segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

360º - Marcelo. Afinal quem é este homem? (this is not yet a goodbye)

360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia

O Estado Islâmico sequestrou 400 civis em Deir ez-Zor, na Síria. Os sequestrados são todos sunitas e incluem crianças e mulheres, diz o Observatório para os Direitos Humanos.

A ONU retirou um banco iraniano da lista de sançõesum dia após a entrada em vigor do acordo nuclear com o Irão. Também os EUA prometeram pagar uma dívida antiga ao país, com Obama a reivindicar um sucessodiplomático.

Precisamente nos EUA, Hillary e Bernie Sanders foram os protagonistas do debate final entre democratas, antes do arranque das primárias. Com Hillary ao ataque, diz o New York Times. Com as armas, a saúde e Wall Street a dominarem a discussão, explica o Washington Post.

O Grand Slam está viciado? Uma investigação da BBC e do BuzzFeed (isso, do BuzzFeed) tem documentos mostrando que há resultados de jogos de alto nível, no ténis, que podem ter sido viciados. As suspeitas incluem Wimbledon.

Casillas errou - e a liderança ficou mais longe. Em Guimarães, uma equipa de branco lutou por "um gajo muito porreiro" - e acabou por vencer o F.C. do Porto. O Diogo Pombo viu o jogo, apanhou-lhe o jeito e escreveu a crónica

As presidenciais
Marcelo. Afinal quem é este homem? Faltam apenas seis dias para as eleições presidenciais, e Marcelo segue na frente com ambição de escapar a uma segunda volta. Na semana que pode ser a decisiva da sua carreira política, a Maria João Avillez conta-nos a sua história com o candidato. Aqui estão as duas faces do candidato sem "amigos políticos" - mas que tem a TV -, por quem o conhece realmente bem.

A Liliana Valente, que tem estado na estrada com ele, anotou este texto (que é um retrato de campo impecável): de independente a partidário vão 7km de distância. Veja até ao fim, porque há uma contagem que Marcelo faz que não é dispensável. 

Quem ontem se destacou foi Maria de Belém. “A socialista candidata sou eu”, disse ela. Ora veja como porquê - e como foi o dia dos candidatos.

Muito a propósito vem este Teste à sinceridade - conhece mesmo o presidenciável em quem vai votar? É que eu e a Helena Pereira, nas 7 entrevistas que fizemos aos candidatos presidenciais, incluímos 8 questões pessoais - daquelas que exigem resposta instintiva. Eis os melhores momentos dessas conversas, para que possa escolher melhor no próximo domingo.

(Querendo conhecê-los ainda melhor, juntámos aqui os perfis dos 10 candidatos, a ler ou rever antes de colocar o voto na urna).

Chegando aqui, haverá de me perguntar: mas tudo isto não é pessoal demais? Até onde deve ir o escrutínio dos candidatos presidenciais? Foi a isso que o Miguel Santos tentou responder neste Raio X aos candidatosAfinal, o que temos o direito a saber?

Para rematar - e dar-lhe mais um bom ângulo para refletir sobre as eleições -, deixo-lhe ainda este trabalho da Rita Tavares: chama-se Os poderes que Presidente já perdeu (e ganhou) em seis pontos. E é um guia sobre o que o Presidente pode ou não fazer e sobre os poderes que perdeu pelo caminho. Para quem não espere demais do próximo (nem de menos).

 
Informação relevante
O Caso Bial marca a atualidade desde sexta-feira, mais ainda depois da morte, ontem, de um dos que, em França, se submeteram ao ensaio clínico com uma molécula criada pela farmacêutica portuguesa. O presidente da Bial veio ontem mostrar-se "profundamente chocado", prometendo trabalhar "incansavelmente" até saber o que se passou.
Esta manhã, o Público explica que os voluntários recebiam até 4.500 euros por estes testes, depois de a Vera Novais ter explicado aqui que não devemos tomar a árvore pela floresta:“Se não houver ensaios clínicos, não há novos medicamentos”.

