, em França.
António Lobo Antunes parece querer dar uma nova pele à língua. O problema é que, de tão bem rotinada, a sua forma de narrar acaba por desvendar o seu lado técnico. 
Opinião

Alberto Gonçalves
Já chega que os eleitores brasileiros, americanos, ingleses, italianos ignorem os alertas da esquerda e façam o que lhes apetece. Não há direito que um jornal, para cúmulo português, repita a afronta.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Portugal não pode ser insensível a este drama humanitário: mais do que uma questão religiosa, é um caso de justiça e de respeito pelos mais elementares direitos humanos.
Rui Ramos
O radicalismo explora hoje o chamado “populismo” como um espantalho para eliminar a esquerda moderada. A lógica é esta: se Trump é um Hitler, o seu inimigo tem de ser Estaline.
Luís Campos e Cunha
Salazar não era revolucionário como o fascismo, era conservador. Era mesmo avesso ao progresso industrial, era reacionário, via a felicidade do povo na ruralidade: cada família com a sua junta de bois
José Miguel Pinto dos Santos
Não será que hoje se age, fala e se publicam tweets depressa demais? Se se toma uma decisão irrefletida e danosa, ao menos que haja coragem moral para se retificar o que houver a retificar. Ao menos.
MAGG

Catarina da Eira Ballestero
Um estudo da Showcase Cinemas juntos dos frequentadores das salas britânicas revela os 10 filmes preferidos desde 1988. Veja a lista.

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Avião em emergência aterrou em segurança no aeroporto de Beja

Embraer, da Air Astana, deverá ter seis tripulantes a bordo. Tinha estado a fazer manutenção nas oficinas de Alverca.
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DNOTICIAS.PT
Um avião que este domingo tinha declarado emergência no ar conseguiu aterrar em segurança no Aeroporto de Beja, apurou a Renascença.
A aterragem com sucesso só aconteceu à terceira tentativa, adiantou a mesma fonte.
O avião, um Embraer da Air Astana, descolou da pista de Alverca e terá seis tripulantes a bordo.
O avião registou problemas no painel de instrumentos e nos controlos de navegação.
Dois aviões F16 da Força Aérea Portuguesa descolaram da base área de Monte Real, em Lisboa, para fazer o acompanhamento de um avião que declarou emergência, segundo fonte daquela estrutura militar.
rr.sapo.pt

Rui Rio anuncia seis medidas para o OE2019 e a 1.ª é chumbar “novo imposto” da proteção civil

O líder do PSD anunciou hoje, na Póvoa de Varzim, seis medidas para o Orçamento do Estado de 2019 e a primeira é acabar com "a taxa de proteção civil", que classifica como "um novo imposto"
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"É um imperativo nacional parar com um novo imposto", declarou Rui Rio, durante o discurso de encerramento no XIV Congresso Nacional de Trabalhadores Social-Democratas (TSD), que decorreu esta manhã e início de tarde na Póvoa de Varzim.
No discurso de 38 minutos, Rui Rio afirmou que o PSD vai apresentar "várias propostas em sede do debate do Orçamento do Estado de 2019 e destacou seis propostas, sendo a primeira votar contra a taxa de proteção civil que o Governo de António Costa (PS) quer aplicar em 2019.
"Temos a maior carga fiscal de sempre em Portugal, mas apesar disso o Governo vai criar mais uma taxa de proteção civil e que na prática é um imposto. Mais um imposto e que vamos chamar de taxa de proteção civil. Há um momento de dizer basta. O desafio que eu faço é que tenham a coragem de chumbarem a criação do novo imposto", disse Rui Rio.
Lusa

POLÉMICA JOSÉ SILVANO | Quem são os deputados mais faltosos e que justificações dão?

"Trabalho político" é a justificação mais frequente para as faltas no Parlamento. Mas "doença", "força maior"e "assistência familiar" também constam. E desde setembro, até houve um "casamento".

