sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Leiria | Museu de Leiria obtém quatro distinções nos Prémios APOM 2020

 O Museu de Leiria teve quatro distinções da Associação Portuguesa de Museologia – APOM, na cerimónia anual de atribuição dos prémios desta instituição, que decorreu esta quinta-feira, uma edição que contou com 208 candidaturas, envolvendo instituições de Portugal Continental e Regiões Autónomas.

Na mais prestigiada cerimónia de entrega de prémios museológicos em Portugal, o Museu de Leiria foi vencedor na categoria "Trabalho de Museologia", com a exposição Plasticidade – Uma História dos Plásticos em Portugal, que foi ainda reconhecida com uma menção honrosa em "Intervenção de Conservação e Restauro". Esta exposição foi nomeada para Melhor Exposição Temporária, tendo obtido uma menção honrosa nesta categoria.

Na cerimónia, o Museu de Leiria foi ainda distinguido com uma Menção Especial, integrando um grupo de entidades que foram premiadas pela APOM, na área das boas práticas em museus na área da acessibilidade.

Anabela Graça, vereadora da Cultura na Câmara Municipal de Leiria, considera que os prémios que o Museu de Leiria tem conquistado “têm a maior importância para a valorização e desenvolvimento do trabalho cultural de Leiria”, sendo resultado da dedicação da equipa e do envolvimento da comunidade no planeamento e expansão de projetos no Museu, sempre com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço público prestado.

"A relevância da atividade do Museu de Leiria tem sido reconhecida com sucessivos prémios nacionais, mas também internacionais, o que nos faz acreditar que estamos no bom caminho. No caminho da Cultura como instrumento para encontrar o bem comum, o bem social. A Cultura significativa e alicerçada nos valores locais, nacionais e europeus. A Cultura como força de agregação e observatório humano", destaca Anabela Graça.

Exposição temporária Plasticidade – Uma História dos Plásticos em Portugal

A exposição Plasticidade – Uma História dos Plásticos em Portugal aborda desde a importância histórica do plástico às repercussões científicas, sociais, artísticas, económicas, tecnológicas e ambientais do seu uso na sociedade contemporânea.

Os conteúdos da exposição decorrem de um vasto processo colaborativo que envolveu a comunidade da região de Leiria – região pioneira na indústria transformadora de plástico em Portugal - e se estendeu ao país, uma vez que o acervo reunido (fotografias, objetos, máquinas, documentação e registos orais das memórias dos trabalhadores) foi cedido por particulares, museus, centros de investigação e empresas transformadoras de plástico.

A exposição temporária Plasticidade – Uma História dos Plásticos em Portugal resulta da parceria entre o Município de Leiria| Museu de Leiria (ML) e o projeto de investigação “O Triunfo da Baquelite – Contributos para uma História dos Plásticos em Portugal”, coordenado por Elvira Callapez, e desenvolvido no Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia – (FCUL e FCT|UNL) e financiado pela FCT.

A região de Leiria teve um papel pioneiro na indústria transformadora de plásticos em Portugal, justificando esta parceria institucional. Esta história, sendo nacional, é também a dos Leirienses.

Sustentada no estudo científico sobre o plástico, a exposição aborda desde a sua importância histórica às repercussões sociais, artísticas, económicas, tecnológicas e ambientais na sociedade contemporânea. O acervo foi obtido através de uma campanha de identificação, inventariação, seleção e estudo que reuniu peças históricas junto de particulares, empresas, museus e centros de investigação. Conta também com obras de artistas plásticos e de designers contemporâneos, alguns leirienses, que utilizam o plástico como material de trabalho, bem como fotografias, documentação e registos orais das memórias de trabalhadores do setor dos plásticos. Na exposição é notória a relação desta indústria com a região de Leiria, dos pontos de vista histórico, emocional, económico ou empresarial, tendo sido aqui que se instalaram algumas das primeiras indústrias transformadoras. A exposição conta com uma diversificada programação cultural paralela, que tem vindo a envolver os vários intervenientes científicos, artísticos, ambientais e económicos.

Ao longo da exposição, são focados domínios muito caros a Leiria: a Tecnologia, a Indústria e a Engenharia. Em Leiria, a indústria transformadora do plástico é um dos pilares da economia e, nessa medida, é claramente identitária. Uma exposição aparentemente contra corrente é claramente pertinente: importa contextualizar e colocar em causa a ideia simplista do plástico como “inimigo público número um”. Assim, a exposição é tão multifacetada quanto o próprio material que se pretende tratar, não demonizando o plástico, mas tão pouco ignorando as repercussões ambientais do uso deste material verdadeiramente revolucionário.

O ML recebeu, em 2019, o prémio “The Dibner Award for Excellence in Museum Exhibits”, que premeia esta exposição. Este prémio, atribuído pela Sociedade para a História da Tecnologia (SHOT - Society for the History of Technology), visa reconhecer a excelência em museus e em exposições temporárias, patentes em museus, que interpretam a história da tecnologia, indústria e engenharia para o público em geral.

A exposição está patente no Museu de Leiria e Centro de Interpretação Ambiental de Leiria. Estará patente de 6 de abril de 2019 a 30 de junho de 2021, e pode ser visitada todos os dias, entre as 09h30 e as 17h30.

 


 

Experiência liderada pela Universidade de Coimbra vai para o espaço em missão da Agência Espacial Europeia

Uma experiência científica liderada por Rui Curado Silva, docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e investigador do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), vai para o espaço a bordo da Estação Espacial Internacional através da Agência Espacial Europeia (ESA).

Além da Universidade de Coimbra, a experiência, designada "Ageing of Ge/Si and CZT samples for sensors and Laue lenses", integra investigadores da Universidade da Beira Interior (UBI), do Observatório de Astrofísica e Ciências do Espaço de Bolonha, do Instituto Nacional de Astrofísica de Itália (INAF/OAS-Bologna), e do Instituto de Materiais para Eletrónica e Magnetismo do Conselho Nacional de Investigação de Parma (CNR/IMEM-Parma, Itália).

A experiência foi selecionada no âmbito do concurso “Euro Material Ageing” promovido pela ESA e pretende analisar os efeitos do ambiente espacial nos materiais das câmaras dos futuros telescópios de raios gama.  Rui Curado Silva explica que, «para observarmos o Universo nos comprimentos de onda dos raios X e dos raios gama (astrofísica de altas energias), somos obrigados a enviar para o espaço telescópios equipados de sensores capazes de captar imagens do céu nessa banda do espectro eletromagnético. Com efeito, nesta banda do espectro (mais energética do que a banda do visível), a atmosfera protege-nos e absorve a radiação antes de chegar à superfície da Terra».

