segunda-feira, 14 de março de 2016

Nicolau Breyner: "Isto ia acabar mais cedo ou mais tarde"


Nicolau Breyner

(1940-2016)
Texto alternativo para a imagem
Morreu Nicolau Breyner, um dos maiores nomes da ficção portuguesa, na televisão e no cinema - ou, como disse Herman José, “o ator mais brilhante da geração dele”. Fez história enquanto herói de ficção, mais foi também uma figura familiar. Era um alentejano apaixonado. E era também um trabalhador dedicado, que representou até ao último dia: tinha 75 anos e integrava o elenco da atual novela da TVI. Foi uma celebridade, um “senhor contente” que não escapou a nenhuma geração e que ninguém quis deixar escapar.
VIDA

"Isto ia acabar mais cedo ou mais tarde"

O ator e realizador morreu esta segunda-feira de ataque cardíaco. Nicolau Breyner tinha 75 anos e estava a filmar a nova telenovela da TVI, "A Impostora".
MOMENTOS

"Nico": 5 histórias que tem de conhecer

O cantor de ópera que foi ao Festival da Canção, descobriu o jovem Herman e viveu entre casamentos. Um deles só durou até à lua de mel.
ImagemCITAÇÕES

As frases mais marcantes de Nicolau Breyner

Recordamos algumas das entrevistas de vida feitas ao ator. Nelas falou sobre a infância, a ida para Lisboa, a chegada ao teatro, os amores, os desamores e a vontade de viver.
TV

O inesquecível Nicolau
na televisão

Marcou diferentes gerações e assim continuava. Na televisão foi ator, cantor e apresentador, com personagens e programas difíceis de esquecer. Recordamos alguns.
RAÍZES

O homem que nunca esqueceu o Alentejo

Estava a participar num filme gravado no Alentejo e preparava-se para realizar outro sobre as grandes planícies. Faltou tempo a um homem que nunca esqueceu Serpa.
ATOR

Do inspetor quase reformado ao autarca de bigode

Nicolau Breyner foi ator de teatro, de televisão e de cinema, onde teve o primeiro papel aos 21 anos. Venceu três Globos de Ouro e estreou-se na realização em 2007, com "Contrato".
FILMES

O ator que não teve um cinema à altura

Só António-Pedro Vasconcelos, a partir da década de 90, deu a Nicolau Breyner um punhado de papéis que mostraram o belíssimo ator de cinema que ele também era. Eurico de Barros recorda-o.
ImagemFOTOS

A vida de “Nico” Breyner em imagens

Nicolau Breyner morreu aos 75 anos. Recorde a vida de um dos maiores atores portugueses, da vida íntima à profissional, nas imagens que mostram quem era o 'sr. Contente'.
HOMENAGENS

As reações políticas: Marcelo lembra o amigo

Além do Presidente da República, também António Costa, Passos Coelho, Ferro Rodrigues e Paulo Portas lembraram o ator que morreu aos 75 anos.
ADEUS

As reações de colegas e amigos

A morte de Nicolau Breyner, figura emblemática da cultura portuguesa, surpreendeu quem o conhecia, de Herman a Balsemão.
ImagemVEJA

Os grandes vídeos de Nicolau Breyner

Uma lista com alguns dos melhores vídeos de Nicolau Breyner espalhados pela Internet. As suas personagens míticas, entrevistas marcantes e até anúncios.
POLÍTICA

Nicolau Breyer: quando ele foi candidato

Foi candidato à Assembleia Municipal de Sintra e às europeias de 2014. Mas foi nas eleições para Serpa, em 1993, que o "Eu Show Nico" quase destronava os comunistas.
HELENA SACADURA CABRAL

"Foi a pessoa com quem mais me ri a vida toda"

É uma das pessoas mais próximas do ator. Descreve-o como o amigo que era "irmão". Ainda em choque conta que juntos atravessaram "terramotos e montanhas".
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Macroscópio. Adeus Nicolau. O nosso destino não te era indiferente

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!


