quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Carro capota em Maputo, uma pessoa morre e outras contraem lesões graves


Uma pessoa morreu e outras quatro contraíram ferimentos graves em consequência de um acidente de viação, ocorrido na manhã de segunda-feira (23), na zona baixa da capital moçambicana, envolvendo uma viatura de cidadão civil, com a chapa de matrícula ADR 205 MC, e outra de militares.

O sinistro, supostamente resultante do excesso de velocidade e consumo de bebidas alcóolicas, deu-se no cruzamento das avenidas Fernão de Magalhães e Guerra Popular.

Testemunhas contaram que um automobilista que se fazia ao volante de um carro ligeiro, seguindo o trajecto Avenida Guerra Popular/Baixa, embateu num veículo das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), no intersecção com a Avenida Fernão de Magalhães.

Em seguida, viatura ligeira cambaleou, o que resultou na morte de uma pessoa. O motorista sobreviveu.

Durante a perícia, a Polícia de Trânsito (PR) achou recipientes de bebidas alcóolicas no interior do carro, cuja parte frontal ficou totalmente desfeita e irreconhecível.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Presidente Nyusi exonerou Chefe do Estado-Maior General das FADM, director-geral do SISE e Comandante-Geral da PRM


O Presidente Filipe Nyusi exonerou nesta terça-feira(24), em despachos separados, Graça Tomás Chongo do cargo de Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Lagos Henriques Lidimo do cargo de director-geral do Serviço de Informação e Segurança do Estado(SISE), e também Júlio dos Santos Jane do cargo de Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique(PRM).

A Presidência da República não apresentou nenhum motivo para as exonerações, como é prática habitual, porém o @Verdade sabe que a idade e questões de saúde terão pesado na decisão de exonerar Graça Chongo e Lagos Lidimo.

Chongo, General do Exército, ocupava o cargo desde Junho de 2013 e havia sido nomeado pelo então Presidente Armando Guebuza.

General na Reserva, Lidimo, esteve à frente do SISE menos de nove meses, havia sido nomeado a 30 de Janeiro passado.

Militar de carreira Jane comandava os destinos da PRM desde Março de 2016 e foi ainda nesta terça-feira nomeado, noutro despacho do Chefe de Estado moçambicano, para dirigir os Serviço de Informação e Segurança do Estado.

Recorde-se que o SISE está envolvido na “arquitectura” e contratação das dívidas inconstitucionais e ilegais das empresas Proindicus, EMATUM e MAM, e que precipitaram a crise económica e financeira que o nosso País está mergulhado.

Note-se que a Polícia da República de Moçambique está, enquanto não é indicado um novo Comandante, sem comando pois faleceu recentemente, vítima de doença, o seu vice Comandante-Geral, José Weng San.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique


MISAU defende criação de práticas de excelência para humanização e qualidade do atendimento hospitalar


O atendimento humanizado e de qualidade nas unidades sanitárias moçambicanas – ao longo dos últimos anos descrito como mau – está a conhecer progressos assinaláveis, segundo o Ministério da Saúde (MISAU), que não só reconhece que ainda há muito trabalho por fazer com vista à satisfação das exigências da população, que continua a se queixar do alegado mau comportamento de alguns técnicos do sector e de cobranças ilícitas, como também defende que as instituições devem se comprometer em criar práticas de excelência, melhoria da formação e comunicação, motivação de recursos humanos e melhoria da gestão do bem público.

Neste contexto, aquela instituição do Estado lançou, esta segunda-feira (23), em Maputo, a segunda “Estratégia Nacional para a Melhoria da Qualidade e Humanização doa Cuidados de Saúde” 2017-2023, bem como a “Estratégia para a Prevenção e Combate das Cobranças Ilícitas”.

A este propósito, Luís Muswei, da COREMO, disse que são inegáveis os avanços no sector da saúde, mas o mau atendimento e a corrupção persistem, por isso, devem ser terminantemente combatidos. Os líderes religiosos estão preocupados com o que chamam de “qualidade assistencial” e os pacientes gostariam de ser atendidos num tempo razoável, ou sejam, sem necessidade de permanecer horas a fio numa fila.

Por vezes, há técnicos de saúde que justificam a demora no atendimento ou outra situação anómala, por exemplo, com a exiguidade de meios materiais.

De acordo com Luís Muswei, não se justifica que um profissional de saúde despenda tempo na sua sala “conversando ao telefone com as comadres e os compadres (...)”, enquanto do lado de fora os doentes se queixam morosidade e a resposta que lhes é dado é: “nada posso fazer porque a saúde” enfrenta escassez de recursos humanos.

“O paciente não quer saber se o hospital onde está a ser atendido dispõe ou não de aparelhos de alta qualidade. Isso interessa aos gestores da saúde”, disse Luís Muswei acrescentando que um funcionário do Estado não pode receber salário enquanto se furta dos seus deveres e maltrata doentes.

A fonte disse ainda que há médicos que prescrevem medicamentos que não existem nas farmácias públicas, o que deixa os utentes agastados. Luís sugeriu que os médicos se informem antes de iniciar o atendimento, para evitar passar receitas cujos fármacos são inexistentes.

Por sua vez, Nazira Abdula, ministra da Saúde, disse que tem sido preocupação do seu sector e do Governo a “oferta de cuidados de saúde de alta qualidade centrados no utente (...)”. Foi nesse contexto que, em 2004, lançou-se o movimento para a melhoria da qualidade e humanização, cujos trabalhos serão continuados através da implementação das estratégias acima referidas.

A governante admitiu que “não basta aprovar projectos e estratégias de melhoria de qualidade. As instituições de saúde devem comprometer-se em criar um ambiente favorável para a implementação de práticas de excelência através da formação e motivação de recursos humanos, melhorando a comunicação e a gestão do bem público”.

