quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Bolsonaro lisonjeado com elogios de Putin à sua “masculinidade”


O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, compartilhou orgulhosamente nas redes sociais um vídeo em que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, elogia as suas "qualidades masculinas", o que gerou vários 'memes' na internet.

No seu discurso na terça-feira, na cimeira virtual dos países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Presidente russo considerou que Bolsonaro foi um “exemplo” pela sua gestão da pandemia do novo coronavírus, que já foi considerada caótica, e até mesmo irresponsável, por muitos epidemiologistas.

"Você mesmo sofreu essa infeção pessoalmente e passou por essa provação com grande coragem”, disse Putin, em alusão ao facto de Bolsonaro ter sido infetado pelo novo coronavírus em julho.

Você demonstrou possuir as melhores qualidades masculinas, tais como a coragem e a grande força de vontade, enfrentando todos os desafios com grande respeito e consideração pela vontade de seu povo e pelos interesses do seu país”, acrescentou o Presidente russo, dirigindo-se ao líder de extrema-direita brasileiro.

As palavras de Putin foram transcritas e partilhadas na manhã de hoje pelo Presidente brasileiro no Facebook, após ter divulgado o vídeo do momento, legendado em português.

Na sua coluna no portal Uol, Reinaldo Azevedo, um respeitado comentador político do Brasil, não deixou de destacar que, assim como o Presidente brasileiro, Vladimir Putin é um “notório homofóbico”.

Na semana passada, Jair Bolsonaro causou polémica ao afirmar que o Brasil deve deixar de “ser um país de maricas” diante da pandemia.

Reinaldo Azevedo salientou ainda que esse inesperado apoio de Moscovo foi bem acolhido por Bolsonaro, após a derrota do seu ídolo e principal aliado, o norte-americano Donald Trump.

Contudo, a derrota de Trump nas presidenciais norte-americanas ainda não foi reconhecida por Jair Bolsonaro, um dos únicos líderes que ainda não parabenizou o Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.

“Bolsonaro já pode começar a despedir-se da viuvez. Terá um novo troglodita para chamar de amigo”, escreveu o comentador político do portal UOL.

Nas redes sociais, vários ‘memes’ foram partilhados como forma de ilustrar esta nova amizade, como, por exemplo, uma fotomontagem onde Bolsonaro está sentado atrás de Putin no seu cavalo, ambos sem camisa.

Lusa

Centro de Juventude de Águeda partilha práticas de voluntariado a nível europeu

Edição online de curso europeu sobre qualidade no voluntariado jovem contou com a partilha de experiência e práticas dinamizadas no Centro de Juventude de Águeda

O trabalho desenvolvido no Centro de Juventude de Águeda (CJA) tem sido reconhecido a nível internacional, com participações em vários fóruns e encontros. O exemplo mais recente aconteceu no dia 11 de novembro, com o CJA a ser selecionado para fazer parte da edição online de uma formação europeia sobre voluntariado.

A escolha do CJA para integrar este Training Course foi feita pelos formadores do curso, a agência nacional austríaca Erasmus+ Juventude em Ação e o European Solidarity Corps Resource Centre, sendo que o convite surgiu no seguimento da participação de uma técnica do CJA, em fevereiro deste ano, no TOSCA Training sobre a qualidade de projetos do Corpo Europeu de Solidariedade (CES), com foco no voluntariado, e que decorreu na Áustria.

Para a seleção do CJA foi determinante a partilha de experiências na gestão e implementação do projeto de voluntariado VOLUNTEER(S)olidarity do CJA e a ação desenvolvida ao longo do TOSCA Training.

A intervenção do CJA na edição online do TOSCA (no dia 11 de novembro) fez a ligação entre os critérios de qualidade de projetos de voluntariado europeu e a sua operacionalização na prática em Águeda, designadamente com o projeto de parcerias de voluntariado VOLUNTEER(S)olidarity (apoiado pela Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Ação e financiado pelo Corpo Europeu de Solidariedade).

No âmbito desta iniciativa, estão agendadas duas rondas de mobilidade individual, sendo que, de outubro de 2020 a julho de 2021, o CJA tem em Águeda oito jovens europeus que desenvolvem competências-chave e implementam atividades em escolas e nos serviços educativos da Câmara Municipal de Águeda.

As atividades dos voluntários estão enquadradas nos critérios de qualidade do TOSCA, por promoverem solidariedade com dimensão europeia, inclusão, direitos humanos, cidadania ativa e empatia. O impacto do projeto nos voluntários tem repercussões positivas na melhoria do seu auto-conhecimento, na capacidade de transformar ideias em ações concretas para suprir necessidades da comunidade e para adjuvar o processo de tomada de decisões quanto ao futuro, após a mobilidade.

A comunidade aguedense, principalmente a juvenil, fica mais aberta à interculturalidade, às oportunidades europeias e à valorização da educação não-formal. O CJA, organizações europeias de apoio e stakeholders locais também enriquecem as suas práticas com a presença dos voluntários.

Deste modo, a partilha objetiva de práticas de gestão e implementação do voluntariado europeu levou o conhecimento adquirido do CJA além-fronteiras, sendo um modelo para outras organizações europeias que pretendem conhecer mais aprofundadamente o programa CES e melhorar os seus projetos.

O CES é a nova iniciativa da União Europeia dirigida aos jovens, dando-lhes a oportunidade de fazer voluntariado ou de trabalhar em projetos, no próprio país ou no estrangeiro, em benefício de pessoas e comunidades de toda a Europa, uma oportunidade disponível para os jovens dos 18 anos 30 anos. Depois de se inscreverem no CES, os participantes podem ser selecionados e convidados a integrar uma vasta gama de projetos, relacionados, por exemplo, com a prevenção das catástrofes naturais ou a reconstrução na sequência de catástrofes deste tipo, a assistência em centros de requerentes de asilo ou a resposta a outras questões sociais a nível da comunidade.

Refira-se que o TOSCA Training, que decorreu na Áustria, foi direcionado à qualidade de projetos de voluntariado europeu, onde, de 24 a 28 de fevereiro, técnicos de juventude de várias organizações europeias, entre as quais o CJA, debateram os critérios de qualidade com questões relacionadas com o valor das atividades, o impacto e benefícios, e a conformidade com as diretrizes do programa, participaram em atividades de educação não-formal e, em colaboração, desenharam novos projetos de voluntariado.


Foto: participação do CJA no TOSCA na Áustria

Novo estado de emergência. Leia o projeto de decreto presidencial


O Governo pronunciou-se, já esta tarde, a favor da renovação até 8 de dezembro.

O Presidente da República enviou esta quinta-feira para o Parlamento o projeto de decreto que renova o estado de emergência em Portugal de 24 de novembro até 08 de dezembro, para permitir medidas de contenção da Covid-19.

"Depois de ouvido o Governo, que se pronunciou esta tarde em sentido favorável, o Presidente da República acabou de enviar à Assembleia da República, para autorização desta, o projeto de diploma renovando o estado de emergência por 15 dias, de 24 de novembro a 8 de dezembro", lê-se numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet.

O atual período de estado de emergência começou às 00:00 no passado dia 09 e termina às 23:59 da próxima segunda-feira, 23 de novembro. O respetivo diploma foi aprovado no parlamento com votos a favor de PS, PSD e CDS-PP, abstenções de BE, PAN e Chega e votos contra de PCP, PEV e Iniciativa Liberal.

