domingo, 20 de março de 2016

Informação - Dar voz aos Dadores de Sangue


Caros Amigos Dadores, 

Tem sido esta instituição abordada por várias pessoas, com pedidos de informação sobre a situação das Taxas Moderadoras.
De fonte oficial temos conhecimento que essa rubrica está inserida no Orçamento de Estado para 2016, recentemente aprovado na Assembleia da República, pelo que ainda falta a sua promulgação pelo Presidente da República, e posterior diretiva do Ministério da Saúde.
Assim aconselhamos os amigos a terem um pouco mais de paciência, pois o essencial foi ultrapassado, o Senhor Ministro da Saúde cumpriu a palavra dada e portanto vamos aguardar.
Recomendamos que para ter direito á isenção terão de realizar duas doações nos 365 dias ( atenção que não é em um ano ), pois isso tem levado a alguma confusão em que alguns pensam que devem ser duas doações no ano civil, o que está errado, correto é fazer duas doações num espaço de tempo de 365 dias ( exemplo, um dador doou em fevereiro, portanto até Fevereiro do ano seguinte terá de fazer no mínimo mais uma doação, perfazendo o total de duas dádivas nos 365 dias ).
Aconselhamos assim os dadores a solicitarem junto dos Serviços de Sangue do Hospital ou na Brigada Móvel, a respectiva declaração comprovativa das duas doações, para na hora própria justificarem a sua isenção junto do vosso Centro de Saúde e afins.
Assim Amigos não vamos acreditar em boatos que já circulam por aí, pois á regras a cumprir, e só depois então estarão criadas as condições para que a isenção seja reposta.
Esta instituição esteve na primeira linha da luta pela reposição das Taxas Moderadoras junto do anterior ministro, esse que criou uma guerra com os dadores.

Hoje podemos afirmar que o atual Senhor Ministro da Saúde, acabou por terminar essa guerra, que só prejudicou a dádiva de sangue.


José Sousa Passos

Thunder & Co. e Groove Salvation têm data agendada no Sziget Festival 2016

Com o apoio da Bússola – Plataforma para o Desenvolvimento Artístico e Cultural
Thunder & Co. e Groove Salvation têm data agendada no Sziget Festival 2016

Uma banda e um DJ português integram a programação oficial do Sziget Festival, um dos maiores festivais de música da Europa, que decorre em Budapeste (Hungria) entre 10 e 17 de Agosto de 2016. Mais um passo para a internacionalização dos valores emergentes da música portuguesa e a sua afirmação no panorama europeu.

Thunder & Co. e Groove Salvation são os nomes selecionados para a noite portuguesa do Sziget Festival 2016, em Budapeste, com destaque máximo no Europe Stage, imediatamente após os cabeças de cartaz do palco principal do festival. O dia 14 de Agosto fica, assim, marcado por um forte destaque para a música nacional após a parceria de internacionalização da música portuguesa mediada pela Bússola – Plataforma para o Desenvolvimento Artístico e Cultural com a associação gestora do festival húngaro.

Thunder & Co. são uma das bandas revelação de 2015 no panorama nacional, com concertos que se contextualizam num ambiente festivo e experimental, capaz de contagiar a audiência com batidas balançantes envoltas em acordes tristonhos e ambientes tensos, que dão corpo a um estilo musical muito característico. No ano 2015, entre outros, pisaram palcos no Super Bock Super Rock, NOS Clubbing, NOS em D'Bandada, Talk Fest, Indie Music Fest, Festins e Vodafone Mexefest.

Groove Salvation é um produtor e DJ português com uma longa experiência e uma larga reputação além-fronteiras para as suas misturas. O seu registo sonoro combina ambientes house, com deep house e tech house, num registo íntegro e contagiante.

Ambos atuarão no Europe Stage, o palco de divulgação de talentos emergentes da música europeia do Sziget, na mesma noite, reforçando a promoção internacional da música portuguesa e dos seus agentes.


O Sziget Festival recebe anualmente mais de 400 mil visitantes, transformando uma das ilhas de Budapeste na Ilha da Liberdade, para uma semana de um intenso festival de música e artes, num inovador registo de fusão entre a música, a arte urbana, artes de rua e o entretenimento.