Mudando de assunto, entramos naqueles dias decisivos para o próximo orçamento. Ontem à noite, Marques Mendes deu notícia (isso mesmo) de uma ordem do ministro da Saúde aos hospitais, para que os orçamentos deste ano tenham um crescimento zero. Na semana em que as linhas gerais do OE 2016 serão enviadas para Bruxelas, o Público anota quatro riscos essenciais

Já o DN, faz manchete com 18 "recados" que a troika vai trazer a Portugal, na sua próxima visita "pós-programa" - de olhos postos no investimento privado

Enquanto não há mais novidades, a PwC ajudou-nos a perceber quanto vamos receber mais em janeiro, no público e no privadoAs simulações estão aqui.

A preocupar o Governo estará agora uma notícia da AFP, dizendo que um segundo português terá morrido no ataque terrorista no Burkina Faso. Para já, não há confirmação oficial.

Na frente diplomática, um problema diferente: Tony Carreira foi condecorado em França, mas o embaixador não aceitou que recebesse a honra na própria embaixada. O cantor está triste - e as razões ainda não são conhecidas. 

Em rota diplomática está António Costa, na sua primeira visita oficialCabo Verde é o destino número 1.

Uma boa notícia (potencial): o Diário Económico adianta hoje que o Estado deverá recuperar os 450 milhões de euros que dizem respeito a uma injeção feita no BPP pelos outros bancos, mas que precisou da garantia pública. A síntese está aqui (com link para o original).

Quanto ao Banif, o Económico recupera uma carta da Comissão Europeia a Maria Luís Albuquerque, de 2014, pedindo uma intervenção do Estado no banco. A decisão do final do ano passado também está a marcar estes dias, depois do Expresso noticiar que o BCE queria menos perdas para os contribuintes e mais para credores. O Governo fez um desmentido. (A comissão de inquérito promete).

Vale a pena anotar outro número: os combustíveis estão a cair para os preços mais baratos em 5 anos, após o levantamento das sanções ao Irão. O efeito sente-se já a partir de hoje nas bombas. A gasolina pode cair até 4,5 cêntimos por litro.

Os nossos Especiais

Uma breve história do terrorismo: da França jacobina ao dito Estado Islâmico. Numa altura em que os ataques terroristas se multiplicam por todo o mundo, Bruno Cardoso Reis explica-nos neste texto como começou a violência política.E deixa a pergunta quase proibida: é possível derrotá-los?

Isto é o que acontece depois de morrermos. A maioria prefere não pensar no que acontece aos nossos corpos depois da morte. Mas a decomposição dá à luz uma nova vida de forma inesperada, escreve Moheb Costandi. Um alerta: este texto não é fácil de digerir. Uma nota mais: foi dos nossos textos mais lidos no fim de semana.

Raspadinhas. Em busca da sorte grande às vezes sai uma adição. Nunca se venderam tantas raspadinhas: mais de 625 milhões de euros em 2014, mais ainda em 2015. Mas valerá a pena apostar? O Tiago Palma foi estudar o fenómeno, começou pela amiga Olga, acabou com o Elói, e pelo meio identificou os sinais de vício num jogo aparentemente inócuo. A ler, avidamente.

Estas mulheres não querem ser mães. E então? Um trabalho de mão cheia da Ana Cristina Marques: quatro mulheres contam na primeira pessoa porque não querem ter filhos, numa sociedade que ainda continua a defini-las por esse papel. Uma socióloga e um psiquiatra comentam. E repete-se a pergunta: e então, há mal nisso?

Notícias surpreendentes
 
Parece que estou a ouvir a minha avó a dizer: "As coisas que hoje em dia inventam". Foi o que pensei quando percebi que alguém tinha conseguido assinalar os locais mais fotografados em 101 cidades. Isso mesmo: estes mapas mostram as zonas mais procuradas para fotos pelos locais e pelos turistas.

Para quem gosta (e pode viajar), vem em boa hora esta lista das 20 companhias aéreas mais seguras do mundoA TAP não está na listagem, mas há várias que aterram por cá.

Está bem agarrado à cadeira? Então passo diretamente às apresentações: Conheça a Gonçalo, a cadeira onde toda a gente já se sentou. Na Arcalo fabrica-se uma presença incontornável das esplanadas portuguesas. A Cristina Borges foi ao Cartaxo ver como se faz a cadeira com nome de gente.