Desde o início dos trabalhos plenários, a 19 de setembro, depois das férias parlamentares, houve 19 sessões e em todas elas se registaram faltas, a maior parte delas justificadas pelos deputados, como se pode conferir no registo de presenças.
Mas existem também faltas não justificadas, como aconteceu a 24 de outubro, uma das datas em que foi assinalada a presença do ausente José Silvano. Nesse dia, que agora já regista a falta do deputado do PSD, outros sete deputados tiveram falta e optaram por não justificar. Entre eles, cinco do PS: Ana Catarina Mendes, Carlos Pereira, Hugo Pires, João Soares e Tiago Barbosa Ribeiro. Três do PSD: além de José Silvano, Luís Campos Ferreira e Carlos Silva.
No capítulo das faltas justificadas, "a doença, o casamento, a maternidade e a paternidade, o luto, força maior, missão ou trabalho parlamentar e o trabalho político ou do partido a que o Deputado pertence, bem como a participação em atividades parlamentares" são consideradas justificações válidas e "em casos excecionais, as dificuldades de transporte podem ser consideradas como justificação de faltas".
O regime de Faltas dos Deputados estipula ainda que "a palavra do Deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais" para justificar a falta. Apenas "quando for invocado o motivo de doença, poderá ser exigido atestado médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana".

Trabalho político justifica quase tudo
12 de outubro, 13 das 16 das faltas registadas foram justificadas com "trabalho político". É a justificação mais invocada, sobretudo pelo PS (14), e pelo PSD (13), partidos com maior representação parlamentar, mas também com vários registos no CDS e no BE. O PCP tem apenas uma justificação de ausência por "trabalho político", os "Verdes" e o PAN não registam qualquer falta desde setembro.
No PS, o "trabalho político" impediu a Secretária-Geral Adjunta Ana Catarina Mendes de estar presente, em pelo menos, três sessões, e o mesmo aconteceu com Ivan Gonçalves, o líder da Juventude Socialista.
Já no PSD, essa foi também a justificação para duas faltas de Miguel Morgado, uma de Maria Luís Albuquerque e outra da líder da JSD Margarida Balseiro, entre vários outros deputados que invocaram esta razão.
No Bloco de Esquerda, Jorge Falcato (3), e Mariana Mortágua (2) são os que apresentaram o "trabalho político" para justificar ausências.
No CDS, quatro deputados, entre eles a Presidente do partido Assunção Cristas, justificaram faltas - uma cada um - às sessões plenárias desde setembro.
Na lista de justificações, a de "doença" surge como a segunda mais invocada: seis deputados disseram que não estavam de boa saúde. Depois há motivos de "força maior" que motivaram a ausência de quatro deputados e a "assistência à família", invocada por três deputadas e um deputado.
O ciclo da vida também passa pelos deputados. A paternidade justificou a ausência do líder parlamentar do PCP, João Oliveira, e o casamento afastou a antiga ministra e atual deputada do PS, Constança Urbano de Sousa do Parlamento, durante três sessões.