Bruno Costa e Daniel Vilar
 

BÚSSOLA | Plataforma para o Desenvolvimento Artístico e Cultural
Bruno Costa | +351 917 792 989
Daniel Vilar | +351 914 632 957
 

A PRIMAVERA E O INVERNO


A cada ano que passa eu mais me apaixono pela jardinagem e pelas estações do ano. Longe de me considerar um exemplo de jardineiro ou metereologista, sou um observador e sempre tiro lições de vida nas minhas três horas semanais em meu contato com o sol, com a chuva, com a grama, com as flores, borboletas, passarinhos e, às vezes, cobras. Estou fazendo analogias com a Psicologia Positiva, mas como atrelar um jardim com esta nova ciência? Como atrelar um jardim com conceitos de nossa vida? Vamos ver o que tenho aprendido.
Vamos começar pelas quatro estações. Escrevi há anos que é fácil ser feliz na primavera. A arte da vida estar em ser feliz em todas as estações, incluindo aí, óbvio, o inverno. Do ponto de vista racional, esperar que o nossa vida seja feita somente de flores é ser, no mínimo, inocente. Claudemir, existe um segredo, então, para ser feliz, por exemplo, no inverno de nossas vidas? Pode até parecer difícil encontrar a resposta, mas no fundo, no fundo, é uma questão até simples de ser respondida. Primeiro, precisamos aceitar que o inverno faz parte. Aceitação não é acomodação. A aceitação, na verdade, tira o seu foco do “inverno” e te move para encontrar a “primavera”. Depois, precisamos encontrar significado nos nossos pensamentos sobre o que vemos, sobre o que vivemos. Aí está meio caminho para chegar à tão sonhada primavera.
Encontrar significado é, por exemplo, conseguir entender que o inverno é momento de preparação para a próxima fase. Sabemos que as árvores ficam secas nesta estação do ano, mas muita gente se esquece que suas raízes se fortalecem ao se aprofundar terra adentro em busca de nutrientes, em busca de água. Na nossa vida pessoal, não é tão diferente e a analogia pode ser a mesma. Quando estamos tristes, sofrendo muito, estamos na verdade buscando respostas (significado=nutriente) para o que passamos. Durante o congresso mundial de Psicologia Positiva, mês passado, em Los Angeles, li duas frases que me chamaram muito a atenção. A primeira é de John W. Gardner (1912-2002) que diz que “estamos continuamente tendo grandes oportunidades brilhantemente disfarçadas de problemas insolúveis”. Pois bem, quando estamos no nosso inverno, não conseguimos enxergar as oportunidades porque elas estão brilhantemente disfarçadas. A segunda frase é de John Dewey (1933): “Nós aprendemos mais das reflexões de nossas experiências do que das próprias experiências.” Gosto muito desta frase porque ela nos remete ao nosso inverno, onde devemos refletir sobre o que estamos vivendo e tirar aprendizados para podermos evoluir.
Mas voltemos um pouco mais ao jardim. Ano passado, havia uma planta que não floria e eu não entendia os motivos. Tentava diferentes fertilizantes, água e nada. Você já percebeu que quando temos um “problema” sempre tentamos as coisas mais difíceis e as coisas mais simples são deixadas de lado? Percebi que tudo o que a planta queria era espaço livre ao lado de sua raiz. Limpei tudo, tirei todas as ervas daninhas que estavam ao redor do tronco. Em uma semana, as flores voltaram. Este exemplo eu uso para dizer que somos como plantas. Quando não temos o nosso espaço para respirarmos, morremos. Todos nós precisamos desta liberdade, deste espaço só nosso. Assim como as ervas daninhas sugam os nutrientes que deveriam ir para a planta, na nossa vida temos, às vezes, pessoas, situações sugando nossos nutrientes, invadindo nosso espaço. Em resumo, precisamos termos nosso espaço, nosso tempo para podermos “florir”.
Ainda sobre o sofrimento, assim como o urso hiberna por uma questão alimentar, nós também precisamos hibernar por uma questão psicológica, precisamos nos isolar um pouco dependendo da situação. Desde que seja momentos de reflexão, faz parte do processo para sairmos de nosso inverno astral. Por isto, às vezes, é um erro quando queremos tirar um amigo ou uma amiga para ir uma festa quando aquela pessoa está “hibernando”. Òbvio, se esta pessoa estiver nesta situação por um tempo mais longo que o comum, então, estamos falando de uma problema mais sério, que precisa de atenção médica e psicológica, pois pode ser uma depressão profunda.
Outro tema da Psicologia Positiva e dos jardins é a resiliência. Você não fica fascinado quando ver um pequena planta surgindo, “literalmente”, do meio de cimento? Na natureza, encontramos muitos exemplos de resiliência, de como podemos superar obstáculos. Eu adoro os rios que, quando encontram obstáculos, simplesmente contornam e seguem seu rumo. Nunca vi um rio discutindo porque as pedras apareceram em sua frente. Isto me faz lembrar o fascinante poema de Fernando Pessoa que diz que construirá seu castelo com as pedras encontradas pelo caminho. Em outro artigo, eu nem chamo isto de resiliência, mas sim de transcendência.
Outra lição que tirei dos jardins tem a ver com a palavra siesta. Sempre ouvi esta frase como uma forma depreciativa em relação, principalmente, aos homens do campo, passando uma ideia que eles eram preguiçosos. Como descansar durante o horário de trabalho? Como tirar uma soneca logo após o almoço? A história não é bem assim. O homem do campo acorda muito cedo porque sabe que é mais produtivo até o sol se tornar insuportável. Neste momento, ele precisa descansar e, por isto, a siesta. Óbvio que esta adaptação para as cidades não funciona tão bem, já que se supõe que se trabalha em locais com ar condicionado, etc. No caso do meu jardim, aprendi que cortar a grama no final da tarde é melhor porque não temos a relva sobre a grama, o que facilita o trabalho do equipamento usado. Com a grama molhada, é praticamente impossível cortá-la. No seu trabalho, você sabe exatamente qual é o seu horário mais produtivo? No seu trabalho, você sabe quando usar suas potencialidades, sua energia física e mental? O homem do campo, sabiamente, usa sua mente para descansar o corpo.
Uma outra analogia entre um jardim e a Psicologia é que somos chamados a atenção quando nossa grama, quando nosso jardim, não está sendo bem cuidado. Mas nunca recebemos nenhuma carta falando que nosso jardim está extraordinariamente lindo. Ou seja, podemos cuidar do jardim por 10 anos de forma impecável e nenhuma carta de reconhecimento é enviada. Quando viajamos e deixamos a grama por duas semanas sem cortar, a carta é enviada. A Psicologia Positiva tem muito a nos ensinar. Precisamos, sim, receber mais cartas de reconhecimento enquanto as coisas estão indo tão bem. Quando será que vamos aprender que, no geral, o ser humano tem muito mais qualidades que fraquezas, mas enquanto continuarmos chamando a atenção para o negativo, mais nos distanciamos de um mundo ideal.
No próximo mês, termino este artigo onde falarei mais sobre a arte de apreciar também o inverno em nossas vidas e quais foram minhas grandes lições cuidando do meu jardim e como as aplico em minha vida pessoal e profissional. Também falarei sobre a arte de empreender (plantar) em tempos difíceis.
----------------------------------