Hoje fomos surpreendidos pela morte de Nicolau Breyner. Deixou-nos sem aviso prévio e de imediato começou a receber as homenagens que merecia. Sexta-feira deixara-nos Maria de Fátima Patriarca, uma historiadora notável que nunca conheceu a fama mas que, como escreveu uma outra historiadora, Fátima Bonifácio, “Muita gente tem dificuldade em convencer os outros; a maior dificuldade da Fátima Patriarca era convencer-se a si mesma. O que é ilustração prática da ética do cientista, que ela cultivou sem falhas.”

Não vou falar-vos da morte de Nicolau, pois disso se ocupou longamente o Observador – e entretanto terão até recebido uma newsletter especial a dar conta dos principais trabalhos que elaborámos –, mas recordo-o nesta abertura, tal como recordo Fátima Patriarca, porque ambos sempre deram sinais de se preocupar com o nosso destino colectivo. Nicolau chegou a ser candidato autárquico, Fátima esteve empenhada noutras causas, mas não me enganarei se vos disser que seguiam sofregamente a actualidade, uma actualidade que na Europa destes dias não pode deixar de nos causar preocupações.

Hoje, na nossa paróquia, a manhã foi ocupada com jogos florais em torno das normas orçamentais que permitirão a Portugal cumprir as suas obrigações de solidariedade com a Grécia e com a Turquia, até que lá se encontrou uma solução engenhosa para o problema sem necessitar dos votos do PCP e do Bloco. O que se passou levou contudo Paulo Trigo Pereira, deputado independente pelo PS, a notar no Observador, em(Sur)Realpolitik: Grécia e Turquia, que “Aquilo que não me parece apropriado doravante é que se usem os assuntos europeus para quebrar um largo consenso nacional sobre a integração europeia. Seria um erro estratégico grave. Porque ninguém se iluda: Portugal ainda vai precisar de solidariedade europeia.”

Um outro colunista do Observador, João Carlos Espada, ia porventura ainda mais longe ao assumir logo no título do seu texto as suas Preocupações euro-atlânticas e institucionalistas. Preocupações que derivam de estarmos “a assistir paulatinamente ao crescimento eleitoral de partidos extremistas na Europa e de candidatos extremistas nos EUA e no Reino Unido”. Acrescentava a seguir ser “importante discutir os factores que poderão estar na génese deste fenómeno”, tal como “saber ouvir e decifrar a mensagem dos eleitores”, só que, “ao mesmo tempo, é preciso denunciar a mensagem política dos extremistas. Para a denunciar, é preciso resistir ao instinto tribal de cada partido central para atribuir as culpas do extremismo ao partido central do lado rival.”

Este texto ainda faz contudo referência aos resultados das eleições regionais de ontem na Alemanha, onde importa olhar para Os números da subida da extrema-direita (e não só) nas eleições regionais na Alemanha. Tudo isto tendo como pano de fundo a política de imigração da chanceler Merkel, uma política que ela já disse que não iria alterar.

A chefe do governo alemão vive contudo, no seu país e na Europa, dias especialmente difíceis, tão difíceis que a revista Der Spiegel vai ao ponto de escrever que ele está Alone in Berlin: How Merkel Has Gambled Away Her EU Power. Isto porque, “With her refugee policies, Chancellor Merkel has isolated Germany to a greater degree than any of her predecessors. The Balkan Route has been closed down against her will and many EU leaders believe her overtures to Turkey are delusional.”

A Spiegel refere-se em particular aos resultados da cimeira europeia da semana passada, uma cimeira que chegou a um pré-acordo que o eurodeputado do PS, Francisco Assis, considerou “sórdido” na sua coluna no Público, O colapso moral da Europa?Justifica assim esse seu diagnóstio: “O espectáculo de contradições, ameaças e divisões que nos foi dado observar nos últimos meses parece ter agora um epílogo sombrio. Invocando-se o propósito de desmantelar o tráfico de refugiados por via marítima, que tão catastrófico se tem revelado, opta-se pela via da devolução à Turquia de milhares de seres humanos já instalados em território europeu. O simbolismo de tal decisão assume uma dimensão trágica.”