Para renovar por mais 15 dias este quadro legal, que permite a suspensão do exercício de alguns direitos, liberdades e garantias, o Presidente da República tem de ter ouvir o Governo e de autorização da Assembleia da República, que irá votar este diploma na sexta-feira.

Marcelo Rebelo de Sousa já tinha anunciado hoje, no final de uma reunião sobre a evolução da Covid-19 em Portugal, no Infarmed, em Lisboa, que iria propor a renovação do estado de emergência por mais 15 dias.

O Presidente da República considerou hoje que deverá haver sucessivas renovações do estado de emergência, "aquelas que forem necessárias", para se "esmagar a curva" da evolução da epidemia de covid-19 em Portugal.

Lusa / TSF

 

Antologia reúne textos evocativos de autores romenos que passaram por Lisboa

Para realizar este magnífico álbum, a Embaixada da Roménia na República Portuguesa e o Instituto Cultural Romeno em Lisboa desafiaram personalidades romenas que passaram por solo português a expressarem a forma como vêm a cidade de Lisboa. Dessa iniciativa resultou a antologia bilingue Azul de Lisboa/ Azur de Lisabona. A obra chega às livrarias no próximo dia 24 de Novembro de 2020, numa iniciativa da Embaixada da Roménia e do Instituto Cultural Romeno, publicada com a chancela da Guerra e Paz Editores e com o apoio da Fundação Bonte.

Diplomatas, escritores e artistas romenos, que visitaram ou viveram em Lisboa, foram convidados pela Embaixada da Roménia na República Portuguesa e pelo Instituto Cultural Romeno em Lisboa a participar numa antologia de textos evocativos dessa experiência, acompanhados por fotografias que o reputado fotógrafo romeno Cosmin Bumbut, vencedor do Sony World Photography Award, fez da capital portuguesa.

 

Dessa experiência resultaram textos emotivos, que demonstram uma enorme paixão por Lisboa, e com os quais as fotografias de Bumbut assumiram uma ligação imediata. É essa antologia de histórias e vivências romenas sobre Portugal, Azul de Lisboa, que agora vê a luz do dia numa edição bilingue (português/romeno). Uma obra que irá surpreender portugueses e romenos e fortalecer as relações diplomáticas e culturais entre os dois países.

 

Os leitores portugueses vão deparar-se com uma forma única de olhar a cidade – como é que nos vêem os olhos fascinados dos romenos – e vão também conhecer os valores e as figuras de uma cultura que cada vez mais se aproxima de nós.

 

Para estes escritores, artistas e diplomatas romenos é uma descoberta ou redescoberta de Portugal, país do limite ocidental da Europa, do qual querem exprimir impressões e vivências que possam ir além das habituais referências à epopeia dos exploradores, aos jardins de laranjeiras e ao fado.

 

Azul de Lisboa chega às livrarias no próximo dia 24 de Novembro de 2020. A obra poderá ainda ser adquirida através do site da Guerra e Paz Editores. Uma notável edição de coleccionador de grande formato e totalmente a cores para desfrutar ou – quem sabe – oferecer.

 

 

Azur de Lisabona / Azul de Lisboa

AA. VV.

Fotografias de Cosmin Bumbut

Não Ficção / Arte

264 páginas · 21x29 · 25,00 €

Nas livrarias a 24 de Novembro

Cantanhede | Projeto pedagógico direcionado para crianças e jovens: Biocant promove Academia de Biotecnologia

Academia de Biotecnologia, assim se designa o núcleo pedagógico inovador que está a ser desenvolvido pelo Biocant – Associação de Transferência de Tecnologia em Biotecnologia, com o apoio do Biocant Park, SA. Especialmente direcionado para crianças e jovens desde o ensino básico até aos primeiros anos da universidade, a iniciativa visa a promoção de literacia científica no campo da biotecnologia, através de ações que incluem a participação desse público-alvo em contextos de aprendizagem baseados na experimentação e com enquadramento sobre o modo como é feita ciência em Portugal nesta área específica.

Trata-se de uma aposta orientada para a formação dos alunos de diferentes níveis de ensino, no sentido de lhes proporcionar a aquisição de conhecimentos, competências e motivação para seguirem uma carreira em setores de ponta no âmbito da investigação científica em biotecnologia.

A Academia de Biotecnologia tem como missão despertar o interesse pela ciência nos mais jovens, deste modo as empresas e grupos de investigação do parque tecnológico terão também um importante papel, sobretudo na inserção dos formandos em ambiente laboratorial e no seu acompanhamento no uso de equipamentos inovadores e na aplicação de diversas técnicas, o que será feito com uma abordagem às temáticas numa linguagem adequada a cada faixa etária e com aplicação de protocolos integrados naquilo que é a estrutura empresarial e de I&D do parque.

A base formativa assenta em quatro segmentos de formação com níveis de aprofundamento diferenciados, nomeadamente o Modelo de Aprendizagem Pontual, o Modelo de Aprendizagem Contínua, os Cursos Práticos e as Sessões Online.

O Modelo de Aprendizagem Pontual e os Cursos Práticos são direcionados para alunos de todos os graus escolares, o primeiro com grupos de 20 participantes por cada sessão de três horas em laboratório, os segundos com 2/3 estudantes por formador, neste caso com incidência sobre temáticas muito específicas, entre as quais a cultura celular, a clonagem e as células do corpo humano. Como parte da experiência, cada participante será incentivado a desenvolver o pensamento crítico e a capacidade analítica da proposta científica.

Já o Modelo de Aprendizagem Contínua está organizado para 2/3 estudantes do ensino secundário e superior em contexto de trabalho laboratorial durante três horas semanais ao longo de um mês. Uma das vantagens desta formação é sem dúvida a integração dos participantes em ambiente empresarial ou em grupos de investigação, proporcionando a cada um maior número de tarefas laboratoriais, de forma a que todos tenham igual oportunidade na realização das atividades experimentais. A perspetiva é a de que, num ambiente mais íntimo, o desenvolvimento de qualidades de trabalho de equipa é mais eficaz, no sentido em que isso favorece a discussão de ideias, a resolução de problemas e a apreensão de conceitos importantes do ponto de vista científico, educativo e social.

Finalmente, as Sessões Online podem ter uma duração variável e estão concebidas para contornar as dificuldades das medidas de confinamento decorrentes da pandemia de Covid-19, incidindo essencialmente no desenvolvimento de temáticas apropriadas para cada ciclo de ensino.

No âmbito da atividade da Academia de Biotecnologia está prevista ainda a criação do prémio Biotech Challenge, com carácter anual, traduzido na atribuição de uma bolsa de participação numa atividade no Modelo de Aprendizagem Contínua e que poderá ser complementado com outras ofertas de empresas envolvidas no projeto. Com esta recompensa pretende-se reforçar o carácter diferenciador do projeto e estimular a criatividade e a capacidade empreendedora dos participantes, no que, segundo as entidades promotoras, não só dá resposta qualificada à necessidade de institucionalizar e generalizar a cultura científica, como constitui um estímulo aos jovens para prosseguimento de estudos na área das ciências e um incentivo ao bioempreendedorismo.