O que diz o Regulamento quanto às faltas injustificadas dos deputados?
Comparecer às reuniões é um dos "deveres dos deputados" e o Regimento da Assembleia determina que "perdem o mandato os deputados que: (...) não tomem assento na Assembleia da República ou excedam o número de faltas", não justificadas.
O Regimento prevê que "ao Deputado que falte a qualquer reunião ou votação previamente agendada, em Plenário, sem motivo justificado, é descontado 1/20 do vencimento mensal pela primeira, segunda e terceira faltas e 1/10 pelas subsequentes, até ao limite das faltas que determine a perda de mandato". Já quatro faltas a reuniões de comissão sem justificação levam ao desconto de 1/30 do vencimento mensal até ao limite de quatro faltas por comissão e por sessão legislativa.
Já o Regime de Faltas, com data de 2009, explica que "as presenças nas reuniões plenárias são verificadas a partir do registo de início de sessão efetuado pessoalmente por cada Deputado, no respetivo computador no hemiciclo".
"Aos Deputados que não se registem durante a reunião ou não se encontrem em missão parlamentar é marcada falta", estipula este Regime.
Em caso de falta, a justificação deve ser apresentada no prazo de cinco dias a contar da notificação ou, no caso de faltas continuadas, a partir da notificação da última falta. Esgotado o prazo, a justificação não é apreciada e a falta é contada como injustificada.
Nos primeiros dias do mês seguinte aquele em que se registaram as faltas, os serviços de apoio ao Plenário enviam ao Presidente da Assembleia da República a lista de todas as faltas julgadas injustificadas, em cada mês. Cabe depois ao Presidente notificar pessoalmente cada um dos Deputados em falta. Havendo motivo para perda de mandato cabe à Comissão de Ética pronunciar-se.
Notícia atualizada às 13h53, com os esclarecimentos dos deputado do PS, Paulo Trigo Pereira e Jorge Falcato do Bloco de Esquerda. Paulo Trigo Pereira afirma que, no dia no dia 24 de outubro, esteve presente na audição ao Ministro Vieira da Silva, mas esqueceu-se de efetuar o registo. O deputado do PS informou também já ter solicitado, há vários dias, aos serviços da Assembleia da República que retificassem o registo, de forma a efetivarem a sua presença, tendo recebido a informação de que "em breve tirarão a respetiva falta". Já o deputado Jorge Falcato teve o mesmo procedimento junto dos serviços, para justificar a ausência por participação numa conferência em Bruxelas. A notícia original da TSF, baseada nos registos oficiais do Parlamento, dava conta destas duas ausências no referido dia.
Fonte:TSF
postado por J. Carlos

A nova mariologia igualitária do Papa Francisco

O Papa Pio XII atribui a Maria Santíssima “a maior dignidade e santidade depois de Cristo”
O Papa Pio XII atribui a Maria Santíssima “a maior dignidade e santidade depois de Cristo”
♦  Luiz Sergio Solimeo
O Papa Francisco acaba de confundir, escandalizar e desorientar mais uma vez os fiéis, ao invés de cumprir sua responsabilidade como Vigário de Cristo na Terra, que é de ensinar, santificar e guiar. Desta vez, ele o fez com a afirmação chocante de que Maria Santíssima teria sido uma moça comum, uma “moça normal”, em nada diferente das de hoje. Em livro-entrevista, cujos excertos foram publicados pelo jornal italiano “Corriere della Sera”,1 afirma que Maria Santíssima era “uma moça normal, normal, uma moça de hoje […] normal, normal, educada normalmente, disposta a casar-se, a constituir família. […] Depois, após a concepção de Jesus, ainda uma mulher normal. […] Sem nada de extraordinário na vida, uma mãe normal: mesmo no seu casamento virginal, casto no quadro da virgindade, Maria foi normal. Trabalhava, fazia as compras, ajudava o Filho, ajudava o marido: normal”.
O que vem a ser “uma moça de hoje”? Aquela que está em sintonia com o mundo paganizado e hedonista de nossos dias? A que segue as modas imorais e masculinizadas de hoje? Uma feminista que não tolera a menor diferença entre os sexos? A frase é extremamente ambígua, como é do seu estilo.
Ele explica o que entende por “normalidade”: “A normalidade consiste em viver no povo e como o povo”. Parece encontrar-se aí a chave para entender essa minimização da figura da Mãe de Deus, nitidamente impregnada do igualitarismo marxista presente na “Teologia da Libertação”.