Refira-se que a segunda “Estratégia Nacional para a Melhoria da Qualidade e Humanização doa Cuidados de Saúde” 2017-2023 tem como princípio a ideia segundo a qual a qualidade e humanização devem acontecer mediante a oferta de cuidados de saúde “atempados (pontualidade) que atinjam os resultados desejados (eficácia) sem causar danos ao utente, ao funcionário e ao ambiente (segurança), e que respeitem as necessidades e preferências dos utentes (humanização)”.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Governo vai apertar ainda mais cobrança de impostos ao sector privado deixando de lado megaprojectos que não pagam IVA


Foto de Adérito CaldeiraO Governo de Filipe Nyusi inicia nesta segunda-feira(23) uma campanha de fiscalização e auditorias excepcionais ao sector privado com vista a aumentar as receitas fiscais particularmente do Imposto sobre o Valor Acrescentado(IVA). Ironicamente o Estado deve mais 20 mil milhões aos privados e desde que a crise financeira agravou-se simplesmente não tem amortizando a sua dívida. Paradoxalmente não serão alvo desta campanha os megaprojectos que exploram os nossos recursos e continuam sem pagar um único metical de IVA.

“(...)Verificamos que as auditorias e fiscalizações que estão sendo executadas pelas nossas equipas continuam a não trazer os resultados que desejaríamos que trouxessem. Verificamos também que existe uma grande morosidade nos nossos processos, nas auditorias, e que os encaixes que nós tivemos em 2017 no IVA são muitos menores a esta altura do que os encaixes que nós tivemos em 2016 mercê termos eleito o ano como dedicado ao IVA. Nesta base, e tendo 3 meses que nos separam do final do ano, era importante que tomássemos a decisão de avançar com a fiscalização e auditorias excepcionais” revelou a presidente da Autoridade Tributária de Moçambique(AT), Amélia Nakhare, durante um workshop que juntou quadros seniores da instituição em Maputo.

A campanha de fiscalização e auditorias às empresas, estabelecimentos comerciais e vendedores nas vias públicas tem início nesta segunda-feira(23) e o objectivo é aumentar as receitas fiscais que são nesta altura a principal fonte de financiamento da despesa do Governo de Filipe Nyusi, pelo menos enquanto não decidir iniciar com o efectivo esclarecimento das dívidas ilegais da Proindicus, EMATUM e MAM.

Paradoxalmente não serão alvo desta campanha os Empreendimentos de Parcerias Público-Privadas e nem mesmo os Projectos de Grande Dimensão.

Os relatórios de execução orçamental a que o @Verdade teve acesso mostram a Mozal, as Minas de Revuboè, as Areias Pesadas de Moma, a Jindal Africa, a ICVL Benga, a Vale Moçambique, a Midwest Africa ou a Eta Star continuam a beneficiar de isenção do pagamento do IVA e, apesar da crise que estamos a viver, o Executivo de Nyusi nem sequer está a equacionar rever os benefícios fiscais desses megaprojectos que exploram os recursos de Moçambique e geram poucos postos de trabalho para os moçambicanos.

Actualmente as receitas do Imposto sobre o Valor Acrescentado correspondem a 35% das receitas anuais colectadas pela Autoridade Tributária mas poderiam mais do que duplicar se as isenções fiscais fossem eliminadas.

Não deverão também ser abrangidos por esta “a fiscalização e auditorias excepcionais” as Empresas Públicas, que têm encontrado no deferimento dos impostos uma opção contabilística de para evitarem a situação de falência em que se encontram.

Portanto o alvo da AT são as pequenas e médias empresas, assim como os chamados “empreendedores” que à falta de emprego fazem pequenos negócios nas vias públicas dos principais centros urbanos do nosso País.

Estado deve milhares de milhões de meticais ao Sector Privado

Falando à jornalista, à margem do workshop, o director geral dos Impostos, Augusto Tacarindua, afirmou que “Sabemos que as transacções foram realizadas, então se foram realizadas significa que o imposto encontra-se com os comerciantes e deve ser entregue ao Estado”.

Entretanto o @Verdade apurou que desde que a crise financeira e económica começou o Estado simplesmente deixou de honrar os seus compromissos com o sector privado que lhe fornecer bens e serviços tendo acumulado uma dívida que ascende a 29 mil milhões de meticais.

Fonte da assessoria de comunicação do Ministério da Economia e Finanças confirmou ao @Verdade a dívida do Estado ao Sector Privado nacional contudo precisou que o montante é de 22 mil milhões de meticais. “Neste momento, esta em curso o apuramento desse valor para, posteriormente, dar-se início ao processo de negociação com o Sector Privado, em função da capacidade financeira do Estado”, acrescentou a fonte do Ministério da Economia e Finanças.

“Há empresários que prestaram serviços ao Estado, na altura foi levar dinheiro emprestado ao banco, entregou os bens e serviços e o Estado simplesmente não pagou. Aquele material que o empresário levou a crédito num fornecedor todos os dias é pressionado para pagar” desabafou um empresário ouvido pelo @Verdade, sob a condição de anonimato.

Um outro empresário, que tenta manter a sua empresa no activo e já teve de despedir um parte dos seus funcionários e não sabe se o melhor não será fechar a empresa antes que o Governo o aperte com mais taxas e taxinhas, explicou que mesmo que o Estado lhe pague os valores em dívidas entre o momento em que os bens e serviços foram fornecidos e o presente o valor do dinheiro desvalorizou. “Fui buscar dinheiro ao banco para avançar com o concurso público que ganhei, na altura os juros não chegavam aos 20% hoje já chegam aos 30%. O que tive de importar para o Estado quotei o dólar a 30 meticais se me pagarem hoje esse valor simplesmente duplicou”.

Visto que os bancos não tem contemplações, mesmo em tempo de crise económica, e estão a executar os bens que os empresários deram como garantias para os financiamentos que pediram o @Verdade perguntou ao sector privado se eventualmente estaria a negociar algum tipo de moratória com o Executivo. “O Governo quando senta connosco reconhece a dívida mas diz que não tem como pagar. Se você está a pedir uma moratória junto dos bancos, se nem esta que é uma dívida legítima não conseguimos amortizar como vamos dar esta almofada? Vamos aguentar, pedem-nos”!