Os cientistas de Coimbra desenvolveram novos sensores de semicondutor de CZT (telureto de cádmio e zinco) para as câmaras dos telescópios de raios X e gama. O problema, esclarece o coordenador da experiência espacial, «é que estes sensores quando são expostos ao ambiente de radiação orbital no espaço são danificados e o seu funcionamento degrada-se com o tempo. Até hoje, estes efeitos nunca foram estudados com a requerida profundidade para este tipo de sensores».  

Por isso, vão ser enviados alguns desses sensores para o espaço, que serão instalados numa plataforma que está no exterior da Estação Espacial Internacional (ISS: International Space Station). Essa plataforma chama-se Bartolomeo e «está exposta ao ambiente exterior de radiação, bem como a variações de temperatura extremas: cerca de -150° C quando a ISS orbita do lado noturno da Terra, e a temperaturas da ordem dos 120° C quando a ISS se encontra do lado do sol», indica o docente da FCTUC.

Após um ano de exposição à radiação e a ciclos extremos de variação de temperatura na plataforma Bartolomeo – tempo que vai durar a missão, cujo lançamento deverá acontecer entre final de 2021 e meados de 2022 –, «os sensores de CZT ser-nos-ão enviados de volta para Coimbra. Iremos ligá-los e testá-los para avaliar se continuam operacionais e, caso funcionem, qual o nível de degradação do seu funcionamento», explica.

A partir desta análise, a equipa poderá então validar ou não estes sensores para serem utilizados nos futuros telescópios espaciais para astrofísica de altas energias, bem como perceber como será possível produzir sensores ainda melhores.

«A astrofísica de altas energias poderá beneficiar muito deste desenvolvimento tecnológico, em particular a compreensão da física das recém-descobertas ondas gravitacionais, que são medidas em instalações terrestres em simultâneo com fortes explosões de raios gama que são medidas no espaço por telescópios espaciais. Esta deteção simultânea através de dois mensageiros diferentes (ondas gravíticas e raios gama) designa-se como astrofísica multimensageira e é atualmente um dos tópicos mais relevantes da astrofísica», conclui Rui Curado Silva. 

Cristina Pinto

Leiria | Biblioteca e Ludoteca Municipais acolhem “Luz Clandestina” neste mês de Natal


A Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira e a Ludoteca Municipal vão acolher a iniciativa Luz Clandestina, entre os dias 18 e 25 de dezembro. 

Luz Clandestina é uma iniciativa cultural, informal e espontânea que aspira a espalhar luz, esperança e poesia por Leiria. Durante este período, vão estar espalhadas pela cidade, em lugares de conhecimento, de partilha e de convívio, garrafas com luz no interior. 

A Biblioteca Afonso Lopes Vieira e a Ludoteca Municipal são dois locais onde podemos encontrar poesia, escrita por poetas de Leiria e para os leirienses, numa garrafa de luz. Pretende-se criar uma corrente de luz e união, uma corrente de esperança que traga a este Natal atípico o calor sob a forma de poema. 

Andreia Marques, André Fonseca, André Pereira, Carla Veríssimo, Paulo Kellerman, Daniela Sousa, Carlos Lopes Pires, Jorge Vaz Dias, Inês Oliveira são os poetas “clandestinos” que também terão as suas propostas noutros espaços aderentes como Espaço Eça, Atlas Hostel, Mercearia Santana, Taverna do Alberto, Fnac Café Leiria Shopping e Livraria Arquivo. 

Um Natal diferente, a magia de sempre!

CMA LANÇA PROGRAMA DE AÇÃO DE APOIO À ATIVIDADE SOCIAL E ECONÓMICA PARA 2021

8 Milhões de Euros, 23 Ações e 100 M

A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) divulga publicamente o seu “Programa de Ação de Apoio à Atividade Social e Económica / Operação Anti Covid-19” para o ano de 2021 (ver em anexo), que assume um valor de oito milhões de euros, distribuídos por 23 Áreas de atuação e com 100 Medidas de apoio, para o ano todo, com atualizações / ajustamentos que se farão ao final dos meses pares.

As Grandes Opções do Plano e o Orçamento da CMA para 2021 tem a necessária capacidade para assumir o investimento que seja considerado útil para o Combate ao Covid-19, seja na despesa direta seja na perda de receita, tendo um capítulo específico e original na sua Introdução (página 47) no qual se enquadra o “Programa de Ação de Apoio à Atividade Social e Económica da Câmara Municipal de Aveiro / Operação Anti Covid-19, de 2021” (“PAAASE 2021PAAASE 2021

O Programa abrange as áa Saúde, IPSS’s e apoio a Idosos, Bombeiros, apoio universal aos Cidadãos, gestão do E Público, gestão de concessões, licenças e eventos CMA, apoio a Empresas, apoio a Cidadãos e Famílias Carenciadas, apoio a Associações, apoio à Cultura, promoção e marketing territorial do Município e apoio à tesouraria das Empresas fornecedoras da CMA, destacando algumas das 

1.Apoio ao consumo no Comércio Local dirigido a Todos -» 500.000€;

2.Apoio ao consumo no Comércio Local dirigido a Cidadãos Carenciados -» 500.000€;

3.Disponibilização de Espaço Publicitário ao Comércio Local -» 323.000€;

4.Apoios diretos à Atividade e ao Sector Cultural (programa “Cultura em Tempos de

                (In) Certeza” em anexo) -» 500.000€;

5.Redução do pagamento dos Operadores Marítimo-Turísticos -» 600.000€;

6.Isenção total de pagamento de taxas de publicidade e ocupação do espaço  público;

7. Apoio à promoção dos Ovos Moles -» 50.000€;

8.Apoio à atividade dos Táxis com compra de espaço de publicidade -» 50.000€;

9.Financiamento excecional dos Transportes Públicos;

10.Apoios extraordinários a Associações, IPSS, Bombeiros e Juntas de Freguesia;

11.Ações de apoio excecional à Comunidade Educativa;

12.Programa de Ocupação de Tempos Livres para Jovens e Adultos;

13.Novas ações de Promoção e Marketing Territorial de Aveiro.

