sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Torres Vedras apoia a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura



A Câmara Municipal de Torres Vedras assinou um protocolo que visa apoiar a candidatura da cidade de Leiria a Capital Europeia da Cultura em 2027. O documento foi assinado esta quarta-feira com a Câmara Municipal de Leiria e tem como objetivo fomentar uma rede de cidades que irão cooperar no domínio das artes, da cultura e do conhecimento.

A par de Torres Vedras, também a Câmara Municipal de Alcobaça formalizou o apoio à candidatura da cidade de Leiria a Capital Europeia da Cultura.
As cidades e vilas parceiras que irão dar forma a esta rede irão participar na preparação e apresentação do programa da candidatura, cujo início de atividades e projetos comuns acontecerá durante este ano. Diversificar a oferta cultural, fortalecer o património cultural e encontrar apoios e estímulos financeiros são alguns dos objetivos estabelecidos.

O protocolo sublinha o interesse dos municípios no papel social das artes e da cultura, “sobretudo na regeneração e coesão das nossas comunidades”, propondo-se a aumentar a participação coletiva na vida cultural. A possibilidade de criar um novo impacto da cultura na economia também está contemplada, assim como o reforço da criação e da inovação na região e da promoção dos seus recursos culturais, económicos e sociais.

Macroscópio – De repente alguém que diz coisas sensatas e consegue ser ouvido

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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!
 
 
Confesso que nunca tinha ouvido falar de Jordan Peterson até Agosto passado. Foi nesse mês que a leitura de um artigo na The Atlantic ma chamou a atenção para este psicólogo canadiano cujo livro mais conhecido – 12 Rules for Life– tem o tipo de título que me costuma aterrorizar por lembrar a literatura de auto-ajuda. Mas a crónica da revista americana, Why the Left Is So Afraid of Jordan Peterson, não me deixou indiferente, e isso ficou a dever-se à história que nela se contava, não ao seu título algo provocador. 
 
A história que Caitlin Flanagan, colunista da The Atlantic, aí nos contava era surpreendente. Era a história de como um dia descobrira o seu filho a ver no YouTube vídeos de Jordan Peterson, de como ele começou a partilhá-los com amigos, de como tudo isso sucedeu num ambiente social e académico monocolor e francamente esquerdista e de como, mesmo assim, aqueles jovens ficaram fascinados pelas longas aulas de alguém que lhes falava de temas pouco comuns. E como é que aconteceu esse fascínio, um fascínio de que o establishmentacadémico não se apercebeu, muito menos a intelligentsiaradical que domina os meios culturais da Califórnia? Porque Jordan Peterson falava àqueles jovens de temas de que ninguém lhes falava nos campus policiados pelo politicamente correcto. Leiamos Caitlin Flanagan:
What they were getting from these lectures and discussions, often lengthy and often on arcane subjects, was perhaps the only sustained argument against identity politics they had heard in their lives. That might seem like a small thing, but it’s not. With identity politics off the table, it was possible to talk about all kinds of things—religion, philosophy, history, myth—in a different way. They could have a direct experience with ideas, not one mediated by ideology. All of these young people, without quite realizing it, were joining a huge group of American college students who were pursuing a parallel curriculum, right under the noses of the people who were delivering their official educations. Because all of this was happening silently, called down from satellites and poured in through earbuds—and not on campus free-speech zones where it could be monitored, shouted down, and reported to the appropriate authorities—the left was late in realizing what an enormous problem it was becoming for it. 

 
Entretanto Jordan Peterson foi editado em Portugal – em Setembro – e o Observador pode pré-publicar um extracto do seu livro. Em As 12 regras para uma vida sem caos, receitadas pelo “fenómeno” Jordan Peterson transcreve-se uma passagem onde ele analisa a linguagem corporal de vários animais, nomeadamente das lagostas, para nos dar uma ideia da importância de andar com boa postura e as costas direitas. Trata-se de um cuidado (além de um sono regular e um bom pequeno-almoço) que pode fazer toda a diferença na forma como os outros nos veem — e, também, na forma como nos vemos a nós próprios.
 