A Academia de Biotecnologia teve como precursor o “Centro de Ciência Júnior” implementado no Biocant Park em 2007 e cujo principal objetivo era envolver os alunos no mundo da ciência, dotando-os com conhecimentos e competências tendentes a reforçar pensamento crítico. A missão do Centro de Ciência Júnior era valorizar a componente experimental no ensino das biociências e estimular a atitude empreendedora. 10 anos depois, o espaço do Biocant Park dedicado a esse projeto foi remodelado e reequipado de modo a acompanhar desenvolvimento tecnológico e os novos desafios no âmbito da evolução da biotecnologia e das ciências da vida em geral. E é assim que surge a Academia de Biotecnologia, uma aposta que acompanha a nova realidade do setor a nível nacional, fazendo do ensino experimental na área das biociências o elo de ligação entre os cidadãos e a ciência.

FORMAÇÃO DOS SAPADORES FLORESTAIS EM CONDUÇÃO E OPERAÇÃO COM TRATOR EM SEGURANÇA

Decorreu entre os dias 20 de Outubro e 4 de Novembro, em São Marcos da Serra com o apoio do Município de Silves, uma formação de “Condução e Operação com trator em segurança” promovida pela AMAL – Comunidade Intermunicipal  do Algarve, na qual participaram quatro elementos das equipas de sapadores florestais do município.

Esta formação inserida no  projeto CILIFO – Centro Ibérico de Investigação e Combate aos Incêndios Florestais, pretende reforçar e promover a cooperação e os procedimentos de trabalho, entre os Dispositivos de Prevenção e Extinção de Incêndios Florestais dentro da área de cooperação da Euro Região Alentejo – Algarve – Andaluzia.

Com a mesma, a equipa adquiriu uma maior capacidade de intervenção no território e por consequência um maior knowhow na resposta aos trabalhos realizados em prol da Defesa da Floresta Contra Incêndios.

As Equipas de Sapadores Florestais do Município de Silves têm recebido nos últimos anos um grande investimento por parte do Município, ao nível da formação, equipamentos de proteção individual e coletiva, equipamentos motomanuais e disponibilização de robot de desmatação.

Município de Évora dinamiza 1º Encontro “Évora Cidade Educadora”


É já no dia 30 de Novembro que se realiza o 1º Encontro Évora Cidade Educadora, denominado "Imagina que Transformas", nos Paços do Concelho de Évora. Terá o formato de vídeo-conferência e os interessados poderão já inscrever-se na página eletrónica http://inscricoes.cm-evora.pt 

Trata-se de um encontro organizado pela Câmara Municipal de Évora, que decorre ao longo de todo o dia, com um programa que pode consultar em http://encontroevoracidadeeducadora.cm-evora.pt 

O Presidente do Município, Carlos Pinto de Sá, participa na sessão de abertura (que conta também com a intervenção de Marina Canals - Secretária Geral da Associação Internacional das Cidades Educadoras), sendo o encerramento dos trabalhos feito pela Vereadora do Pelouro da Educação, Sara Dimas Fernandes. 

Os vereadores Eduardo Luciano e Alexandre Varela apresentam comunicações nos painéis, os quais serão subordinados às seguintes temáticas: “Novas respostas na educação, cultura e turismo em tempo de pandemia”; “A rede social: desafios e complexidade” e “Agir pelo Ambiente. Construir um Concelho Sustentável!”.

A conferência “A construção da cidade”, pelo pedagogo e Professor Américo Peças e a apresentação do livro “A Cidade das Crianças”, de Francesco Tonucci, são mais alguns dos momentos chave agendados para o evento que conta ainda com a exposição “1º Encontro Évora, Cidade Educadora”, que decorre de 23 a 30 de Novembro, na Praça de Sertório.

Portugal em 4.º lugar na produção de vinho da UE com 700 milhões de litros


Portugal foi o quarto maior produtor de vinho na União Europeia (UE) em 2019, com setecentos milhões de litros, uma fatia de 5% do total de uma tabela liderada pela Itália, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, no ano passado a UE produziu 15,8 mil milhões de litros de vinho -- categoria que inclui champanhe, espumante, porto, madeira, xerês e mosto de uva -, tendo Itália contribuído com a maior parte (5,5 mil milhões de litros, 35%), seguida por Espanha (4,3 mil milhões de litros, 27%), França (3,4 mil milhões, 21%), Portugal (setecentos milhões de litros, 5%), Alemanha (setecentos milhões, 4%) e Hungria (quatrocentos milhões, 25 do total da UE).

Segundo o portal Pordata, Portugal produziu 6,526 mil hectolitros de vinho em 2019.

A UE exportou no ano passado 7,1 mil milhões de litros de vinho, com Itália a representar 34% das vendas para países terceiros (1,1 mil milhões de litros), seguida por França (800 milhões, 25%) e Espanha (700 milhões, 22%).

Os principais parceiros das exportações de vinho da UE são o Reino Unido e os Estados Unidos, que pesam 44% do total.

Lusa

Comércio e restauração de Leiria pede corte de 50% nos impostos para salvar setor


O presidente da Associação de Comércio, Serviços e Turismo da Região de Leiria (ACILIS) defende a redução em 50% a carga de impostos e taxas para ajudar o setor a sobreviver à pandemia.

O presidente da direção, Lino Ferreira, considera “crítica e dolorosa” a atual situação do comércio e restauração e sugere ao Governo que a carga fiscal e os impostos sobre água, energia e comunicações sejam diminuídos.

“Estamos numa fase muito complicada. Os nossos governantes têm de olhar para isto de uma forma diferente da que têm olhado até agora. Em termos nacionais, o Governo devia fazer uma quebra de 50% em todos os impostos, água, eletricidade, comunicações, rendas, IRC, IRS, Segurança Social… Isso vinha ajudar a maioria dos comerciantes e salvava alguns. Quando a situação retomasse a normalidade, repunha-se progressivamente”, afirma à agência Lusa.

O responsável da ACILIS já apresentou a proposta à Confederação do Comércio e Serviços de Portugal e considera que o momento atual “não tem tido a melhor resposta do Governo”.

“Não podemos nesta altura difícil estar a gerir clientelismo político. Quando se vê sítios onde a propagação do covid-19 pode ser maior, como as grandes superfícies onde há mais gente por metro quadrado, terem horários diferentes da restauração e comércio de rua, alguma coisa está errada”, acrescenta.

Segundo o presidente da associação, “quem faz mexer o país e contribui muito para a economia local e nacional é a restauração, comércio e serviços, que são quem emprega mais em Portugal atualmente” e, por isso, “é necessário um apoio direto e muito concreto”.

“Se há dinheiro para o Novo Banco e para a TAP, o Governo tem de olhar para estas situações, que podem acabar com muitas empresas e criar uma situação social muito grave”.

Lino Ferreira defende também que os ordenados mais altos sofram um corte de um terço, salvaguardando a restituição posterior.

“É muito difícil para as empresas sobreviverem neste momento. Uma medida importante seria reduzir um terço em ordenados acima de dois mil euros e, quando a economia recuperasse, esse terço seria pago. Mas não se deve mexer nos ordenados mais baixos”.

Em Leiria, a ACILIS foi já desafiada a ir para a rua manifestar-se, como aconteceu recentemente no Porto e em Lisboa com o setor da restauração, mas o presidente da direção recusa associar-se ao que considera “atividades de baixo nível e ronceirismo”.

“Já houve abordagens da parte de associados para nos manifestarmos de forma mais ruidosa, mas é preciso ter civismo e não alinhar com o que já aconteceu, que roça a má educação. Não estamos disponíveis para esse tipo de coisas. No momento que vivemos precisamos é de unir e não de desunir”.