Gabinete de Atendimento

Mantemos em funcionamento o Gabinete de Atendimento e Apoio aos Cidadãos para a gestão da aplicação deste Programa “PAAASE 2021”, que denominamos de “Gabinete de Apoio Covid-19” da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), de forma a organizar devidamente as respostas às solicitações e às necessidades dos Cidadãos, com Linha Verde Telefónica e Email dedicado e espaço específico no site da CMA, complementando a ação da “Equipa de Gestão Covid-19” que se encontra em funções no âmbito do Plano de Contingência da CMA, gerindo a frente das operações de logística no Combate à Pandemia do Coronavírus / Covid-19, e todos os sistemas de comunicação e gestão que estão já disponíveis nas várias Unidades Orgânicas da CMA, que vão continuar disponíveis e a funcionar com toda a normalidade.

O “Gabinete de Apoio Covid-19” da Câmara Municipal de Aveiro tem uma Linha Verde Telefónica com o número 800 210 139 e o endereço de email covid19.gab@cm-aveiro.pt.

Vamos continuar a realizar campanhas regulares de informação, com formatos diversos para dar a conhecer este Gabinete e o próprio “PAAASE / Programa de Ação de Apoio à Atividade Social e Económica da Câmara Municipal de Aveiro / Operação Anti Covid-19”, visando o seu conhecimento e a sua utilização pelos Cidadãos.

Queremos Saudar os Profissionais de Saúde, as Entidades Parcerias, a Comunidade Educativa, os Agentes Económicos, os Cidadãos em geral, por todo o trabalho feito, motivando-os a Todos a continuarmos Juntos nesta Equipa de Combate contra o Covid-19, numa luta intensa e dura, que seguramente vamos Ganhar, reiterando o compromisso da CMA de se manter a trabalhar com elevada intensidade e determinação nesta Equipa e neste Combate, onde todos os contributos são Muito Importantes.

O PAAASE 2021 foi aprovado por despacho do Presidente da CMA de hoje, 11DEZ20, e vai ser alvo de deliberação de ratificação na Reunião de Câmara de 17DEZ20.

Política territorializada responde a desafios do Interior

 

A necessidade de as decisões que afetam os territórios do interior serem tomadas por quem está no território foi uma vez mais defendida nas Jornadas do Interior dedicadas ao Território e à Floresta com o tema “Modelo de Gestão: Governança para Ações Territorializadas” que decorreu no Centro Ciência Viva da Floresta no dia 4 de dezembro, numa organização conjunta do Jornal do Fundão e do Município de Proença-a-Nova, com apoio da EDP Distribuição. João Lobo, presidente da autarquia anfitriã, defendeu a estratégia que está a ser desenvolvida para o Pinhal Interior pelos 19 municípios que o compõem, tendo como ponto essencial quem aqui está. “É sempre pelas pessoas que se faz o desenvolvimento do território”, referiu. Adicionalmente, considerou que esta atual responsabilidade é resultado do caminho da própria democracia portuguesa nas últimas quatro décadas e que coloca as câmaras municipais num papel central no desenvolvimento de políticas que tenham como objetivo resolver as assimetrias existentes. “Os municípios são centros de eficiência de gestão de recursos”, considerou.

Também Luís Matias, presidente da Câmara Municipal de Penela, salientou que o objetivo não é criar um rendimento social de inserção para os municípios do Interior: “queremos apenas que corrijam aquilo que foi mal feito nas últimas décadas que foi uma escandalosa litoralização do investimento público e um profundo prejuízo e preconceito relativamente a grande parte do território”. Na sua perspetiva, “a questão dos incêndios veio por a nu todas estas fragilidades e vulnerabilidades territoriais, principalmente de natureza demográfica. Eu diria que esse é verdadeiramente o maior desafio que nós temos pela frente. Não haverá desenvolvimento sem pessoas”. Depois do grande incêndio de 2017, que afetou 7 concelhos do Pinhal Interior, foi criado o Programa de Revitalização do Pinhal Interior, feito por quem está no território. “Agora temos uma tarefa muito importante: temos que num curto espaço de tempo traçar um plano estratégico para a nossa região, traçado por nós”. A urgência prende-se com a proximidade do próximo quadro comunitário de apoio e da necessidade de se fechar o próximo ciclo de financiamento.

Presente na abertura das Jornadas do Interior, Isabel Ferreira, Secretária de Estado da Valorização do Interior, elencou algumas das áreas a que as iniciativas que estão a ser desenvolvidas pretendem dar resposta e que são “os recursos endógenos, não só a questão gastronómica, mas todo o potencial ligado à natureza, aos recursos naturais, aos recursos culturais e ao património histórico que é riquíssimo; e depois toda a dimensão da floresta tão presente nestes territórios”. Na sua intervenção, defendeu a necessidade de trazer inovação aos sectores tradicionais, em cadeias de valor completas, com um tecido empresarial competitivo e com capacidade de internacionalização para que o Interior, no seu todo, consiga captar investimento e fixar pessoas. “Consideramos que para além da qualidade de vida, também são os territórios do interior que estão mais bem preparados para responder aos dois grandes desafios globais a nível europeu, que o nosso Governo acompanha e que são prioritários que é o desafio da transição ecológica e desafio digital”. Em termos de programas disponíveis, com recursos financeiros associados, destacou o +Coeso nas suas diversas formas, o Trabalhar no Interior e o Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora, entre outros.

Já o Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, que encerrou a iniciativa, elencou medidas que têm sido aprovadas pelo Governo que têm contribuído para a “territorialização da política” e dado passos significativos para a tão necessária coesão territorial. No caso das medidas aprovadas pela sua secretaria de Estado, João Paulo Catarino referiu os 70 milhões de euros do PDR para a floresta que se destinam a regiões do país que não as mais competitivas e o Programa de Transformação da Paisagem, com os projetos Condomínio de Aldeia e as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem.