Claudemir Oliveira é presidente e fundador do Seeds of Dreams Institute, com o objetivo de desenvolver pessoas e corporações com Psicologia Positiva, tema de seu mestrado e doutorado, nos EUA, cujo foco é na potencialidade humana.
Tem mais de 20 anos de experiência em marketing, vendas e treinamento, em empresas como American Airlines, United Airlines e The Walt Disney Company, onde abriu, no Brasil (1995), a divisão Walt Disney Parks and Resorts. Em 2000, foi transferido para os Estados Unidos, onde, por dez anos, liderou estratégias de treinamento global para os parques Walt Disney World Resort (Flórida), Disneyland Resort (Califórnia), Disneyland Resort Paris (França), além do Disney Cruise Line (cruzeiros) e mais de 30,000 quartos de hotéis da empresa.
Tem muito orgulho de ter sido professor da Disney University, além de professor convidado do Disney Institute. Já treinou mais de 200.000 pessoas da América Latina, Europa e Ásia. Nada do escrito aqui é autorizado ou endossado por essas admiráveis empresas ou universidades. Textos são baseados em experiências pessoais através de viagens, leituras e entrevistas, além de material amplamente encontrado na internet, artigos, vídeos e livros, portanto, de domínio público.
No Brasil, Claudemir é Jornalista pela Escola de Comunicação Social Cásper Líbero, tem duas pós-graduações (Comunicação em Marketing e Comunicação Empresarial) pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), onde foi professor no curso de pós-graduação em Marketing.
Claudemir é membro vitalício da Harvard Medical School PostGraduate Association e membro da International Positive Psychology Association (IPPA).
É autor do premiado filme “Once Not Far From Home”, com Erik Per Sullivan (Malcon in The Middle, Infidelidade) e Skye McCole Bartusiak (Patriota, Refém do Silêncio) e autor de artigos publicados no Brasil, Espanha e Estados Unidos.
Vive em Orlando, Flórida, desde 2000.


