domingo, 13 de dezembro de 2015

PORTUGAL VISTO POR GUERRA JUNQUEIRO


"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.

(...)
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."

Guerra Junqueiro, 1896.



NB: Texto actualíssimo. Será que os políticos actuais nunca leram esta parcela? 

Empresário tinha 10 mil vídeos de sexo com crianças


by Mira Online
Um empresário importava pornografia infantil na Internet e foi apanhado pela PJ com 500 fotografias e mais de dez mil vídeos com crianças forçadas a praticar atos sexuais. Por causa disso, vai ser julgado no Tribunal de Instrução de Braga.
Foi a Interpol quem detetou, na Alemanha, as descargas informáticas - "downloads" - que o empresário luso-brasileiro, de 57 anos, de apelido Lima e que reside em Braga, fazia, desde 2007, a partir de sites de pornografia infantil.
Dado o alerta, o arguido foi depois investigado pela Polícia Judiciária de Braga que o procurou na empresa onde é sócio-gerente, tendo-lhe encontrado quatro DVD, com imagens de menores de 14 anos em poses sexuais com adultos e uma folha A4 onde tinha escrito o nome de vários sites criminosos que, por regra, começam, pela frase "pré-teens", ou seja, pré-adolescentes, em português. Foi-lhe, também, apreendido um aerossol de defesa pessoal, contendo gás pimenta, o que é ilegal.
Dez mil ficheiros de vídeos
Mais tarde, a Polícia foi a sua casa, com mandado de busca, e teve de esperar uma hora para entrar, supostamente porque o suspeito esteve a apagar os vestígios de crime que ainda tinha no computador, utilizando, para isso, um programa informático específico. Apesar disso, a PJ encontrou, num disco externo, provas de que tinha mais de 10 mil ficheiros de vídeo com menores, e de que utilizava programas específicos para fazer as descargas, como o "Utorrent".
Advogado critica investigação
Face à acusação pelo Ministério Público, o advogado do arguido, António Santos Quintas, pediu a instrução e nela invocou a sua nulidade dado ter havido "insuficiência da investigação e omissão de diligências necessárias para a descoberta da verdade". Invocou, ainda, a prescrição do caso e pediu a suspensão provisória do processo, pelo facto de o arguido ser delinquente primário.
O advogado diz não haver provas nem registos de que o empresário tenha comprado imagens ou vídeos ou que tenha visitado sites criminosos, dizendo, mesmo, que alguns dos que estavam na folha A4 eram inexistentes. E argumentou que tinha apenas algumas fotos e alguns vídeos, estes de caráter naturista, e sem que se possa provar a idade das jovens.
O tribunal não aceitou nenhuma das objeções e mandou o processo para o Tribunal Coletivo.
Rússia campeã em pornografia com crianças
A esmagadora maioria dos sites que vendem pornografia infantil estão sediados na Rússia, onde campeiam na quase total impunidade.
O acesso aos seus conteúdos é feito por 500 dólares mensais (cerca de 420 euros) e as descargas são realizadas com recurso a sistemas de encriptação para que as autoridades policiais não captem o seu conteúdo.
Para caçar clientes viciados em pornografia, os criminosos russos captam os emails de utilizadores de sites legais, com jovens maiores de idade, e enviam-lhes imagens ou pequenos vídeos, com menores, para o email.
O adicto em porno é tentado pelas imagens com crianças de ambos os sexos em atos sexuais de todo o tipo - desde os cinco anos de idade - e a "tentação faz o ladrão".
Os sites são apagados periodicamente e substituídos por outros para despistar as polícias. Mais cedo ou mais tarde, os importadores acabam por ser visitados pela PJ dada a grande atenção da Interpol a este tipo de crime, de tão nefastos efeitos.
Fonte JN
Mira Online | Dezembro 13, 2015 às 2:13 pm | Categorias: Nacionais

PORTUGAL ADIADO

Poderão pensar que estão em presença de alguém que fala mal do povo a que pertence. Porém, não é isso verdadeiramente o que se passa como tentarei comprovar pelo conteúdo desta crónica, especialmente garatujada para o efeito de reajustamento de conceitos, provavelmente mal esclarecidos e insuficientemente desenvolvidos. Em vez do manguito, Bordalo Pinheiro teria feito melhor em estereotipar esse monumental «encolher de ombros», o «baixar os braços», o «virar costas» às dificuldades. Ou a mão que varre de baixo para cima e longe o que não agrada, em vez da utilização das duas mãos e braços a agarrar o touro pelos cornos e o vergam até cair.

 Incomoda-me todavia, efectivamente, a indiferença, a resignação, o desleixo, a lassidão, e estes são os defeitos desta massa mole que me circunda e envolve. Ando ao lado dela, às vezes até utilizo os mesmos gestos, por influência do contágio, mas não é isso que faço normalmente, especialmente depois de aprender a actuar na diferença.