Ângelo Sarmento, Administrador da EDP Distribuição apresentou o trabalho desenvolvido para minimizar o impacto visual dos quase 70 mil quilómetros de rede (aérea) elétrica nacional, para uma maior integração no espaço florestal (atravessada por 28 mil quilómetros de rede). Referiu a disponibilidade da empresa para encontrar soluções conjuntas na gestão de combustível. A EDP Distribuição é precisamente uma das 15 entidades parceiras do Forest WISE - Laboratório Colaborativo para a Gestão Integrada da Floresta e do Fogo. Carlos Fonseca, responsável por este laboratório, apresentou o seu principal objetivo: o da transferência de conhecimento entre os centros que o produzem e as empresas que dele podem beneficiar. Na sua perspetiva, “associado à gestão tem de haver a valorização”, principalmente considerando que a maioria do território português está nas mãos de privados e a expetativa de rendimento que têm pode ser um incentivo para a diversificação das espécies, incluindo na componente da agricultura, e consequente redução de risco de incêndio florestal. 

Celestino de Almeida, da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, salientou a necessidade de se atuar na floresta, para além da componente legislativa. No entanto, a floresta tem de ser considerada na sua dimensão holística, analisando-a e intervindo nela do ponto de vista económico, social, dos seus recursos e da paisagem e “até em termos estratégicos para o país”. Vários presidentes e representantes de câmaras do Pinhal Interior também partilharam a sua perspetiva sobre o tema que foi sintetizado pelo diretor do Jornal do Fundão, Nuno Francisco, na abertura das jornadas: “A mitigação das nossas fragilidades é, todos o sabemos, um longo e insistente caminho, tão longo quanto o tempo em que os ditos pressupostos da dita interioridade levaram a produzir efeitos que hoje conhecemos. A cura é longa, porque a doença também o sabemos é profunda, mas ela existe, a cura, e está apenas dependente da nossa determinação e vontade”.

Pode rever as Jornadas do Interior na página do Facebook do Município.

Proença-a-Nova | Política territorializada responde a desafios do Interior

A necessidade de as decisões que afetam os territórios do interior serem tomadas por quem está no território foi uma vez mais defendida nas Jornadas do Interior dedicadas ao Território e à Floresta com o tema “Modelo de Gestão: Governança para Ações Territorializadas” que decorreu no Centro Ciência Viva da Floresta no dia 4 de dezembro, numa organização conjunta do Jornal do Fundão e do Município de Proença-a-Nova, com apoio da EDP Distribuição. João Lobo, presidente da autarquia anfitriã, defendeu a estratégia que está a ser desenvolvida para o Pinhal Interior pelos 19 municípios que o compõem, tendo como ponto essencial quem aqui está. “É sempre pelas pessoas que se faz o desenvolvimento do território”, referiu. Adicionalmente, considerou que esta atual responsabilidade é resultado do caminho da própria democracia portuguesa nas últimas quatro décadas e que coloca as câmaras municipais num papel central no desenvolvimento de políticas que tenham como objetivo resolver as assimetrias existentes. “Os municípios são centros de eficiência de gestão de recursos”, considerou.

Também Luís Matias, presidente da Câmara Municipal de Penela, salientou que o objetivo não é criar um rendimento social de inserção para os municípios do Interior: “queremos apenas que corrijam aquilo que foi mal feito nas últimas décadas que foi uma escandalosa litoralização do investimento público e um profundo prejuízo e preconceito relativamente a grande parte do território”. Na sua perspetiva, “a questão dos incêndios veio por a nu todas estas fragilidades e vulnerabilidades territoriais, principalmente de natureza demográfica. Eu diria que esse é verdadeiramente o maior desafio que nós temos pela frente. Não haverá desenvolvimento sem pessoas”. Depois do grande incêndio de 2017, que afetou 7 concelhos do Pinhal Interior, foi criado o Programa de Revitalização do Pinhal Interior, feito por quem está no território. “Agora temos uma tarefa muito importante: temos que num curto espaço de tempo traçar um plano estratégico para a nossa região, traçado por nós”. A urgência prende-se com a proximidade do próximo quadro comunitário de apoio e da necessidade de se fechar o próximo ciclo de financiamento.

Presente na abertura das Jornadas do Interior, Isabel Ferreira, Secretária de Estado da Valorização do Interior, elencou algumas das áreas a que as iniciativas que estão a ser desenvolvidas pretendem dar resposta e que são “os recursos endógenos, não só a questão gastronómica, mas todo o potencial ligado à natureza, aos recursos naturais, aos recursos culturais e ao património histórico que é riquíssimo; e depois toda a dimensão da floresta tão presente nestes territórios”. Na sua intervenção, defendeu a necessidade de trazer inovação aos sectores tradicionais, em cadeias de valor completas, com um tecido empresarial competitivo e com capacidade de internacionalização para que o Interior, no seu todo, consiga captar investimento e fixar pessoas. “Consideramos que para além da qualidade de vida, também são os territórios do interior que estão mais bem preparados para responder aos dois grandes desafios globais a nível europeu, que o nosso Governo acompanha e que são prioritários que é o desafio da transição ecológica e desafio digital”. Em termos de programas disponíveis, com recursos financeiros associados, destacou o +Coeso nas suas diversas formas, o Trabalhar no Interior e o Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora, entre outros.

Já o Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, que encerrou a iniciativa, elencou medidas que têm sido aprovadas pelo Governo que têm contribuído para a “territorialização da política” e dado passos significativos para a tão necessária coesão territorial. No caso das medidas aprovadas pela sua secretaria de Estado, João Paulo Catarino referiu os 70 milhões de euros do PDR para a floresta que se destinam a regiões do país que não as mais competitivas e o Programa de Transformação da Paisagem, com os projetos Condomínio de Aldeia e as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem.

Ângelo Sarmento, Administrador da EDP Distribuição apresentou o trabalho desenvolvido para minimizar o impacto visual dos quase 70 mil quilómetros de rede (aérea) elétrica nacional, para uma maior integração no espaço florestal (atravessada por 28 mil quilómetros de rede). Referiu a disponibilidade da empresa para encontrar soluções conjuntas na gestão de combustível. A EDP Distribuição é precisamente uma das 15 entidades parceiras do Forest WISE - Laboratório Colaborativo para a Gestão Integrada da Floresta e do Fogo. Carlos Fonseca, responsável por este laboratório, apresentou o seu principal objetivo: o da transferência de conhecimento entre os centros que o produzem e as empresas que dele podem beneficiar. Na sua perspetiva, “associado à gestão tem de haver a valorização”, principalmente considerando que a maioria do território português está nas mãos de privados e a expetativa de rendimento que têm pode ser um incentivo para a diversificação das espécies, incluindo na componente da agricultura, e consequente redução de risco de incêndio florestal. 