Viva a primavera, não abdique do que Deus lhe oferece


Do mesmo modo que no início da primavera todas as folhas têm a mesma cor e quase a mesma forma, nós também, na nossa tenra infância, somos todos semelhantes e, portanto, perfeitamente harmonizados.

Arthur Schopenhauer
Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar....
Florbela Espanca
O indivíduo que pensa contra a sociedade que dorme, eis a eterna história, e a primavera terá sempre o mesmo inverno a vencer.
Émile-Auguste Chartier

Colhe a alegria das flores da primavera e brinca feliz enquanto é tempo. Sempre haverá os dias em que chegará o inverno e não terás o perfume das flores, nem o sol, nem a vivacidade das cores.
Augusto Branco

Comentário: com um dia espectacular que nos convida a dar as boas vindas à Primavera, era suposto que, quem vive na cidade se desloca-se até ao campo para apreciar as flores, compartilhar os seus tempos de criança com os filhos, netos ou sobrinhos, não, esse hábito passou a fazer parte do passado.
As pessoas apesar de terem de tudo ao seu alcance, no que diz respeito à natureza, não tiram o que de melhor a mesma lhe pode dar: ar puro, evitando aquele contaminado das pastelarias, cafés, etc. etc.
O homem abdica do que Deus lhe deu… Em que estado está o nosso Mundo? O Homem, a sua comodidade, o seu progresso, a sua conquista desenfreada e a sua Morte lenta, ou a Natureza, o seu primitivismo, e a sua Vida? Terrível opção sobre a qual teremos de decidir! 


J. Carlos

Hora de Fecho: Vem aí um novo iPhone. Mais pequeno e mais barato?

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
APPLE 
Na próxima segunda-feira a Apple organiza o primeiro evento do ano. Espera-se a apresentação de um novo iPhone e de um iPad Pro mais pequeno. E, como diria Steve Jobs, de "mais alguma coisa”.
FAMÍLIA 
Casamento, casa própria, filhos e trabalho para a vida. Será que tudo isto é coisa do passado? Convidámos duas mulheres, de 30 e 57 anos, a ilustrar o que se ganhou e se perdeu em quatro décadas.
PARLAMENTO EUROPEU 
Inês Zuber desistiu de ser eurodeputada por não poder gozar licença de maternidade. Cláudia Aguiar fez "um esforço hercúleo". Direito que existe em Portugal não é garantido no Parlamento Europeu.
ESPANHA 
A colisão deu-se ao início da madrugada quando o autocarro viajava em direção a Barcelona. Pelo menos 13 pessoas morreram. No autocarro viajava um grupo de alunos do programa de intercâmbio Erasmus
JUSTIÇA 
Três empresas de construção portuguesas foram condenadas pela justiça irlandesa a pagar mais de 1,5 milhões de euros a 27 trabalhadores portugueses contratados para trabalhar na Irlanda.
PSD 
Em causa está a alegada interferência do primeiro-ministro na resolução do impasse entre Isabel dos Santos e o BPI. Numa referência indireta, Passos comparou atuação de Costa à de José Sócrates.
POLÉMICA LULA 
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social pede "cautela" à imprensa, numa altura em que considera que "todos os limites da racionalidade foram ultrapassados" no Brasil.
POLÉMICA LULA 
Eugênio de Aragão ameaça afastar investigadores se houver mais fugas de informação na operação Lava-Jato - nem precisa "ter provas". Ministro critica método do juiz Sérgio Moro e fala em "extorsão".
POLÉMICA LULA 
Desde há um ano que as manifestações que as manifestações pró e anti Dilma se multiplicam pelo país. Conheça os números - os oficiais e os dos organizadores.
EXPLICADOR 
Apesar das dificuldades, a União Europeia e a Turquia chegaram a acordo sobre o mecanismo de 'devolução' de refugiados. O que está em causa?
CRISE DOS REFUGIADOS 
Duas meninas morreram no mar Egeu após a entrada em vigor do acordo que prevê o regresso à Turquia dos refugiados que cheguem à Grécia.
Opinião