Lusa

André Ventura multado em mais de 400 euros por discriminar ciganos


O presidente do Chega, André Ventura, foi multado em 438,81 euros por discriminar ciganos, numa publicação em agosto na rede social Facebook, sentenciou a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR).

Segundo a decisão da CICDR, a que a Lusa teve acesso, o deputado único do partido da extrema-direita parlamentar praticou uma contraordenação, punível com coima, por "discriminação por assédio em razão da origem étnica".

André Ventura ainda pode ser ouvido ou deixar correr o processo até ao Ministério Público, o qual deduzirá ou não uma acusação. No pior dos cenários, está em causa um crime de discriminação racial, cuja pena máxima é de cinco anos de prisão.

A publicação do também candidato presidencial, datada de 21 de agosto de 2020 e alvo de queixa pela Letras Nómadas (Associação de Investigação e Dinamização das Comunidades Ciganas) foi acompanhado de um gráfico sobre as "principais fontes de rendimento dos indivíduos por escalões etários".

"A verdade acaba sempre por prevalecer. Quase 90% da comunidade cigana vive de 'outras coisas' que não o seu próprio trabalho. Enquanto não percebermos que há aqui um problema estrutural de subsidiodependência e de não integração deliberada, ele continuará a crescer descontroladamente", escreveu na altura o líder do Chega.

Ventura tem atacado constantemente a comunidade cigana em Portugal e, segunda-feira, em entrevista à TVI, colocou mesmo como condição de viabilização de um Governo de direita o "resolver a questão dos ciganos".

Lusa

Diretora de Obstetrícia dos Hospitais de Coimbra exige urgência na construção de nova maternidade


A diretora do Departamento de Ginecologia, Obstetrícia, Reprodução e Neonatalogia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) disse hoje que é urgente a construção de uma nova maternidade na cidade e alertou para a proximidade de um colapso.

"A urgência de substituir as valências das maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto é cada vez maior", frisou Teresa Almeida Santos, em comunicado enviado à agência Lusa, referindo que a construção de uma nova maternidade, prometida há oito anos, "não pode ser um campo de batalha".

Salientando que o CHUC "tem mais partos do que qualquer outra maternidade no país", a responsável denunciou a falta de serviços essenciais, como cuidados intensivos e apoio de especialidades nas duas maternidades em funcionamento, bem como falta de condições nos "velhos edifícios e blocos operatórios".

Por não haver serviço de sangue em nenhuma das maternidades, quando há uma hemorragia importante, é preciso esperar pelo sangue que vem do Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC). Com duas maternidades em funcionamento, estamos à beira de não assegurar as urgências dos dois lados, comprometendo a resposta e a segurança", alerta a diretora do departamento.

Teresa Almeida Santos considera que "uma nova maternidade é uma prioridade e uma emergência", alertando que o "colapso está iminente", pelo que a discussão em torno da sua localização não pode adiar o que é "essencial ser feito".

Segundo a especialista, o bloqueio na construção da nova maternidade "não é a crónica falta de dinheiro", mas sim "a crítica localização".

As forças políticas da cidade defendem a sua edificação no perímetro do Hospital Geral (Covões) e o ministério da Saúde entende que a melhor localização é no perímetro dos HUC, com base em estudos técnicos.

A responsável do Departamento de Ginecologia, Obstetrícia, Reprodução e Neonatalogia do CHUC refere que existem vários estudos feitos sobre qual a melhor solução, "coincidentes nas suas conclusões", mas que depois são acusados de ser "encomendados".

"Será preciso um novo estudo? Ou terá de se esperar até o resultado de um estudo agradar a quem pode decidir ou influenciar a decisão?", questiona.

Segundo Teresa Almeida Santos, entre os profissionais de saúde das duas maternidades "existe a convicção de que a localização no ‘campus' do HUC assegura a segurança das mulheres e dos recém-nascidos (todos os recursos necessários ao cuidado das grávidas, puérperas e recém-nascidos em situação de emergência já existem, também pela proximidade do Hospital Pediátrico)".

"Mas o mais grave é que os argumentos aduzidos colocam quem devia estar em primeiro lugar fora da equação: as grávidas, as mães e os bebés. Não se ouve nem se lê sobre o que será melhor para os maiores interessados", lamenta.

A diretora do departamento de Ginecologia, Obstetrícia, Reprodução e Neonatalogia do CHUC entende que o "melhor para grávidas, mães e bebés é que a decisão seja tomada rapidamente e tendo em vista, à partida, a sua segurança, bem-estar e futuro".

Lusa

CÂMARA MUNICIPAL DE SILVES É PIONEIRA NA COMPOSTAGEM COMUNITÁRIA

 

O Município de Silves é pioneiro no Algarve em compostagem comunitária, direcionada, neste momento, às freguesias de S. Marcos da Serra e de S. Bartolomeu de Messines.

Esta iniciativa permite que os munícipes, destas freguesias, separarem os biorresíduos na fonte tratando-os localmente, reduzindo assim a pegada ecológica indexada ao transporte e deposição em aterro, com os benefícios ambientais daí resultantes.

Os resíduos depositados irão sofrer uma degradação, transformando-se em fertilizante natural. O composto será aplicado localmente nos jardins municipais, contribuindo para a responsável gestão de resíduos e sustentabilidade ambiental.

Este projeto representa um passo numa estratégia de longo prazo que passará pelo cumprimento da Diretiva Quadro do Resíduos e do PERSU2020, integrando Silves no pelotão da frente a nível nacional, assumindo desde já um caminho para alcançar as metas mais ambiciosas de valorização, que prevêem a obrigação de recolha seletiva de biorresíduos a partir de 2023. Silves antecipa assim as medidas que serão transpostas para o direito nacional, permitindo uma curva de aprendizagem que permitirá inovar num futuro próximo.

O POSEUR e o Fundo Coesão europeu suportou 85% dos encargos dos investimentos de aquisição de equipamento e publicidade e divulgação do sistema.

NATAÇÃO DA SOCIEDADE COLUMBÓFILA REGRESSA AS COMPETIÇÕES NACIONAIS


Foi com enorme satisfação que Camila Silva e Marisa Nobre representaram a Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense naquela que foi a primeira competição em termos individuais do calendário da época de 2020/2021 da Federação Portuguesa de Natação. 

As atletas da ASSSCC estiveram presentes no Torneio Zonal Norte de Juniores e Séniores de Piscina Curta. 

Esta competição foi coorganizada pela Federação Portuguesa de Natação e a Associação de Natação do Centro Norte de Portugal, contando com a participação de cerca de 200 atletas, que obtiveram mínimos de participação em representação de 38 clubes oriundos de 5 associações distritais, ANMinho, ANNorte Portugal, ARNNordeste, ANCNP (Aveiro), ANCoimbra. 

Do lado da coletividade de Cantanhede, e tendo em conta a situação pandémica os resultados alcançados foram bastante satisfatórios, sendo que Camila Rola Silva obteve o 6º lugar nos 200 Livres, 8º nos 400 e 7º lugar nos 800 Livres , enquanto que Marisa Nobre ficou em 4º lugar nos 200 Estilos, 200 e 400 Livres e em 7º lugar nos 800 Livres. 

A próxima prova do calendário nacional está prevista para os dias 05 e 06 de dezembro, nomeadamente o Torneio Zonal de Juvenis e no qual irão participar 4 atletas da SCC que obtiveram os respectivos mínimos exigidos para esta competição.