 Contudo, não prescindo agora de dizer que me comovo com a sua ternura, a sua dignidade, a sua capacidade de aventura, de desenrascanço, de capacidade de integração e de trabalho árduo. Indisciplinado é certo, mas por falta de valorizar a disciplina, e especialmente por falta de líderes que a saibam impor. Que a saibam - note-se e realce-se. Também os líderes não a aprenderam. O problema é todo esse. O português tem a fama de preguiçoso e não é de todo; é voluntarioso, solidário, capaz do sacrifício pelas mais justas causas; é simpático, galante, emotivo, acolhedor. E estas qualidades não as encontramos em algumas comunidades europeias nem africanas, assim como não encontramos aí os defeitos de que este padece. Isto assim retrocitado até parece que os defeitos engendram por oposição as qualidades e viceversa.

 Convém no entanto dizer rapidamente e a propósito: o povo é o que dele fazem os que o dirigem, e neste aspecto sejamos justos: este País poucas vezes teve uma salutar liderança com objetivos e metas a longo prazo. Tem sido um País adiado na maior parte do seu percurso. A seguir à ínclita geração da segunda dinastia real, não houve outra que se lhe comparasse. Andámos depois disso a gerir apenas a sua decadência. Foi-se-lhe comendo a fruta e restou o que hoje se vê, muita folha esparramada num final de outono que promete limpá-la com eficiência, quando apenas tende a apressar o inverno de todas as nossas incapacidades, culpando as nossas insuficiências, sem apontar verdadeiramente as causas desta desgraça coletiva evidente. Não é por culpa do povo, contudo, por culpa das elites governativas, que até agora só têm tirado a água do seu capote, empoeirando o horizonte que nos aguarda implacavelmente. Falar das descobertas do século XVI, já pouco diz ao homem contemporâneo, pois ele já foi à Lua, e já conquistou a informação e a comunicação globais.

 Na verdade, o motor das Economias ocidentais fortes foi criado pela industrialização; e deveu-se à capacidade de os chefes saberem liderá-la. Não foi propriamente devida aos líderes políticos que apenas se aproveitaram do fenómeno económico para partilharem da riqueza produzida à custa do trabalho. E esta pecha tem de ser afirmada e consciencializada. Capatazes, chefes, diretores, administradores não sabem como comandar o mundo do trabalho particularmente em Portugal, ao contrário do que acontece nos Países mais prósperos.
 Tudo o que digo se resume a pouco mais do que isto, e, basta citar como exemplo desta evidência os nossos trabalhadores no estrangeiro, e nas empresas estrangeiras que se instalaram no nosso País - eles são tão bons ou ainda melhores que os autótones desses países. Todavia a organização e a disciplina acontecem precisamente porque encontram chefes capazes de os liderar, com todas as competências que os cargos do mundo laboral exigem: conhecer com alguma profundidade e com particular interesse as dificuldades e insuficiências que cada trabalhador enfrenta quando se integra, e suprir essas carências, assim como corrigir comportamentos; é suficiente esse facto para poder garantir a toda a gente que não é por falta de bons trabalhadores que o Estado se encontra na actual falência, e nunca deveria passar pela cabeça dos governantes ter de de os sacrificar para repor a ordem na casa escangalhada, que eles próprios escangalharam irresponsável e impunemente. Se um dia analisarem com justiça e probidade o que se passou durante as últimas décadas em Portugal, é à governação que se deve imputar toda a responsabilidade, até hoje injustamente impunida, de todo este descalabro a que chegámos. Sabem o que aconteceu na Irlanda? Pois é, todos os responsáveis políticos e bancários foram julgados, punidos e obrigados a pagar aos credores os prejuízos causados ao País. O seu povo não só merece o encómio regional, como também o louvor universal. Aqui mal se fala deste episódio histórico. Propositadamente. Os nossos jornalistas andam entretidos com «faits-divers». Também são lassos, indiferentes, relaxados, laxistas, resignados, preguiçosos. E é bom que se diga, neste momento de indignação e de revolta, esse País pertence àquela região da Europa do Norte que possui cidadãos que não encolhem os ombros, que não baixam os braços, que não se estão marimbando para os efeitos sociais e económicos da ladroagem que anda à solta com colarinho branco, essa que resolve a certo momento engendrar artimanhas e falsas expetativas aos seus conterrâneos, com este resultado a que estamos a assistir: um governo a pedir mais sacrifícios a um povo que não merece ser tratado desta maneira.


Por Rodrigo da Silva

PORQUE DOAMOS SANGUE AFINAL?