Já antes Tiago Cavaco tinha lido a obra deste académico canadiano e feito a sua apresentação ao leitores do Observador em O charme irresistível do perigoso Jordan Peterson. Nesse texto, muito elogioso para um livro que foi um super-bestseller em todo o mundo, explica porque se deixou entusiasmar por um livro de auto-ajuda: “Quero em cinco pontos breves ilustrar a o vigor que me fez render a Jordan Peterson e ao seu livro. O primeiro diz que pensar custa; o segundo diz que uma antropologia negativa requer a necessidade de um amor exigente; o terceiro diz que ou combatemos o sofrimento ou vamos seguramente para o Inferno pela via do ressentimento; o quarto diz que a preponderância da palavra, ouvindo e falando com precisão, é a cura; e o quinto diz que o sacrifício é o que nos dá paz.” 
 
Douglas Murray, editor da Spectator, também reflectiu sobre o seu poder de atracção quase magnético em The curious star appeal of Jordan Peterson, uma crónica onde relata a sua experiência de assistir a duas conferências que deu no Reino Unido, interrogando-se sobre “Why are young Brits flocking to hear a psychology professor talk about morality?” Eis uma parte das suas respostas: “This is another part of Peterson’s appeal. While he grounds his deep learning un-abashedly within the western tradition, he also shows vast respect towards (and frequently cites ideas from) innumerable other traditions. He has a truly cosmopolitan and omnivorous intellect, but one that recognises that things need grounding in a home if they are ever going to be meaningfully grasped.
 
Acontece que ele veio agora a Portugal e deu na quinta-feira uma conferência no novo campus da Nova School of Business da Universidade Nova de Lisboa, em Carcavelos, perante quase mil pessoas, sobretudo jovens que escutaram sem arredar pé uma conferência, em inglês, que durou quase duas horas. Aparentemente a repórter que a Sábado enviou ficou irritada com este sucesso (sarcasticamente intitulou a sua peça A Igreja de Jordan Peterson passou por Lisboa e os crentes aplaudiram de pé...), o que a levou a escrever uma reportagem num registo que levou João Miguel Tavares a dedicar-lhe a sua crónica no Público, significativamente intitulada Jordan Peterson veio a Portugal (ai que medo). Eis a sua conclusão: “Peterson não quer fundar nenhum movimento – o que ele quer é o contrário disso; é que a existência individual não seja esmagada pelas identidades de grupo, essas, sim, cheias de vontade de disseminar capelinhas tão radicais que acabam por deslaçar a sociedade em que vivemos. A melhor prova de que Peterson é realmente interessante está aqui: não há uma só alma que o ataque sem primeiro adulterar aquilo que ele diz.”

 
Já o Observador não deixou fugir a oportunidade de ouvir o canadiano, pelo que publicamos hoje mesmo o resultado da conversa que teve com Edgar Caetano – Grande entrevista ao “fenómeno” Jordan Peterson: “Quotas para homens e mulheres? Não há qualquer justificação para isso”. Recomendo vivamente que não deixem de a ler, até porque têm o fim-de-semana pela frente. Está dividida em 11 pontos: 
  1. O capote alentejano comprado “numa terra lindíssima com um castelo no meio”
  2. “Uma pessoa é misógina só porque defende relação entre biologia e comportamento?”
  3. Quotas para homens e mulheres? “Não há qualquer justificação para isso”
  4. “E que tal se não usássemos as crianças como cobaias? Se calhar, é uma boa ideia”
  5. “Um problema com a esquerda radical? Também tenho um problema com a direita radical”
  6. “Tenho 30 anos a dar aulas sobre os perigos do fascismo. Estou salvaguardado”
  7. Popularidade: “Falo de coisas sobre as quais ninguém fala há 50 anos”
  8. Televisão. “Há tendência dos media moribundos para se concentrarem nos extremos”
  9. “Não acho que Trump tenha ganho. Foi Hillary que perdeu. Era altamente esfomeada pelo poder”
  10. “Não sei se a confusão de género se deve a terem brincado pouco ao faz de conta“
  11. “Não, o casamento não é algo ligado à felicidade do casal”
Do seu conteúdo destaco apenas duas passagens, para abrir o apetite: 
  • A crença dos ideólogos é que se se terraplanar as hierarquias sociais, então as mulheres e os homens irão tornar-se mais ou menos a mesma coisa, porque acreditam que tudo na vida é produto de construções sociais. Isso é errado. E não é apenas um pouco errado, é quase uma anti-verdade, é o oposto do que é verdade.
  • 99% dos pedreiros são homens. Vamos querer forçar uma igualdade aí, também? Onde é que vamos parar, exatamente? A teoria diz isto: vamos pegar em todas e quaisquer carreiras profissionais, vamos pegar em todas as classes (porque até entre os pedreiros há hierarquias) e, depois, vamos insistir que haja representação à proporção da população, para todos os grupos possíveis. Ora, boa sorte com isso.
 