Vamos a uma pitada de nostalgia? Que tal recordar estas 20 marcas de tabaco que se esfumaram com o tempo? Não é preciso ser fumador para se lembrar, ou sequer para estes nomes familiares lhe deixarem um sorriso nos lábios. Em mim teve esse efeito - lembrou-me mesmo os meus avôs.
É chegando à nostalgia que lhe deixo mais esta nota: na 6ª-feira anunciei à minha, à nossa, equipa no Observador que em breve mudarei de trabalho, a caminho da direção da TSF. O convite honra-me muito, honra também o trabalho que toda esta equipa tem feito. Deixa-me muito feliz pelo novo e grande desafio - mas, como decerto perceberá, também uma natural tristeza.
Os últimos dias têm sido, assim, um turbilhão de emoções. Mas isto não é ainda um adeus: nos próximos dias continuarei por aqui, a dirigir o Observador e a integrar o Miguel Pinheiro, que ficará como diretor, para que a transição seja muito, muito tranquila. O 360º também continuará por cá - para já comigo, depois noutras (boas) mãos. A seu tempo direi mais sobre tudo isto. 

Mas agora é tempo de trabalhar - e trabalhar bem. Nós estaremos por aqui, sempre prontos a dar-lhe as notícias mais importantes, sempre a preparar aquele texto que lhe acrescentará mais alguma coisa. E, sim, sempre de sorriso nos lábios. 
 
Tenha um dia produtivo, tenha sobretudo um dia feliz.
Até já! 
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A Larinha merecia tanta generosidade…


by Mira Online
Foi um espetáculo de uma grandiosidade ímpar, deste que é um artista diferenciado, com um "A" muito maiúsculo, o que aconteceu na tarde de ontem, em Mira!
José Cid, com mais 4 músicos em palco, para além de contar com as participações pontuais do seu sobrinho Gonçalo Tavares e Mário Mata (outros dois músicos que "encheram" o palco), fizeram do Pavilhão Municipal de Mira, um local aprazível para se estar ao fim de uma tarde chuvosa de domingo.
Ali, o Jazz saiu engrandecido pelos talentos que se fizeram ouvir e a causa da Larinha (que era o que mais importava), saiu extremamente dignificada. A nobreza da atitude de José Cid e seus pares foi acompanhada por centenas de pessoas que compareceram em prol de dias melhores para esta criança que tudo merece.
Ficam aqui as palavras enviada pela Ana Miranda, a mãe da Larinha, ao chat da Rádio Mira Online, que foi lido pela Drª Dulce Cainé, no fim do espetáculo:
"É com muita tristeza que não podemos estar presentes, devido ao estado de saúde da Lara, mas é com enorme orgulho que estamos a ouvir o concerto em directo. Agradeço a presença de todos e a todos aqueles que contribuíram para que este concerto solidário fosse realizado. Desde já pedimos desculpa pela impossibilidade de não estarmos aí. Um abraço enorme ao sr. José Cid e aos 5 músicos que o vão acompanhar. Obrigada a todos. Beijinhos da Larinha"
A Larinha , seus pais e familiares podem ficar descansados: a verdadeira e desinteressada solidariedade ainda está presente no coração do ser humano!
P.S. - É com enorme orgulho que ouvimos José Cid afirmar, em entrevista em direto, que esta foi a primeira vez que uma rádio transmitiu um espetáculo de solidariedade promovido por ele, a nível nacional. O Jornal e a Rádio Mira Online agradecem a simpatia e a amabilidade deste grande músico. 


Mira Online | Janeiro 18, 2016 às 8:55 am | Categorias: Locais | URL: http://wp.me/p5tucu-bw2