Um outro eurodeputado, este do PSD, Carlos Coelho, também escreveu no mesmo jornal sobre o mesmo tema em Refugiados: para lá dos nossos muros! O tom do seu texto não é muito diferente, fazendo até uma comparação forte: “todos os Estados-Membros da UE ratificaram a Convenção de Genebra e os seus protocolos - os instrumentos mais importantes de direito internacional no âmbito dos refugiados. E a União Europeia tem um conjunto de regras mínimas europeias relativas ao asilo. Mas a Turquia não só não está abrangida pelo Direito Comunitário como só está obrigada a aplicar a Convenção de Genebra a refugiados... europeus. Esse é o modelo falhado de Guantánamo: enviar as pessoas para um território onde não haja os constrangimentos que existem no nosso.”

Podemos encontrar mais textos neste mesmo registo em boa parte da imprensa europeia, mas isso não impede que se mantenha a dissonância entre a opinião publicada, mesmo quando de eleitos de partidos com responsabilidades governativas, e as tensões sentidas no terreno. É mais fácil pregar a solidariedade do que praticá-la, sobretudo quando existe um evidente desconforto entre os eleitores. Mesmo assim devemos olhar com cuidado para os novos fenómenos políticos, como a AfD, Alternativa para a Alemanha, que entrou de rompante nos três parlamentos regionais que ontem tiveram eleições. Por regra classificamo-la como um partido de extrema-direita, mas as coisas podem ser um pouco mais complexas, até pela origem dessa força política. Por isso também escolhi para vos recomendar hoje uma análise do Telegraph que enfrenta o problema de frente: Is the far-Right on the rise again in Germany? A questão, como noutros países do Norte da Europa, é onde arrumar forças políticas que combinam um eurocepticismo conservador com propostas anti-imigração e um discurso por vezes islamofóbico. Algo porém é certo: o voto das classes baixas, nomeadamente um voto que antes ia para socialistas e comunistas, estará a contribuir tanto para o seu crescimento eleitoral como o voto de quem votada habitualmente na direita tradicional.

O pano de fundo de toda esta crise é, não o esqueçamos, a guerra na Síria, que amanhã entrará no seu sexto anos. Nestes primeiros cinco anos a devastação humana e cultural tem sido avassaladora, pelo que a data está a ser assinalada em boa parte da imprensa internacional com trabalhos especiais. O Guardian, por exemplo, seleccionou as suas melhores reportagens e agrupou-as numa página especial: Syria's civil war: five years of Guardian reporting. A escolha é grande, pois há textos escritos há quase cinco anos – como The first refugeesuma reportagem de 9 de Junho de 2011 – e textos escritos há apenas um mês – caso de Refugee exodus from the battle for Aleppode 12 de Fevereiro de 2016 –, textos curiosamente unidos pela temática dos refugiados, se bem que a maioria das reportagens nos conte histórias da guerra por dentro.

Entretanto a UNICEF publicou hoje um relatório – No Place for Children – com números impressionantes. Por exemplo: 306 mil crianças sírias já nasceram como refugiadas; só entre entre 2011 e 2013 morreram mais de 10 mil crianças e desde aí não existem registos oficiais; e metade de todos os refugiados são crianças.

Mas se o rasto de destruição é imenso, a verdade é que parece haver, como se escreve no New York Times, Signs of Hope Five Years After Start of Syria’s War. Na verdade, “The partial cease-fire in Syria has proved more effective and durable than expected, significantly reducing the violence since it began on Feb. 27.”


O maior interesse deste texto está contudo nos mapas que apresenta onde é possível ver com algum detalhe a forma como o território da Síria está hoje dividido entre as diferentes parte beligerantes: as forças fiéis ao regime, as áreas controladas pelos rebeldes, as zonas submetidas aos ISIS e os territórios controlados pelos curdos. É um puzzle complexo de que vamos continuar a ouvir falar, até porque é difícil imaginar como poderão vir a ser aplicados os acordos, sórdidos ou não, que estão a ser negociados. As massas humanas quando se põem em movimento são muito difíceis de parar, senão vejam mais este trabalho do New York Times, Europe Tries to Shut Down Routes as Migrant Flow Intensifies.

O nosso destino não nos é, como não lhes era, indiferente. Mas estes destinos também não. E não fazemos ainda a menor das ideias de como vamos encaixar uns e outros.

Despeço-me por hoje, com natural tristeza. Mas com a certeza renovada de que amanhã é outro dia, e assim o devemos encarar. Bom descanso.

