sexta-feira, 21 de outubro de 2022
SILVES ACOLHE FEIRA DE TODOS OS SANTOS, DE 28 DE OUTUBRO A 01 DE NOVEMBRO
AVISO À POPULAÇÃO: AUTORIDADE NACIONAL DE EMERGÊNCIA E PROTEÇÃO CIVIL
Acompanhe as previsões meteorológicas em www.ipma.pt
Silves | A 22 de outubro: POESIA MUSICADA DE FERNANDO SILVA DÁ ORIGEM A ESPETÁCULO SINGULAR NO TEATRO MASCARENHAS GREGÓRIO
Marinha Grande | TALK SHOW "NA TERRA DO VIDRO” CONVIDA O ATOR OSCAR MAGRINI
“El Arte Y Musica de Angie Del Riego” em exposição em Monsaraz
Cantanhede | Detido em flagrante por tentativa de furto em residência
Pombal recebe cinco espetáculos do festival internacional “Manobras”
Proença-a-Nova | Município adere ao projeto espanhol Motor Verde para reflorestação de áreas incultas
O concelho de Proença-a-Nova é um dos parceiros do projeto Motor Verde, impulsionado pela Fundação Repsol e Grupo Sylvestris, que se apresenta como o maior projeto em Espanha de reflorestação de grande escala e recuperação das florestas como ferramenta para a compensação das emissões de CO₂ (dióxido de carbono). Também tem sido um motor de desenvolvimento nos meios rurais de Espanha e Portugal, graças ao seu triplo impacto positivo: social, ambiental e financeiro. No dia 13 de outubro, o presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Lobo, com o Gabinete Florestal e de Ação Social, recebeu Mar de Andrés e Ana Ferguson, da Fundación Repsol, António Victor M., da Repsol Portugal, Francisco M. Martínez, da Sylvestris, e Alexandre Tomás e Nuno Reis, da Metsä, que apresentaram as linhas gerais desta parceria público-privada que parte do princípio que “as florestas são uma solução climática natural, pela sua capacidade de absorver o CO2 presente na atmosfera”. Numa segunda parte da reunião, participaram ainda representantes da Associação de Produtores Florestais do concelho, os Escuteiros e proprietários que têm áreas incluídas em iniciativas de reflorestação em concelhos vizinhos.
Durante a reunião, João Lobo recordou alguns dos projetos que estão em curso no concelho neste âmbito, nomeadamente as aldeias que já se tornaram mais seguras com a reconversão de áreas florestais em agrícolas na faixa dos cem metros junto aos aglomerados urbanos, no âmbito do projeto “Condomínio de Aldeia”; e as Áreas de Intervenção de Gestão da Paisagem (AIGP), que irão nascer em 7.500 hectares na zona norte do concelho. “Faria sentido que o Motor Verde se focalizasse nestas áreas pois, além disso, vão ter investimento público associado a esta gestão em escala de um território que é de minifúndio”. O autarca recordou ainda a iniciativa Carbono Zero, desenvolvida em 2007, e a questão das externalidades positivas que a floresta dá e que não são pagas. “Para os territórios de baixa densidade como os nossos a economia verde é uma mais valia para gerar riqueza e valor”. O regresso da resinagem é uma das metas que se pretende alcançar com a criação da Rede Europeia dos Territórios Resineiros.
Em Portugal, o Motor Verde irá garantir a reflorestação de 86,59 hectares, correspondente à plantação de 105.194 árvores de espécies autóctones que permitirão a captura de 23.238,1 toneladas de CO2, prevendo-se o envolvimento de 33 pessoas nos trabalhos a desenvolver. Esta contratação será feita localmente, junto de grupos em risco de exclusão que receberão formação específica para a realização de trabalhos florestais, garantindo competências genéricas e técnicas que podem ter impacto no seu nível de empregabilidade. “Como é que trazemos recursos humanos ao processo tendo nós um problema de base que é a demografia?” foi a questão levantada por João Lobo que considera que havendo a ligação com os outros projetos em curso por ele elencados, pode ser bem-sucedido.
Recorde nacional foi batido na Backyard Ultra de Proença-a-Nova
O recorde nacional em Backyard’s Ultra foi ultrapassado em Proença-a-Nova, na qualificação para o Mundial, que decorreu este sábado, dia 15 de outubro, tendo terminado pela 01h00 de segunda-feira, 36 horas depois do arranque inicial da prova, quando Hugo Alves, o último resistente luso parou de correr.
Os quinze melhores atletas deslocaram-se até ao circuito criado junto à pista das Moitas para decidir quem iria representar Portugal no Campeonato do Mundo, a disputar nos Estados Unidos da América. Esta prova, com início marcado para as 13h00 por se ter realizado em 38 países em simultâneo, registou nova marca para o ‘ultramaratonismo’ português, que assegurou o 18º lugar naquela que foi a primeira participação de sempre do país. Paulo Garcia organizador da prova em Proença-a-Nova, afirma que esta experiência “tem de ser considerada como muito positiva. Ficámos à frente de países como Áustria, Brasil, África do Sul, que são países muito maiores do que Portugal”.
O organizador explica ainda a criação da ideia de ‘corrida de agricultores’ e do impacto que esta teve na comunidade: “criar este conceito de agricultores também funcionou bem, porque houve identificação regional. Tivemos feedback muito positivo, as pessoas sentiram a genuinidade do espaço e os atletas gostam destas provas porque sentem-se mais próximos e seguros, porque têm gente a acarinhá-los e a aplaudi-los”. Além das perspetivas a nível nacional, Paulo Garcia aponta ainda à “democracia desta prova, porque todos conseguem, correr nem que seja uma volta, depois podem desistir, mas alguns acabam por se superar”.
Além
do Recorde Nacional, agora estipulado nas 36 horas de corrida, foi
também alcançado o Recorde Mundial, neste momento fixado nas 100
horas, que corresponde a um total de 670 quilómetros no espaço de
mais de quatro dias de corrida, pelos belgas
Ivo
Steyaert e Merijn Geerts. Sérgio Catarino, atleta proencense que
também participou nesta Backyard, cedeu ao cansaço e acabou por
parar na 18ª volta.
Esta prova, com realização conjunta e simultânea em 38 países, foi organizada em Proença-a-Nova com o trabalho conjunto da empresa Horizontes – Turismo Desportivo em parceria com o Município de Proença-a-Nova.