quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Alvaiázere | ProfJam cancela concertos em outubro


A organização e produção do “Alvaiázere Capital do Chícharo” foram informados pela empresa que agencia o músico ProfJam, da necessidade de se proceder ao cancelamento dos concertos deste artista agendados para o mês de outubro. 

Esta situação deve-se a um acidente de viação, felizmente sem gravidade de maior, mas que ainda assim obrigará ProfJam a um período de descanso, afastando assim o músico do palco da Capital do Chícharo, no próximo dia 11 de outubro. 

De forma a garantir a oferta musical com a qualidade que o Alvaiázere Capital do Chícharo tem vindo a proporcionar nos últimos anos, a organização e produção do evento já garantiram a atuação do artista Plutónio na sexta-feira, dia 11 de outubro. 

Aos fãs e público que já tinham programado assistir ao concerto de ProjJam, resta-nos lamentar profundamente esta situação que, naturalmente, é de carácter totalmente imprevisível, e reiterar o convite já antes efetuado para vir a Alvaiázere desfrutar da muita animação, diversão e boa gastronomia que temos para oferecer do primeiro ao último dia do Alvaiázere Capital do Chícharo.

Castelo de Paiva | Carpintaria ficou destruída no incêndio de Outubro de 2017


EXECUTIVO MUNICIPAL VISITOU ESTA SEMANA
A EMPRESA “ ALVEDA GOLD “ NA RAIVA

A convite dos proprietários, o Executivo Municipal de Castelo de Paiva, presidido por Gonçalo Rocha, visitou esta semana, a empresa ALVEDA GOLD, localizada na Raiva, uma unidade industrial do sector de madeiras que ficou completamente destruída no terrível incêndio de Outubro de 2017.

Quase dois anos decorridos, o edil paivense, que se fez acompanhar do Vice-Presidente António Rodrigues, e dos Vereadores José Carvalho e Manuel Junot, quis assinalar com esta visita à empresa, a força da solidariedade municipal no arranque do projecto de recuperação e reconstrução desta unidade industrial do sector das madeiras que ficou totalmente destruída no grande incêndio de 2017.

Segundo o autarca, os responsáveis da Alveda Gold conseguiram finalmente avançar com a execução da candidatura que efectuaram ao Programa Repor, perspectivando-se a garantia de um investimento de aproximadamente 500 mil euros, que vai permitir recuperar a carpintaria e colocar aquela empresa destruída a funcionar em pleno a breve prazo.

O presidente Gonçalo Rocha destacou que, “ o tempo burocrático não corresponde à expectativa de quem, no terreno, quer continuar a trabalha, e no caso das unidades industriais, tal como nas habitações ardidas, o tempo que demora a cumprir com todas as etapas administrativas é demasiado, é extenuante, levando ao descrédito do Estado “, sublinhando, no entanto que, “ a família do Manuel Luís não desistiu e soube resistir, sendo um bom exemplo e uma fonte de inspiração, já que apesar de terem ficado sem nada, não pararam de lutar e, mesmo sem condições, continuaram a trabalhar, com uma paixão enorme pelo que fazem, que é absolutamente inspiradora “.

O autarca de Castelo de Paiva enalteceu a força e a garra demonstrada pelo empresário e seus filhos, na luta pela recuperação da empresa, referindo que deram uma verdadeira lição sobre a capacidade de resistir, e agora, ousaram partilhar connosco e com um grupo de amigos que sempre os ajudaram, o longo trajecto que tiveram que percorrer, os desafios que tiveram que ultrapassar, as forças que tiveram que encontrar, por isso, são a prova inequívoca de que os paivenses são resilientes e lutadores.

No decorrer desta visita à carpintaria em Alveda, os responsáveis municipais tiveram a oportunidade de conhecer os propósitos do empresário para garantir a reabertura da unidade industrial, bem referenciada no sector do mobiliário, mostrando-se impressionados pela forma risonha como encaram o futuro, sendo certo que a reconstrução que agora vão iniciar será mais que uma simples unidade industrial, mas sim um projecto de uma família unida, que inspirará toda a comunidade, porque em cada pedaço de madeira, está a inspiração para um novo desafio, tal como exemplifica o edil de Castelo de Paiva ao falar de coragem, determinação e gosto pelo que fazem, e ao apontar para o que está escrito sobre uma ardósia pendurada na entrada da unidade industrial, “ o que perdemos no fogo, acharemos nas cinzas!”