 
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Morreu Nicolau Breyner

Morreu esta segunda-feira o ator Nicolau Breyner. A informação está a ser avançada pela SIC Notícias.

DR
Nicolau Breyner faleceu esta segunda-feira aos 75 anos. O ator terá morrido na sequência de um ataque cardíaco, segundo informações avançadas pela TVI24.

O alerta terá sido dado por funcionários da Nicolau Breyner Academia, que terão estranhado o facto de o ator não ter comparecido na escola de atores por ele dirigida, decidindo alertar as autoridades.
Segundo informou a mesma escola ao Notícias Ao Minuto, o ator terá sofrido um ataque cardíaco na sua própria casa, durante a madrugada. O INEM ainda estará no local.
O ator, realizador, produtor e apresentador de televisão, João Nicolau de Melo Breyner Lopes nasceu a 30 de julho de 1940.
O ator deixou uma marca intensa na televisão portuguesa, sobretudo através de telenovelas muito populares como ‘Vila Faia’ e ‘Cinzas’, entre outras.
Ficou também conhecido do grande público em programas na televisão como ‘Senhor feliz e senhor contente’, com Herman José, e ‘Eu Show Nico’.
Trabalhou igualmente no cinema, como ator e realizador, tendo colaborado com realizadores como António-Pedro Vasconcelos (‘A Bela e o Paparazzo’, ‘Os Imortais’, ‘Os gatos não têm vertigens’), João Botelho (‘Corrupção’) e Leonel Vieira (‘A arte de Roubar’), entre outros.
Nicolau Breyner estava atualmente a participar nas gravações da telenovela da TVI ‘A Impostora’.

Protestos são "manifestação de apoio às posições que estou a tomar"

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, disse hoje em Bruxelas que interpreta os protestos de produtores de leite e de carne em Portugal como "uma manifestação de apoio às posições" que leva à reunião de ministros da União Europeia.

© Lus
À chegada ao Conselho de Agricultura, Capoulas Santos indicou que leva várias propostas, que preparou previamente com as organizações do setor, disse ter noção de que "não é uma tarefa fácil" a que terá pela frente, pois uma maioria dos Estados-membros da UE defende outras soluções, mas garantiu que vai bater-se "pela defesa dos agricultores" portugueses, como sempre fez, pelo que entende os protestos em curso em Portugal como uma posição de apoio às propostas que leva a Bruxelas.

"Eu interpreto também o seu protesto como uma manifestação de apoio às posições que eu estou aqui a tomar, já que as posições que estou aqui a tomar são para os defender. E o facto de os agricultores estarem a protestar em Portugal, como estão hoje aqui a manifestar-se em Bruxelas, como se manifestaram em Helsínquia, como se manifestaram em Paris, como estão a manifestar-se noutros pontos na Europa, demonstra aos governos e à Comissão Europeia que há um problema e que esse problema tem de ser resolvido ou temos de encontrar soluções para pelo menos o suavizar", disse.
"Portanto, eu interpreto a posição dos agricultores portugueses como uma posição de apoio às minhas posições, já que estou aqui a defende-los", reforçou, quando questionado sobre uma manifestação agendada para hoje em Portugal de produtores de leite e de carne, anunciada como "a maior alguma vez realizada pelo setor em Portugal".
Capoulas Santos apontou que as propostas que leva a Bruxelas visam dar respostas "ao imediato" mas também a pensar no futuro, afirmando que, no caso das soluções mais urgentes para "uma crise conjuntural a que é necessário dar resposta", e única possível é haver "uma redução da produção em toda a Europa, já que o problema é um problema de excesso de oferta, que está a pressionar os preços em baixa", pelo que os agricultores "devem ser compensados pela redução da produção durante um determinado período e devem ser retirados do mercado os outros excedentes".
Depois, salientou, é necessário "encontrar soluções para estabilizar a produção no futuro, e isso passa por soluções politicas, como a normalização das relações com a Rússia, a abertura de novos mercados, na América Latina, na ásia, de forma a que excedentes europeus possam ser canalizados para fora da europa", defendeu.
"Eu sei que não é uma tarefa fácil aquela que nos espera hoje aqui. Infelizmente, uma maioria de Estados-membros continua a pensar que o mercado resolve todos os problemas e que aqueles que não conseguem competir neste mercado ferozmente competitivo devem ser pura e simplesmente lançados para o lixo. Não me conformo com essa posição. Sempre me bati e vou continuar a bater-me pela defesa dos nossos agricultores e pela defesa de uma ideia de uma política agrícola europeia", disse.
O ministro lamentou que muitos países considerem que a solução passa por "dar autorização aos governos para utilizarem dinheiros nacionais para apoiarem os seus agricultores", já que "isso é fácil para quem tem excedentes orçamentais", mas "é uma tarefa impossível" para quem, como Portugal, "vive ainda momentos de grande constrangimento".
Segundo Capoulas Santos, a solução tem de ser encontrada entre as três partes que integram a fileira, ou seja, a produção (agricultores), a indústria (que transforma os produtos) e a distribuição, com conjunto com o Governo e a União Europeia.
"No que me diz respeito, eu vou bater-me aqui hoje por encontrar soluções europeias, estou a preparar soluções nacionais, e espero também que, quando voltar a Portugal e voltar a reunir-me com o setor, que a indústria e a grande distribuição também apresentem as suas propostas para ajudarem a resolver este problema, que é de todos. Eu estou a fazer aquilo que me compete", concluiu.
Na agenda de trabalho do encontro de hoje dos ministros da Agricultura da União Europeia constam os temas que mais preocupam os produtores portugueses, nomeadamente, as crises europeias nos setores do leite e da suinicultura.