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

População captura supostos membros do grupo armado que atacou Mocímboa da Praia


Onze jovens que supostamente fazem parte do grupo armado que a 05 de Outubro em curso atacou as instalações da Polícia da República de Moçambique (PRM), no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, facto que culminou na morte de 16 pessoas, foram capturados por populares, no distrito de Palma, na mesma província e entregues às autoridades policiais.

Os visados foram neutralizados quando alegadamente procuravam refúgio em Palma. À data dos factos, a invasão foi orquestrada por 30 homens munidos de armas de fogo e catanas.

Na sequência desse ataque, dois elementos da corporação perderam a vida e outro ficou ferido. O referido grupo, cuja origem ainda não foi identificada, armado apedrou-se também de pouco mais de oito mil munições e várias armas de fogo. Aliás, numa noite de sábado (07), o bando armado assassinou um líder comunitário de uma povoação daquele ponto do país.

Por conseguinte, 52 integrantes caíram nas mãos da PRM e com os novos 11 indivíduos totalizam 63. Em conexão com este crime, as autoridades informaram que alguns indiciados serão submetidos a interrogatórios, nesta segunda-feira (23), em Mocímboa da Praia, que devido à referida incursão ficou pelo menos dois dias paralisado.

Tratou-se de um grupo que “pretendia semear medo e terror junto da população e instalar a desordem pública”, segundo justificou na atura, Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da PRM.

Refira-se que informações não confirmadas pelo Governo dão conta de que se trata homens armados denominados “muanis” ou Al Shabaab. Este é um grupo terrorista e fundamentalista que incita à desobediência aos princípios do Estado.

As autoridades governamentais falam com bastante cautela sobre este assunto, indicando que ainda não foi possível identificar a origem da quadrilha, o que se sabe é que se “comunicava em português, kimwane e swahili”, disse Inácio Dina.

Jovem acusado de matar o pai em Maputo e irmãos assassinam idoso em Inhambane


Uma jovem de 23 anos de idade planeou e concretizou o assassinato do própria pai, de 47 anos de idade, há dias, no bairro de Cumbeza, província de Maputo, alegadamente devido a desinteligências resultantes da venda de terrenos. Em Massinga, província de Inhambane, dois irmãos agrediram fisicamente um idoso de 60 anos de idade, até à morte por suposta feitiçaria.

A indiciada cuja identidade não apurámos, foi detida mas supostamente escapou da custódia das autoridades policiais, no último fim-de-semana, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

A vítima respondia pelo nome de Sérgio Nhaca. Segundo a família, a jovem vendeu os talhões do progenitor, algures na localidade de Macaneta, na província de Maputo.

Por conta desse negócio, que floresce como cogumelos em muitos pontos de Moçambique, enquanto as autoridades repetem que é proibido, a família do malogrado entrou em rota de colisão.

Dos parentes do finado, o @Verdade apurou que a acusada deliberou acabar com a vida do pai porque este exigiam, de forma relutante, que a filha fosse responsabilizada pelo seu alegado envolvimento na referida venda de terrenos sem a permissão dos mais velhos.

Como forma de se livrar do próprio pai, a jovem contactou alguns amigos, com os quais cometeu o crime de que é indiciado. De seguida, ela enterrou o corpo do progenitor nas proximidades do local onde trabalhava como cabeleira, no mesmo bairro. Consta que o talhão onde o cadáver foi enterrado pertence à avó da acusada de assassinato.

O crime foi denunciado por um dos supostos comparsas da jovem, após um desentendimento em relação ao pagamento após o assassinato.

Até ao fecho desta edição, a miúda estava em parte desconhecida depois de ter sido presa. Não se sabe ao certo como é que fugiu das mãos da Polícia.

No distrito de Massinga, dois irmãos espancaram um ancião até à morte, supostamente porque a vítima era feiticeira.

Dos visados, um é genro do finado e contou que sem compaixão ele e o comparsa aplicaram duros golpes à vítimas até perder a vida.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Eu, Psicóloga | Deficiente Eficiente



Muitas vezes me peguei pensando sobre este texto, sobre as questões do deficiente(s)e sua relação com o mundo seja em sua família, na sociedade de uma forma geral, na política e principalmente com relação a ele próprio, e então, resolvi escrever este texto do ponto de vista psicológico (com todas as questões associadas) e do ponto de vista da própria deficiência, pois também sou deficiente físico desde 5 anos de idade.

Para falarmos sobre as questões relacionadas a deficiência, temos primeiro de pensar nas questões da dita normalidade, o que é ser normal e o que este rótulo carrega em si; questões como esta muitas vezes me fazem pensar em números, curvas de normalidade, dados estatísticos algo mais ligado a quantidade do que a qualidade, mas quem faz parte da dita normalidade? Tenho eu os devidos atributos para entrar nesta curva, entrar neste dado tão importante para alguns?

 Gostaria muito de saber quem dita esta normalidade, quem é o senhor da normalidade e gostaria inclusive, caso existisse um senhor desta normalidade, o que é ser normal, pois muitas vezes, o que é ser normal, o que é estar dentro da linha para uns, não significa ser normal a outros, o estranho, o que foge aos olhos, o diferente também é visto como algo anormal e muitas vezes, o deficiente(s) também se coloca nesta posição, imagine você se em São Paulo existem somente pessoas com deficiência, das mais variadas possíveis, físicas, auditivas, intelectuais, visuais e de repente, uma pessoa dita não deficiente entrasse neste mundo, a deficiência então seria vista como a normalidade e a dita “normalidade” seria vista como uma deficiência?

Lembro-me de uma feira para pessoas com deficiência da qual estava participando e uma repórter me questionou o que teria de mudar na educação das pessoas com deficiência para sua melhoria da entrada no mercado de trabalho, respondi a ela calmamente sobre qual educação estaríamos falando, pois a mesma educação que atinge (ou deveria atingir) a pessoa sem deficiência também é a mesma da pessoa dita deficiente; o conceito de deficiência esta muito mais na cabeça das pessoas do que nas suas particularidades, quase todas as pessoas (deficientes ou não), por exemplo, possuem deficiência de Vitamina D devido aos 15 minutos de sol que deveríamos e não tomamos o sol devido a tamanha correria do dia a dia, pois bem, o que temos de melhorar então não é a relação das pessoas com deficiência e o mundo do trabalho e sim, as questões relacionadas a todos e não a um grupo específico.