Carlos Oliveira

Proença-a-Nova | Walking Football em estreia na Universidade Sénior de Proença-a-Nova

O ano letivo da Universidade Sénior de Proença-a-Nova arrancou a 7 de outubro com novas disciplinas, com destaque para o walking football, uma modalidade de desporto para seniores, em que não se pode correr e a bola não pode ser jogada pelo ar. Neste desporto as equipas são constituídas por seis jogadores de ambos os sexos e não há guarda-redes. Normalmente os jogos têm 15 minutos de duração, divididos por 2 tempos de sete minutos. “Esta modalidade está ligada a muitas outras universidades seniores e será um bom complemento à ginástica ou à hidroginástica sénior”, explicou João Manso, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, na sessão de arranque oficial do novo ano letivo da Universidade Sénior de Proença-a-Nova, que decorreu no Auditório Municipal, no dia 4 de outubro. “Além das novas disciplinas vamos continuar com os workshops que tiveram muito sucesso no ano letivo anterior”. Abertos a todos os alunos e professores, os workshops abordaram temas das áreas da psicologia, saúde e bem-estar, artesanato criativo, forma de arte Mehndi, entre outros. 

“A universidade sénior serve o seu principal objetivo que já prosseguimos há alguns anos que é ajudar a usar o tempo de uma forma útil à comunidade e de forma interessante para nós e o sucesso deste projeto comprova isso mesmo”, afirmou o reitor da UPSN, António Manuel Silva, e acrescentou que “este ano voltamos a apresentar um leque de disciplinas alargado para satisfazer muitos gostos e paladares do conhecimento”. 

O ano 2019-2020 disponibiliza assim, no polo de Proença-a-Nova, as disciplinas de informática, artesanato, treino funcional/respiração, história das ideias, ciência viva, química na cozinha, cultura geral, história local e regional, literatura, pintura, expressão e movimento, walking football, psicologia e bem-estar. No polo de Sobreira Formosa haverá informática, português, ciência viva, cultura geral, história local e regional, jornalismo, walking football, psicologia e bem-estar. 

Este ano estão inscritos 78 alunos, 53 em Proença-a-Nova e 25 em Sobreira Formosa. A qualquer altura pode inscrever-se neste projeto. Para formalizar a inscrição, para aluno ou professor, basta preencher o formulário disponível aqui, ou dirigir-se à Casa das Associações ou sede da União de Freguesias de Sobreira Formosa e Alvito da Beira. 

A Universidade Sénior é uma iniciativa criada pelo Gabinete de Ação Social do Município de Proença-a-Nova, e que integra o projeto Promover e Integrar do CLDS 3G, com o objetivo de dinamizar atividades sociais, educacionais e culturais em ambiente informal, promovendo o convívio entre pessoas com idade superior a 50 anos. 

Évora | Serviço de Higiene e Limpeza reforçado com 20 novos trabalhadores


A capacidade de intervenção da Câmara Municipal foi significativamente reforçada com a admissão de novos trabalhadores a integrar nas brigadas de limpeza pública. Graças ao esforço bem-sucedido que tem vindo a ser feito no sentido da recuperação financeira do Município, foi agora possível concretizar o aumento dos trabalhadores disponíveis neste importante setor operacional. Espera-se assim a breve prazo que sejam regularizadas as rotinas de limpeza pública com pessoal e equipamento adequados às necessidades.

O grupo de cantoneiros de limpeza que iniciou hoje funções foi recebido pelo Presidente da Câmara Municipal, Carlos Pinto de Sá, e pelo Vereador responsável pelo pelouro da Higiene e Limpeza Pública, Alexandre Varela. Os eleitos e os encarregados deram as boas vindas aos novos trabalhadores, deixando votos de sucesso na sua nova vida profissional, com êxito no desempenho das importantes tarefas de serviço público que agora iniciam.

Política | Helena Teodósio demitiu-se do cargo de vice-presidente da Comissão Política Distrital de Coimbra do PSD