“Revolucionamos a sua experiência de aprendizagem… para atingir melhores resultados” é o objetivo da ENB- Escola de Negócios


A ENB- Escola de Negócios, é a única Escola de Negócios em Portugal com formação Avançada, Executiva e Intensiva autónoma de instituições do ensino superior, sendo a sua missão proporcionar momentos de aprendizagem e de desenvolvimento de competências diferenciadoras, de acordo com as reais necessidades de mercado. 

Com a expressão “Revolucionamos a sua experiência de aprendizagem… para atingir melhores resultados” pretendem transmitir que uma Escola não deve ser apenas um espaço para aprender, deve ser igualmente um espaço aberto ao desenvolvimento de novas ideias, novos conceitos, novos negócios. 

Cientes das constantes alterações do mercado, a ENB aposta no reskilling e no upskilling dos profissionais. Enquanto o upskilling visa dotar o profissional de novas competências para otimizar seu desempenho, o reskilling (também conhecido como reciclagem profissional) procura dotar os profissionais de competências novas e diferenciadoras. 

Esta Escola de Negócios é especializada nos temas da Gestão e Estratégia Empresarial, da Fiscalidade e da Gestão de Pessoas e pretende, por isso, contribuir para o desenvolvimento profissional, acrescentando valor às funções dos vários profissionais, para que estes possam, consequentemente, ter uma melhor qualidade de vida e um maior sucesso da sua organização. 

Assim, a ENB- Escola de Negócios permite-lhe que tenha acesso a percursos e experiências de aprendizagem, tais como: Cursos Avançados, Executivos, Intensivos; Formação “à medida” para a sua empresa, Formação personalizada (one-to-one); “Consultoria e Apoio à Gestão” bem como “Apoio à criação de negócios”. 

Desde o início da pandemia COVID-19, e com o objetivo de ajudar os profissionais a ultrapassar as adversidades, a ENB passou a dinamizar Webinars Gratuitos, disponibilizando a todos os participantes um conjunto de conteúdos com aplicabilidade prática, relacionados com o mundo empresarial. Saiba mais informações em www.escoladenegocios.com

Carlos Moedas vaticina vitória de Aveiro na corrida à Capital Europeia da Cultura em 2027


O ex-comissário europeu Carlos Moedas, vaticinou hoje que Aveiro vai vencer a corrida à Capital Europeia da Cultura em 2027, porque tem uma ligação “extraordinária” entre a arte, a ciência e a inovação, que a diferencia das outras candidaturas.

“Acho que vamos ganhar, porque Aveiro tem algo que a diferencia de todos as outras opções. Aveiro tem esta diferença que é a ligação extraordinária que tem entre a arte, a ciência e a inovação”, disse Carlos Moedas, que foi escolhido para presidir à Comissão de Honra do projeto Aveiro 2027.

Na sessão, que decorreu ao final da tarde no Teatro Aveirense e que foi transmitida em direto pela internet, Moedas disse que aceitou o convite feito pelo presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, devido a uma relação de amizade com aquele que “vem de longe”.

“Eu disse-lhe imediatamente que sim - só tinha de confirmar com a Comissão Europeia se não tinha para aqui algum problema de conflito de interesses. Mas o meu coração está aqui e está exatamente por essa razão pessoal”, disse o antigo comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação.

Ribau Esteves, que anunciou a escolha, descreveu Carlos Moedas como "um português muito português e um europeu muito europeu".

"É daqueles portugueses que ajudou a gerir a pátria em momentos muito difíceis do seu passado recente e ajudou a gerir a Europa em momentos muito difíceis do seu passado recente ajudando Portugal e a Europa a crescer e a serem maiores e melhores”, disse Ribau Esteves.

A sessão serviu para apresentar os órgãos que constituem a estrutura de gestão responsável pela candidatura de Aveiro a capital Europeia da Cultura em 2027.

O Conselho Estratégico será formado por uma centena de entidades, das mais diversas áreas temáticas, públicas e privadas, que “vão contribuir para o desenho da candidatura” e a comissão executiva será liderada por José Pina, diretor do Teatro Aveirense e assessor cultural.

Além de Aveiro há mais nove cidades portuguesas (Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Leiria, Guarda, Oeiras e Viana do Castelo) que já manifestaram intenção de se candidatar à capital Europeia da Cultura 2027, que decorrerá em simultâneo em Portugal e na Letónia.

Apesar de algumas destas cidades já terem divulgado detalhes dos seus planos estratégicos, nenhuma candidatura foi apresentada, porque o procedimento formal ainda não foi aberto.

Segundo o Ministério da Cultura, “a escolha da cidade vencedora será feita por um júri composto por dez peritos independentes, nomeados por instituições europeias, e para o qual Portugal escolherá dois elementos entre janeiro e junho do próximo ano”.

A vencedora será anunciada em 2023.

Lusa

Covid-19: Hospitais de Coimbra têm falta de profissionais de Cuidados Intensivos


O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) tem ainda “uma folga razoável” nas camas de Cuidados Intensivos destinadas aos doentes com covid-19, mas faltam profissionais e verifica-se uma “diminuição significativa” das cirurgias, lamentou o diretor clínico.

Ao fazer um ponto da situação, o diretor clínico do CHUC, Nuno Deveza, disse aos jornalistas que, às 11:00 de ontem, quarta-feira, estavam internados 110 doentes com covid-19, 18 dos quais em Cuidados Intensivos (nível III).

“Temos 14 doentes em nível II (menos grave do que o nível III) numa enfermaria com essa tipologia e com essas características para funcionar como intermédia e depois temos os restantes doentes distribuídos por outras cinco enfermarias”, explicou.

Segundo Nuno Deveza, em termos de resposta de Cuidados Intensivos, o plano de contingência do CHUC tem capacidade para 49 camas e, neste momento, estão abertas 19, ou seja, ainda tem “capacidade de expandir” mais.

No entanto, “essa expansão já está a ser à custa da redução de atividade programada não urgente, nomeadamente atividade cirúrgica”, explicou, exemplificando que houve “uma redução de 40 a 45 cirurgias por dia no polo HG (Hospital Geral, Covões)”.

Nuno Deveza disse que já há “recursos humanos de outras especialidades que não a medicina intensiva a trabalhar nas unidades de Cuidados Intensivos, nomeadamente anestesistas”, o que também tem reflexos na atividade cirurgia.

Além dos anestesistas, também médicos de cardiologia, de pneumologia e de medicina interna integram a equipa de apoio ao doente de medicina intensiva.

“Portanto, em medicina intensiva ainda temos, em termos de espaço, de camas, uma folga razoável. Agora, em termos de recursos humanos, estamos muito apertados”, alertou.

No entender do diretor clínico do CHUC, “poderá chegar uma altura em que possa estar em risco também a resposta a doentes não covid de Cuidados Intensivos”, o que não pode acontecer, uma vez que a instituição tem responsabilidade não só relativamente à população de Coimbra, mas à da região Centro.

“As 20 camas que temos de Cuidados Intensivos para doentes não covid têm que manter a sua capacidade de resposta”, porque “as situações não covid não diminuíram”, justificou, acrescentando que a taxa de ocupação atual destas camas é de 80%.

Nuno Deveza sublinhou que se trata de “arranjar um equilíbrio entre a resposta à pandemia e a resposta aos doentes não covid”.