Helena Matos
Quem judicializou a política e a sociedade não foram as polícias nem os juízes. Fomos nós. Os juízes só estão hoje onde estão porque os políticos desertaram e os cidadãos meteram baixa psicológica

João Marques de Almeida
Parece cada vez mais que o período politico do PT e de Lula acabou. Mas o fim pode ser violento (não foi Lula que disse que é o único com poder para “incendiar o Brasil”?) e muito negativo para o país

Mário Amorim Lopes
Não considerando o alargamento da ADSE, existe o risco real de insustentabilidade desse sistema no actual quadro de benefícios e de contribuições. Esta questão não é, portanto, de somenos importância.

Maria João Avillez
Ouvindo, perguntando, lendo e observando, julgo não me enganar totalmente se disser que a chave para desemperrar esta pesada porta só pode estar nas mãos do vice-presidente do Brasil, Michel Temer.

André Azevedo Alves
Sem grande surpresa (e sem qualquer vergonha), a extrema-esquerda portuguesa solidariza-se com Lula, Dilma e o PT. Do Partido Comunista ao sociólogo Boaventura Sousa Santos.
Mais pessoas vão gostar da Hora de fecho. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Observador
©2015 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa

Toada da Primavera

Espiga de milho ainda no campo em Março

Num terreno agrícola em pleno mês de Março ainda podemos
apreciar espigas de milho,
o significa que não foram apanhadas.
Sinais dos tempos ou da crise na 
agricultura






Uma área de terreno ainda considerável nos arredores da cidade de Aveiro, podemos apreciar espigas de milho para uns, para outros, massarocas, ainda para recolher em pleno mês de Março. O que nos tem a dizer o agricultor que não as aproveitou no tempo devido? Não compensa o trabalho que se demora em aproveitá-las? É provável.
Este cenário existe a escassos metros da cidade de Aveiro, relativamente próximo de uma escola secundária, onde a agricultura é desvalorizada, terrenos para cultivar não falta. Na verdade a agricultura é o parente pobre da economia portuguesa, enquanto num passado recente era vista como o sustento vs dinâmica do comércio da cidade.
A sociedade acomoda-se, pretende o mais fácil para consumir, apesar de aos sábados nos mercados municipais serem lançados para o lixo quantidades de produtos hortícolas e, durante a semana consumir-se das grandes superfícies comerciais.
Valores invertidos e desvirtuados. Para onde caminhamos nós?

J. Carlos

Mandei o Inverno embora
O sol fez-se meu confidente
Em cada raio uma flor
A Primavera chegou
Cobriu a alma da gente

Há um jardim nos meus sonhos
Tapete de amores perfeitos
Rosas de mil e uma cores
Brisas no lugar de ventos
Paixões e encantamento

Já andorinhas esvoaçam
No bico uma migalhinha
Há todo um clima de paz
Com cheiro de rosmaninho
O amor anda no ar
Num ninho de passarinho


Nanda

Primavera

A Primavera
A primavera chegou mansa e cálida
Com suaves sopros, colibris com
Flores exóticas e perfumadas
Riscando os céus em cores
Germinando a terra com tanto
Carinho e doçura!
Tapetes que se estendem
Além, num verde que contagia
E nos envolve como mantos
De paz, correr e inalar esse
Perfume que vem da vida:
O olor das rosas estas
Que enfeitam minha alma,
Guardo-a bem aqui juntinho
Do peito meu, para somente
Oferecer-te!