Helena Teodósio demitiu-se do cargo de vice-presidente da Comissão Política Distrital de Coimbra do PSD, decisão que, segundo a própria, “está tomada desde o encerramento do processo de constituição da lista candidata às eleições legislativas do passado dia 6 de outubro e que só não foi entretanto tornada pública para não prejudicar a campanha e o resultado eleitoral do partido”.
A até agora número dois do órgão presidido por Paulo Leitão refere que não avançou antes com a demissão porque não quis “causar o mínimo sobressalto ao trabalho de mobilização que era necessário fazer para que o PSD-Coimbra viesse a alcançar uma expressão eleitoral condizente com a história da sua forte implantação a nível distrital”. E sublinha:“fiz questão de cumprir escrupulosamente o meu compromisso de lealdade para com a Comissão Política Distrital”, sendo “precisamente esse compromisso de lealdade que me leva a formalizar agora a demissão, invocando para o efeito as razões inerentes às críticas que formulei, em sede própria, ao modo como estava a ser constituída a lista de candidatos”.
Na carta enviada ao presidente da Mesa da Assembleia Distrital, a presidente da Câmara de Cantanhede admite que tenha havido “circunstâncias conjunturais que concorreram para que resultado eleitoral do PSD no distrito de Coimbra tivesse sido bastante mais penalizador do que o registado a nível nacional”mas considera que o processo de constituição da lista “não pode deixar de ser incluída no inventário dos fatores que conduziram ao desfecho que se conhece”.
Helena Teodósio afirma-se “de consciência absolutamente tranquila, não só porque fiz o que estava ao meu alcance para que tivesse sido estabelecida uma estratégia conducente a uma votação expressiva, mas também porque me empenhei, conjuntamente com a Comissão Política Concelhia, em fazer passar a mensagem do PSD no contacto direto com as pessoas, o que, creio, muito contribuiu para a vitória em Cantanhede, um dos dois únicos concelhos do distrito em que isso aconteceu”.
Por essa razão, diz que defendeu no âmbito da Distrital, “que uma estratégia ganhadora teria de passar por escolhas mobilizadoras para voltar a ganhar a confiança dos eleitores e não por uma lógica de preenchimento de lugares em função de certo tipo de influências, quando não mesmo de imposições”No seu entender “antes de se decidirem os nomes, deveria ter sido definido um perfil ideal dos candidatos a submeter a sufrágio, no pressuposto de que com esta nova abordagem, seria possível corresponder melhor às expetativas dos eleitores”.
Segundo Helena Teodósio, o processo acabou por ser “muito condicionado pela falta de critérios que permitissem ultrapassar as “dinâmicas de capelinha” que têm marcado a constituição das listas concorrentes às eleições legislativas, dinâmicas essas que de resto ajudam a explicar o declínio da implantação do PSD no distrito de Coimbra, conforme se tem visto nos últimos atos eleitorais”.
A terminar, a autarca de Cantanhede refere que esteve “sempre muito consciente das dificuldades em inverter essa tendência”, mas que foi para isso mesmo que aceitou ser vice-presidente da Comissão Política Distrital, “confiando que estava a participar no início de um novo ciclo que haveria de levar o PSD à expressão eleitoral que já teve no distrito”. Manifestando-se desiludida, diz que vai continuar a sua intervenção política a nível partidário, “de acordo com os valores do PSD em que se revê e que sempre defendeu”.
A demissão de Helena Teodósio da vice-presidência da Distrital do PSD mereceu já o apoio incondicional da Concelhia de Cantanhede, que alega para o efeito a sua total concordância com os argumentos aduzidos, em sintonia com as posições tomadas conjuntamente sobre o processo de constituição da lista candidata às eleições legislativas pelo distrito de Coimbra.

A Comissão Política da Secção de Cantanhede

Dia 12 de outubro, com Bastien Baumet como solista convidado - Concerto da Banda de Música da Força Aérea no Pavilhão Multiusos de Febres

A 2.ª edição do FIMCA – Festival Internacional de Música de Cantanhede vai abrir com um concerto pela Banda de Música da Força Aérea no Pavilhão Multiusos de Febres, no próximo sábado, 12 de outubro, a partir das 21h30.  Com entrada livre, esta iniciativa da Associação Filarmónica Marialva de Cantanhede, com apoio da Câmara Municipal, reunirá no palco aquela que é uma das maiores e mais prestigiadas formações musicais do país com o consagrado instrumentista francês Bastien Baumet, que será solista de bombardino.
Dirigida pelo Major António Rosado, a Banda de Música da Força Aérea tem demonstrado, ao longo da sua existência, o elevado nível artístico, técnico e solístico dos instrumentistas e a dignidade da direção dos seus maestros. É constituída na sua maioria por executantes de primeiro plano e corresponde às inúmeras solicitações que lhe são dirigidas para atuações de diversa índole. Para além das missões de natureza marcadamente militar (Guardas de Honra, Paradas e outras), tem obtido muitos êxitos com a interpretação obras de compositores mundialmente consagrados, em concertos do mais alto nível, no Continente, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e ainda no estrangeiro em representação nacional, na Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Inglaterra e Luxemburgo.
Nas suas deslocações pelo país e estrangeiro, tem contribuído como elemento cultural para o enriquecimento de todo o meio musical português, prestigiando a Força Aérea, as Forças Armadas e Portugal.
Pela forma exemplar e altamente profissional como os seus elementos têm cumprido as missões atribuídas, foi ainda a Banda condecorada, em 1997, com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos.