ALBERTO ABRANTES FOI RECORDADO PELA DIRECÇÃO GERAL DA SOCIEDADE COLUMBÓFILA


by Mira Online
A Direcção Geral da Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, na passagem do quinto aniversário do falecimento do Presidente Honorário Alberto Abrantes, promoveu no Cemitério Municipal uma pequena mais muito significativa homenagem ao eterno Presidente Alberto Abrantes.
Coincidindo com a data do seu falecimento no Hospital Universitário de Coimbra, em 15 de Janeiro de 2011, quis aquela Associação dessa forma perpetuar a memória da maior figura do seu já longo historial de 66 anos de actividade ininterrupta e aquele que mais trabalhou para o progresso associativo conhecido.
Contando com a presença de familiares, dirigentes, sócios e amigos de Alberto Abrantes, Francisco Ribeiro, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade Columbófila, após decorrido um período de silêncio, usou da palavra, algo comovido, recordando o amigo e companheiro, referindo nas suas breves palavras a imensa dedicação que o homenageado ao longo dos mais de 40 anos deu aquela Associação e que são um marco ímpar no associativismo local e nacional, mas sobretudo da pessoa que foi e da forma nobre e sublime com que tratava todas as pessoas, principalmente os mais novos, reafirmando por último, o compromisso de se continuar a sua obra em prol do progresso associativo do concelho de Cantanhede.
Para terminar esta homenagem, Francisco Ribeiro, José Santos, sócio nº 1 da Sociedade Columbófila e Lurdes Silva colocaram na sepultura de Alberto Abrantes uma coroa de flores.
Ainda para perpetuar a sua memória, a exemplo dos anos anteriores, a Direcção Geral em colaboração com a sua Secção de Columbofilia, vai na Campanha Desportiva, que se vai iniciar no final do mês de Janeiro, atribuir à “Taça de Honra”, o troféu mais importante em disputa, o nome de “Alberto Abrantes”.

“… a nossa obra é também de todos…”
                  Alberto Abrantes – Setembro de 1975
Mira Online | Janeiro 18, 2016 às 7:14 am | Categorias: Locais | URL: http://wp.me/p5tucu-bvC

Mais de 90% dos portugueses com pouco acesso a internamento de cuidados continuados

Mais de 90% da população portuguesa tem baixo acesso às unidades de internamento da rede nacional de cuidados continuados integrados, e as situações mais graves estão no Norte e na grande Lisboa, revela hoje um estudo da entidade reguladora.
O número de camas para satisfazer as necessidades de cuidados continuados e paliativos deveria ser de 14.640, mas nem metade desta meta foi atingida, sendo o caso dos cuidados de convalescença o mais gritante, com 95% dos portugueses a apresentarem dificuldade de acesso.
O Estudo "Acesso, qualidade e concorrência nos Cuidados Continuados e Paliativos", da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), identificou "um acesso baixo", de 93% da população, a todas as unidades de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), o que significa que o "número de camas é insuficiente face às metas estabelecidas".
Nestas unidades de internamento da rede, são consideradas desde as Unidades de Cuidados Paliativos (UCP), de baixo acesso para 81% dos portugueses, até às Unidades de Convalescença (UC), praticamente inacessíveis a 95%, passando ainda pelas unidades de média duração e reabilitação (UMDR) e de longa duração e manutenção (ULDM).
Ainda assim, a ERS destaca que, em 2015, se verificou um aumento de 19% no número de unidades de internamento, face a 2013.
Nessa altura, o regulador identificou maior insuficiência de número de camas de cuidados paliativos.
Por região, e no global, as mais altas proporções de população com baixo acesso em quase todos os tipos de internamento encontram-se nas Administrações Regionais de Saúde (ARS) do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo.
Mas é precisamente nessas regiões, e também na do Centro, que se verificam maiores percentagens "de camas contratualizadas", a maioria em ULDM e a minoria em UCP.
Especificamente no caso dos cuidados paliativos, o pior acesso encontra-se igualmente no Norte, mas também na região do Alentejo.
"Ainda no que se refere ao nível de acesso baixo, a região do Algarve destaca-se pelo facto de não haver, no cômputo geral de todas as unidades de internamento, qualquer cumprimento das metas definidas", destaca a ERS.
Naquela região, "a soma de camas de todas as unidades não supera o mínimo considerado necessário para a satisfação das necessidades de toda a população ali residente".
Apenas no caso das ULDM é identificado acesso alto no Algarve, e a mais alta proporção de população com acesso alto às UMDR encontra-se no Alentejo.
A entidade reguladora constatou ainda que, em algumas unidades, não foram cumpridos os critérios de referenciação por tipologia de saúde, identificando casos de atendimento a doentes paliativos em unidades não dedicadas a este tipo de cuidados (situação para que a ERS já alertara em 2013).
No que respeita ao tempo de espera, desde a referenciação até à identificação da vaga, é menor para a entrada em equipas domiciliárias, comparativamente com as restantes tipologias de unidades da rede.
Por outro lado, as tipologias com maior tempo até ao ingresso numa unidade são as UMDR do Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo, assim como as ULDM do Alentejo e do Algarve.
Relativamente ao parâmetro da qualidade, os rácios mais baixos (e inferiores à média nacional) de médicos e enfermeiros em cuidados continuados e paliativos por habitante são identificados nas ARS Norte e Lisboa e Vale do Tejo (LVT).
Em contrapartida, "todos os tipos de internamento apresentam maiores percentagens de unidades com número de horas médicas e de enfermagem, igual ou superior ao valor mínimo aconselhado pela UMCCI" (Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados).
No âmbito da avaliação de resultados, o Alentejo é a região com maior taxa de recuperação de doentes. Globalmente as ULDM são as que apresentam pior desempenho, em especial na ARSLVT.
Fonte: Lusa