Então qual a questão da pessoa com deficiência e qual a questão do mundo que cerca a pessoa com deficiência com relação a ela? Claro que estas são questões e respostas curtas e que talvez não tenham um fim, mas acredito que uma das questão do deficiente que toma a deficiência como falta é o porque ele, muitas vezes achando a questão como uma falta, o deficiente busca esconder esta falta, suplantado de ideias de que alguém, algum outro esta lhe olhando ou comentando, etc, enfim, alguma vezes estão realmente olhando para o que é diferente, mas mais uma vez retorno a ideia de todas as pessoas em São Paulo terem deficiência, e que seria o diferente, seria a pessoa sem deficiência, assim, o que assola a deficiência enquanto tal é a não aceitação da deficiência enquanto deficiência do indivíduo que a possui, visando somente as partes “ruins” da história, todos somos deficientes invisíveis no fim das contas.

Para concluir e deixar algumas questões para a futura reflexão, quem é um dito deficiente tem menos chance no mercado de trabalho? Uma pior educação? Distorção de conceitos ou a plena realidade de que as pessoas sem deficiência possuem um sentimento como medo ou dó perante aos deficientes? Tenho minhas ressalvas quanto a estas e muitas questões, mas sigo lutando para que não sejamos uma população a parte e sim a própria população, em que a inclusão não seja somente no papel tão bonita de se ver, mas que seja real, pois ainda que incluirmos o deficiente, o segregamos por sua deficiência.

Caio Estan, 
Psicólogo, Psicanalista e Membro do Departamento de Formação em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae

Eu, Psicóloga | Síndrome do impostor: quando eu me sinto uma fraude.



Emma Watson, uma das grandes estrelas de Harry Potter, declarou: “Parece que quanto melhor eu me saio, maior é o meu sentimento de inadequação, porque penso que em algum momento, alguém vai descobrir que eu sou uma fraude e que eu não mereço nada do que conquistei”. Anos antes, o mesmo pensamento também atormentava Kate Winslet. “Eu acordava de manhã, antes de ir para uma gravação e pensava `não posso fazer isso. Eu sou uma fraude.”  Ambas sensações são resultado de um fenômeno chamado “síndrome do impostor”, que, segundo um estudo realizado pela psicóloga Gail Matthews, da Universidade Dominicana da Califórnia, nos Estados Unidos, atinge em menor ou maior grau 70% dos profissionais bem-sucedidos, principalmente mulheres. E você pode ser um deles.

A síndrome do impostor — também conhecida como fenômeno do impostor ou síndrome da fraude — é um conceito da psicologia clínica. Ele descreve uma condição na qual indivíduos de alto desempenho são incapazes de perceber o valor das suas realizações pessoais.

Ou seja, eles não conseguem perceber o valor de suas ações e desenvolvem um medo persistente de serem expostos como uma “fraude”. Esse termo foi cunhado em 1978 pelas psicólogas clínicas Pauline R. Clance e Suzanne A. Imes.Elas observaram que algumas pessoas, apesar da evidência de suas capacidades, permanecem convencidas de que são fraudes e que não merecem o sucesso alcançado. Por isso, qualquer prova de sucesso é descartada como um golpe sorte, um bom timing ou como resultado de truques e mentiras.

Segundo os que sofrem dessa síndrome, todos os outros apenas superestimam sua própria inteligência e competência. Por essa razão, mesmo diante de provas concretas das suas habilidades, eles permanecem com um sentimento de inadequação, uma vez que tendem a arranjar pretextos para sabotar o próprio sucesso.

Portanto, a síndrome do impostor é sentida internamente como uma autoajuda crônica e uma incapacidade persistente de se recompensar pelos êxitos. Com isso, a pessoa sente que não é realmente um estudante ou funcionário bem-sucedido, competente e inteligente.

Em vez disso, ela pensa que criou um personagem no qual as pessoas acreditam, mas que não retrata a realidade. É como no romance de Dorian Gray, no qual o retrato realmente envelhece, mas o protagonista permanece com a aparência jovem.

Porém, quem possui síndrome do impostor acredita que sua imagem para os demais é perfeita, enquanto vê a si mesmo como alguém sem qualidades verdadeiras. Dessa forma, os portadores da síndrome começam a desenvolver um sentimento de não-pertencimento crônico ao ambiente em que trabalham ou estudam.

Com o tempo, eles não conseguem dormir, tornam-se paranóicos e abandonam a empresa ou a faculdade. Nos piores casos, podem desenvolver depressão e transtorno da ansiedade generalizada.

Entenda o que é síndrome do impostor

Todo transtorno psicológico se apresenta de forma única em cada indivíduo. Por essa razão, a síndrome do impostor pode ter características diferentes, mas, geralmente, podemos sempre encontrar algum desses três pensamentos :

Sentir-se como uma farsa

No traço mais comum da síndrome do impostor, o indivíduo tem a crença  de que o sucesso não é merecido — ele imagina ter enganado ou burlado o sistema. Assim, muitos profissionais acreditam que conseguiram a promoção pois fingiram ser um funcionário exemplar para a chefia.

Então, surge o medo injustificado de ser descoberto, pois a “baixa qualidade” do seu trabalho denunciará quem ele realmente é. Na verdade, esse comportamento tem um traço narcisista em que a pessoa acredita que pode enganar todas as pessoas com a sua habilidade natural de persuadir e atuar.

Nos momentos de crise emocional, frequentemente ouvimos essas pessoas dizerem: “posso dar a impressão de que sou mais competente do que realmente sou” ou “muitas vezes, tenho medo de que os outros descubram o quanto eu sou incapaz”.