MAJOR ANTÓNIO ROSADO
António Manuel Cardoso Rosado nasceu em Évora, no ano de 1980. Iniciou os seus estudos musicais aos 11 anos na Academia de Amadores de Música Eborense, continuando-os posteriormente na Escola Profissional de Música de Évora, onde estudou Flauta Transversal com o Professor Nuno Ivo Cruz, Katherine Ivo Cruz e Anabela Malarranha. Foi nesta mesma escola que terminou o curso profissional. Ingressou, de seguida, na Escola Superior de Música de Lisboa onde viria a diplomar-se com a licenciatura em Flauta Transversal, tendo estudado com os professores Nuno Ivo Cruz (Flauta Transversal), Afonso Malão e Sthepen Bull (Música de Câmara).
Durante o seu percurso académico-musical participou em alguns estágios de orquestra e colaborou com algumas orquestras portuguesas, sendo de destacar a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Sinfónica Juvenil, Orquestra Juvenil Cidade de Évora e a Orquestra de Sopros dos Templários.
Frequentou cursos de aperfeiçoamento de Flauta Transversal com Emmanuel Pahud, Trevor Wye, Rien de Reed, William Bennett, Vasco Gouveia, Sandra Pina, entre outros.
Em 2002 ingressou na Força Aérea Portuguesa, na sua Banda de Música para a classe de Praças. No ano de 2005, após concurso, frequentou o Curso de Formação de Sargentos e no ano seguinte frequentou o Estágio Técnico Militar, na Academia da Força Aérea, em Sintra, para promoção a Oficial Chefe de Banda de Música, onde atualmente ocupa o cargo de Superintendente da Banda de Música e das Fanfarras da Força Aérea. É membro da International Military Music Society.
Dividindo a sua atividade pelo ensino e pelas Bandas Filarmónicas, foi professor no Conservatório Regional de Tomar, na Escola Profissional de Música de Évora e no Conservatório Regional de Évora, Eborae Música e, atualmente, é o maestro da Banda de Música Filarmónica Cultural Ericeira. No ano de 2015 terminou na Escola Superior de Música de Lisboa a Licenciatura em Direção de Orquestra de Sopros.

BASTIEN BAUMET
Nascido em 1988, Bastien Baumet começou a tocar bombardino na Nimes Music School (na turma de Patrick Maurin) e continuou sua formação musical no Conservatório Villeurbanne (na classe de Chistian Delange).
Em 2006, aos 17 anos, ingressou no famoso Conservatório Nacional de Música (CNSM) de Paris, onde ganhou o prémio por unanimidade em 2009.
Desde 2008, Bastien tem-se apresentado regularmente como solista na França e no estrangeiro, onde também oferece inúmeras master classes emocionantes.
Em 2012, lançou o seu primeiro CD “Art of the Euphonium” para a editora discográfica Indesens Records.
Em 2014, lançou o segundo CD “Portraits” em dueto com Alexis Demailly.
Em 2018 Bastien tocou pela primeira vez em Cantanhede juntamente com a Filarmónica Marialva na 1.ª Edição do FIMCA (Festival Internacional de Música de Cantanhede).

Construção de Lar de Idosos é o grande sonho da IPSS; ASSOCIAÇÃO SOCIAL CULTURAL E RECREATIVA DE NOJÕES PROMOVEU VI DESFOLHADA COM ALMOÇO REGIONAL


António Pereira quer arrancar com as obras do Lar Residencial em 2020

A Associação Social Cultural e Recreativa de Nojões / ASCRN prossegue o seu plano anual de actividades e depois de ter realizado diversas iniciativas ao longo dos últimos meses, promoveu no dia de ontem a sua 6ª Desfolhada à Moda Antiga animada com baile e almoço regional, uma iniciativa cultural e etnográfica que, desta vez, teve lugar na Escola Primária de Nojões, na freguesia de Real, um espaço recentemente cedido pela Câmara Municipal a esta IPSS em regime de comodato, evidenciando-se as presenças do presidente da Câmara Municipal, Gonçalo Rocha, bem como do presidente da Junta de Freguesia de Real, Victor Quintas, num evento que foi aproveitado para apelar à colaboração dos associados e amigos para a grande obra da sede social que esta IPSS de Castelo de Paiva pretende construir na localidade, onde será dado especial enfoque à valência do Lar Residencial para idosos.

Esta VI Desfolhada à Moda Antiga traduziu-se em mais um bonito e cativante momento de convívio e confraternização entre novos e velhos e, segundo Antonio Pereira, principal responsável da Associação Social Cultural e Recreativa de Nojões, agremiação fundada em Junho de 2009, “ a tradição faz de nós aquilo que somos “, mostrando-se agradado com o registo de uma boa adesão de participantes, servindo para fazer recordar e prevalecer as lindas tradições de outrora, desenvolvidas com a actividade agrícola, ao mesmo tempo que se promove a etnografia do concelho, para além da animação do Duo “ Som Real “, que voltaram a estar presentes para potenciar um “ pézinho de dança “ ao som de melodias e cantigas que antigamente se ouviam nesta região do Douro Litoral.

Recorde-se que já este ano, a Associação Social Cultural e Recreativa de Nojões tem desenvolvido um programa atractivo e bastante dinâmico, traduzido numa diversidade de acções e iniciativas que muito tem contribuído para o prestigio e popularidade desta instituição social localizada neste lugar da freguesia de Real, recordando-se a participação na Mostra dos Vinhos e Produtos Rurais de Real em Abril, a participação na cerimónia de abertura dos Jogos Desportivos de Castelo de Paiva, as jornadas gastronómicas dedicadas às papas de serrabulho, ao cozido portuguesa e à Sardinha Assada, o Passeio de Amigos que teve este ano a região do Douro como destino, para além do Encontro de Idosos e Convívio de Verão / Aniversário, iniciativas que motivaram sempre uma excelente adesão de participantes.