Julgamento de 30 arguidos envolvidos em burla nas pensões começa hoje em Coimbra



by Mira Online
O Tribunal de Coimbra vai começar a julgar hoje quatro pessoas acusadas de engendrarem uma organização criminosa que emitia documentos para a obtenção de pensões por invalidez, num processo que junta 30 arguidos.
O Ministério Público acusa uma ex-professora de Coimbra, um ex-médico de Pombal, um ex-militar e uma ex-bancária de criarem uma estrutura criminosa que desenvolvia atividade desde 1998 na angariação de clientes, elaboração de relatórios médicos e emissão de atestados médicos fraudulentos com doenças de que os beneficiários não padeciam.
Os quatro são acusados de associação criminosa, 22 crimes de burla tributária na forma tentada, vários crimes de falsificação de documento e dois crimes de burla tributária na forma consumada. A ex-professora é ainda acusada de dois crimes de corrupção ativa.
Para além destes arguidos, está acusado um médico de Miranda do Corvo que terá participado num dos processos, um oficial de justiça de Pombal e o seu cunhado, por violação do segredo de justiça, uma ex-funcionária do Governo Civil, uma funcionária da Segurança Social (SS) e 21 presumíveis clientes da organização criminosa.
De acordo com a acusação, o grupo ter-se-á organizado para "tratar da obtenção de atestados médicos de incapacidade multiuso", de modo a que interessados pudessem utilizar para obter "pensões de reforma".
Segundo o MP, a professora angariava interessados e marcava exames e juntas médicas, o médico, com clínica privada em Pombal, elaborava relatórios e atestados médicos, a ex-bancária, através de recursos digitais, fazia relatórios médicos falsos utilizando originais e uma funcionária da SS usava o sistema informático desta estrutura para informar a ex-professora sobre o estado dos vários processos.
Na acusação, é ainda referido um caso de violação do segredo de justiça.
O começo do julgamento dos 30 arguidos está marcado para hoje às 09:15 horas.
Fonte: Lusa
Mira Online | Janeiro 18, 2016 às 7:45 am | Categorias: Locais | URL: http://wp.me/p5tucu-bvI