"Portas é responsável por destruir identidade ideológica do CDS"

Deputada socialista critica contradições de Paulo Portas.

© Global Imagens
No dia em que Paulo Portas se despede do CDS, Isabel Moreira não poupa críticas ao político centrista.

“Paulo Portas esteve no governo e tenta convencer que não esteve ou que esteve para travar o pior do governo”, acusa a socialista, referindo que o agora ex-líder do CDS “foi agente ativo da política dos últimos quatro anos e é responsável por ter destruído a identidade ideológica do seu partido”.
Paulo Portas pode legitimamente abandonar a liderança do CDS. Mas não convence na reinvenção da história da última legislatura como arma para justificar um " novo ciclo ".
Isabel Moreira critica Portas, ainda, por andar “de contradição em contradição”, lembrando que este “reconduziu o governador do Banco de Portugal” e agora “ataca-o explicando que só o reconduziu porque era bom para vender bancos”.
“De contradição em contradição, ter dotes oratórios deixou de ser suficiente. E os portugueses não querem ‘afeto’. Querem política.”, remata, num comentário publicado na sua página oficial do Facebook.

Hora de Fecho: Morreu Nicolau Breyner

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
1940-2016 NICOLAU BREYNER 
O ator e realizador, uma das figuras mais emblemáticas da televisão portuguesa, tinha 75 anos e estava a filmar a nova telenovela da TVI, "A Impostora".
LITERATURA 
De “Alentejo Prometido”, de Henrique Raposo, e “E Se Eu Gostasse Muito de Morrer”, de Rui Cardoso Martins, até aos especialistas psiquiátricos, onde fica a verdade do suicídio no Alentejo?
ECONOMIA 
A economia global já não vai acelerar em 2016, como se previa. O vaticínio é do Morgan Stanley, que atribui uma probabilidade de 30% ao risco de uma nova recessão global.
ECONOMIA 
Morgan Stanley corta as estimativas de crescimento para a economia portuguesa e diz-se "preocupada" com o risco de perda de competitividade e de queda no investimento.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA 
O ministro da Agricultura admite vir a criar uma linha de crédito até 20 milhões de euros para a ajudar os empresários do setor da suinicultura.
ORÇAMENTO 2016 
PS alterou a formulação da frase para que a medida pudesse ser aprovada e o truque resultou: com a abstenção garantida do PSD, ajudas à Grécia e Turquia foram aprovadas. PCP e BE mantiveram-se contra.
ORÇAMENTO 2016 
A desunião da esquerda numa votação levou a um empate no plenário. No final acabou chumbada a intenção o governo de obrigar autarcas a canalizarem cortes salariais para reduzir dívida.
ORÇAMENTO 2016 
Socialistas apresentam alterações aos artigos da proposta lei que estabeleciam a ajuda à Grécia e à Turquia, depois de terem pedido adiamento da votação na passada quinta-feira.
PAÍS 
A ida e o regresso da guerra no Ultramar, o trabalho do campo, as capas negras dos estudantes. Regresse ao passado com estas 45 imagens de Portugal de outros tempos.
CRISE DOS REFUGIADOS 
A chanceler alemã, Angela Merkel, confirmou esta segunda-feira que as políticas alemãs em relação à crise dos refugiados se vão manter apesar do resultados das eleições deste fim de semana.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 
Marcelo Rebelo de Sousa foi visitar Mário Soares a casa deste último, no Campo Grande, em Lisboa. Deslocou-se até lá no próprio carro, sem motorista. Soares tinha falhado a tomada de posse.
Opinião