Pecado de elite

Quando uma pessoa ou uma família se destaca por dons de liderança, tino administrativo, fortuna, capacidade intelectual ou artística, e mesmo espiritual, ela se torna pessoa ou família “de elite”. Ora, segundo o Papa Francisco, isso significa incorrer no “pecado máximo”, aquele que mais agrada a Satanás: o “pecado de ser elite”. São transcritas como palavras do ocupante da Cátedra de Pedro: o pecado que “agrada tanto a Satanás” é “o pecado da elite” […]. “A elite não sabe o que significa viver no povo, e quando falo de elite não entendo uma classe social: falo de uma postura da alma”.
O sabor marxista da afirmação é seguido, portanto, de uma ressalva: o “pecado de elite” seria “uma postura da alma”. Mas a descrição que ele acabara de dar desse novo pecado é de molde sociológico: “não sabe o que significa viver no povo”. Como sempre, conceitos vagos, desconexos, tornando suas frases confusas e de difícil compreensão.
A consequência dessa série de afirmações confusas é que, ao tomar a categoria “povo” — entendido no sentido igualitário que o Papa Pio XII qualificava como massa2 — e atribuir a essa categoria um valor moral absoluto, ele está tirando uma conclusão teológica com base em uma interpretação sociológica marxista de povo, no mais puro estilo da “Teologia da Libertação”. Daí a nova eclesiologia igualitária de sabor marxista: “A Igreja é povo, o povo de Deus. E ao diabo agradam as elites”. Fica implícito que quem cometesse o tal “pecado de elite” deixaria de pertencer à Igreja, por não “viver no povo e como o povo”. Por isso não agradaria a Deus, mas ao demônio.
O atual Pontífice não afasta dos Sacramentos, nem de sua amizade e companhia, os adúlteros, homossexuais praticantes, transgêneros,3 portanto é muito paradoxal essa “excomunhão” dos que ele considera na situação de “pecado de elite”.
A consequência lógica dessa eclesiologia igualitária é uma nova mariologia antielitista. Maria Santíssima não poderia elevar-se acima das demais criaturas, pois assim se tornaria “elite”, portanto deixaria de “viver no povo e como o povo”. Em vez de agradar a Deus, agradaria ao demônio! Para o Papa Francisco, nada de excepcional ocorreu na vida de Maria Santíssima: “Depois, após a concepção de Jesus, ainda uma mulher normal. […] Nada de extraordinário na sua vida”. Ser a Mãe de Deus, conviver com seu Divino Filho e com São José, acompanhar a pregação de Jesus, interceder junto a Ele para o milagre nas Bodas de Caná, participar de sua Paixão e Morte aos pés da Cruz, não haveria nisso “nada de extraordinário”! Seria tudo “normal”!4 O canto do “magnificat” corresponderia então a uma “postura de alma” elitista.

“Uma moça disposta a casar-se”

Dizer que Nossa Senhora era “uma moça […] disposta a casar-se, a constituir uma família”, vai contra o sentir geral dos Santos e dos Doutores, os quais sustentam que, quando se deu a Anunciação, Maria já tinha feito voto de castidade perfeita. É o que deduzem da pergunta que Ela fez ao Anjo Gabriel, depois de informada de que seria a Mãe de Deus: Como se fará isso, pois não conheço varão?”5
Explica o grande exegeta Cornélio a Lapide (+ 1637): “Porque não conheço varão […]. Nenhuma outra justa razão para esta desculpa e hesitação por parte da Virgem pode ser aduzida ou suposta aqui, senão a impossibilidade moral resultante do voto que a Santíssima Virgem fez antes da anunciação angélica: este é o ensinamento dos Santos Agostinho, Gregório de Nissa, Beda, Bernardo, Anselmo, Ruperto”.6 Santo Agostinho, no livro De virginitate, é inteiramente categórico: Maria não teria feito essa pergunta ao Anjo, “a não ser que se tivesse consagrado a Deus como virgem”.7 São Bernardo é igualmente claro em relação ao voto de virgindade feito por Maria: “Ele [Deus] concedeu-lhe a maternidade, tendo antes lhe inspirado o voto de virgindade, e a cumulado da virtude da humildade”.8