Fhatima
29/09/09 - N.29


Divina Primavera


Quão doce e colorida é a primavera,
Com suas flores suaves e delicadas,
Que exalam essências perfumadas,
Deixando um frescor na atmosfera!

Que magia é essa que agora impera
Pássaros mais alegres nas alvoradas,
Caminhos com florzinhas encantadas,
Num belo quadro qu’ o mundo venera?

Apenas sei que é de Deus a concepção,
Pois exala amor desde a primeira flor,
Não só no ar, mas também no coração.

Deixando a vida leve, alma de beija-flor,
Mantendo-a eterna, em renovação,
Semeando a Paz do Bondoso Criador.


Elias Akhenaton

Primavera dos tempos

Enquanto jovem e já lá vão uns anos, eu, que não me regulava por almanaques oficiais, era irreverente, selvagem, cacto em deserto estéril, vivia em contra ciclo com a natureza, e em defesa das minhas ideias muito próprias. Como todos os jovens, também eu deixei crescer espinhos no meu corpo para defesa do que eu achava que era o correcto. A seiva, essa, dava-a apenas aos que se abrigavam nas minhas ideias. Ser jovem, é a definição mais bela para descrever todas as contradições que viviam dentro de mim; não ter nunca a certeza de haver uma estação do ano certa, viver em constantes mutações com as quatros estações do ano, sem nunca saber qual delas, ocupava os meus sentimentos.

Lembro-me então que caminhava eu, pela minha cidade, ao fim do dia e senti um ventozinho daqueles que raramente se sente. Olhei para o sol e fui invadido por uma alegria única, talvez como se dentro do meu corpo, entrassem mil anjos. Fiquei feliz, assim com uma felicidade que nunca sentira, talvez divina ou quem sabe terrena, mas que eu ainda jovem, desconhecia ser possível sentir. Lembro-me de pensar: é hoje que entra a Primavera! Invadiu-me uma força vestida de sorrisos, e de repente, toda a minha cidade estava vestida de flores, as andorinhas dançavam no ar e eu, corria dentro de mim, de um lado para o outro, sem saber o que procurar. Encontrava-me num estado de pura felicidade. Continuo com a esperança de que esse dia volte a acontecer em mim, a querer sentir a Primavera como senti nesse ano. Foi o único ano em que verdadeiramente percebi que as Primaveras têm um dia que nascem, mas não num dia de calendário.
 
Há um momento dentro de mim que descobre o dia certo do seu nascimento. Hoje, ao fim do dia, irei dar um passeio a pé, saio com a esperança de poder sentir novamente o sopro desse vento, e se ele não me trouxer mil anjos, não será importante, basta apenas que me traga um anjo, uma flor e uma andorinha. Assim, terei eu, um motivo para fazer deste dia, o dia da entrada da Primavera dentro de mim. E se cacto fui, hoje cacto sou. A diferença, é que no lugar dos espinhos, nascem agora papoilas, e dentro destas, nascem Primaveras de esperança para cada palavra que escrevo.

José Luís Lopes
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... ryid=124829#ixzz0iqKN1BOO
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives



Publicado no Pavio das Artes

Comentário: com o decorrer dos anos, avivamos a memória dos tempos em que éramos crianças vs alunos, quando acompanhados com a professora íamos ao campo apanhar flores silvestres nos campos nas proximidades da escola que frequentávamos naqueles tempos.

Era sempre motivo de alegria, empenhados no arranjo dos melhores ramos de flores, com a variedade possível. Bons tempos, dizem uns, para outros malditos tempos, porque avivamos as recordações da ditadura, que por via do ferrete impunha o respeito, o medo, a mordaça, etc. etc.