Para os restantes meses do ano, a ASCRN ainda tem programado o seu Magusto Tradicional em meados de Novembro e o Almoço de Natal marcado para o inicio de Dezembro, sendo que, todas estas iniciativas, que despertam sempre grande adesão popular e entusiasmo, contam como apoio da Câmara Municipal de Castelo de Paiva e da Junta de Freguesia de Real

Carlos Oliveira

Leiria | Arte de Portugal e do Japão patente em Leiria na exposição “Pensar é Guardar”


Um encontro da arte de Portugal e do Japão pode ser apreciado a partir do próximo dia 12 de outubro através da exposição “Pensar é Guardar”, integrada no programa comemorativo dos 50 anos da geminação de Leiria e Tokushima.

 Esta exposição coletiva desdobra-se em dois núcleos: Galeria de Arte - Banco de Portugal e Moinho do Papel. O primeiro estabelece uma forte alusão à ideia de guardar, face à história do próprio edifício e o segundo convoca a questão da produção, valorizando o labor e o saber fazer, relacionando o conceito, a techné e a tradição.   
Neste dia terá ainda lugar uma conversa de acesso livre ao público, com a participação de alguns dos artistas cujas obras vão ficar patentes e que tem como intenção ampliar a reflexão proposta pelas obras expostas.

“Pensar é Guardar” conta com obras de Albano Afonso, Ângela Saldanha, Fernanda Fragateiro, Futoshi Yoshi, José Maças de Carvalho, Luís Quintais, Nuno Sousa Vieira, Rita Gaspar Vieira, Sandra Cinto e Takafumi Kijima.

 Nesta exposição o grande desafio é o de Pensar e Sentir esta relação entre duas culturas distantes a partir do lugar e do tempo. Ou seja, o lugar é aqui o da produção (considerada em sentido alargado) e também o do guardar (que associa património e tradição). O tempo é o da memória comum coletiva versus memória individual.
A partir das diferentes propostas teóricas e artísticas apresentadas, cada visitante poderá criar novas perceções e leituras, através de gestos, cores, cheiros e materiais que convocam esse outro lugar – Tokushima, no Japão.

 “Pensar é Guardar” pode ser visitada, no Moinho do Papel, de segunda a sexta-feira das 9h30 às 12h00 e das 14h30 às 17h00 e ao sábado, das 14h00 às 17h30. Na Galeria de Arte Banco de Portugal, as visitas são de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 12h30 e das 14h00 às 17h30 e ao sábado e domingo, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00.

A exposição, que é inaugurada no sábado, dia 12 de outubro, pelas 15h30, ficará patente ao público até 31 de dezembro.


Obituário | Morreu Avelino Ferreira Torres, antigo presidente da Câmara de Marco de Canaveses

O antigo presidente da Câmara de Marco de Canaveses Avelino Ferreira Torres morreu ontem no Hospital de Penafiel, com 74 anos, vítima de doença prolongada, disse à Lusa fonte autárquica.
Avelino Ferreira Torres, que liderou a autarquia, de 1983 até 2005, sempre eleito pelo CDS, era natural de Rebordelo, Amarante, e, segundo a mesma fonte, encontrava-se acamado há alguns meses, na sua residência, na localidade de Tuías, Marco de Canaveses, distrito do Porto.
A informação foi divulgada através do Facebook da Junta de Freguesia do Marco.
O antigo presidente da Câmara de Marco de Canaveses conduziu a autarquia durante 22 anos, sempre pelo CDS, partido cuja concelhia também chegou a liderar.
Foi eleito pela primeira vez em 1983 e presidiu aos destinos do concelho até 2005, com sucessivas maiorias absolutas, sendo à data o último presidente do CDS no distrito do Porto.
Em 2005, Torres deixou a autarquia de Marco de Canaveses para se candidatar, como independente, à presidência da Câmara de Amarante, concelho de onde era natural, precisamente da freguesia rural de Rebordelo.
Após uma intensa e mediática disputa com o socialista Armindo Abreu, Avelino Ferreira Torres acabou por perder aquela eleição em Amarante e regressou a Marco de Canaveses, onde se tornou a candidatar em 2009 e 2013, como independente, voltando a perder, nas duas vezes para o social-democrata Manuel Moreira.
Chegou a ser vereador da oposição após 2009, mas em 2016 abandonou a política, alegando razões de saúde.
Além da vida política, Avelino Ferreira Torres também se destacou no desporto, nomeadamente quando chegou a desempenhar o cargo de presidente do Futebol Clube do Marco, em Marco de Canaveses, e quando exerceu funções no Conselho Nacional de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, na década de 90 do século passado.
Ao longo da sua carreira política, esteve envolvido em vários casos judiciais, acabando por ser absolvido num deles e visto a sua condenação prescrever noutro, após sucessivos recursos.
Lusa