Negação implícita da divindade de Jesus

Como se pode afirmar que Maria, Mãe de Jesus Cristo, era uma “ragazza normale, normale” (uma moça normal, normal), “una ragazza di oggi” (uma moça de hoje), una “donna normale” (uma senhora normal), e não tinha nada de extraordinário em sua vida? Como poderia “una ragazza normale”, “una ragazza di oggi”, que em nada se destacasse das demais, ter um filho como o próprio Verbo Encarnado? Não seria esta uma negação implícita de que seu Filho fosse Deus? Se Ela fosse inteiramente comum, seu Filho também o seria. Portanto, não se pode considerar a Santíssima Virgem como uma mulher comum, preocupada com coisas corriqueiras da vida.
Maria Santíssima é a obra-prima da Criação. Tendo sido escolhida por Deus para ser a Mãe do Redentor, foi preservada de toda mancha ou pecado, sendo Imaculada desde o seu primeiro instante, como diz Pio IX.9 Ela é a Theotokos (Mãe de Deus), como definiu o Concílio de Éfeso. Diz o Papa Pio XII que não pode haver ofício maior do que esse, pois ele “pede a plenitude da graça Divina”, portanto confere “a maior dignidade e santidade depois de Cristo”.10 
Os Padres da Igreja, os Santos Doutores, os Sumos Pontífices, sempre A consideraram um “vaso de eleição”. Abismados diante de tanta perfeição, santidade e dignidade, exclamavam “de Maria nunquam satis” — de Maria nunca diremos o suficiente, nunca saberemos o suficiente. Por mais que A contemplemos, por mais que estudemos seus privilégios, muito ainda restará por conhecer e por dizer.
Ao referir-se à Mãe de Deus como uma mulher comum, “normal”, o Papa Francisco rompe com essa tradição e contraria o sentido dos Evangelhos. Contradiz ainda a forma lapidar do Papa Pio XII, acima apresentada, que atribui a Maria Santíssima “a maior dignidade e santidade depois de Cristo”.

Gloriosa Senhora, exaltada sobre as estrelas

Bem outro é o sentimento geral dos fiéis. A tradição teológica católica e a Liturgia assim louvam a Virgem Santíssima no Breviário Romano:
Ó gloriosa Senhora do mundo,
Excelsa princesa do céu e da terra,
Formosa batalha de paz e de guerra,
Da santa Trindade segredo profundo
Santa esperança, ó Mãe de amor,
Ama discreta do Filho de Deus,
Filha e Mãe do Senhor dos Céus[…]
Do que Eva triste ao mundo tirou
Foi o teu fruto restituidor;
Dizendo-te Ave o embaixador,
O nome de Eva te significou.
Ó porta dos paços do mui alto Rei,
Câmara cheia do Espírito Santo,
Janela radiosa de resplendor tanto,
E tanto zelosa da divina lei!
Ó mar de ciência, a tua humildade
O que foi, senão porta do céu estrelado?
Fonte: ABIM

____________ 

Notas:
  1. Papa Francesco: “La Chiesa è popolo, l’élite il peccato”,https://www.corriere.it/cronache/18_ottobre_07/papa-francesco-chiesa-popolo-elite-peccato-2ab8a8ce-ca64-11e8-8417-701d201b7018.shtml, Out. 18, 2018.
  2. Cf. Radiomessaggio di Sua Santità Pio XII ai Popoli del Mondo Intero* Domenica, 24 dicembre l944,http://w2.vatican.va/content/pius-xii/it/speeches/1944/documents/hf_p-xii_spe_19441224_natale.html, Out. 18, 2018.
  3. Pope Francis met with a same-sex couple the day before he met with Kim Davis,By Sarah Pulliam Bailey and Michelle Boorstein, October 2, 2015, https://www.washingtonpost.com/news/acts-of-faith/wp/2015/10/02/pope-francis-reportedly-met-with-a-same-sex-couple-the-day-before-he-met-with-kim-davis/?utm_term=.e09a243c7349, Out. 18, 2018.
  4. O Papa usa a palavra strano. Um dicionário de italiano online apresenta os seguintes sinônimos para strano(plural feminino,strane): 1 stravagante, insolito, 2 poco comune, eccezionale, 3 misterioso. Dizionario Italiano, https://www.dizionario-italiano.it/dizionario-italiano.php?parola=strano, Out. 19, 2018.
  5. São Lucas 1, 34.
  6. The Commentary of Cornelius a Lapide– Saint Luke Chapter one, Loreto Publications, Fitzwilliam, New Hampshire, 2008, p. 158.
  7. Of Holy Virginity, nº 4, http://www.newadvent.org/fathers/1310.htm, Out. 18, 2018.
  8. St. Bernard of Clairvaux (Sermo2: Opera omnia, Edit. Cisterc. 5 [1968], https://www.crossroadsinitiative.com/media/articles/mary-a-virgin-full-of-grace-and-virtues-bernard-of-clairvaux/, Out. 18, 2018.
  9. Pope BI. Pius IX – 1854, Bull Ineffabilis Deus -The Immaculate conception,http://www.papalencyclicals.net/pius09/p9ineff.htm, Out. 18, 2018.
  10. Pope Pious XII, Encyclical Fulgens Corona,nº 11, http://w2.vatican.va/content/pius-xii/en/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_08091953_fulgens-corona.html, Outubro 18, 2018.

