Enquanto dormia
As presidenciais
Informação relevante
O Estado Islâmico sequestrou 400 civis em Deir ez-Zor, na Síria. Os sequestrados são todos sunitas e incluem crianças e mulheres, diz o Observatório para os Direitos Humanos.
A ONU retirou um banco iraniano da lista de sanções, um dia após a entrada em vigor do acordo nuclear com o Irão. Também os EUA prometeram pagar uma dívida antiga ao país, com Obama a reivindicar um sucessodiplomático.
Precisamente nos EUA, Hillary e Bernie Sanders foram os protagonistas do debate final entre democratas, antes do arranque das primárias. Com Hillary ao ataque, diz o New York Times. Com as armas, a saúde e Wall Street a dominarem a discussão, explica o Washington Post.
O Grand Slam está viciado? Uma investigação da BBC e do BuzzFeed (isso, do BuzzFeed) tem documentos mostrando que há resultados de jogos de alto nível, no ténis, que podem ter sido viciados. As suspeitas incluem Wimbledon.
Casillas errou - e a liderança ficou mais longe. Em Guimarães, uma equipa de branco lutou por "um gajo muito porreiro" - e acabou por vencer o F.C. do Porto. O Diogo Pombo viu o jogo, apanhou-lhe o jeito e escreveu a crónica.
Marcelo. Afinal quem é este homem? Faltam apenas seis dias para as eleições presidenciais, e Marcelo segue na frente com ambição de escapar a uma segunda volta. Na semana que pode ser a decisiva da sua carreira política, a Maria João Avillez conta-nos a sua história com o candidato. Aqui estão as duas faces do candidato sem "amigos políticos" - mas que tem a TV -, por quem o conhece realmente bem.
A Liliana Valente, que tem estado na estrada com ele, anotou este texto (que é um retrato de campo impecável): de independente a partidário vão 7km de distância. Veja até ao fim, porque há uma contagem que Marcelo faz que não é dispensável.
Quem ontem se destacou foi Maria de Belém. “A socialista candidata sou eu”, disse ela. Ora veja como porquê - e como foi o dia dos candidatos.
Muito a propósito vem este Teste à sinceridade - conhece mesmo o presidenciável em quem vai votar? É que eu e a Helena Pereira, nas 7 entrevistas que fizemos aos candidatos presidenciais, incluímos 8 questões pessoais - daquelas que exigem resposta instintiva. Eis os melhores momentos dessas conversas, para que possa escolher melhor no próximo domingo.
(Querendo conhecê-los ainda melhor, juntámos aqui os perfis dos 10 candidatos, a ler ou rever antes de colocar o voto na urna).
Chegando aqui, haverá de me perguntar: mas tudo isto não é pessoal demais? Até onde deve ir o escrutínio dos candidatos presidenciais? Foi a isso que o Miguel Santos tentou responder neste Raio X aos candidatos. Afinal, o que temos o direito a saber?
Para rematar - e dar-lhe mais um bom ângulo para refletir sobre as eleições -, deixo-lhe ainda este trabalho da Rita Tavares: chama-se Os poderes que Presidente já perdeu (e ganhou) em seis pontos. E é um guia sobre o que o Presidente pode ou não fazer e sobre os poderes que perdeu pelo caminho. Para quem não espere demais do próximo (nem de menos).
O Caso Bial marca a atualidade desde sexta-feira, mais ainda depois da morte, ontem, de um dos que, em França, se submeteram ao ensaio clínico com uma molécula criada pela farmacêutica portuguesa. O presidente da Bial veio ontem mostrar-se "profundamente chocado", prometendo trabalhar "incansavelmente" até saber o que se passou.
Esta manhã, o Público explica que os voluntários recebiam até 4.500 euros por estes testes, depois de a Vera Novais ter explicado aqui que não devemos tomar a árvore pela floresta:“Se não houver ensaios clínicos, não há novos medicamentos”.
Mudando de assunto, entramos naqueles dias decisivos para o próximo orçamento. Ontem à noite, Marques Mendes deu notícia (isso mesmo) de uma ordem do ministro da Saúde aos hospitais, para que os orçamentos deste ano tenham um crescimento zero. Na semana em que as linhas gerais do OE 2016 serão enviadas para Bruxelas, o Público anota quatro riscos essenciais.
Já o DN, faz manchete com 18 "recados" que a troika vai trazer a Portugal, na sua próxima visita "pós-programa" - de olhos postos no investimento privado.
Enquanto não há mais novidades, a PwC ajudou-nos a perceber quanto vamos receber mais em janeiro, no público e no privado. As simulações estão aqui.
A preocupar o Governo estará agora uma notícia da AFP, dizendo que um segundo português terá morrido no ataque terrorista no Burkina Faso. Para já, não há confirmação oficial.
Na frente diplomática, um problema diferente: Tony Carreira foi condecorado em França, mas o embaixador não aceitou que recebesse a honra na própria embaixada. O cantor está triste - e as razões ainda não são conhecidas.