José Manuel Fernandes
Marcelo é produto de um tempo político e mediático que está a desaparecer. É bom por isso que não se alimentem ilusões sobre afectos, já que estes novos tempos são sobretudo de crescente tribalização.

Paulo Trigo Pereira
Não me parece apropriado doravante que se usem os assuntos europeus para quebrar um largo consenso nacional sobre a integração europeia. Seria um erro estratégico grave.

Helena Matos
A judicialização da vida e da política é o preço que estamos a pagar por esta adaptação aos regimes democráticos do servilismo face aos queridos líderes que caracterizou os totalitarismos do passado.

Maria João Avillez
Milhões de brasileiros saíram às ruas de todo o país para dizer "basta”. A sua força ressuscitou o impeachment. Mas a incerteza é total, até sobre se Lula irá para o Governo para fugir à Justiça.

João Carlos Espada
Estamos a assistir paulatinamente ao crescimento eleitoral de partidos extremistas na Europa e de candidatos extremistas nos EUA e no Reino Unido. Temos de saber reagir e denunciar a mensagem política
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COREIA DO NORTE DIZ QUE CONSEGUE ARRASAR MANHATTAN COM BOMBA H


 
(dr) Tedumas
Kim Jong Un por Tedumas
A Coreia do Norte advertiu este domingo que consegue apagar o distrito nova-iorquino do mapa caso lance uma bomba de hidrogénio através de um míssil balístico.
“Se esta bomba H chegasse a ser instalada num míssil balístico intercontinental e caísse em Manhattan, Nova Iorque, todas as pessoas que por lá se encontrassem morriam imediatamente e a cidade ficava reduzida a cinzas“, cita o Washington Post a partir de um relatório vindo de Pyonyang.
“A nossa bomba de hidrogénio é muito mais forte do que a desenvolvida pela União Soviética“, afirma-se num artigo do órgão norte-coreano DPRK Today.
“A bomba produzida no passado pela URSS era capaz de destruir janelas de edifícios a mil quilómetros de distância e o seu calor era forte o suficiente para causar queimaduras de terceiro grau a cem quilómetro de distância”, continua o relatório.
Além deste relatório, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou esta semana que os testes nucleares continuem para se estimar “a potência destrutiva das ogivas nucleares” e o “poderio ofensivo das capacidades nucleares do país”.
Na semana passada, a Coreia do Norte ameaçou ainda executar ataques nucleares preventivos contra a parte continental dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, “se tal for necessário para a segurança do país”.
O ministério da defesa da Coreia do Sul já alertou Pyongyang para parar com as constantes ameaças e provocações, se não terá de tomar medidas.
“Se o Norte continuar a fazer provocações, apesar das severas advertências feitas pelos nossos militares, é inevitável que tenhamos de implementar uma forte resposta que poderá levar à destruição do seu regime”, afirmaram as autoridades sul-coreanas num comunicado citado pela agência Yonhap.
Depois das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, a Coreia de Norte lançou ainda vários mísseis de curto alcance a partir da sua costa oriental, numa aparente demonstração de força e de retaliação.
Em janeiro passado, o país garantiu ainda ter realizado com sucesso o primeiro teste com uma bomba H, mas o Japão revelou alguns dias mais tarde não ter detetado qualquer alteração nos níveis de radiação no seu território depois do alegado teste.
ZAP / RT

