Espectáculo “Payva Douro” será o momento alto da iniciativa
Na manhã do passado Sábado realizou-se no espaço do CICL – Centro de Interpretação da Cultura Local, em Sobrado, a apresentação oficial do programa para a 2ª Bienal da Cultura, uma iniciativa municipal que, sob o tema “ O rio, a terra e as gentes “, vai decorrer entre 14 e 20 de Julho no território paivense.
Apresentada pelo edil paivense, Gonçalo Rocha, que na cerimónia esteve acompanhado pelo director pedagógico da Academia de Musica de Castelo de Paiva,Agostinho Vieira, e pelo actor e director artístico, António Capelo, esta 2ª Bienal da Cultura vai evidenciar um programa multi-cultural e diferenciado, pretendendo uma vez mais, celebrar a cultura e a criatividade na relação saudável e equilibrada entre pessoas e as tradições locais, com espectáculos livres e direccionados para toda a comunidade.
Um dos maiores momentos previstos para este evento está agendado para 19 de Julho, às 22:00h, e será sem dúvida o espectáculo Payva D’Ouro, assinado porAntónio Capelo, que configura o regresso do Teatro do Bolhão a Castelo de Paiva, com uma apresentação dedicada agora ao tema "O Rio, a Terra e as Gentes “ a ter lugar no Largo do Conde, com um evento teatral e multidisciplinar de larga escala, envolvendo profissionais daquela companhia teatral portuense, em articulação com cerca de 500 intervenientes, pertencentes a grupos e entidades locais, visando aprofundar o envolvimento da comunidade na celebração da vila, da sua memória colectiva e da sua identidade.
Payva D’ouro apresenta-se como uma celebração da região de Paiva, da sua identidade e da memória colectiva das suas gentes e constrói-se a partir da presença do rio e da sua relação orgânica com a terra a as gentes. O rio é entendido como ponto de partida e de chegada, caminho, espaço de viagem, de trabalho e de vivência quotidiana. É, também, poeticamente a “porta mágica” para outros mundos e outros tempos e, neste espectáculo, destacam-se o teatro, o circo, a dança, a música e o canto que vão marcar presença nas varandas, fachadas e janelas do emblemático Largo do Conde, num evento festivo que vai cativar os visitantes.
Para António Capelo, como que por magia, “ o adro da igreja transformar-se-á num enorme cais, onde a vida se anima… e a nossa memória se ergue à altura da vela que evocará, em imagens, o tempo que já foi de outros, dos outros que foram a nossa família e continuam a ser a nossa comunidade. Onde os sons vão encher os nossos ouvidos das cantigas que ouvimos em casa, nas ruas, nos campos e sobre as próprias águas dos rios todos do nosso concelho “, destacando-se a parceria mais representativa, com aAcademia de Música de Castelo de Paiva, cujo côro e orquestra vão actuar ao vivo emPayva d’Ouro, interpretando músicas do Cancioneiro Popular da região.
A iniciativa arranca a 14 de Julho com a cerimónia de abertura, com Estátuas Vivase uma actuação dos Pauliteiros de Miranda no Largo do Conde, pelas 18h30, o mesmo sítio que vai receber Àrias de Ópera, às 21h30, enquanto no CICL está patente uma exposição de fotografia de Luis Monteiro, “ Payva – terras de água “.
No dia 15, às 18 horas, realiza-se uma conferência no CICL subordinada ao tema “Os Rios do futuro “, e à noite na Zona de Lazer de S. Martinho, regista-se uma apresentação da Escola de Rock de Paredes de Coura, sendo que, no dia 16, o programa contempla à noite “ A vez à Dança “ no Auditório Municipal com a presença do Conservatório de Dança do Vale do Sousa e Academia de Dança de Castelo de Paiva.
Para o dia 17, às 18h00 no CICL, será apresentado o livro “ Do castelo da ilha à Ilha do Castelo “, de António Lima, e mais tarde, às 21h30 no Castelo, em Fornos, haverá um Concerto com Polén e Orquestra Ligeira da AMCP, com o dia 18 a ser preenchido com um espectáculo de Stand-Up Comedy com Joel Santos, às 21h30 no Auditoria Municipal, enquanto no Largo do Conde se apresentam os “ Combos da Escola Estúdio do Pejão, às 23h30 no Largo do Conde.
Para além do grande espectáculo “Payva D’Ouro”, o dia 19 contempla ainda, às 23h30, uma sessão “ Tempo ao Jazz “, no centro da vila, enquanto o ultimo dia daBienal da Cultura, começa no Choupal, em Pedorido, às 15 horas, com uma apresentação do Núcleo de Experiencias Turisticas das Minas do Pejão, com a participação da Banda Juvenil dos Mineiros do Pejão, e uma peça de teatro “ Romeu e Julieta na Ilhas dos Amores “ às 18horas no espaço do Auditório Municipal,concluindo-se a programação na Zona de Lazer do Choupal, com dois concertos,Operar pela Ópera, pela Orquesta Sinfónica, e Supercombo do Pejão, espectáculos programados a partir das 21h30.
Porque a cultura tem um papel importante para a população, para a valorização do município, porque envolve arte, crenças, hábitos e costumes, porque potencia conhecimento à comunidade, evidencia momentos de lazer e prazer artístico, o presidente da Câmara Municipal, Gonçalo Rocha, espera um novo sucesso nesta edição, e manifestou o entusiasmo de se protagonizar um grande evento, uma bienal fantástica que marque a região e que ajude a projectar ainda mais território e a consolidar a atractividade.
Carlos Oliveira