Atribuir o sucesso à sorte

Outro aspecto da síndrome do impostor é a tendência a atribuir o sucesso à sorte ou a outras razões externas que não as suas próprias capacidades. Alguém com tal sentimento se referiria a uma conquista dizendo: “eu só tive sorte desta vez”, “foi um golpe de sorte” ou “da próxima vez, não terei tanta sorte e você vai ver como sou ruim”.

Então, essa pessoa começa a sentir um medo constante de que a maré de sorte eventualmente acabará. Diante disso, em seu imaginário, tudo o que foi conquistado será perdido.

Minimizar o sucesso

Ao contrário da maioria dos indivíduos, quem sofre de SI começa a inventar desculpas para justificar o seu próprio sucesso. Ele nunca se deve às suas habilidades ou ao seu esforço. Após ter sido o único a bater as metas de vendas, por exemplo, o portador da síndrome dirá: “consegui compradores com bastante dinheiro” ou “peguei bons clientes”.

Com o tempo, os colegas começam a dizer que ele tem falsa modéstia, pois, diferentes desse indivíduo, eles são capazes de perceber o seu valor. À medida que isso ocorre, a ansiedade aumenta, pois a sensação de não pertencer àquele local aumenta. Assim, ele se vê trocando constantemente de emprego.
Infelizmente, a enorme competitividade do mercado de trabalho pode nos levar a uma série interminável de pensamentos ruins. Afinal, muitas vezes, somos levados a acreditar que sempre podemos ser melhores em vez de aceitar o sucesso atual. Na síndrome do impostor, essa sensação é vivida intensamente. Por isso, digo frequentemente: a tarefa mais difícil que temos em nossas mãos é acreditar que o sucesso do presente momento é suficiente.


Saiba como se livrar da síndrome do impostor

Viver dessa forma pode ser uma tortura diária, mas você pode tomar algumas atitudes para se livrar da síndrome do impostor. Confira:

Liberte-se do seu ego

Normalmente, nos sentimos como uma fraude quando pensamos que somos mais importantes do que na verdade somos. Quando você se sente como uma fraude, você toma como parâmetro algum padrão de perfeição que nunca existiu de fato.

Por isso, abandone os pensamentos que superestimam sua importância, isso vai ajudá-lo a se sentir menos como uma farsa. Às vezes, nos colocamos em uma posição em que acreditamos que todos os olhos estão virados para nós. Isso não é verdade. Não somos o centro do mundo! Quando percebemos isso, a vida se torna muito mais plena.

Aceite que você teve algum papel em seus sucessos

Às vezes nos sentimos como fraudes porque somos “incapazes de internalizar nossos sucessos”. Acreditamos que nos foi dada uma oportunidade que a outras pessoas não foram. Então, nada que conseguimos depois dessa chance única foi realmente merecido.

Por isso, lembre-se sempre: há muitas pessoas nascidas em berço de ouro, mas que conseguiram perder todas as vantagens que a vida lhes deu. Somente o fato de ter aproveitado bem todas as suas oportunidades já é digno de nota. Afinal, as chances vêm para aqueles que se expõem a elas.

Infelizmente, o mundo não é totalmente justo. Há pessoas que nascem em condições melhores do que as outras. Porém, isso não justifica que você sabote o seu sucesso: você certamente fez algo para chegar onde está. Acredite: as más escolhas se apresentam a todos, indistintamente da sorte que tiveram.
Dessa forma, o sucesso jamais é gratuito. Nossas ações sempre têm uma grande participação naquilo que alcançamos. A tentação de descontar esse fato é grande, mas não podemos ceder a ela.

Concentre-se em fornecer valor

Quando nos sentimos uma fraude, estamos preocupados somente com os nossos sentimentos. Afinal, não executamos aquela tarefa para contribuir para o crescimento da empresa, mas para obter reconhecimento pessoal. Assim, surgem pensamentos, como:
“O que eles vão pensar de mim?”;
“Se eu falhar, vão me evitar”;
“Eu não sei tanto quanto esse outro cara, eu não tenho direito de dizer nada sobre o assunto”.

O caminho mais rápido para superar esses sentimentos é se concentrar em fornecer valor. Assim, quando alguém combate as nossas sugestões, não devemos levar para o lado pessoal — uma vez que todos estão reunindo esforços para apresentar os melhores resultados para a empresa.

Mantenha um arquivo de pessoas dizendo coisas legais sobre você

Os diários são uma técnica da psicologia cognitiva comportamental para ajudar as pessoas a perceberem sua evolução durante o tratamento. Assim, em vez de focar nas coisas negativas que ocorrem no dia a dia, você será capaz de perceber suas pequenas conquistas.

Por isso, não vale escrever os pontos negativos nesse diário, somente os positivos. A ideia é que, após um dia ruim, você seja capaz de ler suas anotações e perceber o valor dentro de si.

Quem tem síndrome do impostor esquece muito facilmente o que fez de bom mas se lembra de todas as falhas. Não dá para viver uma vida assim! Todos falhamos a todo momento, mas também acertamos. É preciso, portanto, focar no lado positivo da coisa!

Pare de se comparar com os outros

Quando nos comparamos com os outros, é fácil cair na armadilha de pensar que “a vida de Fulano é muito melhor”. No entanto, acredite: nenhuma vida é melhor do que a outra. Todos nós enfrentamos dificuldades!
A grama do vizinho pode até parecer mais verde, mas isso é uma questão de perspectiva. Se você perguntar sobre isso a ele, ele apontará mil defeitos. Por isso, desligue o Facebook! Saia do Instagram! Pare de ler biografias a respeito de pessoas “bem-sucedidas”! Aprenda a respeitar a sua própria experiência. Você não é uma fraude, você é apenas você. Fim.

Lembre-se: estar errado não faz de você uma farsa

Os melhores jogadores de futebol sempre erram algum gol. As empresas mais famosas decretam falência de uma hora para outra. Os presidentes estão errados sobre as coisas o tempo todo. As melhores seleções de futebol inevitavelmente perdem (lembra do 7×1?).