Criança de nove anos vai ser julgada por cinco homicídios

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DNLife
Uma criança norte-americana de 9 anos, acusada de causar um incêndio numa habitação que matou cinco pessoas no Illinois, EUA, vai responder em tribunal por cinco homicídios em primeiro grau.
O menor também vai ser julgado por duas acusações de incêndio criminoso e outra de incêndio criminoso agravado, informou o jornal local "Journal Star" na terça-feira.
O incêndio de 6 de abril matou uma criança de 1 ano, duas de 2 anos, um homem de 34 anos e uma mulher de 69 anos no Timberline Mobile Home Park, perto da vila de Goodfield, a cerca de 240 quilómetros a sudoeste de Chicago.
O advogado que representa o Estado no condado de Woodford, Greg Minger, não revelou detalhes sobre o suspeito, incluindo um possível relacionamento com as vítimas.
Nenhuma criança tão jovem foi acusada de assassínio em massa desde pelo menos 2006, segundo a base de dados dedicado a este tipo de homicídios da AP-USATODAY-Northeastern University.
A base de dados reúne informação sobre todos os homicídios nos EUA desde então, nos quais quatro ou mais pessoas foram mortas (sem incluir o agressor) por um curto período de tempo (24 horas), independentemente da arma, localização, relacionamento vítima ou agressor.
Greg Minger disse que analisou exaustivamente vários relatórios sobre o incêndio antes de prosseguir com a acusação. Já o médico-legista do condado de Woodford, Tim Ruestman, sustentou que o incêndio começou intencionalmente.
"Foi uma decisão pesada", disse Minger. "É uma tragédia, (...) no final das contas está a ser acusada uma pessoa muito jovem de um dos crimes mais graves que temos. Mas acho que isso precisa ser feito neste momento", acrescentou.
Um dos grandes desafios para os procuradores públicos será tentar provar que a criança teve a intenção de matar com antecedência, o que é necessário em casos em que as acusações são de homicídio em primeiro grau, explicou o ex-procurador Gus Kostopoulos, que se tornou advogado de defesa juvenil em Chicago.
"Crianças de nove anos não sabem que o Pai Natal não existe. Eles não sabem que as pessoas morrem e não voltam à vida", argumentou. "Não sei se crianças de 9 anos podem ter a intenção de cometer assassinato", frisou.
Um dos principais advogados de Illinois para crianças que se encontram no sistema de justiça criminal criticou fortemente a decisão de se acusar uma criança tão jovem por assassínio.
"As acusações estão completamente fora de linha, considerando tudo o que aprendemos (...) especialmente sobre o desenvolvimento cerebral das crianças", sustentou, por seu lado, a presidente da Juvenile Justice Initiative, Betsy Clark, entidade que tem sede em Evanston, Illinois.
A especialista defendeu que crianças menores de 14 anos nunca devem ser processadas, independentemente do crime, e lembrou que esta é a idade mínima de responsabilidade criminal em muitos países, como é o caso da Alemanha.
Na década de 1890, Illinois tornou-se um dos primeiros lugares do mundo a estabelecer um tribunal juvenil, retirando assim os menores do sistema adulto, recordou Betsy Clark.
Contudo, este caso prova que Illinois já não está na vanguarda da justiça juvenil, concluiu.
As acusações de crimes violentos contra crianças são raras, disse Clark, acrescentando que nunca ouviu falar de outros casos em que alguém tão jovem foi acusado de tantos homicídios. "A liberdade condicional, dada a idade, é o único resultado que pode acontecer aqui", avaliou.
Nenhum mandado de prisão deve ser emitido para o suspeito, adiantou Minger, indicando que à criança será nomeado um advogado, sendo sujeita a um julgamento em tribunal, na frente de um juiz.
Segundo a lei de Illinois, um suspeito com menos de 10 anos não pode ser detido.
A apresentação de acusações de homicídio contra crianças menores de 10 anos é rara, mas existem precedentes.
Em setembro, um juiz de Michigan rejeitou uma acusação de homicídio contra um rapaz de 9 anos acusado de disparar fatalmente sobre a sua mãe perto de Sturgis.
O juiz da Divisão de Família do Condado de St. Joseph, David Tomlinson, decidiu que, segundo a lei de Michigan, a criança não deveria ir a julgamento porque ainda não tinha 10 anos.
JN