Há ainda um vídeo com algumas das melhores passagens desta entrevista, “Casamento não é para dar felicidade ao casal, é para dar estabilidade às crianças”, sendo que a comunicação por vídeo é, como se terá percebido desde o arranque desta newsletter, uma das formas de comunicação preferida por Jordan Peterson. Ele tem mesmo um canal no YouTube e um dos seus vídeos mais famosos é o da entrevista que deu a Cathy Newman, jornalista do britânico Channel 4: Jordan Peterson debate on the gender pay gap, campus protests and postmodernism. Este última foi mesmo um fenómeno viral, dada a agressividade da jornalista e a calma com que o académico sempre lhe foi respondendo. 

 
Para encerrar por hoje recupero um daqueles textos que tinha guardado há já uns tempos para vos recomendar e que vem bem a propósito de algumas destas discussões. Trata-se de um trabalho que encontrei, há já dois meses, no The Times de Londres intitulado Patriarchy paradox: how equality reinforces stereotypes. O que aí se conta é que vários estudos indicam que conforma mais igualitárias são as sociedades, e por serem mais igualitárias mais liberdade dão às mulheres para elas escolherem as suas carreiras, mais estas parecem divergem das dos homens: “To the confusion of psychologists, we are seeing the reverse. The more gender equality in a country, the greater the difference in the way men and women think. It could be called the patriarchy paradox. Two new studies have again demonstrated this counterintuitive result, meaning it is now one of the best-established findings in psychology, even if no one can properly explain it. In a survey of about 130,000 people from a total of 22 countries, scientists from the University of Gothenburg in Sweden have shown that countries with more women in the workforce, parliament and education are also those in which men and women diverge more on psychological traits.” Explicações? Eis uma das que é sugerida naquele diário britânico: “Dr Stewart-Williams, author of The Ape That Understood the Universe, said an explanation could be that those living in wealthier and more gender-equal societies had greater freedom to pursue their own interests and behave more individually, so magnifying natural differences. Whatever the reason for the findings, he argued that they meant we should stop thinking of sex differences in society as being automatically a product of oppression.”
 
Pois é, nem tudo o que parece é. Por isso, e com a sugestão adicional de considerarem a leitura do tal livro que eu nunca pensei ler, 12 regras para a vida: um antídoto para o caos, deixo-vos com os habituais desejos de bom fim-de-semana. 
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E-Toupeira. “Acima de tudo sou benfiquista”, diz Paulo Gonçalves

O antigo assessor jurídico do Benfica está no TCIC para prestar declarações sobre o processo e-toupeira. Paulo Gonçalves diz não estar preocupado com os crimes que lhe são imputados.
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O antigo assessor jurídico da SAD do Benfica, Paulo Gonçalves, compareceu no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), esta sexta-feira, para ser ouvido relativamente ao processo "e-toupeira", em que é arguido.
À entrada do TCIC, Paulo Gonçalves deixou uma garantia aos jornalistas. "Acima de tudo sou benfiquista", afirmou. O ex-assessor jurídico do Benfica, que se demitiu em setembro, desvalorizou as acusações que lhe são imputadas: "Não estou preocupado com isso, só em colaborar com a justiça".
Decorre a fase instrutória do processo, que arrancou na quarta-feira, com a audição ao arguido Júlio Loureiro, escrivão e ex-observador de árbitros. Esta fase, que é facultativa para a defesa, tem como objetivo decidir se o processo segue para julgamento. Além de Paulo Gonçalves, serão ouvidas, esta sexta-feira, quatro testemunhas por ele arroladas.
Como decorre a fase instrutória
Paulo Gonçalves está acusado de 79 crimes, entre eles um de corrupção ativa e outro de oferta ou recebimento indevido de vantagem. A investigação "e-toupeira" tem mais dois arguidos, além de Gonçalves e Loureiro. São eles José Augusto Silva, oficial de justiça e o único dos arguidos em prisão domiciliária, e a SAD do Benfica.
A 19 de novembro, vão prestar declarações Domingos Soares Oliveira e Nuno Gaioso, enquanto representantes legais da SAD do Benfica. No dia seguinte, serão inquiridos Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Luís Bernardo, diretor de comunicação do Sport Lisboa e Benfica, e Miguel Moreira, que são as testemunhas arroladas pela SAD encarnada.
Para 21 de novembro, está agendada a inspeção às garagens do Estádio da Luz. Para 26 de novembro, o debate instrutório. Só depois se saberá se os quatro arguidos do processo vão a julgamento e, se sim, por que crimes. O procurador adjunto Valter Alves, do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, responsável pela acusação do Ministério Público (MP), será também o procurador na fase de instrução.
Contexto sobre a acusação
A acusação do MP defende que o presidente da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios aos dois funcionários judiciais, por parte de Paulo Gonçalves, a troco de informações sobre processos em segredo de justiça, envolvendo o Benfica, mas também clubes rivais. Gonçalves, enquanto assessor da administração da Benfica SAD, e no interesse da SAD, teria solicitado a funcionários judiciais que lhe transmitissem informações sobre inquéritos, a troco de bilhetes, convites e "merchandising".
“José Silva (oficial de justiça) e Júlio Loureiro (escrivão e observador de árbitros), com a promessa de tratamento privilegiado junto do Benfica, designadamente para assistência a jogos em condições favoráveis, aceitaram proceder como solicitado [por Paulo Gonçalves]”, sustenta a acusação do MP.
O despacho de acusação sustenta que tais processos “incidiam sobre investigações na área do futebol ou a pessoas relacionadas com este desporto, designadamente inquéritos em curso e em segredo de justiça, em que era visada, ou denunciante, a Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD, ou os seus elementos”.
Os processos pesquisados pelos dois funcionários judiciais, através da plataforma informática Citius, abrangiam também casos “relativos a clubes adversários e seus administradores ou colaboradores”.
rr.sapo.pt