Perder é apenas parte do jogo. Perder significa que você ao menos tentou, enquanto muitos ficam parados esperando que as oportunidades caiam no colo. Por isso, não glorifique a falha! Ela é apenas uma parte do caminho. Uma dos sinais de maturidade emocional é a aceitação de suas próprias falhas.

Aceite-se

Por “aceite-se” eu não quero dizer que você deve se entregar e desistir de melhorar. Jamais! Porém, quando falhamos, devemos reconhecer que aquilo era o melhor que poderíamos fazer naquele momento. Não podemos nos martirizar por algo que não podemos mudar.

Então, acredite: você merece exatamente tudo o que conquistou. Se você é capaz de transmitir essa sensação para as outras pessoas, o sucesso virá naturalmente. No entanto, caso você não seja capaz de admitir isso para si mesmo, a sensação de ser um impostor nunca te abandonará.

Eu, Psicóloga | 5 dicas para conviver melhor com o TDAH




Viver com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade não e fácil, seja você um paciente, alguém que convive ou ama uma pessoa com o transtorno. Além dos impactos causados pelos sintomas, a desinformação alheia sobre o TDAH pode ser outra barreira para quem busca qualidade de vida e inserção social.

Hoje em dia, com os diversos recursos e cuidados disponíveis, é possível viver com qualidade, independentemente dos sintomas do TDAH e da fase da vida de cada paciente. Para isso, além do apoio de uma equipe multidisciplinar, é preciso muita informação!

Confira aqui alguns passos que poderão ajudar a conviver melhor com o TDAH:

1. Siga o tratamento corretamente! 

Após o diagnóstico do TDAH, viver com qualidade depende da adesão ao tratamento recomendado pelo médico. Como geralmente é utilizado o tratamento multimodal, que consiste em diferentes abordagens terapêuticas simultâneas, é natural que o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade exija disciplina e dedicação dos pacientes – no caso de crianças e adolescentes, inclusive de seus pais, educadores e familiares. Mas o controle dos sintomas pode ser recompensador! Se você estiver enfrentando algum desafio para seguir o tratamento proposto, converse com seu médico e com outros profissionais de saúde envolvidos. Somente eles poderão fazer algum ajuste e encontrar a melhor solução para seu caso.

2. Não tenha vergonha do TDAH! 

transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é uma doença neurológica bastante prevalente, que atinge cerca de 5 a 8% das crianças1 e, muitas vezes, se prolonga pela adolescência e vida adulta. Se você ou alguém que você ama faz parte desse grupo, não há razão alguma para sentirem vergonha. Muitas doenças neuropsiquiátricas – como a epilepsia, o transtorno bipolar e a depressão – infelizmente ainda não são plenamente compreendidas por parte da população. Há inúmeras sociedades médicas e associações de pacientes atuando na conscientização sobre essas doenças, para quebrar os estigmas existentes. Mas lembre-se: a decisão de contar sobre o diagnóstico e tratamento do TDAH é individual.

3. Não deixe que a opinião de outras pessoas prejudique o seu tratamento. 

Ainda quanto à desinformação alheia, o mais importante é não deixar que ela atrapalhe seu tratamento e a sua qualidade de vida. O que você faz para manter a sua saúde – ou a do seu filho – só diz respeito a vocês. Não interrompa o tratamento ou deixe que a opinião de outras pessoas atrapalhe o controle do TDAH. Na dúvida, converse com o seu médico de confiança antes de tomar qualquer decisão.

4. Não acredite em tudo o que lê, ouve ou assiste sobre o TDAH… 

Como qualquer outro tema, há pessoas com opiniões muito divergentes sobre o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, seu diagnóstico e tratamento. Por isso, você deve colocar tudo o que lê escuta e assiste em perspectiva. Procure focar nos canais e pessoas em que você confia, em especial naqueles que são especializados, como os profissionais de saúde. Lembre-se que mesmo as pessoas com boas intenções podem estar desinformadas.

5. Busque alternativas para viver com mais saúde e qualidade de vida. 

Os sintomas do TDAH podem de fato impor alguns constrangimentos e muitos desafios para crianças, adolescentes e adultos. Por isso, se você tem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, utilize todos os recursos que estão à sua disposição para viver com mais qualidade. Seja um aplicativo no celular para sua organização e melhor gerenciamento dos horários; o apoio de um amigo mais próximo na sala de aula ou no trabalho; ou técnicas específicas de um profissional de saúde… Não subestime as diferenças que esses recursos podem trazer para seu dia a dia. Se tiver uma dificuldade específica e não souber para quem recorrer, converse com seu médico, ele poderá te ajudar a achar uma alternativa!


Ministro garante: “Empresários de Mira estão empenhados em manter a produção e os postos de trabalho”