Religião | Cochilando, às vezes se ouve e se aprende…

Qual é o tipo de conglomerado que deve servir de modelo para o habitat humano: a taba ou a cidade?
Transcrevemos a seguir a introdução da obra “Tribalismo Indígena – Ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI” (1977), na qual Plinio Corrêa de Oliveira denuncia profeticamente o que se está pretendendo aprovar no Sínodo Pan-Amazônico que se transcorre nestes dias no Vaticano.
  • Plinio Corrêa de Oliveira
Aproveitando o mês de férias, um turista recostado em cômoda poltrona de hotel cerra os olhos para uma sesta, no esparramado far-niente de uma estação de repouso. Suavemente, deixa ele rolar a memória à procura de recordações que distendam e convidem ao sono.
         Mas a imaginação é quase sempre caprichosa. E todo capricho, por natureza, é teimoso. As imagens que se lhe apresentam — lá sabe o turista por quê, talvez em razão da bela mata que se vê ao longe — são fotos, audiovisuais, filmes que viu em diversas ocasiões, sobre os índios, seus costumes, suas moradias, seus ritos de festa, de luto e de guerra.
         O candidato à sesta consegue escapar, por fim, à perseguição indígena, pouco propícia à distensão. E de pálpebras baixadas, na insistente procura do sono, vai fazendo emergir da memória, mansa e suavemente, a lembrança de alguma grande cidade do Ocidente: Paris, Veneza, Roma, Londres ou Nova York. Se não, São Paulo, Rio ou Buenos Aires.
         Nosso turista se distende, sente que o sono se vai acercando. Mas, por seus ouvidos a dentro penetra o que dizem pessoas próximas, instaladas em um grupo de cadeiras no mesmo salão do hotel. São duas as vozes que conversam.
Por rara coincidência — telepatia? — o tema da prosa parece um comentário aos primeiros quadros selváticos que haviam importunado o infeliz caça-sesta. Uma voz indaga:
         — Qual é, então, o tipo de conglomerado que deve servir de modelo para o habitat humano: a taba ou a grande cidade?
         Entre surpreso e indolente, o turista se pergunta, ainda de olhos cerrados, qual a pessoa que levanta uma questão cuja inevitável resposta é banal, à força de tão óbvia.
Com isto não perde ele a esperança da sesta. A banalidade é soporífera por natureza, quem sabe se o ajudará a adormecer…
         Mas, logo em seguida, ouve outra voz, que responde enfática à primeira:
         — A tribo é o modelo do futuro! Ela representa para o homem um estilo de ser, pensar, querer e agir, que deve modelar as sociedades em fase de esboroamento do século XX, e sobretudo as sociedades que se formarão ao longo de muitos outros séculos vindouros.
As grandes aglomerações urbanas da civilização de consumo, que ainda hoje encantam ou empolgam tanta gente, representam, pelo contrário, o passado, a decrepitude e a morte. Enfim, tudo quanto deve desaparecer.
         O turista desta vez não aguentou. Abriu os olhos à procura do “louco”, e não conseguiu mais dormir.
Entrementes, a voz enfática continuava:
         — Não sou só eu que penso assim. No Brasil, o que há de mais moderno na atividade missionária pensa precisamente do mesmo modo. Já ouviu falar nos missionários aggiornati?
         — Não. O que vem a ser isso?
         — Pois é bom que vá sabendo. Aggiornato vem de giorno, que em italiano quer dizer diaAggiornato é, portanto, o missionário que se proclama em dia, atualizado com a Igreja-Nova pós-conciliar.
         — E então?
         — Os missionários aggiornati querem proteger as populações indígenas, que ainda vivem felizes nas suas tabas disseminadas aqui e acolá no fundo das selvas, contra o risco de serem anexadas pela “civilização” atual. Restos de um imemorial passado, é certo. Mas sobretudo lições vivas para um sapientíssimo futuro…
Na tribo dita selvagem não há mandões nem chefões. O cacique é só um líder-conselheiro. Tudo se resolve com o consenso de todos. Não há, entre os índios, fazendeiros nem colonos, patrões nem empregados, proprietários nem marginalizados, ricos nem pobres. Não há leis, regulamentos, repartições, taxas, impostos, toda essa inferneira que você conhece. Em suma, nada há do que divide, hierarquiza e jugula. A espontânea nudez de ambos os sexos é completa, ou quase tanto. Todos andam inteiramente à vontade pela selva, procurando petiscos para comer: peixe, ave, besouro ou fruta. De volta, repartem com as famílias tudo que pegaram. Ninguém quer ser mais do que ninguém, nem pensa muito no dia de amanhã. É, enfim, o paraíso na terra.
         Sem estranhar o inesperado ditirambo, o interlocutor pergunta:
         — E nós? Continuaremos atados a esta vida que levamos?
         — Você não percebeu? Também no mundo dos brancos é preciso acabar com esta mania de dinheiro, capital, lucro, luxo, status e desigualdades. O futuro está em dividir tudo por igual, acabar com as competições, as “carreiras”, liquidar as imensas estruturas econômicas, políticas, administrativas e sociais. Dissolver as megalópoles e os países, de modo que venham a formar galáxias de pequenos grupos autônomos, espontâneos, livres, iguais e irmãos. Resumindo, o índio é muito mais um modelo para nós, do que o somos nós para ele.
         — É então um desmantelamento geral que você prega?
         — Sim. Mas um desmantelamento construtivo, porque dele nascerá um mundo novo.
         — E como fazer esse desmantelamento?
         — Sei que muita gente já quer isto. E gente grossa. Sábios, pensadores e escritores de renome internacional. Você já ouviu falar em Lévi-Strauss, por exemplo? É um etnólogo famoso, atualmente catedrático da cadeira de antropologia no Collège de France, de Paris. É o líder do pensamento estruturalista em nossos dias. Para ele a sociedade indígena, por ter “resistido à História” e haver fixado a forma de viver do período pré-neolítico, é a que mais se aproxima do ideal humano. E é para esse tipo de sociedade que devemos retornar.
Quando for majoritário o número dos que quiserem isso, será irreversível que vençam. Aliás, nem é preciso tanto. Bastará que, em determinado momento, fique moda querer isto. Quantas revoluções atingiram o topo da vitória porque se fizeram carregar pelos ventos da moda!…
         — Mas, afinal, além da sumidade de que você falou, quem o apoia desde já?
         — Olhe, eu conheço mais especialmente o que se passa na Igreja, porque sou Padre missionário.
         Cruzando as pernas metidas em bermudas, tão curtas que fazem pensar em tanga, o jovem enfático puxa do cigarro uma longa baforada, e continua em tom mais baixo:
         — São Padres e Freiras, alguns leigos também, que a gente vai convencendo. São Bispos, muito notadamente. Mas não me pergunte seus nomes.
         — Sim, percebo. Vocês são comunistas e não querem encrenca com a polícia.
         — Que bobagem! Comunismo é velheira! Ditadura do proletariado, capitalismo de Estado, redes administrativas de dimensões elefantisíacas, tudo isso também tem que acabar. Em certo sentido, somos comunistas, é claro. Mas não paramos aí. Veja, por exemplo, o capitalismo de Estado: coisa ultrapassada, já que não queremos capitalismo nem Estado. Vamos além dessas velheiras.
         Definitivamente, o pobre caça-sesta não consegue mais dormir. Quer fugir do pesado noticiário que já lhe dói nos ouvidos, mas a curiosidade o acorrenta. Muitas perguntas lhe assaltam o espírito. É fácil imaginar quais sejam…