PAN nega ligações a grupo extremista de defesa dos animais

Partido diz que a chefe de gabinete "prestou esclarecimentos jurídicos a esta associação em nome individual" , mas que vai agora "cessar todo o apoio a qualquer associação"
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O partido Pessoas-Animais-Natureza nega ter qualquer ligação ou relação especial com o autodenominado Intervenção e Resgate Animal (IRA), um grupo extremista de defesa dos animais que, segundo avançou a TVI, está a ser investigado pela Polícia Judiciária por suspeitas da prática de crimes de terrorismo.
O grupo terá como principal atividade o resgate forçado de animais maltratados. Na reportagem da TVI, várias pessoas que se apresentam como vítimas do IRA dizem ter sido ameaçadas e agredidas, além de terem sido alvo de apelos à violência nas redes sociais.
Questionado pelo DN sobre a relação do partido com este grupo, o PAN respondeu que "não tem qualquer ligação ou relação com esta entidade que seja diferente de todas as outras". O partido admite que recebeu a "associação Intervenção e Resgate Animal na Assembleia da República, há cerca de um ano", como recebe "muitas outras associações, pessoas em nome individual ou grupos informais".
"Nessa audiência concedida pelo PAN esteve presente o deputado André Silva, tendo a associação demonstrado as suas preocupações relativamente à lei nº 69/2014, que criminaliza os maus tratos a animais, e sobre políticas públicas de controlo de população de animais de companhia. A reunião demorou cerca de uma hora e este foi o único contacto que o deputado André Silva teve com esta associação", refere o partido, numa resposta idêntica à que consta de um comunicado emitido, já esta tarde, pelo partido.
Quanto ao alegado envolvimento da chefe de gabinete, Cristina Rodrigues, nas atividades daquele grupo, o Pessoas-Animais-Natureza sustenta que a dirigente (que também integra a comissão política do partido) "não é representante legal deste grupo" e que "prestou esclarecimentos jurídicos a esta associação em nome individual, desconhecendo qualquer prática à margem da lei".
Segundo a reportagem da TVI, emitida na quinta-feira, Cristina Rodrigues é suspeita de ser uma das operacionais do IRA, que surge encapuzada num vídeo do grupo onde se vêem pessoas armadas com machados e bastões.
"Tendo em conta algumas imagens transmitidas e até ao esclarecimento dos alegados factos, Cristina Rodrigues cessa todo o apoio a qualquer associação",adianta a resposta do PAN, que diz manter a confiança política na chefe de gabinete do partido na Assembleia da República.
O PAN diz ainda que Cristina Rodrigues dirigiu à Procuradora-Geral da República "um pedido de esclarecimentos sobre a veracidade ou não da existência de uma investigação judicial que inclua a própria, negando as acusações do canal televisivo e disponibilizando-se desde já a prestar todas as declarações necessárias à descoberta e partilha da verdade".
No comunicado emitido esta tarde o PAN "repudia qualquer tipo de ação individual ou coletiva que intimide a sociedade civil e os cidadãos".
Na página de Facebook do grupo, o autodenominado IRA também reagiu à reportagem da estação televisiva, apontando-a como um "claro ataque ao PAN" - "utilizando-nos e denegrindo-nos para posteriormente nos tentarem arremessar com contornos políticos gravíssimos", o que, diz o grupo, "certamente se deverá aos feitos contra a Tauromaquia recentes".