Missão da troika traz lista com 18 exigências a Portugal

Nunca mais nos vemos livres desta imposição e desta gente? Sinto vergonha!
Falta uma semana e meia para a Comissão aterrar outra vez no país. Lista de críticas é longa. Continua a ser difícil despedir, insiste Bruxelas
A ideia que fica é que o programa de ajustamento da troika parece ter ficado a meio ou até regredido e que, em Bruxelas, há pessoas descontentes com isso.
Um documento de trabalho da equipa da Comissão Europeia que segue Portugal faz uma lista de 18 pontos de estrangulamento do investimento empresarial que precisam de ser resolvidos de forma urgente. É um dos cadernos de encargos que será entregue ao governo daqui a uma semana e meia. O outro dossiê estará centrado nas contas públicas, no défice excessivo e na dívida, que suscita dúvidas quanto à sua sustentabilidade.
No que concerne à economia empresarial, são vários os recados, muitos deles decalcados das avaliações anteriores. Continua a ser difícil despedir trabalhadores (individualmente), a formação de salários mantém-se centralizada devido à contratação coletiva, a burocracia dos licenciamentos comerciais é labiríntica, as qualificações das pessoas desadequadas, os impostos privilegiam o recurso à dívida em detrimento do capital em forma de ações, as regras vigentes no setor portuário e na grande distribuição e retalho barram a entrada de novos concorrentes.
A missão da troika (Comissão, BCE e FMI) chega a Portugal no próximo dia 27 para fazer a terceira avaliação pós-programa. Em princípio, a proposta de Orçamento do Estado, onde são revertidas (ainda que parcialmente) várias medidas de charneira do plano de austeridade da troika e do governo PSD/CDS aplicado a partir de 2011, já será conhecida nessa altura.
Bruxelas vai lembrar às autoridades que Portugal está bastante mal no investimento. Tem a terceira taxa mais baixa da Europa em proporção do produto interno bruto (PIB). O investimento total nacional vale apenas 15,2% do PIB. Mais fraco só na Grécia (10,4%) e Chipre (11,7%). Cá, o investimento real terá subido 5,6% em 2015, mas deve desacelerar em 2016 (3,9%). É manifestamente insuficiente para compensar a razia dos anos da troika (caiu 12,5% em 2011, 16,6% em 2012 e 5,1% em 2013).
A taxa de investimento público também está em mínimos (2,2% do PIB) e só representa 15% do investimento total na economia.
Mas a troika não estará especialmente preocupada com isso; quer é falar sobre a componente privada e nas formas de a impulsionar.
O que está mal? "A complexidade dos procedimentos administrativos, como, por exemplo, os regimes de licenciamento", diz o documento. "A margem das medidas de simplificação e de redução da carga administrativa levada a cabo pelo programa de ajustamento económico é limitada e está exclusivamente focada na administração pública central". O principal alvo das críticas são as autarquias, consideradas algo obsoletas na forma como tratam e canalizam os negócios.
Apesar de reconhecer melhorias nos prazos de pagamento, o problema persiste e, pior, "limita o acesso a financiamento", prejudicando sobretudo as pequenas e médias empresas (PME)".
No mercado laboral, apesar das medidas de forte liberalização dos últimos anos, "as regras restritivas dos despedimentos podem travar investimentos". E "apesar das reformas recentes, o sistema de formação dos salários continua muito centralizado, o que pode prejudicar o ajustamento eficiente dos salários".
O fisco também não foi esquecido. O ambiente dos impostos sobre as empresas muda muito. Falta "assegurar estabilidade e previsibilidade do sistema". Além disso, lamenta, "o número de horas gastas pelas empresas de média dimensão para preparar, entregar e pagar impostos é elevado".
Fonte: DN

Tenistas de topo envolvidos em jogos combinados

A BBC revelou que 16 tenistas que integraram o "top 50" mundial na última década, incluindo vencedores de torneios do "Grand Slam", estiveram envolvidos em jogos com resultados combinados.
"Na última década, 16 jogadores classificados nos 50 primeiros foram repetidamente assinalados pela Unidade de Integridade do Ténis (TIU) devido a suspeitas de que estariam a combinar resultados de jogos. Todos os tenistas, incluindo vencedores de 'Grand Slams', foram autorizados a continuar a competir", alega a investigação conjunta da BBC e do sítio na Internet BuzzFeed News.
A cadeia de televisão britânica sustenta as alegações com o acesso a ficheiros secretos, nos quais se inclui uma investigação iniciada pela ATP, em 2007.
"Num relatório confidencial para as autoridades tenísticas, em 2008, a equipa de investigação defendeu que 28 atletas deveriam ser investigados, mas as indicações nunca foram seguidas", afiançou a BBC, indicando que três dos encontros combinados ocorreram no torneio de Wimbledon.
A ATP introduziu um novo código anticorrupção em 2009 e, depois de procurar aconselhamento legal, foi informada de que violações anteriores não poderiam originar processos. No entanto, os documentos a que a estação britânica teve acesso demonstram que a TIU recebeu sucessivos alertas nos anos subsequentes sobre um terço dos jogadores já referenciados, sem que fossem tomadas quaisquer medidas.
A reportagem alega ainda que oito dos 16 tenistas sinalizados vão disputar o Open da Austrália, o primeiro "major" da temporada, que arranca esta segunda-feira.