 Projeto promovido pelo Vaticano da primeira catedral indigenista da Amazônia brasileira [Imagem: Creatos Arquitetura/Divulgação].

 Projeto promovido pelo Vaticano da primeira catedral indigenista da Amazônia brasileira [Imagem: Creatos Arquitetura/Divulgação].
Projeto promovido pelo Vaticano da primeira catedral indigenista da Amazônia brasileira [Imagem: Creatos Arquitetura/Divulgação].
         Para responder a tais perguntas, nada melhor do que ouvir vozes eclesiásticas, e especialmente vozes missionárias, das mais às menos graduadas.
         A fim de facilitar ao leitor o trabalho, ao mesmo tempo atraente e complexo, de analisar o que dizem essas vozes, apresenta-se a seguir primeiramente a concepção tradicional da Missão católica; e depois a condensação do que pensam os missionários “atualizados”.
         Detenha-se o leitor diante de cada item, e meça com precisão os abismos para os quais convidam. Ouça-os, que pregam o desmantelamento da família e da sociedade contemporânea, a extinção do pudor e a morte de toda a tradição cristã. Ouça-os, que acusam de tirano, opressor, sanguinário e ladrão o branco que aqui veio ter. Que destratam os bandeirantes e missionários dos séculos idos. Que nem sequer poupam com suas críticas a obra sagrada do grande Anchieta, cujo perfil moral quase sobre-humano alcançou junto aos indígenas tão magnífico êxito missionário. Ouça-os, conclamando a juventude dos seminários, dos conventos, do País inteiro, para esse “neocomunismo” tribal, que se ufana de mais comunista do que o próprio comunismo.
Considere essa coorte de demolidores utopistas, e em sua linha de vanguarda dois Bispos: D. Pedro Casaldáliga e D. Tomás Balduíno.
E compreenda, por fim, que este é um perigo real para os índios, mas menos para eles do que para os civilizados. É, em última análise, uma investida de eclesiásticos contra a Igreja. E de civilizados contra a civilização.
O que é o pobre índio em tudo isso? Mais uma vez, um pomo de discórdia, de lutas entre civilizados. Civilizados que querem conservar a civilização, alguns recristianizando-a, outros afundando-a nos erros que a agitam. E outros, ainda, tentando arrasá-la.
*   *   *
         Lido isto, o que fazer?
         Resista, brasileiro, a menos que tenha morrido em sua alma a fibra do cristão e do desbravador dos outros tempos.
Se essa fibra tiver morrido, não há mesmo remédio: os demolidores brancos chegarão, num ato de suicídio, a arrasar a obra de seus maiores. Com vantagem, bem entendido, de novas formas de propaganda do imperialismo vermelho.
Será esta uma consequência inevitável de tal situação, uma vez que, mesmo os melhores, não tenham tido mais nem a Fé nem a fibra de antigamente.
Cumpre esperar que até este ponto não hajam caído as coisas. Pois muitas e alentadoras razões há de esperança.
         Leitor, interesse-se. Divulgue de todos os modos, em torno de si, o conhecimento da investida “neocomunista”. E lhe caberá a glória de ter contribuído, com sua voz, para o grande brado de alerta que pode salvar o Brasil.

ABIM