J. Carlos

Jovem assassinado por amigo junto a campo de futebol

Tragédia ocorreu na madrugada deste domingo.

© DR
PAÍS AMARANTEHÁ 3 HORASPOR PATRÍCIA MARTINS CARVALHO COM JOÃO OLIVEIRA

O alerta para as autoridades foi dado cerca das 07h40, apurou o Notícias ao Minuto junto de fonte da GNR, que revelou ainda que o presumível homicida permaneceu no local do crime até à chegada dos bombeiros e dos militares da Guarda.

O crime ocorreu na rua de São Martinho, na localidade de Gatão, em Amarante, numa estrada de acesso ao campo de futebol local – uma zona erma. Quando os bombeiros chegaram ao local ainda foram realizadas manobras de reanimação na vítima, mas sem sucesso.
O alegado homicida, de 21 anos, foi detido pela GNR e entregue à Polícia Judiciária.
Fonte: noticiasaominuto

Dina abandona os palcos por doença

O anúncio foi feito numa entrevista à SIC.

© DR
A cantora Dina anunciou o fim da sua carreira. Participou por três vezes ao ‘Festival da RTP da Canção’ e chegou a vencer em 1992. Contudo, a fibrose pulmonar que lhe foi diagnosticada há nove anos já fazia prever esta decisão.

A 22 e 24 de março, a cantora tem marcados dois concertos de homenagem, em Lisboa e Porto. Vários artistas convidados vão participar nestes concertos.

Dina, de 59 anos, a voz de 'Amor de Água Fresca', decidiu abandonar os palcos porque “para um cantor com o aparelho 70% comprometido é impossível poder continuar a cantar. Há um cansaço permanente”.


Em entrevista à SIC, a cantora que assinala este ano 40 anos de carreira revelou ainda que esta doença consegue ser muito cansativa. “Acordas muito bem e assim que te levantas terminou o dia. Tenho uma garrafa de oxigénio mas isto tem uma série de limitações”.

Fonte: noticiasaominuto

Pelo menos 14 mortos em acidente de autocarro. Eram todos estudantes

Pelo menos 14 pessoas morreram na colisão entre um autocarro e um carro na estrada AP-7 no município de Freginals, Tarragona, em Espanha, noticiou a agência espanhola EFE.

© Lus
O autocarro, que pertence a uma empresa em Mollet del Vallès (Barcelona), transportava 57 pessoas e despistou-se esta manhã, por volta das 06h00. Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 30 feridos. Todas as vítimas eram estudantes universitários. Segundo a RTP, na viatura seguiam estudantes do programa Erasmus, que frequentavam a Universidade de Barcelona.

Ao que o Notícias ao Minuto conseguiu apurar, ainda não há indicação que haja portugueses entre as vítimas.
O grupo fazia a viagem de regresso de Valência, onde assistiu às 'Fallas', uma típica e famosa festa que decorre na semana santa e que leva milhares de pessoas àquela região espanhola.
Um total de oito jovens, quatro em estado muito grave, que viajavam no autocarro deram entrada no hospital Verge de la Cinta de Tortosa (Tarragona).
As causas do acidente são ainda desconhecidas, mas as primeiras informações recolhidas pela agência de notícias EFE apontam para que o autocarro tenha perdido e controlo, galgando o separador da estrada e colidindo com outros veículos.
O trânsito na AP-7 encontra-se cortado. Aguarda-se neste momento pela chegada de uma grua de grandes dimensões que possa mover o autocarro, que ficou capotado. 
No local estão mais de uma dezena de veículos de assistência médica.

“Desânimo, angústia e revolta” entre os produtores de leite


Os produtores de leite manifestaram hoje o seu estado de "desânimo, angústia e revolta" quanto ao futuro, considerando as crescentes dificuldades económicas de uma atividade que sentem ser desvalorizada e faz da sua vida "uma prisão".
"Ninguém dá valor ao que a gente passa", desabafa António Valente, que nas suas duas explorações de leite e carne, no concelho de Ovar, alimenta 115 animais.