O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, visitou esta tarde a área fabril da Leal & Soares acompanhado do Presidente da Câmara Municipal de Mira, Raul Almeida, dos quatro Presidentes de Juntas de Freguesia e de inúmeros empresários da região de Mira, que vieram tomar ciência do que o Governo já tem preparado (ou está a preparar) para poder ajudar a minimizar os imensos problemas causados pelo grande incêndio de 15 e 16 de Outubro.
Manuel Caldeira Cabral garantiu ter encontrado "empresários que estão a fazer o seu melhor, a tentar manter os compromissos com os seus clientes e a manter as empresas a trabalhar".
"Estamos a trabalhar em conjunto para encontrar soluções para os problemas e viemos aqui apresentar as medidas que o Governo já aprovou... as linhas de financiamento a fundo perdido", assumiu o Ministro que, dentre as soluções apresentadas, pensa que se conseguirá "atrair novos investimentos".
Para o governante foram colocadas "muitas questões"  o que é, para ele o garante de que os empresários de Mira estão "empenhados em manter a produção e os postos de trabalho".
Com o Concurso aberto a 6 de Novembro, Manuel Caldeira Cabral confidenciou "esperar que até ao final do ano estes fundos estejam disponíveis". 
"Penso que os empresários perceberam que este é o momento de repor a capacidade produtiva, de olhar em frente e, depois de todas estas dificuldades, de voltar a trabalhar!", rematou.
Já o autarca Raul Almeida ressaltou ter "lançado um repto ao sr. Ministro de ter visto que os empresários de Mira não atiraram a toalha ao chão, têm demonstrado uma grande capacidade de resiliência e de empreendedorismo e que nós, entidades públicas temos de os acompanhar e dar respostas nos apoios para a reconstrução".
Admitindo que "há alguns postos de trabalho em risco", adiantou que sobre este assunto, terá uma reunião para a semana que vem com entidades ligadas ao processo. Contente por encontrar "uma sala cheia de empresários", para o autarca esta é uma prova inequívoca de que estes querem "avançar", superando as dificuldades atuais.
Catorze empresas afetadas e "cerca de trinta e dois milhões de euros de prejuízo" são números que em relação aos valores podem ainda ser aumentados, já que "as próprias empresas ainda estão a fazer um levantamento total", segundo Raul Almeida.
Afirmando estar "mais reconfortado, neste momento", também não deixou de voltar a "bater na tecla, como também os empresários têm feito: "é preciso agilizar... precisamos dar respostas as estas pessoas e a estas empresas" . Finalizando, afirmou que "não é só dinheiro, muitas vezes... é também termos eficácia para responder aos problemas com que nos debatemos".

Mira Online

Biblioteca Municipal celebra o Halloween com uma noite de terror

Múmias, aranhas e zombies. São muitos os seres horripilantes que vão vaguear pela Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha na noite de 31 de outubro. A partir das 21h00, celebra-se o dia de Halloween com uma visita diferente, em que os convidativos espaços do equipamento cultural se transformam em algo diferente.

Dirigida às famílias, a atividade “Terror na Biblioteca” visa proporcionar uma experiência única aos participantes, com a construção de um percurso onde terão de resolver diferentes desafios. O fio condutor em todas as paragens é o livro “O Papão”, de Pablo Albo e Maurizio A.C. Quarello, que resgata a história tradicional do Bicho-Papão, um monstro que come crianças, sem necessidade de as mastigar. De forma a criar uma experiência imersiva, todos os espaços estarão decorados de forma especial, com os seus monstros particulares.

A participação na atividade “Terror na Biblioteca” é gratuita, sendo no entanto necessário proceder a uma inscrição prévia através do endereço de correio eletrónico biblioteca@cmalbergaria.pt. O percurso completo tem uma duração entre 30 e 45 minutos e as crianças são divididas em grupos por faixas etárias. No final, conjugando a festa internacional do Halloween com as práticas portuguesas, será oferecida uma surpresa aos mais novos, que remete para a tradição portuguesa. 
Dia 28 entre as 9 horas e as 13 horas vai decorrer ainda uma sessão de colheitas de sangue no Posto Fixo da ADASCA.

1.ª Reunião De Funcionamento Da Assembleia Municipal

Instalados os órgãos do Município, decorreu imediatamente a seguir, no dia 21 de outubro, a 1.ª reunião de funcionamento da Assembleia Municipal, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Foram então eleitos o Presidente e Secretários da Mesa da Assembleia. 
Carlos Jorge Morgado Gomes, o cidadão mais votado para este órgão no ato eleitoral de 1 de outubro, mereceu o reconhecimento e foi eleito o Presidente da Assembleia Municipal de Carregal do Sal, sendo 1º secretário, Ana Isabel Abrantes Ribeiro e 2º secretário, Isabel Clara Amaral Teixeira.
Constituída a Mesa da Assembleia foram propostos aditamentos que, pela sua pertinência, foram aceites e integrados na ordem do dia. 
O primeiro, foi para a eleição dos representantes municipais à Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões tendo sido apresentadas duas propostas – uma do PS e outra do PSD – que ditou como representantes efetivos: Paulo Jorge Catalino de Almeida Ferraz e Casimiro Alves Martins Loureiro. Como suplentes: Ana Filipa Montezinho Moreira Lopes, Sérgio Correia Costa Rodrigues e Sandra Cristina Oliveira Cortês.
O segundo, foi para a eleição do Presidente da Junta de Freguesia e seu substituto em representação de todas as Juntas de Freguesia do Município de Carregal do Sal na Associação Nacional de Municípios Portugueses. Neste caso, uma única proposta foi apresentada, da responsabilidade do Partido Socialista, e que foi votada favoravelmente, ditando como representante efetivo Carlos Baptista, presidente da Junta de Freguesia de Beijós e como suplente António Sousa Borges, presidente da Junta de Freguesia de Oliveira do Conde.
O Presidente da Assembleia Municipal deixou à consideração dos grupos municipais, a faculdade de fazerem uma breve intervenção pelos respetivos representantes, a que todos anuíram para, de uma forma geral, parabenizar os cidadãos eleitos, reiterando o espírito de missão em prol desta nobre causa autárquica.
O terceiro aditamento, teve a ver com a apresentação de uma proposta do PS, abordando os incêndios florestais do último fim de semana, que foi aceite na sua admissão e aprovada por unanimidade.
Tratou-se de uma proposta abrangente e emotiva, sob a designação de Voto de Pesar pelo falecimento do munícipe de Papízios, desejo de Rápidas Melhoras ao munícipe de Cabanas de Viriato que se encontrava hospitalizado e Voto de Louvor e de Reconhecimento aos Bombeiros Voluntários do Concelho, Delegação de Oliveira do Conde da Cruz Vermelha do Concelho, Guarda Nacional Republicana e toda a Sociedade Civil, pelo seu empenho e trabalho desenvolvido nessa fatídica ocorrência.