Se fosse possível perguntar a todas as pessoas do planeta o que sentiriam se salvassem a vida de alguém, se ajudassem na cura de uma doença grave, ou até se ajudassem uma mãe a dar à luz, a resposta seria com toda a certeza muito positiva. Saberia cada uma dessas pessoas que o dador de sangue faz tudo isso?

Dra. Leonor Costa Sardo *
Senão vejamos: sabe-se que a primeira causa de morte das crianças e jovens é o trauma (nomeadamente os acidentes de viação). Estes recrutam cerca de 15% dos recursos totais do banco de sangue. A maior parte destes doentes necessita de transfusões emergentes de grandes quantidades de derivados de sangue, estando em causa quase sempre a sua sobrevivência. Por outro lado o doente oncológico, que precisa de cirurgia para a cura da sua doença, frequentemente necessita de transfusão sanguínea antes, durante e após a intervenção cirúrgica, de forma a que o seu organismo possa resistir a todos os procedimentos. O doente que teve um enfarte e que precisa de realizar um cateterismo ou colocar uma válvula cardíaca artificial, o doente que precisa de colocar uma prótese num joelho…estes e muitos outros dependem da boa vontade de desconhecidos, da motivação que felizmente muitos sentem e que os faz doarem gratuitamente um bem precioso…o nosso sangue.

E porque precisamos dele afinal? Para as células do corpo funcionarem, necessitam de receber nutrientes e oxigénio, e por outro lado de se libertarem dos produtos tóxicos do metabolismo. O sangue é o nosso transportador. Divide-se em vários componentes: glóbulos vermelhos, plaquetas e plasma, que podem ser transfundidos em diferentes situações para diferentes doentes. O objectivo é melhorar toda a circulação sanguínea, enriquecendo-a nos casos mais simples, permitindo a sobrevivência do ser humano nos casos mais graves, já que sem sangue o coração pára.

De facto, tendo a medicina transfusional tal importância na vida das pessoas, não poderia existir sem garantir a segurança e qualidade máximas do produto que é doado. Para isso o sangue é submetido a todo um conjunto de exames e testes de compatibilidade no sentido de se minimizarem os riscos associados à transfusão, em particular as reacções alérgicas (exantema, febre, reacção hemolítica aguda, reacção séptica…). O seu uso deve ser racionalizado, passando por uma sequência de procedimentos protocolados de forma a evitar o erro.

O sangue, como quase todas as coisas importantes da vida, só é valorizado quando precisamos dele. Para quem lida com esta necessidade todos os dias, para quem vê a sua importância em muitas decisões difíceis que tem que tomar, aqui está um testemunho sincero e um agradecimento a todos os dadores de sangue do nosso país.

*Médica da Especialidade de Cirurgia Geral
Serviço de Cirurgia

Hospital Infante D. Pedro de Aveiro E.P.E. 
_______________________
Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Telef: 234 095 331 (Sede) ou 964 470 432
ONDE POSSO DOAR SANGUE EM AVEIRO ATÉ FINAL DO ANO DE 2015?
 Site: www.adasca.pt
Quem quiser tem as Coordenadas GPS: N 40.62659,W -8.65133


QUANDO VIERES


Encontrarás tudo como quando partiste
A mãe bordará a um canto da sala…
Apenas os cabelos mais brancos
E o olhar mais cansado
O pai fumará o cigarro depois do jantar
E lerá o jornal
Quando vieres
Só não encontrarás aquela menina de saias curtas
E cabelos entrançados
Que deixaste um dia
Mas os meus filhos brincarão nos teus joelhos
Como se te tivessem sempre conhecido
Quando vieres
Nenhum de nós dirá nada
Mas a mãe 
Largará o bordado
O pai largará o jornal
As crianças os brinquedos
E abriremos para ti os nossos corações
Pois quando tu vieres
Não és só tu que vens
É todo o mundo novo que despontará
Quando vieres

Eugénia Cunhal

Condenado em fuga há 14 anos apanhado em casa da mãe


by Mira Online
Há 14 anos que Fernando Ratinho, de 40 anos, andava fugido à justiça depois de ter sido condenado, em 2001, a seis anos e seis meses de prisão, por furtos em residências e em estabelecimento comerciais.
Mas acabou por ser apanhado em casa da mãe, onde estava de férias e queria passar a quadra natalícia.
Depois de ser condenado e antes da pena transitar em julgado, Ratinho, natural de Beja, fugiu para a Alemanha, onde esteve ano e meio, e depois para França, onde já estava há 12 anos e meio a trabalhar na construção civil. Detido em casa da mãe, foi conduzido à esquadra da PSP.
Confrontado com os factos, disse que tinha vindo a Portugal para se entregar e cumprir a pena. Foi levado para a cadeia de Beja, onde vai cumprir a punição.
Fonte JN