Um "grupo de matulões praticantes de desportos de combate"

Num dos textos publicados no facebook, o grupo define-se assim: "Os maus-tratos aos animais são um problema em Portugal, dos GRANDES! Então um grupo de matulões praticantes de desportos de combate reuniu-se e abraçou não esta causa, mas esta luta. Começou de uma forma impiedosa, conquistou o medo e o respeito dos trastes que abandonam ou cometem atrocidades contra animais".
O autodenominado IRA rejeita as acusações de que é alvo e acrescenta que a peça da TVI emitido na quinta-feira é um "atentado à causa animal, que visa denegrir a imagem e o trabalho de todas as entidades envolvidas na reportagem".
Noutras publicações é referido que membros do IRA estiveram numa escola, para uma ação de sensibilização para os direitos e o bem estar animal.

PCP e PEV exigem explicações

O PCP e o PEV já vieram pedir explicações sobre as alegadas ligações do PAN a este grupo. Em comunicado, o PCP exige o "cabal esclarecimento desta situação e o correspondente apuramento de responsabilidades". E não poupa críticas ao Pessoas-Animais-Natureza, acusando o parido de, "sob o manto de preocupações sobre a natureza e os animais, e assente num discurso de intolerância" promover uma "orientação de incriminação, de estímulo à delação e de criminalização de hábitos sócio-culturais". O que constitui em si mesmo, acrescenta o PCP, um "caldo de cultura para justificação de práticas criminosas".
Também a deputada do PEV Heloísa Apolónia veio afirmar que as "acusações que são feitas de ligação direta do PAN ao IRA, são gravíssimas, a confirmar-se. Temos consciência dessa gravidade e a bola está do lado do PAN, que deve de facto uma explicação cabal sobre essa situação ao país". "A defesa dos direitos dos animais é totalmente incompatível com quaisquer atuações e práticas de violência, de agressão, de terror", sublinhou a parlamentar.
DN

Já estão abertas inscrições para participação na Feira de Verão de Quarteira

Decorre até ao dia 15 de dezembro o período de receção das candidaturas para expositores e vendedores ambulantes na Feira de Verão de Quarteira 2019.
A segunda edição deste evento vai desenvolver-se no Jardim Joaquim Filipe Jonas e áreas adjacentes, junto à Avenida Francisco Sá Carneiro, entre 14 de junho e 15 de setembro de 2019. Trata-se de um certame que pretende atrair mais turistas a esta cidade, criando aí um espaço de dinamização de iniciativas recreativas, bem como uma zona de carácter comercial, com dezenas de expositores nas áreas do artesanato ou produtos agroalimentares.
A Feira volta a integrar três áreas distintas: espaços de venda, espaço de divertimentos infantis e espaço com palco para atuações. A organização irá promover durante estes três meses um vasto e diversificado programa de animação, com espetáculos de música, teatro, dança ou exposições. Entre 2 e 28 de agosto, o certame será reforçado com o espaço temporário que aliará expositores em representação das mais importantes editoras e livreiros com o que de melhor há para oferecer em termos de artesanato nacional.
A Feira de Verão de Quarteira tem entrada livre e decorrerá no seguinte horário: das 19h30 às 00h00, durante o período de 14 de junho a 11 de julho e de 1 a 15 de setembro, e das 19h30 às 01h00, durante o período de 12 de julho a 31 de agosto.
Os interessados poderão consultar as regras de funcionamento da Feira e processo de candidatura em www.cm-loule.pt
Fonte: oalgarve

Economia Não-Oficial Urbana em Luanda

O submundo dos negócios em Angola aproveita a quem?