Celestino de Almeida, da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, salientou a necessidade de se atuar na floresta, para além da componente legislativa. No entanto, a floresta tem de ser considerada na sua dimensão holística, analisando-a e intervindo nela do ponto de vista económico, social, dos seus recursos e da paisagem e “até em termos estratégicos para o país”. Vários presidentes e representantes de câmaras do Pinhal Interior também partilharam a sua perspetiva sobre o tema que foi sintetizado pelo diretor do Jornal do Fundão, Nuno Francisco, na abertura das jornadas: “A mitigação das nossas fragilidades é, todos o sabemos, um longo e insistente caminho, tão longo quanto o tempo em que os ditos pressupostos da dita interioridade levaram a produzir efeitos que hoje conhecemos. A cura é longa, porque a doença também o sabemos é profunda, mas ela existe, a cura, e está apenas dependente da nossa determinação e vontade”.

Pode rever as Jornadas do Interior na página do Facebook do Município.

Ansião | Medidas Locais Covid-19 debatidas em mesa redonda

O Auditório Municipal acolheu, no passado dia 9 de dezembro, uma mesa redonda subordinada ao tema “Medidas Locais Covid-19”, numa iniciativa do Contrato Local de Desenvolvimento Social 4G de Ansião (CLDS4G).

O debate, que aconteceu no dia em que o Concelho de Ansião passou a integrar o grupo de concelhos com nível muito elevado de contágio pelo novo coronavírus, contou com a participação de vários parceiros locais, nomeadamente a Coordenadora Municipal de Proteção Civil, Ana Rocha, a Vereadora com o pelouro da Ação Social, Cristina Bernardino, uma Psicóloga do CLDS4G, Delfina Gaspar, a Diretora do Agrupamento de Escolas, Ermelinda Mendes, o Adjunto de Comando dos Bombeiros Voluntários, José Antunes, e a Delegada de Saúde Local, Natércia Veloso.

Numa abordagem transversal da temática que nos tem acompanhado diariamente nos últimos meses, o objetivo da iniciativa era alertar a comunidade para a importância dos procedimentos preventivos a adotar e dar a conhecer as medidas locais implementadas, esclarecendo algumas dúvidas da população.

Destes esclarecimentos, destacam-se as medidas restritivas que a população tem de cumprir até à reavaliação da situação epidemiológica, prevista para o dia 23 de dezembro, e a justificação para o nível de risco do concelho, já anteriormente apresentada em comunicado à população pelo Presidente da Câmara Municipal, que se prende com o rácio de infetados pela doença nos últimos 15 dias pelo número de habitantes do concelho.

Todos os procedimentos e medidas e comportamentos de segurança a adotar em diversas situações, como casos com sintomas ou casos infetados, e contextos, incluindo a escola, foram explanados pela Delegada de Saúde e pela diretora do agrupamento de escolas, respetivamente.

Na perspetiva dos Bombeiros Voluntários, o principal agente de Proteção Civil Municipal, a pandemia obrigou a uma grande e constante adaptação na prestação dos serviços de socorro no sentido de cumprir escrupulosamente todas as orientações emanadas pela Direção-Geral da Saúde, e implicou um aumento muito considerável da despesa, a qual tem sido colmatada com sucessivos apoios da autarquia.

Valorizar o positivo, estabelecer contacto social, ainda que não física ou proximamente, e fazer atividades que nos dão prazer, são, conforme referido pela psicóloga do CLDS, algumas das técnicas que podem ser utilizadas para combater o estado de ansiedade gerado não só pela doença ou possibilidade de a contrair, como por todas as alterações que o contexto pandémico veio impor ao nosso quotidiano.

Coube à Vereadora da Ação Social da autarquia informar acerca dos apoios que o município tem disponibilizado e continuará a disponibilizar a toda a população, particularmente à camada sénior e mais vulnerável, louvando o trabalho que tem sido realizado a este nível não só pela equipa do CLDS, como pelo Gabinete de Ação Social. Louvou igualmente as cerca de 30 pessoas que se disponibilizaram para integrar o Banco Local de Voluntariado, prontas para prestar apoio imediato.

Já no fecho da sessão, a Delegada de Saúde reforçou a necessidade do cumprimento de todas as orientações das autoridades de saúde e das medidas restritivas definidas pelo governo no sentido de mitigar a propagação da doença.

A sessão foi transmitida em direto pela Ansião TV, estando disponível na sua página de Facebook e na do município.

Câmara de Águeda disponibiliza literatura de autores locais para aquisição

 Livros e música de autores locais estão disponíveis para compra e até podem ser um belo presente de Natal

A Câmara Municipal de Águeda coloca à disposição da população um conjunto de livros e cd’s de autores locais, que poderão ser adquiridos na Biblioteca Municipal Manuel Alegre (BMMA), Centro de Artes de Águeda (CAA) ou Posto de Turismo. E, como diz Fernando Pessoa, “ler é sonhar pela mão de outrem”, pelo que o convite é para que a população tenha neste espólio uma opção diferente de presente de Natal e que promove os autores locais.

No total, o espólio é constituído por 95 títulos, tendo os livros e cd’s sido editados entre 1998 e 2020. A lista de livros pode ser consultada em www.cm-agueda.pt/pages/48?news_id=2201.

Estes livros fazem parte do espólio da Autarquia, que tem apoiado, ao longo dos anos, diversas publicações que versam sobre o concelho de Águeda ou que são da autoria de aguedenses, tendo sido adquiridas justamente com o intuito de preservar e promover o património cultural de Águeda.

E tal como o patrono da BMMA escreve no seu livro autobiográfico “Alma” – e que poderá ser adquirido nestes locais – é a identidade dos aguedenses que pode ser observada nestas publicações, disponíveis para compra. “Talvez Alma fosse a única maneira de voltar à minha terra, à minha casa, ou a mim mesmo. Talvez a única forma de finalmente ser reconhecido pelos que já cá não estão, pelos que nunca me conheceram e pelos que só assim poderão saber quem sou. Ou quem não sou. Sabe-se lá.” (“Alma”, de Manuel Alegre).