Mira Online | Dezembro 13, 2015 às 8:32 am | Categorias: Nacionais 

PJ investiga suspeita de corrupção no INEM



by Mira Online
O Ministério Público abriu um inquérito-crime para investigar suspeitas de corrupção e participação económica em negócio no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Em causa estará a eventual ligação do responsável do Gabinete de Logística e Operações do instituto, substituído no cargo há uma semana, a uma empresa de transformação de veículos em ambulâncias, que é fornecedora do INEM.
A Procuradoria-Geral da República confirmou ao JN a existência do inquérito. Está a ser investigado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ por determinação do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, não havendo para já arguidos.
Fonte JN
Mira Online | Dezembro 13, 2015 às 8:42 am | Categorias: Nacionais 

Interesse estrangeiro faz disparar preços de casas no Porto e em Lisboa


by Mira Online
Os preços das casas no Porto, na Baixa, e em algumas zonas de luxo de Lisboa, como a Expo, cresceram de forma expressiva desde o ano passado e continuaram a valorizar até agora.
Os estrangeiros vieram revitalizar o negócio, mas, fora das grandes cidades, o mercado permanece estagnado.
"Este ano, em algumas zonas do Porto e Lisboa, a valorização das casas foi até excessiva", diz Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária (APEMIP).
"Na Baixa do Porto, os preços são tão elevados que até é perigoso para o mercado. A zona da Expo, em Lisboa, foi muito valorizada pela grande procura de estrangeiros, essencialmente chineses", reforça Luís Lima.
O diretor-geral da Confidencial Imobiliário, Ricardo Guimarães, frisa que, "na Baixa do Porto, graças à reabilitação urbana, a valorização tem vindo a ocorrer desde 2009, na ordem dos 60%". E, em algumas zonas da capital, "já se regressou os preços pré-crise, com o preço do metro quadrado acima dos seis mil euros", e, mais uma vez, influenciada pela procura externa.
Vendas em alta
Os dois responsáveis dão nota também do aumento da venda de casas desde 2014, bem como a subida de preços, sobretudo no Algarve, "especialmente para ingleses, graças aos incentivos fiscais".
Para quem está no mercado, as imobiliárias, a recuperação começou em 2013, intensificou-se em 2014 e continuou este ano. Ricardo Sousa, presidente da Century 21, recorda que, nos anos 2010 e 2011, "grande parte do mercado estava na banca, com as casas que tinham sido devolvidas aos bancos. E eram de um segmento médio e médio baixo. Algumas casas que seriam vendidas por 140 mil euros, foram-no por 90 mil". A dinâmica alterou-se nos dois anos seguintes, "com a procura estrangeira, que contaminou também o mercado nacional, valorizando as casas para venda".
Manuel Alvarez, presidente da Remax Portugal, salienta "o papel exportador" do mercado imobiliário, ou seja, se as casas vendidas a estrangeiros contassem como exportação, admite que o setor imobiliário estaria "em terceiro lugar".
O diretor-geral da Era, Miguel Poisson, fala também da recuperação, mas revela outro facto: "Enquanto que, em 2005 (um dos melhores anos para o mercado), foram vendidos em Portugal 230.925 prédios urbanos, em 2012, foram 90.809". Por outro lado, a construção parou.
Excesso de terrenos
Luís Lima, da APEMIP, chama a atenção para outra realidade: "Tirando as grandes cidades, as periferias não viram valorizar os preços das suas casas. Mais, nessas zonas geográficas, continua a existir uma oferta muito superior à procura".
Além disso, devido à existência de um "excesso de stock" de terrenos à venda, Luís Lima defende que seja repensada a sua utilização: "Não pode ser tudo urbanizado, como se pensava antes da crise. E muitos prédios já concluídos serão demolidos".
Para o próximo ano, todos os agentes envolvidos estão esperançosos na continuação da valorização do preço das casas, bem como no aumento da procura.
Ricardo Sousa é favorável à "continuação, por parte da banca, de uma política expansionista de crédito à habitação", e acredita que a "reabilitação terá um papel fundamental". Miguel Poisson estima que o mercado vai continuar a crescer: "As famílias estão a voltar a comprar, porque os preços estão interessantes, a Euribor está baixa, há mais confiança e crédito na banca".
"No próximo ano, vai continuar a aposta pelas famílias de classe média, na aquisição de casas para arrendar, com uma rentabilidade de 4 a 5%", diz Manuel Alvarez. De acordo com estes responsáveis, "é preciso perceber que a procura é maior que a oferta nas cidades de Lisboa e Porto. No resto do país, o mercado está estabilizado, não há grande variação de preços nem de vendas, exceto no Algarve".
Fonte JN
Mira Online | Dezembro 13, 2015 às 8:35 am | Categorias: Nacionais