Neste momento, nos Cuidados Intensivos, o nosso maior desafio são os recursos humanos, sejam médicos, sejam enfermeiros, porque a tipologia de doentes é muito diferenciada e requer apoios bastante diferenciados. Esses apoios já em situação normal são escassos, quando é preciso uma resposta maior tornam-se ainda mais escassos”, lamentou.

O responsável explicou que, no que respeita aos doentes que não necessitam de Cuidados Intensivos, a capacidade é de 108 camas, estando apenas 17 livres.

Caso seja necessário, “e tudo indica que sim, porque a situação ainda está numa fase de escalada, nomeadamente em termos de internamentos”, a instituição tem “outros planos alternativos”, mas que implicarão “diminuição da capacidade de resposta de internamento com doentes não covid”, acrescentou.

Lusa

Concorrentes da Eurovisão gravam atuações para garantir que há concurso em 2021


Os concorrentes da 65.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, marcada para maio de 2021 nos Países Baixos, vão gravar as atuações nos seus países, de modo a garantir que o concurso acontece, caso estejam impedidos de viajar.

“Com a Eurovisão 2021 a aproximar-se, podemos agora revelar que todos os participantes terão garantido o direito de participar na competição. Cada país irá criar uma gravação ‘ao vivo’ antes do concurso, que poderá ser usada caso o concorrente não possa viajar para Roterdão devido à pandemia, ou no caso de, já nos Países Baixos, ter de ficar em quarentena”, refere a organização num comunicado hoje divulgado no 'site' oficial do Festival Eurovisão da Canção.

A 65.ª edição do concurso, que se realiza anualmente na Europa desde 1956, deveria ter acontecido em maio deste ano, em Roterdão, mas a União Europeia de Radiodifusão, por considerar que não estavam reunidas condições para a sua realização, devido à pandemia da covid-19, decidiu adiá-la um ano.

A organização explica que foi pedido a todas as estações de televisão participantes (no caso de Portugal é a RTP) “que gravem uma atuação ao vivo do concorrente no seu país”.

Essa gravação “deverá ser entregue antes do evento, terá de acontecer num estúdio e em tempo real (tal como seria no concurso), sem qualquer edição da voz ou de qualquer parte da atuação, depois de esta ser gravada”.

A organização garante que “um conjunto de diretrizes de produção irá assegurar a equidade e integridade do concurso”.

Esperemos que todos, ou a maioria, dos concorrentes possam viajar para Roterdão em maio, mas termos a gravação da atuação ao vivo garante que esta será vista por milhões de espectadores, aconteça o que acontecer”, refere a organização.

As semifinais da 65.ª edição do festival Eurovisão da Canção estão marcadas para os dias 18 e 20 de maio e, a final, para o dia 22 do mesmo mês.

Em 2021 participam 41 países, tal como estava previsto para este ano.

Portugal iria estar representado com a canção “Medo de Sentir”, interpretada por Elisa e composta por Marta Carvalho.

Em 2021, será outro o tema a representar Portugal, que irá ser escolhido no Festival da Canção da RTP.

Portugal participou no Festival Eurovisão da Canção pela primeira vez em 1964, tendo entretanto falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016).

Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014, 2015 e 2019, Portugal falhou a passagem à final.

Portugal venceu pela primeira vez o Festival Eurovisão da Canção em 2017, com o tema “Amar pelos dois”, interpretado por Salvador Sobral, composto por Luísa Sobral. Na sequência da vitória, Lisboa acolheu o concurso no ano seguinte.

Fonte e Imagem: Lusa / Madremedia

Farmácias realizam testes rápidos à Covid-19 sem cumprir requisitos técnicos exigidos pela DGS


Há farmácias a realizarem testes rápidos de antigénio sem cumprirem todos os requisitos técnicos exigidos pela Direcção-Geral da Saúde, pelo Infarmed e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Uma das falhas está na sinalização dos resultados no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica ao qual as farmácias ainda não têm acesso.

Numa circular informativa conjunta assinada na passada sexta-feira, é determinado que, nesta fase, a realização dos novos exames rápidos de deteção da Covid-19 está circunscrita aos “estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, com registo válido na Entidade Reguladora da Saúde, desde que devidamente habilitados para a colheita e diagnóstico laboratorial”.

Ouvida pelo Público, para professora de Direito da Saúde Paula Lobato de Faria, da Escola Nacional de Saúde Pública, esta descrição exclui as farmácias, já que no âmbito da Lei de Bases da Saúde, não são entidades prestadoras de cuidados de saúde.

Nessa circular, as autoridades públicas de saúde admitem que, numa segunda fase, “outras entidades venham a ser definidas em momentos posteriores, decorrente da avaliação da implementação desta circular, situação epidemiológica no país e de necessidades identificadas a nível regional e local”.

Esta quinta-feira, o jornal Público noticia que entre as exigências para se poder realizar testes rápidos de antigénio está a obrigação de ter um espaço dedicado às colheitas; a obrigação de a amostra ser recolhida por um profissional de saúde com experiência e formação específica para colher amostras do trato respiratório superior ( feito com uma zaragatoa); a necessidade desse profissional utilizar equipamentos de proteção individual e de se cumprirem as regras de biossegurança, uma vez se está a lidar com possíveis agentes patogénicos que não podem ir para o lixo normal.

Outro requisito é que os resultados sejam inseridos no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE) até 12 horas depois da realização do teste - sejam os resultados positivos, negativos ou inconclusivos.

O problema é que as farmácias não têm, até agora, acesso a esta plataforma informática, e por isso não estão a notificar os resultados destes testes à Direcção-Geral da Saúde - como é obrigatório. Ao Público, Paula Lobato de Faria explica que esta exigência se justifica porque a pandemia é algo que ultrapassa a dimensão privada porque existe a necessidade se conhecer quem está infetado, de modo a evitar a propagação da Covid-19.

Ao contrário da Ordem dos Farmacêuticos, a Associação Nacional de Farmácias afirma que as farmácias estão autorizadas a realizar os testes rápidos de antigénio e não vê problemas na ausência de notificação através do SINAVE. “No cumprimento da legislação em vigor, os resultados positivos são comunicados pelo utente às autoridades de saúde através da linha SNS24, ou pelo farmacêutico se devidamente autorizado pelo mesmo”, afirma ao Público.

A especialista em Direito da Saúde Paula Lobato de Faria tem uma visão diferente: “Se as farmácias querem realizar estes testes, têm que estar munidas do sistema para notificar os resultados dos testes e cumprir todas as outras condições”, defende. A professora considera um “perigo” ter exames a ser realizados sem que pelo menos os positivos sejam do conhecimento da autoridade de saúde. “Não podemos ter pessoas que vão fazer o teste, dão positivo e depois ficam ao deus-dará”, conclui.

A Ordem dos Farmacêuticos diz ainda estar a analisar a circular conjunta. Ao Público, o Infarmed não quis clarificar se as farmácias estão ou não habilitadas para realizar, nesta fase, os novos testes rápidos de antigénio.

Madremedia

Regime fiscal do programa “Regressar” abrange 757 pessoas em 2019


O regime especial de tributação do programa "Regressar", dirigido a ex-residentes que regressaram a Portugal ao longo de 2019, abrangeu 757 contribuintes naquele ano.