"Levantamo-nos todos os dias às seis da manhã, trabalhamos sete dias por semana, não tiramos uma folga e agora ainda metemos dinheiro nosso para cobrir as despesas. Temos uma vida que é uma prisão e, no final do mês, não há rendimento nenhum que faça isto valer a pena", afirma.

Agostinho Lopes tem 70 animais e reconhece que não é fácil encontrar soluções que permitam pagar aos produtores nacionais um preço que, sendo justo para com os seus custos, não se revele demasiado pesado para o consumidor final, mas defende, no mínimo, igualdade de critérios.

"Se estamos sempre a importar produto estrangeiro, o Governo podia ao menos fiscalizar em condições o que é importado, porque connosco é de uma exigência extrema, mas depois deixa cá entrar qualquer coisa, sem critério", afirma.

Na prática, a situação da classe resulta de a escalada nos custos de produção não acompanhar o preço do produto, como contabiliza António Valente: "Há 30 anos estavam a pagar-nos o litro de leite a 56 escudos [28 cêntimos]. Hoje pagam 25 cêntimos e ainda ameaçam cortar-nos mais um no final do semestre - e isto quando um saco de 50 quilos de adubo custava naquela altura 1000 escudos [cinco euros], enquanto agora metade disso custa 8,5 euros".

Outros exemplos: "Antes, um vitelo custava 300 euros, mas na semana passada ofereceram-me 30 por animal - e quase por favor. A silagem de milho [para alimentação das vacas] também está cada vez mais cara e só aí são 5.000 euros por ano".

Feitas as contas, o preço justo por um litro de leite deveria situar-se entre os 35 e os 40 cêntimos. "Pelo menos isso, porque um litro fica-nos em média em 32 cêntimos, sem ganharmos dinheiro nenhum", explica.

Para Albino Silva, presidente da Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro (ALDA), é assim natural que os produtores estejam num "estado de espírito muito mau, de desânimo geral, angústia e muita revolta".

Já foi negativo o fim das quotas leiteiras, com que a União Europeia impunha limites à produção para adequar a oferta à procura e garantir uma harmonização de preços, mas a situação vem piorando com "uma distribuição das ajudas comunitárias que favorece sempre as grandes agrárias", disse.

Internamente, as políticas nacionais também não ajudam. "O ministro da Agricultura esteve muito mal ao dizer que é preciso baixar a produção de leite", defende o presidente da ALDA, "o que é preciso é ajudar os pequenos e médios produtores, tendo em conta as especificidades de cada produção e as condicionantes da região onde estão as explorações".

Nesse contexto, uma das críticas de António Valente é relativa à redução de 10% nos subsídios aos produtores. Só por aí, vai desistir das sementeiras, que lhe vinham custando 15.000 euros por ano: "Não tenho dinheiro para isso. Vou deixar alguns terrenos à erva e os animais vão ter que comer o que lá der".

Albino Silva também gostaria de apreciar maior "discernimento" na distribuição das ajudas, propondo para isso o seu "plafonamento de acordo com a especificidade geográfica de cada região".

A necessidade desse critério é justificada por Agostinho Lopes: "Ovar, por exemplo, tem um problema tremendo de salinização das terras de pasto. Há concelhos aqui à volta que as protegeram para a água nunca lá chegar, mas em Ovar nunca fizeram nada disso e todos os anos a ria inunda os terrenos e estraga tudo com o sal. Como é que, a saber disto, eles depois nos dão a nós o mesmo que dão a quem tem a terra em sossego todo o ano?".

Se a situação não se alterar dentro de "uns meses", António Valente antecipa o fecho da sua exploração e Albino Silva afirma que outros seguirão esse caminho. "A produção de leite, sobretudo, é muito dramática. Os problemas agravaram-se com a descida do preço, isto está a indignar alguns produtores e, por muita vontade que a gente tenha, não é possível continuar assim", declara.

Para Agostinho Lopes, "está tudo a estourar" e, por isso mesmo, António Valente garante: "Não vou andar a trabalhar para descarregar aqui tudo o que ganhei há uns anos. Trabalhar para aquecer? Não".

Fonte: Lusa