Rogério Abrantes Garante Continuar A “Trabalhar, Trabalhar, Trabalhar, Com RIGOR E CONFIANÇA”





Decorreu, no dia 21 de outubro, no auditório do Centro Cultural de Carregal do Sal, o Ato de Instalação dos órgãos do Município de Carregal do Sal. 
Na abertura da cerimónia usou a palavra o presidente da Assembleia Municipal cessante, Carlos Jorge Morgado Gomes para, de imediato, se referir “à situação particularmente difícil que o nosso Concelho atravessou e enfrenta” – os incêndios de outubro, e convidou o público a “guardar um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dessa verdadeira catástrofe que atingiu a nossa sociedade e o nosso país”, o que sucedeu com todos os presentes em pé.
Depois referiu-se à importância do Ato de Instalação que se seguiu. Carlos Jorge Gomes lembrou que “os órgãos que agora vão assumir funções resultam da escolha que os nossos munícipes realizaram; recebem, pois, um mandato inequívoco e indeclinável para representarem os nossos concidadãos e (…) têm apenas de prestar contas aos munícipes que os elegeram.”
Acrescentou ainda que as sessões da Assembleia Municipal são sempre públicas e que a Câmara Municipal tem uma reunião por mês aberta ao público, pelo que “qualquer munícipe pode assistir a estas sessões, podendo ainda intervir no espaço a isso destinado.” 
Lembrou que a sociedade civil se pretende cada vez mais participativa e deixou um desafio: “seria bom para o Concelho que outras atividades - a agricultura, a indústria, o comércio e os serviços, o associativismo e a cultura - se organizassem, criassem associações representativas para colocarem à autarquia as suas necessidades e ambições, os seus anseios e os seus projetos, na defesa legítima dos seus interesses e que se afirmassem como interlocutores credenciados na procura de soluções e alternativas mais viáveis, mais adequadas, e mais vantajosas.” 
Saudou depois todos os eleitos que cessavam funções anuindo à disponibilidade que demonstraram e ao contributo que deram para a afirmação e valorização do Concelho e desejou aos que iriam assumir funções os maiores sucessos e êxitos no cumprimento do mandato. 
Voltando à catástrofe dos incêndios, elogiou o trabalho desenvolvido pelos bombeiros voluntários das duas corporações e pela Cruz vermelha do Concelho; a sua coragem, a sua dedicação e a sua disponibilidade e salientou o esforço, o altruísmo e a entrega das populações, agradecendo a todos.
Às populações deixou uma palavra de conforto e de incentivo afirmando “Partilhamos o mesmo sentimento de tristeza, de dor e de frustração.”
Demonstrando alento e confiança nas gentes do Concelho, Carlos Jorge Gomes disse sentir “que os nossos munícipes já estão a enfrentar este mau momento”, pelo que “é preciso recomeçar, é preciso reconstruir.” E lembrou que as “instituições já estão no terreno, sendo justo realçar aqui a atenção, o empenhamento e a eficácia que a Câmara Municipal e os seus serviços têm revelado, na ajuda e no apoio àqueles que estão a passar maiores dificuldades.” 
Terminou com confiança no futuro: “Estou certo que vamos reconstruir, com ajudas que hão-de chegar, as habitações destruídas. Estou certo que vamos recuperar a nossa floresta (…); Vamos recuperar as nossas paisagens, o nosso ambiente natural para voltarmos a ser um Concelho com um ambiente saudável, com paisagens agradáveis, onde as pessoas se sintam bem e onde dê gosto viver.”
Cumprindo as orientações legais, foi então lida, em primeiro lugar, a ata da Assembleia Municipal e, à medida que eram chamados os elementos constituintes deste órgão deliberativo, os cidadãos mais votados faziam o respetivo compromisso de honra. O mesmo procedimento foi adotado imediatamente a seguir para a instalação do executivo camarário.
A terminar a sessão, o Presidente da Assembleia Municipal cessante convidou o reeleito Presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal a usar a palavra.
Rogério Abrantes iniciou a sua intervenção lembrando “a amargura decorrente dos incêndios que assolaram o nosso Concelho e os Concelhos limítrofes.” Agradeceu publicamente “o esforço, o empenho e o desempenho de todos, dos cidadãos anónimos às organizações, dos corpos de bombeiros, etc.” e deixou “uma palavra sentida à família enlutada e o desejo de rápidas melhoras aos hospitalizados.”
Depois, reportou-se à forma como o flagelo dos incêndios foi aproveitado e lamentou que ele tivesse ficado marcado pelo que classificou de “afirmações levianas, falsas e ignorantes, de pessoas com responsabilidades no nosso Concelho e que teimosamente não conseguem discernir política de realidade, verdade de falsidade”, dando ideia da continuidade da campanha eleitoral. Ao alegar que, quando assumiu as funções de Presidente da Câmara herdou um “vazio de projetos e de planificação, a inexistência de estratégia” que se revelaram “obstáculos de monta no atingir de alguns objetivos, em matérias cruciais e vitais para o Concelho” lembrou que “o Concelho teve uma existência anterior”, por isso “lavar as mãos de responsabilidades, exigir o que não fizeram e, pior do que isso, alimentaram, não poderá ser a bitola de um estar político.” E salientou “A nós, tal como há 4 anos, motiva-nos o Concelho, motivam-nos as pessoas, motiva-nos a melhoria das condições de vida, o bem-estar das nossas gentes, alicerçados no seu desenvolvimento.” Por isso afirmou convicto, o que “continuamos a propor fazer é trabalhar, trabalhar, trabalhar, com RIGOR e CONFIANÇA.” Ao renovar plena confiança na equipa do executivo que o acompanha, Rogério Abrantes renovou também “o apelo à sociedade civil convidando-a a abraçar a causa comum da construção de um Concelho moderno e orientado para o futuro em continuidade das ações entretanto encetadas” referindo que, após a “consolidação financeira do Município (…) e a redução da dívida”, “chegou o momento de, com uma retaguarda sólida, concretizarmos projetos em andamento, projetos adjudicados, projetos candidatados e elaborar novos projetos.”
Dirigindo-se aos concidadãos afirmou “jurámos hoje perante vós, jurámos todos pelo Concelho. Será este juramento que, em primeira opção, norteará toda a nossa ação.”
Terminou com um agradecimento à família pela “força, apoio e solidariedade”.