Este número foi avançado por fonte oficial do Ministério das Finanças à Lusa, que precisou que o mesmo se refere somente a 2019, "uma vez que apenas com a entrega das declarações de IRS é que é exercida a opção pelo regime".

Desta forma, indicou a mesma fonte oficial, apenas no final da campanha do IRS de 2021 será possível "apurar o número de beneficiários de 2020".

Criado com o Orçamento do Estado para 2019, o programa "Regressar" consiste num benefício fiscal que permite que os contribuintes que tenham regressado a Portugal em 2019 ou o façam em 2020 e não tenham sido cá residentes nos três anos anteriores, paguem IRS sobre 50% dos rendimentos durante um período que pode ir, no máximo, até cinco anos.

As datas de saída e de regresso ao país e a sua conjugação com a morada fiscal são para Luís Leon, da consultora Deloitte, um dos motivos que pode explicar o facto de menos de mil pessoas terem acedido ao regime em 2019.

"Muitas pessoas até podiam ter acesso ao regime, mas não tiveram porque não mudaram a morada no cartão do cidadão", refere Luís Leon, lembrando que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) assume de forma automática como morada fiscal a que consta do Cartão do Cidadão (CC).

Desta forma, quem deixe Portugal para ir trabalhar para outro país, mas não mude a morada que consta no seu cartão do cidadão, acaba por ter sido sempre residente fiscal em Portugal aos olhos da AT. Provar que assim não foi, acentua o fiscalista, é um processo burocrático e que "não é fácil".

Além deste aspeto, Luís Leon duvida que para a maioria das pessoas que saíram do país, a perspetiva de pagar IRS sobre 50% do rendimento compense face ao rendimento que auferirão no estrangeiro.

A aplicação do IRS sobre 50% do rendimento é calculada no momento da liquidação anual do imposto, com a entrega da declaração, ainda que possa ter reflexo antes desta obrigação declarativa, através da retenção na fonte.

É que as regras que enquadram o regime permitem que possa começar a ser aplicado com as retenções na fonte -- devendo as entidades empregadoras aplicar a taxa prevista na tabela de retenção a apenas metade dos rendimentos.

Além da data do regresso ter de ocorrer em 2019 ou 2020, é necessário cumprir outras condições para se poder beneficiar desta redução do IRS, nomeadamente ter sido residente fiscal em território português antes de 31 de dezembro de 2015, ter a situação tributária regularizada em cada um dos anos em que seja aplicável o regime de benefício fiscal e não ter solicitado a inscrição como residente não habitual (RNH).

Este benefício fiscal é de caráter automático (não dependendo de reconhecimento prévio), tendo apenas os contribuintes de indicar, na sua declaração anual do IRS, que pretendem ser abrangidos.

Na semana passada, a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas referiu que o programa "Regressar" vai ser reavaliado e prolongado até 2023.

Lusa

Benfica vence Anderlecht e está nos 16 avos de final da Liga dos Campeões feminina

O Benfica apurou-se para os 16 avos de final da Liga dos Campeões de futebol feminino, ao vencer em Bruxelas o Anderlecht por 2-1, em jogo da segunda ronda de qualificação.

As belgas adiantaram-se no marcador aos 55 minutos, por intermédio de Tison, mas o Benfica não demorou a responder e empatou volvidos sete minutos (62), através de um remate de fora da área da brasileira Nycole Raysla, jogadora que ‘bisou’ e colocou as ‘encarnadas’ na frente, aos 78, através de um espetacular remate em arco.

Na sua época de estreia na prova, a equipa benfiquista segue para os 16 avos de final, que serão disputados a duas mãos, em 08/09 de dezembro e em 15/16 de dezembro, cujo sorteio decorrerá na próxima terça-feira (24 de novembro), em Nyon, na Suíça.

Lusa

Delegados ao congresso do PCP vão sentar-se em cadeiras, sem mesas


Os delegados, que já foram reduzidos a metade (cerca de 600) como forma de adaptar o congresso de 27, 28 e 29 de novembro às regras para conter a pandemia de covid-19, vão espalhar-se por todo o pavilhão, incluindo as bancadas, com respeito pelas distâncias de segurança.

Os únicos a mesas serão os órgãos executivos que vão sentar-se na mesa do congresso, acrescentou a mesma fonte.

Haverá circuitos de entrada, circulação e saída de delegados e dirigentes do partido.

Além da redução do número de delegados, de 1.200 (em 2016) para cerca de 600, o PCP optou por não ter convidados de forma a reduzir o número de pessoas no congresso, em plena pandemia, e que já começou a ser criticada pelos partidos de direita.

Hoje, o secretário-geral do PCP prometeu que o XXI congresso nacional, dentro de oito dias, vai ser exemplar quanto a medidas de prevenção da covid-19.

"O Presidente da República não obstaculizou nem levantou dúvidas ou dificuldades em relação à sua realização [do congresso comunista]", garantiu Jerónimo de Sousa, à saída de uma audiência no Palácio de Belém, adiantando que tem havido ligação com a Direção-Geral da Saúde na preparação do evento.

O XXI congresso nacional do PCP realiza-se em 27, 28 e 29 de novembro de 2020 no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, sob o lema "Organizar, Lutar, Avançar - Democracia e Socialismo".

Lusa

É errado falar de Nossa Senhora enquanto mãe solteira?

 

Anunciação – Girolamo Lucenti (1602-1624). Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia.

Padre David Francisquini

Pergunta — A freira americana que fez um discurso contra o aborto na convenção do Partido Republicano, elogiando as iniciativas pró-vida do presidente Trump em defesa dos direitos do nascituro, disse uma frase que me chocou: “Como cristãos, conhecemos Jesus pela primeira vez como um embrião no ventre de uma mãe solteira, e o vimos nascer nove meses depois na pobreza de uma gruta”. Por mais que a frase estivesse destinada às moças que ficam grávidas, recomendando-lhes que não abortem, essa analogia me pareceu inapropriada, pois parece esquecer a virgindade perpétua de Nossa Senhora e o fato de que Ela estava casada com São José. O que o senhor pensa disso?

Resposta — A Igreja tem muitas formas de censura para as proposições contrárias ao seu ensinamento. São chamadas de “notas teológicas”. As mais graves se relacionam com o conteúdo das proposições censuradas: herética, errônea na fé, temerária. Outras se referem à forma defeituosa pela qual elas são expressas: equivocada, suspeita, malsoante. Por fim, uma formulação pode não ser errônea no conteúdo e na forma, mas ser censurada pelos efeitos que produz num contexto determinado, qualificando-se então como escandalosa, perigosa, sedutora dos simples ou ofensiva aos ouvidos pios. Por exemplo, seria verdadeira uma ladainha que dissesse São Pedro renegado, rogai por nós, porque de fato ele negou Nosso Senhor três vezes. Mas a piedade dos fiéis ver-se-ia contundida pela evocação desse gravíssimo pecado no contexto de uma ladainha em que se pede sua intercessão. Da mesma maneira, é louvável o corajoso discurso contra o aborto, evocado na pergunta; mas foi muito infeliz a formulação com que a freira se referiu à concepção virginal, pois choca os ouvidos piedosos dos fiéis, especialmente dos devotos de Nossa Senhora.