Corrupção, gestão ruinosa da coisa pública, peculato, branqueamen­to de capitais. A economista Manuela Venâncio analisou os danos causados pela economia paralela em Angola ao longo de quatro décadas. Conheça as conclusões no livro A Economia Não-Oficial Urbana em Luanda (1960-1996), editado pela Guerra e Paz.

Em 2014, Angola mergulhou numa crise económica, na qual perdeu a credibilidade dos mercados, viu o kwanza desvalorizar e quase faliu. Tudo isto após um processo de desenvolvimento social e económico, verificado fundamentalmente em Luanda. Que terá acontecido? Qual a razão deste revés?

Décadas de práticas de gestão danosa, causadas pela economia paralela, que trouxeram consequências nefastas para aquele país. É este o mote de Economia Não-Oficial Urbana em Luanda (1960-1996), um estudo levado a cabo pela economista Manuela Venâncio para esclarecer dúvidas demasiado antigas que insistem em não ver resposta. Quem é responsá­vel pela crise em Angola? E pela criação de uma mentalidade de desmoralização da vida pública? Quem aproveitou o banquete? Quem ficou com os restos?

As respostas estão à distância da leitura deste estudo, com o qual a autora, antiga técnica superior nos ministérios do Comércio e da Indústria em Angola, pretende dar um contributo para o desenvolvimento e sustentabilidade da economia angolana.

A Economia Não-Oficial Urbana em Luanda (1960-1996) estará à venda nas livrarias e no site da Guerra e Paz, Editores, a partir da próxima terça-feira, dia 20 de Novembro.

O lançamento está agendado para o dia 29 de Novembro, quinta-feira, pelas 18h30 na livraria Bertrand do centro comercial Picoas Plaza, em Lisboa. A sessão contará com a apresentação dos professores Dr. João Confraria e Dr. José Filipe Rafael da Católica Lisbon School Of Business & Economics.


Economia Não-Oficial Urbana em Luanda (1960-1996)
Manuela Venâncio
Não Ficção / Economia
208 páginas · 15x23 · 14,00€
Nas livrarias a 20 de Novembro
Guerra e Paz, Editores


“Hail to the Wine” foi o vencedor do concurso Wine Discoveries



O projeto “Hail to the Wine” foi o vencedor do concurso de ideias de negócio Wine Discoveries - Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras, promovido no âmbito da "Cidade Europeia do Vinho 2018 | Torres Vedras/Alenquer". Os três primeiros classificados foram conhecidos na apresentação final que decorreu no dia 11 de novembro, nos Paços do Concelho de Torres Vedras.

Desenvolvido por António Pé-Curto, Marta Vendeiro e André Magalhães, o projeto vencedor pretende promover o enoturismo em Torres Vedras e Alenquer, através da criação de uma aplicação de telemóvel que permite pesquisar e marcar visitas às adegas destes territórios. Esta ideia de negócio contempla ainda o apoio às adegas, com a criação de uma estratégia de comunicação personalizada e adequada a cada segmento de mercado.

O segundo e terceiro lugar foram, respetivamente, para os projetos de enoturismo “West Side Stories”, desenvolvido por Ana Rebelo, Eduardo Silva e Carla Rebelo, e “Gamboa’s Place”, desenvolvido por Maria Ventura, Catarina Gamboa e Roberto Gamboa.

Os três primeiros classificados receberam um prémio monetário de 10.000, 3.500 e 1.500 euros, respetivamente. Para além disso, o prémio inclui também a incubação gratuita nas instalações do Torres Vedras LabCenter ou do Alen_quer Inovar.

O concurso recebeu no total 18 candidaturas, das quais oito foram selecionadas para participar na apresentação final. Os participantes tiveram ainda oportunidade de frequentar um curso intensivo de empreendedorismo, que decorreu nos dias 22 e 23 de outubro, nos Paços do Concelho de Alenquer, com o objetivo de preparar e consolidar as ideias de negócio para a apresentação final.

O Wine Discoveries - Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras teve como objetivo promover o desenvolvimento de ideias de negócio que contribuam para a divulgação do território e do vinho da região de Torres Vedras e Alenquer. Esta iniciativa, integrada no programa "Cidade Europeia do Vinho 2018 | Torres Vedras/Alenquer", resultou de uma parceria entre a Incubadora de Negócios de Alenquer, o Torres Vedras LabCenter e o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.

Governo transfere para as câmaras competências no domínio da Saúde

O Governo aprovou, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, mais um pacote de diplomas no âmbito do processo de transferência de competências para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais.