Bairrada lança vouchers solidários no âmbito da campanha ‘Fortes e unidos, vamos resistir’

 

À venda em loja.rotadabairrada.pt, nos Espaços Bairrada (Curia e Oliveira do Bairro) e nos locais onde podem ser usufruídas as experiências

A pensar no Natal, mas tendo presente a premissa de que o Natal é quando nós quisermos, a Bairrada desenvolveu uma nova iniciativa de apoio à região. Em parceria com os seus associados, a Rota da Bairrada criou vouchers para usufruto de experiências no território. Uma refeição, uma visita a um produtor, uma prova de vinhos, uma estadia ou um passeio com um operador turístico local, são algumas das opções que “cabem” nos ‘Bairrada Vouchers’ – https://loja.rotadabairrada.pt/vouchers/.

Sob as categorias alojamento, atividades turísticas, enoturismo e restaurantes, os ‘Bairrada Vouchers’ têm diferentes valores, mas todos contam com um acréscimo ao valor que o comprador dá por eles, isto é, ao pagar €20,00 por um voucher para refeições ou experiências turísticas, ser-lhe-ão oferecidos €5,00 extra, tendo o voucher o valor real de €25,00. No caso do alojamento, serão acrescentados €10,00 aos vouchers base, que são de €40,00, ficando assim com um total de €50,00 para utilizar nas unidades aderentes. Os ‘Bairrada Vouchers’ dão ainda acesso gratuito a uma visita e a um copo de espumante num dos Espaços Bairrada. São personalizáveis e podem, se assim desejar, ser enviados diretamente aos seus destinatários. Envoltos num atrativo packaging, composto por voucher, garrafa de vidro de 375ml e embalagem em forma de tubo, vão estar à venda em www.loja.rotadabairrada.pt, nos Espaços Bairrada da Curia e Oliveira do Bairro e nos locais onde podem ser usufruídos.

Juntaram-se a esta iniciativa, através da oferta de serviços ou produto, a Anadil, a Comissão Vitivinícola da Bairrada, o Grupo Marques Associados (M&A Digital e Print), a Verallia e a VOX.

Ofereça grandes momentos e ajude a contribuir para a saúde da economia da Bairrada

Para que seja possível que os agentes económicos recebam já o valor das compras dos vouchers, os mesmos são nominais, ou seja, quem comprar o voucher identifica à partida a entidade a que se destina. De Aveiro a Coimbra, de Vagos a Águeda, em Anadia, Oliveira do Bairro ou na Mealhada, há sem dúvida uma fonte quase inesgotável de experiências que podem ser vividas durante o ano de 2021.

‘Bairrada Vouchers’ é uma iniciativa que soma à campanha ‘Bairrada: fortes e unidos, vamos resistir’, idealizada pela Comissão Vitivinícola a Bairrada e cuja primeira ação foi desenvolvida em Abril. Aquela que começou por ser uma campanha da Bairrada para o setor vitivinícola – materializada num vídeo, disponível nas plataformas Bairrada no YoutubeFacebook e Instagram (links clicáveis) –, vê agora o seu âmbito alargado à gastronomia e ao turismo. Num repto de união, a Bairrada continua a acreditar que, se nos mantivermos fortes e unidos, vamos resistir, ultrapassando as dificuldades que o surto do novo coronavírus nos tem vindo a impor a todos.

Município de Anadia presta homenagem a funcionários

Os funcionários que cumpriram 25 e 35 anos de serviço foram homenageados pelo Município de Anadia, numa cerimónia simples e singela, presidida pela Presidente da Câmara Municipal, que decorreu, no passado dia 9 de dezembro, no Salão Nobre dos Paços do Município.

Ao todo foram distinguidos 22 funcionários que receberam uma medalha, um alfinete de lapela e ainda um certificado, como forma de reconhecimento pela sua dedicação e trabalho em prol do Município ao longo de todos estes anos.

Face ao ano atípico que se está a viver, derivado da pandemia, a cerimónia de homenagem que, habitualmente se realiza, no Feriado Municipal, teve de ser adiada, tendo o executivo municipal escolhido a data de 9 de dezembro, dia em que, há 16 anos, a Vila de Anadia foi elevada à categoria de Cidade.

A presidente da Câmara Municipal, Maria Teresa Cardoso, deixou uma palavra de reconhecimento aos distinguidos, tendo ainda enaltecido a prestação de todos os trabalhadores.

Em nome de todo o executivo, a autarca agradeceu o contributo que estes funcionários têm vindo a dar à Câmara Municipal, ao longo de todos estes anos, bem como o seu espírito de missão.

Imagem: BI

GNR faz balanço da Campanha Nacional “desMarca a Diferença”


A Guarda Nacional Republicana realizou uma campanha de sensibilização denominada por “desMarca a Diferença”, em todo o território nacional, direcionada para a divulgação dos direitos e promoção da inclusão das Pessoas com Deficiência, de 3 a 9 de dezembro, com diversas ações presenciais, apostando ainda na divulgação de conteúdos através das redes sociais.

No total foram realizadas 131 ações de sensibilização presenciais, onde foram sensibilizadas cerca de 2000 pessoas.

Paralelamente, houve lugar à campanha através das redes sociais, com um post por dia, tendo sido possível alcançar cerca de 550 mil pessoas, destacando-se a publicação que pode ser visualizada aqui.

No início desta campanha, evidenciou-se o uso de cães da GNR como um recurso terapêutico inovador em sessões de cinoterapia a crianças com necessidades educativas especiais, contribuindo para a expressão das suas emoções e para a capacidade de comunicação.

O final desta campanha ficou marcado por uma sessão de hipoterapia dirigida a pessoas portadoras de deficiência, em Évora, que contou com a presença da Secretária de Estado da Administração Interna, Dra. Patrícia Gaspar e da Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Dra. Ana Sofia Antunes.

A GNR relembra que a inclusão plena de todos os cidadãos, incluindo os portadores de deficiência, é uma das suas maiores prioridades enquanto “força humana, próxima e de confiança”, estando focada em dispor de mecanismos de apoio que garantam respostas de qualidade junto da população.