RANKING DAS UNIVERSIDADES EUROPEIAS DOMINADO PELO REINO UNIDO


 
Trinity College, Cambridge University
Trinity College, Cambridge University
Há apenas uma universidade portuguesa na lista das 200 melhores europeias do Times Higher Education. É o Instituto Superior Técnico, que surge perto do final da lista, nas posições 181-190.
A lista é liderada por três instituições inglesas: a Universidade de Oxford, a Universidade de Cambridge, e o Imperial College de Londres.
O domínio britânico do “top 10″ é interrompido apenas pelo o ETH Zurich – Swiss Federal Institute of Techonology, na quarta posição, pelo Karolinska Institute da Suécia na nona posição e pelo LMU de Munique, na décima.
No cômputo geral, o Reino Unido lidera o Ranking 2016 das Universidades Europeias do Times Higher Education, com 46 instituições, seguido pela Alemanha com 36. Itália tem 19, mas apenas uma nos primeiros 50 lugares.
Instituto Superior Técnico, que surge na lista entre as posições 181 e 190, é a única instituição de ensino portuguesa no ranking do jornal britânico.
Segundo o Times Higher Education, “o leste e o sul da Europa” têm um “desempenho fraco no ranking”.
Espanha tem cinco universidades na lista – a primeira das quais é a Autónoma de Barcelona, na 70.ª posição.
Fonte: Bom Dia

AUTORIDADES SEM RASTO DE EMPRESÁRIO RAPTADO EM BRAGA


 
Um empresário da construção civil foi raptado esta sexta-feira à noite em Braga e ainda não foi localizado. A família não encontra explicação para o crime.
Paulo Fernandes, de 42 anos, emigrado em França, foi raptado na zona de Lamaçães junto à garagem do seu prédio, por dois homens encapuzados que o agrediram e meteram à força num carro, levando-o com eles. Segundo o JN, o homem ainda terá tentado pedir ajuda ao irmão através do telemóvel.
A vítima estava acompanhada pela filha de oito anos, que pediu socorro numa farmácia próxima.
O caso está a ser investigado pela Unidade Nacional contra Terrorismo da Polícia Judiciária do Porto. De acordo com o Jornal de Notícias, a PJ está a explorar várias possibilidades, quase todas relacionadas com os negócios da vítima: extorsão de dinheiro, cobrança de dívida ou tentativa de silenciamento.
O empresário da construção civil, imigrado em França, vinha a Portugal de duas em duas semanas para ver a filha.
João Paulo Fernando Fernandes trabalha atualmente em Bordéus, com um irmão, como subempreiteiro numa firma da construção civil. Nessa qualidade, e porque não concorre a grandes obras, a empresa não tem conflitos, nem dívidas, de acordo com fontes do JN.
Fontes próximas da família não conseguem avançar com uma explicação para o rapto, e descrevem que o empresário “tem uma vida estável, sem dívidas de monta, nem inimigos e não frequenta meios marginais. Divorciado, não se lhe conhecem problemas amorosos, “nem se mete em confusões”.

Insolvência

Desde 2012, Paulo Fernandes tem pago aos credores da insolvência da empresa de colocação de ar condicionado que possuía, mas um gerente bancário da cidade afirma ao JN que “hoje, tem mais a haver do que a pagar”.
Apesar disso, não possui dinheiro ou bens que possam sustentar um pedido de resgate.
No entanto, o processo de insolvência da empresa do pai, a Sociedade de Construções JM Fernando Fernandes, originou uma queixa no Ministério Público (MP), por suspeita de burla na venda de bens que estavam em nome da família, nomeadamente casas e terrenos.
A queixa prendia-se com um alegado abuso de confiança de um mediador e da empresa compradora, que terá ficado com os bens a preço muito abaixo do de mercado.
Segundo o JN, estaria em causa uma verba superior a um milhão de euros, mas o caso – no qual Paulo Fernandes era a principal testemunha – foi arquivado pelo MP e fontes ligadas ao processo adiantam que “não faz sentido tentar silenciar alguém num processo que findou”.
De acordo com o Diário de Notícias, a maior parte dos raptos em Portugal não costuma ultrapassar os dois ou três dias. Os raptos de civis para exigir somas de dinheiro são raros, ao contrário do que acontece na Venezuela, que tem uma enorme comunidade portuguesa, em Moçambique ou no Brasil.
ZAP