No domínio da Saúde é definido que as câmaras municipais passem a ter competências ao nível da “manutenção, conservação e equipamento das instalações de unidades de prestação de cuidados de saúde primários”, assim como de gestão e execução dos serviços de apoio logístico das unidades funcionais dos Agrupamentos de Centros de Saúde que integram o SNS, “excluindo-se, porém, todos os serviços de apoio logístico relacionados com equipamentos médicos, que se mantêm na esfera da Administração Central.”

O Conselho de Ministros aprovou, ainda, três diplomas, no âmbito do processo de descentralização de competências.

Através de um deles são transferidas para os municípios, comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto competências na área do serviço público de transporte de passageiros regular em vias navegáveis interiores.

Um dos outros diplomas determina que “nas áreas portuário-marítimas e áreas urbanas de desenvolvimento turístico e económico não afetas à atividade portuária, os municípios passam a exercer competências no domínio do regular funcionamento das infraestruturas portuárias de apoio às atividades de pesca e de náutica de recreio, visando a sua exploração económica, conservação e desenvolvimento, de gestão de efetivos, de administração do património do Estado que lhes está afeto e de exploração portuária.”

Por fim, foi aprovado que seja reforçada a participação dos municípios na gestão das áreas protegidas de âmbito nacional.

Fonte: oalgarve

Montras de Natal no comércio local é tema de conversa

No próximo dia 23 (sexta-feira), a partir das 19 horas, tem lugar mais edição das Conversas Loulé Design Lab.
Desta vez, as convidadas são Sandra Guimarães e Maria Ruiz, que constituem a equipa de designers da IKEA, que se deslocam às instalações do Loulé Design Lab para apresentarem os seus olhares e propostas para a produção de montras de Natal em algumas lojas do comércio da cidade.
Numa conversa/workshop em ambiente informal propõe-se estender estas reflexões a todos os participantes, e ter contacto com a experiência e conhecimento de profissionais da área.
Esta é uma parceria entre a Câmara Municipal de Loulé e IKEA, com o apoio da delegação de Loulé da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL). A entrada é livre.
Fonte: oalgarve 

Da noite que mudou a semana às 143 páginas de acusação: o que diz o Ministério Público sobre as agressões na Academia (e onde entra Bruno de Carvalho)