Manhã de domingo: Governo? Ok. E quem seriam os ministros do BE? /premium

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Manhã de domingo

As principais notícias do dia
Bom dia!
Mariana nas Finanças, Joana na Educação, Soeiro no Trabalho, Moisés na Saúde. O treinador da bancada, Pedro Filipe, exclui-se. Mas o Bloco já tem um governo na sua cabeça. "Estamos prontos".
É tempo de campanha eleitoral. Se Costa não disse uma palavra sobre os parceiros no congresso de maio, o Bloco fez o contrário: falou do PS até à exaustão. O objetivo é o mesmo. Caçar votos.
O deputado bloquista segue à boleia do Observador, a caminho do segundo dia da Convenção do Bloco de Esquerda. São perto de cinco quilómetros de entrevista para ver em direto aqui.
É o último dia da Convenção do Bloco de Esquerda onde se discute o que fazer até às legislativas e onde já se levanta a ponta do véu sobre o que o partido quer a seguir: o Governo?
"Choca-me que o serviço público de televisão transmita touradas. Mas não me ocorre proibir a sua transmissão", escreve o primeiro-ministro na carta aberta ao histórico socialista.
O pai e um dos filhos de Luís Filipe Menezes receberam dois milhões de euros de uma sociedade offshore nos EUA quando ele era autarca. Ministério Público arquivou o processo por falta de provas.
Na primeira semana da campanha de vacinação foi vendido mais do dobro das vacinas disponibilizadas na campanha do ano passado. Há farmácias e centros de saúde em rutura de stock.
Foi acionado o aviso laranja de mau tempo para Guarda, Setúbal, Santarém, Lisboa, Castelo Branco e Portalegre. Esperam-se períodos de chuva "forte e persistente", avisa o IPMA.
As equipas de resgate encontraram no sábado mais 14 cadáveres em Paradise, no interior de habitações e de viaturas, informou em conferência de imprensa o xerife do condado de Butte, Korey Honea.
Nos últimos anos, esta modalidade de ensino não para de crescer. Em 2012/2013 eram 63 jovens que faziam o seu percurso escolar fora da escola, este ano letivo o número sobe para mais de oitocentos.
Os candidatos republicanos a Senador e Governador da Flórida lideravam com menos de 0,5% de diferença face aos democratas, segundo resultados ainda por oficializar. Quarta-feira há resultados. 
Opinião

Alberto Gonçalves
Já chega que os eleitores brasileiros, americanos, ingleses, italianos ignorem os alertas da esquerda e façam o que lhes apetece. Não há direito que um jornal, para cúmulo português, repita a afronta.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Portugal não pode ser insensível a este drama humanitário: mais do que uma questão religiosa, é um caso de justiça e de respeito pelos mais elementares direitos humanos.
Rui Ramos
O radicalismo explora hoje o chamado “populismo” como um espantalho para eliminar a esquerda moderada. A lógica é esta: se Trump é um Hitler, o seu inimigo tem de ser Estaline.
Luís Campos e Cunha
Salazar não era revolucionário como o fascismo, era conservador. Era mesmo avesso ao progresso industrial, era reacionário, via a felicidade do povo na ruralidade: cada família com a sua junta de bois
José Miguel Pinto dos Santos
Não será que hoje se age, fala e se publicam tweets depressa demais? Se se toma uma decisão irrefletida e danosa, ao menos que haja coragem moral para se retificar o que houver a retificar. Ao menos.
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Catarina da Eira Ballestero
Um estudo da Showcase Cinemas juntos dos frequentadores das salas britânicas revela os 10 filmes preferidos desde 1988. Veja a lista.
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