É preciso reconhecer que a frase da freira é até certo ponto materialmente verdadeira, pois no momento da Anunciação e da Encarnação do Verbo no seio virginal de Maria Ela ainda não estava casada legalmente com São José, nem vivia com ele sob o mesmo teto. Essas duas realidades estão declaradas explicitamente no primeiro capítulo do Evangelho de São Mateus. No versículo 18, ele diz que Nossa Senhora tinha concebido por virtude do Espírito Santo “antes de coabitarem”. E no versículo 20, que o anjo disse em sonhos a São José: “Não temas receber Maria por esposa”, o que significa que ele ainda não a havia recebido como tal.

O anjo disse em sonhos a São José:
“Não temas receber Maria por esposa”

Como explicar que no primeiro dos versículos citados se diga que Maria estava “desposada com José”? Como podia recebê-La por esposa, se já estava desposado com Ela? A aparente contradição resulta das traduções portuguesas da Bíblia, pois nas traduções em outras línguas os substantivos e verbos indicam claramente que Nossa Senhora estava apenas prometida, e ainda era noiva de São José. Essa afirmação pode causar surpresa em alguns leitores, mas será desfeita conhecendo-se melhor a legislação e as tradições matrimoniais dos judeus.

No início da história do povo eleito — como fica patente no relato do casamento de Isaac com Rebeca — eram os pais que negociavam o casamento de seus filhos. Depois passaram os próprios filhos a escolher suas futuras esposas, como ocorreu com Sansão. Querendo casar-se com uma filha dos filisteus, ele pediu aos pais para negociarem a boda, pois o candidato deveria oferecer um dote que fosse aceitável pela família da moça. Uma vez obtido o consentimento desta, fazia-se um contrato, que era verbal antes do cativeiro na Babilônia e passou a ser escrito depois, como o que foi redigido conjuntamente por Tobias e o pai de Sara.

Celebrava-se então com certa solenidade a cerimônia do noivado, durante a qual o noivo dava à noiva (se ela fosse menor, ao pai dela) um anel de ouro ou algum outro objeto de certo valor. A duração do noivado era de um ano, para dar tempo à noiva de se preparar para o casamento e aprontar seu enxoval. Durante esse período os futuros esposos permaneciam em suas respectivas casas, só se comunicando através do “amigo do esposo”, personagem ao qual São João Batista se comparou quando explicou a seus discípulos que não era Cristo, mas um enviado para anunciá-Lo.

Porém é necessário notar que, ao contrário de nossos dias, o noivado era tão irrevogável quanto o casamento; de tal maneira que, se a noiva se deixasse seduzir por outro homem, era punida de morte por lapidação, tal como acontecia com uma mulher adúltera já casada. E caso seu noivo viesse a morrer antes do casamento, ela deveria ser desposada por um cunhado, não podendo casar-se fora dessa família com um estranho, respeitando o costume do levirato (Deut. 25, 5). Devido ao caráter irrevogável do noivado, não existia na língua hebraica uma palavra específica para designar esse período, sendo assimilado linguisticamente ao casamento.

Os desponsórios da Virgem
– Sebastián López de Arteaga (1610-1652).
Museu Nacional de Arte, Cidade do México

À vista dessas considerações, compreende-se por que São Lucas, ao escrever que o anjo Gabriel foi enviado a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, “a uma virgem desposada com um varão, chamado José”, não quis dizer que Nossa Senhora estivesse casada, mas apenas comprometida a casar-se com ele. Tanto os verbos desponso despondeo da Vulgata latina, quanto o verbo μνηστή do original grego e seus derivados, significam prometer em matrimônio, pedir em casamento, pretendente, noivo. Por isso São José e a Virgem Maria não viviam sob o mesmo teto, como refere São Mateus, pois os costumes só autorizavam a coabitação depois das núpcias. Foi após a visita de São Gabriel que “José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado, e recebeu em sua casa sua esposa” (Mt 1, 24).

Essa explicação dos fatos, que corresponde inteiramente às tradições do povo judeu, não é desmentida por São Lucas quando, ao relatar a subida do santo casal a Belém para o recenseamento (portanto, depois das núpcias), se refere a Nossa Senhora com as palavras ἐμνηστευμένῃ αὐτῶ (original grego), traduzidas por desponsata sibi uxore na Vulgata latinao que literalmente quer dizer, como vimos acima, “sua noiva”. É possível que o evangelista tome aqui o verbo grego no sentido de “casar-se”, que por vezes tem. Contudo, o mais provável é que tenha desejado expressar-se com uma delicadeza suprema, para dar a entender que, no tocante ao Filho divino que Maria portava em seu seio virginal, Ela era apenas a prometida de São José. De qualquer maneira, São Jerônimo achou por bem acrescentar uxore — ou seja, esposa — para deixar as coisas bem claras.

Em resumo, e para concluir a resposta ao consulente, podemos dizer que a Santíssima Virgem Maria, na hora bendita da Anunciação, ainda não estava casada com São José. Isso não significa que fosse realmente solteira, pois já estava comprometida com ele mediante um contrato irrevogável, prescrito pela tradição judaica. Portanto, ainda que a expressão “mãe solteira” tenha sido utilizada com boa intenção pela religiosa mencionada na pergunta do consulente, ela é inapropriada e até chocante quando associada à concepção virginal de Maria Santíssima.

ABIM

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Fonte: Revista Catolicismo, Nº 839, Novembro/2020.

Está a chegar a Leiria a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos!


O Município de Leiria recebe a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, que se realiza entre os dias 21 e 29 de novembro, através da dinamização de diversas atividades e ações que visam sensibilizar a população para a necessidade de reduzir a quantidade excessiva de resíduos que são produzidos diariamente. 

No Mercado Municipal de Leiria realizam-se, durante a semana, duas ações de sensibilização ambiental. Uma destinada aos clientes do mercado, com o objetivo de os dissuadir do uso de sacos de plástico nas suas compras, e outra destinada aos comerciantes, com o objetivo de os alertar para a importância de um embalamento mais sustentável dos seus produtos. 

Na terça-feira, dia 24 de novembro, cerca de 150 funcionários da Autarquia participarão numa ação de formação subordinada ao tema: “Educação ambiental – o que acontece aos resíduos que produzimos?”, promovida pela Valorlis, e que contribuirá para melhorar a capacidade do município no que se refere a sensibilizar os munícipes para a importância da reciclagem e adequada separação dos resíduos. 

Na quinta-feira, dia 26 de novembro, o Centro de Interpretação Ambiental dinamizará uma oficina para o público pré-escolar, na qual as crianças irão pintar sacos de algodão, utilizando elementos recolhidos na natureza, tais como folhas de árvores e arbustos. Esta é uma atividade que pretende sensibilizar os mais novos para a importância de reutilização. 

Nos dias 25 e 27 de novembro, o público escolar do concelho irá participar em visitas guiadas à exposição “Novos usos/Usos conscientes”, patente no Centro de Interpretação Ambiental de Leiria, e que tem como finalidade fazer-nos repensar o nosso comportamento em relação ao plástico de uso único e à produção de resíduos. Esta mostra está integrada na exposição “Plasticidade – Uma História dos Plásticos em Portugal” patente no Museu de Leiria, e pode ser visitada gratuitamente. 

Ao longo da semana, os munícipes, bem como todos os interessados, poderão acompanhar na página de facebook do Centro de Interpretação Ambiental de Leiria a rúbrica “Lixo velho, vida nova” com a apresentação de oficinas de ‘upcycling’ com exemplos e demonstrações da nova vida que podemos dar a objetos que de outra forma seriam lixo.