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Desporto

Por Bruno Roseiro, Editor de Desporto
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O dia estava a convidar a tudo menos sair de casa. Pelo frio, pelo dilúvio. No limite, até pela própria programação da TV. O dérbi de Manchester entre City e United entrava no período de descontos, o jogo do Benfica em Tondela estava no intervalo, os jogadores do Boca Juniors e do River Plate já se encontravam no aquecimento, as equipas de AC Milan e Juventus tinham chegado a San Siro, os autocarros de Sporting e Desp. Chaves iam a caminho de Alvalade. Ia ser mais um domingo de barrigada de futebol quando, por volta das 18h15, saiu a notícia de que Bruno de Carvalho, antigo presidente dos leões, e Mustafá (Nuno Mendes), líder da Juventude Leonina, tinham sido detidos no âmbito do caso da invasão à Academia. E uma semana com tanto para contar pareceu resumir-se ao último desenvolvimento de um dos episódios mais negros da história do Sporting e do futebol português, entre horas e horas de diretos, emissões especiais e espaços de debates.
Um mês antes, o presidente destituído dos leões tinha ido ao DIAP (após uma incursão por engano ou falta de conhecimento ao DCIAP) para ser ouvido depois dos rumores que apontavam para a existência de um alegado mandado de detençãoApós quatro dias detido no posto da GNR de Alcochete, Bruno de Carvalho saiu em liberdade com a obrigatoriedade de apresentações diárias e uma caução de 70 mil euros. O que se passou nesse período entre domingo à noite e quinta-feira de manhã? Tentou perceber-se o porquê da detenção; fez-se contas ao impacto que a decisão poderia ter no caso das rescisões ainda por resolver; soube-se que o Ministério Público via como fundamental a audição de Jorge Jesus, para esclarecer quem tinha marcado o treino para 15 de maio às 17 horas; dissecaram-se as razões para o pedido de especial complexidade do caso; conheceram-se novos dados através de um antigo vice do clube, Vítor Ferreira; justificou-se o timing da detenção com suspeitas de outro crime não ligado de forma direta à Academia; e foram tornados públicos os testemunhos que “incriminavam” o ex-líder leonino. O que se passou depois desse período? Concluiu-se que os elementos reunidos pela investigação são “poucos e fracos” e que o Ministério Público não pediu prolongamento do prazo a tempo e teve de precipitar a detenção sem ter ainda todas as provas; e foram conhecidas as 143 páginas da acusação, que imputam ao antigo presidente do Sporting um total de 98 crimes.
Em seis meses, quase tudo mudou na vida de Bruno de Carvalho, o mesmo que sonhava desde os seis anos chegar à presidência do Sporting: tornou-se o primeiro líder do clube destituído em Assembleia Geral pelos sócios, viu a sua condição de associado suspensa por um ano, divorciou-se, ganhou um hobbie na sua nova vida social, foi detido, saiu em liberdade. “Estou a sair do pior momento da minha vida e a única coisa que quero é abraçar a minha filha. Só quem passa por esta situação percebe o quão diferente é um ser humano quando é privado de coisas tão simples. É um Bruno diferente que sai daqui, não sei se melhor, se pior, quer a nível pessoal quer a nível profissional”, comentou quando chegou a casa esta quinta-feira. Este é um processo que está longe de chegar ao fim mas que conseguiu levantar mais interrogações do que certezas a vários níveis até fora da esfera desportiva e que acabou por “abafar” tudo o resto que se passou numa semana de paragem do Campeonato.
O Observador revelou o estudo do Observatório do Futebol da Universidade Europeia sobre as finanças dos clubes portugueses com base nos relatórios e contas anuais à luz de quatro variáveis que caracterizam a estratégia financeira e desportiva de FC Porto, Benfica e Sporting: 1) rácio de endividamento; 2) pressão da folha salarial; 3) dependência da venda de jogadores; 4) relação entre o valor e o custo do plantel. Num outro âmbito, teve início a fase de instrução do processo e-toupeira, onde também a SAD do Benfica é arguida, com as audições de Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico dos encarnados, e Júlio Loureiro, escrivão e antigo observador de árbitros. No Sporting, Marcel Keizer já começou a trabalhar na Academia numa semana marcada pelo lançamento de um empréstimo obrigacionista de 30 milhões com taxa de 5,25%.
Na segunda notícia mais partilhada da semana, a Seleção Nacional de futsal para atletas com síndrome Down sagrou-se esta quinta-feira campeã europeia em Terni, após vencer a anfitriã Itália por 4-0 na final. Só houve mesmo um texto que bateu esse (por sinal, o quinto mais partilhado de Desporto do ano até ao momento) – o triunfo que Portugal já conseguira alcançar antes na mesma prova também diante da formação transalpina, então por 5-3.
O que se segue? Pontos altos de várias competições em várias modalidades.
– no futebol, a Liga das Nações terá as duas últimas jornadas para apurar as quatro seleções que irão discutir o troféu da primeira edição da prova, com Portugal a necessitar de um empate na deslocação a Milão para defrontar a Itália (sábado, 19h45) ou uma vitória na receção à Polónia (terça-feira, 19h45); ainda no futebol, os Sub-21 jogam o playoff de apuramento para o Europeu com a Polónia (com o primeiro jogo já esta sexta-feira às 17h e a segunda mão em Chaves na terça-feira, às 17h);
– no futsal, Benfica e Sporting terão um dérbi escaldante num Pavilhão João Rocha com lotação esgotada para decidir quem será o representante nacional na Final Four da Liga dos Campeões (domingo, 19h);
– no ténis, Londres acolhe o encontro decisivo do ATP Finals, podendo haver um novo cruzamento de gigantes entre Novak Djokovic e Roger Federer, que procura a sua 100.ª vitória em torneios (domingo, 18h);
– no Moto 2, Miguel Oliveira vai tentar fechar a última temporada neste escalão antes de chegar ao Moto GP – e já está a ser elogiado por Valentino Rossi – com uma vitória no Grande Prémio de Valência (domingo, 11h20);
– no râguebi haverá mais jogos teste sempre interessantes como o Inglaterra-Japão, o Escócia-África do Sul ou o Rep. Irlanda-Nova Zelândia (todos no sábado à tarde).

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O ESTUDO

FotografiaFUTEBOL

A radiografia às contas dos três grandes

Estudo do Observatório do Futebol da Universidade Europeia analisou finanças de FC Porto, Benfica e Sporting para comparar estabilidade das sociedades e traçar estratégias financeiras e desportivas.

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