Câmara Municipal de Évora e instituições locais visitam a obra de requalificação do Centro de Convívio de S. Miguel de Machede

O Presidente do Município de Évora, Carlos Pinto de Sá, acompanhado pela Vereadora Sara Dimas Fernandes e pelos arquitetos responsáveis pelo projeto foram conhecer mais de perto os trabalhos de requalificação do Centro de Convívio de S. Miguel de Machede, na tarde de 9 de Dezembro. 
Estiveram também presentes nesta visita diversos representantes de instituições locais, nomeadamente o Presidente da Junta de Freguesia, Luís Ramalho, membros da Assembleia de Freguesia, da Casa São José Operário de São Miguel Machede, assim como a Presidente da Direção da Associação Amigos dos Reformados, Pensionistas e Idosos de S. Miguel de Machede (AARPI/SMM), Maria José Rosado, entre outros membros da sua Direção. 
Recorde-se que em 1981, a Câmara Municipal de Évora (CME) adquiriu por escritura pública o direito de propriedade de terreno sito no Largo Manuel José Nico, n.º 10, São Miguel de Machede. Em 2000 iniciou-se a construção da sede social da AARPI/SMM que, contudo, não foi possível terminar, ficando a obra pela estrutura, cobertura e toscos das paredes exteriores e interiores. 
Desde então, terminar esta obra é uma aspiração de toda a população de São Miguel de Machede, que chegou mesmo a opor-se a propostas para a sua demolição. Não dispondo de meios financeiros para a conclusão da obra, a AARPI/SMM deliberou, em assembleia geral de 2 de Junho de 2018, a reversão do direito de propriedade para a CME, tendo essa reversão sido aceite no dia 20 do mesmo mês. 


A Câmara de Évora submeteu uma candidatura (ALT20-06-4842-FEDER-000176) para a construção do novo Centro de Convívio de S. Miguel de Machede, tendo sido notificada pela Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional do Alentejo (ALENTEJO 2020), em Agosto de 2019, da decisão da sua aprovação. A sessão de assinatura do contrato de empreitada, que conduzirá à conclusão da obra, teve lugar em Setembro de 2020 e permitirá dar uma solução à “ruína” existente e dotar a freguesia de um equipamento moderno e útil. 
O Projeto de Requalificação do Centro de Convívio de São Miguel de Machede tem como propósitos: compatibilizar os elementos já edificados com as normas e recomendações atualmente em vigor; aproveitar, tanto quanto possível, a construção existente (rentabilizando o investimento efetuado, evitando o desperdício); e abranger um maior leque de utilizadores. Esta obra, cujo custo está avaliado em 422.780,23 euros (+ IVA), prevê ainda a construção de uma sala de convívio (pensada para servir vários grupos etários), com bar e apoio de cozinha, de espaço de cabeleireiro/barbearia, instalações sanitárias, salas de apoio, gabinete de enfermagem e lavandaria. Prevê-se igualmente o tratamento da área exterior.

Évora | CÂMARA MUNICIPAL LANÇA CAMPANHA DE ESTÍMULO AO COMÉRCIO LOCAL


Em tempo de pandemia COVID-19, num quadro de crise que afeta toda a sociedade, a Câmara Municipal de Évora cria o selo “Eu Compro em Évora” e aprova medidas de apoio à economia local, particularmente aos que lutam por manter vivo o comércio tradicional. 
“Este Natal ofereça uma prenda a Évora, faça compras no comércio local” é o mote de uma campanha que pretende estimular a economia local. Para tal foi criado um selo “Eu compro em Évora”, bem como serão colocados à disposição dos comerciantes da cidade outros produtos, como papel de embrulho, sacos de papel e placa para a porta dos estabelecimentos “Aberto/Fechado”. Estão previstas ações de distribuição de materiais pelo comércio do Centro Histórico no início da próxima semana, podendo todos os comerciantes interessados que pretendam aderir à campanha solicitar os materiais à CME através do endereço cmevora@cm-evora.pt. 
“A par do combate à pandemia, precisamos de defender a economia local e, em particular, o comércio e a restauração. Comprar no comércio local é combater a crise económica e social, é defender o emprego e as empresas, é ajudarmo-nos. Dê um presente a Évora, compre no comércio local”, apela o Presidente da Autarquia, Carlos Pinto de Sá. 
Para além da campanha de estímulo às compras no comércio local, a Câmara Municipal aprovou um conjunto de medidas que, no âmbito das competências do Município, têm como objetivo atenuar os efeitos negativos da pandemia de COVID-19. No imediato, foi decidido suspender a cobrança do estacionamento tarifado aos sábados entre 5 de dezembro de 2020 e 9 de janeiro de 2021, como medida de estímulo à população para que recorra ao comércio tradicional. 
Para o ano de 2021, está previsto um aumento significativo no investimento municipal, quer no que resulta da captação de fundos de financiamento comunitário, quer no que terá origem em projetos baseados em recursos próprios. As taxas municipais cuja regulação só dependa do município não terão aumentos em 2021, sendo inclusivamente suprimidas para as empresas mais afetadas pela crise.
Está prevista também a redução do IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis e não será cobrada derrama às micro e pequenas empresas cujo volume de negócios seja inferior a 150 mil euros.
 Para além destas iniciativas, a Câmara Municipal irá prosseguir com o objetivo de atrair para a cidade a instalação de novas empresas que contribuam para o progresso local e, também, a organização de eventos que estimulem o consumo, em particular nos setores da hotelaria e restauração. No campo do combate à pandemia, o Município continuará a colaborar ativamente com as entidades locais, mantendo e desenvolvendo um conjunto de ações de apoio social às franjas da população mais frágeis. 
Combater a pandemia e ultrapassar a crise depende de todos e de cada um de nós. Neste Natal ofereça uma prenda a Évora adquirindo os seus presentes nas lojas do comércio local.

Retirar tráfego automóvel e baixar velocidades na Rua Dr. Mário Sacramento

 A operação de qualificação urbanística prevista para a Rua Dr. Mário Sacramento deverá ter por objectivos primários, a par da redução do espaço do automóvel, a diminuição do volume e velocidades do tráfego motorizado e a eliminação da funcionalidade de via de atravessamento.

De acordo com recentes afirmações do Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, o projecto de qualificação urbanística de que a Rua Dr. Mário Sacramento será em breve alvo prevê a redução do espaço do automóvel e a criação de ciclovias unidireccionais em cada sentido.


A MUBi congratula-se por estas palavras. É, de facto, indiscutível a premente necessidade de resgatar espaço público ao automóvel na cidade e devolvê-lo para usufruto das pessoas. Integrada numa estratégia e plano abrangente de mobilidade sustentável, é também fundamental a construção de uma rede estruturante de percursos seguros e directos para a utilização da bicicleta no município de Aveiro, de carácter utilitário, que ligue os principais polos geradores de viagens, e indispensável ao objectivo de promover a bicicleta como meio de transporte para as deslocações pendulares e quotidianas.