Em rota diplomática está António Costa, na sua primeira visita oficial. Cabo Verde é o destino número 1.
Uma boa notícia (potencial): o Diário Económico adianta hoje que o Estado deverá recuperar os 450 milhões de euros que dizem respeito a uma injeção feita no BPP pelos outros bancos, mas que precisou da garantia pública. A síntese está aqui (com link para o original).
Quanto ao Banif, o Económico recupera uma carta da Comissão Europeia a Maria Luís Albuquerque, de 2014, pedindo uma intervenção do Estado no banco. A decisão do final do ano passado também está a marcar estes dias, depois do Expresso noticiar que o BCE queria menos perdas para os contribuintes e mais para credores. O Governo fez um desmentido. (A comissão de inquérito promete).
Vale a pena anotar outro número: os combustíveis estão a cair para os preços mais baratos em 5 anos, após o levantamento das sanções ao Irão. O efeito sente-se já a partir de hoje nas bombas. A gasolina pode cair até 4,5 cêntimos por litro.
Ah! E a partir de hoje os postos de combustível vão ser avaliados.
Os nossos Especiais
Uma breve história do terrorismo: da França jacobina ao dito Estado Islâmico. Numa altura em que os ataques terroristas se multiplicam por todo o mundo, Bruno Cardoso Reis explica-nos neste texto como começou a violência política.E deixa a pergunta quase proibida: é possível derrotá-los?
Isto é o que acontece depois de morrermos. A maioria prefere não pensar no que acontece aos nossos corpos depois da morte. Mas a decomposição dá à luz uma nova vida de forma inesperada, escreve Moheb Costandi. Um alerta: este texto não é fácil de digerir. Uma nota mais: foi dos nossos textos mais lidos no fim de semana.
Raspadinhas. Em busca da sorte grande às vezes sai uma adição. Nunca se venderam tantas raspadinhas: mais de 625 milhões de euros em 2014, mais ainda em 2015. Mas valerá a pena apostar? O Tiago Palma foi estudar o fenómeno, começou pela amiga Olga, acabou com o Elói, e pelo meio identificou os sinais de vício num jogo aparentemente inócuo. A ler, avidamente.
Estas mulheres não querem ser mães. E então? Um trabalho de mão cheia da Ana Cristina Marques: quatro mulheres contam na primeira pessoa porque não querem ter filhos, numa sociedade que ainda continua a defini-las por esse papel. Uma socióloga e um psiquiatra comentam. E repete-se a pergunta: e então, há mal nisso?
Notícias surpreendentes
Parece que estou a ouvir a minha avó a dizer: "As coisas que hoje em dia inventam". Foi o que pensei quando percebi que alguém tinha conseguido assinalar os locais mais fotografados em 101 cidades. Isso mesmo: estes mapas mostram as zonas mais procuradas para fotos pelos locais e pelos turistas.
Para quem gosta (e pode viajar), vem em boa hora esta lista das 20 companhias aéreas mais seguras do mundo. A TAP não está na listagem, mas há várias que aterram por cá.
Está bem agarrado à cadeira? Então passo diretamente às apresentações: Conheça a Gonçalo, a cadeira onde toda a gente já se sentou. Na Arcalo fabrica-se uma presença incontornável das esplanadas portuguesas. A Cristina Borges foi ao Cartaxo ver como se faz a cadeira com nome de gente.
Vamos a uma pitada de nostalgia? Que tal recordar estas 20 marcas de tabaco que se esfumaram com o tempo? Não é preciso ser fumador para se lembrar, ou sequer para estes nomes familiares lhe deixarem um sorriso nos lábios. Em mim teve esse efeito - lembrou-me mesmo os meus avôs.
É chegando à nostalgia que lhe deixo mais esta nota: na 6ª-feira anunciei à minha, à nossa, equipa no Observador que em breve mudarei de trabalho, a caminho da direção da TSF. O convite honra-me muito, honra também o trabalho que toda esta equipa tem feito. Deixa-me muito feliz pelo novo e grande desafio - mas, como decerto perceberá, também uma natural tristeza.
Os últimos dias têm sido, assim, um turbilhão de emoções. Mas isto não é ainda um adeus: nos próximos dias continuarei por aqui, a dirigir o Observador e a integrar o Miguel Pinheiro, que ficará como diretor, para que a transição seja muito, muito tranquila. O 360º também continuará por cá - para já comigo, depois noutras (boas) mãos. A seu tempo direi mais sobre tudo isto.
Mas agora é tempo de trabalhar - e trabalhar bem. Nós estaremos por aqui, sempre prontos a dar-lhe as notícias mais importantes, sempre a preparar aquele texto que lhe acrescentará mais alguma coisa. E, sim, sempre de sorriso nos lábios.
Tenha um dia produtivo, tenha sobretudo um dia feliz.
Até já!
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