Contudo, nunca é demais recordar que não é possível obter-se conforto e segurança de circulação dos utilizadores dos modos activos sem redução dos volumes e velocidades de tráfego motorizado. Estes deverão ser objectivos primários e parâmetros base de projecto da intervenção na Rua Dr. Mário Sacramento.


No que concerne ao aumento da segurança e conforto das pessoas que se deslocam a pé ou de bicicleta, o planeamento e projecto da intervenção de qualificação urbanística deverá adoptar a seguinte generaliza hierarquia de tomada de decisão,:

  1. Redução do volume de tráfego motorizado


A intervenção de qualificação urbanística da Rua Dr. Mário Sacramento deverá eliminar a sua funcionalidade de via de atravessamento e distribuidora de tráfego automóvel para o centro da cidade, valorizando a sua qualidade de espaço de vivência urbana, residencial e comercial.

  1. Redução da velocidade de circulação motorizada


Toda a extensão da rua intervencionada deverá ser redesenhada para velocidades máximas de até 30 km/h, através do dimensionamento correspondente das vias de trânsito e da adopção de medidas físicas de acalmia de tráfego


  1. Tratamento das interseções e gestão de tráfego que aumentem a segurança de todos os utentes


Uma rede ciclável, ou uma ciclovia, é tão boa quanto o seu ponto mais fraco. Os locais de maior conflito e maior risco para os utilizadores dos modos activos são as intersecções. Estas devem ser concebidas de forma a aumentar a segurança de todos os utentes, através da criação de medidas físicas que promovam uma redução efetiva da velocidade nos cruzamentos e que tornem os utilizadores vulneráveis mais visíveis, bem posicionados na via e em condições de, atempadamente, poderem estabelecer contacto visual perante os condutores motorizados.

A norte da Rua Mário Sacramento, a solução encontrada para os cruzamentos com a Rua da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários e com a rua da Praceta Rainha D. Leonor padece de graves erros, não conseguindo dar resposta aos requisitos atrás indicados e comprometendo a segurança de quem se desloca de bicicleta. A solução existente carece ser urgentemente redesenhada.


A sul, o atravessamento da Avenida Europa (antiga N-109), em direcção ao Centro Comercial Glicínias e à área residencial envolvente, a Aradas e a São Bernardo, deverá urgentemente ser alvo de grandes melhorias ao nível da segurança e conforto de peões e utilizadores de bicicleta, especialmente num local que tem sido proclamado como recentralizador do perímetro urbano da cidade. Aliás, a situação actual da referida Avenida Europa é intolerável numa cidade europeia do sec. XXI, onde o espaço pedonal e para o uso da bicicleta é inexistente, mesmo após as recentes intervenções com a construção do Supermercado Mercadona.


  1. Redistribuição do espaço afecto à circulação motorizada para a implementação de passeios mais largos e canais dedicados à circulação de bicicletas


A reorganização do espaço deverá assentar na realocação do espaço público para os peões e utilizadores de bicicleta, retirando dimensão ao canal rodoviário e nunca às zonas pedonais, já de si exíguas em alguns pontos da Rua Dr. Mário Sacramento. Em toda a extensão da rua, de ambos os lados, deverá ser assegurada a largura mínima de 1,5 m de passeio livre de obstáculos.


Todas as passagens de atravessamento de peões deverão estar colocadas à cota dos passeios, e reduzida ao mínimo a distância de atravessamento. Importa, com isto, privilegiar a segurança e o conforto de quem se desloca a pé e, simultaneamente, contribuir para a acalmia de tráfego e, por conseguinte, a qualidade do espaço urbano.


Caso se assuma que é politicamente inaceitável, com fundamento técnico, a redução de velocidades e quantidade de veículos em circulação para valores compatíveis com os utilizadores mais vulneráveis, e a opção recaia em vias dedicadas para a circulação de bicicletas, estas deverão estar separadas e fisicamente protegidas das vias de circulação automóvel. As soluções escolhidas deverão ser devidamente tecnicamente fundamentadas, e cumpridas as dimensões e distâncias mínimas de segurança indicadas pela bibliografia de referência sobre estas matérias.


Nos locais onde estes existam, as vias dedicadas à circulação de bicicletas deverão estar sempre posicionadas do lado exterior dos lugares de estacionamento automóvel (entre o estacionamento e o passeio).


Complementaridade com o transporte público


A Rua Dr. Mário Sacramento é utilizada por várias das linhas de autocarros de transporte público. A MUBi considera, portanto, que é essencial que sejam disponibilizados equipamentos adequados para o parqueamento seguro de bicicletas junto das paragens de autocarro e que a intervenção reserve lugares para a instalação de docas do futuro sistema público de bicicletas partilhadas da cidade.


Como é amplamente sabido, consensual e indiscutível, a mobilidade urbana em bicicleta não traz só benefícios individuais ao utilizador na sua saúde e no combate ao sedentarismo, com reflexos directos no sistema de saúde público, sempre sob grande pressão por falta de recursos. 


O uso da bicicleta, em alternativa ao transporte motorizado individual, nas deslocações diárias nas cidades promove a cidadania, a aproximação à comunidade com incremento do comércio local, a melhoria da qualidade do ar, a redução de ruído e uma melhor qualidade de vida. Contribui para as metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa até 2030 e o objectivo de descarbonização traçada para 2050, concretizando inegáveis benefícios sociais, ambientais e de saúde pública. A bicicleta como meio de transporte urbano potencia e alavanca um sector económico com vendas e reparações, indústria, infraestruturas, turismo e serviços, capaz de criar emprego e ser determinante para o crescimento económico. Cidades mais amigas do peão e da bicicleta, são cidades mais resilientes e saudáveis, habitadas por cidadãos mais capazes, física e mentalmente, de enfrentar os desafios actuais e futuros da crise económica, social e ambiental.

Empenhada em colaborar com a sociedade portuguesa e, mais concretamente, com os cidadãos de Aveiro, na construção de um futuro mais sustentável, a MUBi reiterou junto autarquia a sua disponibilidade para discutir melhores práticas ao nível de políticas, planeamento e desenho da transformação do espaço urbano para o uso seguro de todos os utentes, em especial dos mais vulneráveis, e contribuir para o desenvolvimento deste projecto ainda em construção para a Rua Dr. Mário Sacramento.