sábado, 11 de novembro de 2017

ASAE apreendeu cerca de uma tonelada de queijo fresco na região Sul

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Em comunicado, a ASAE informa que esteve durante a semana a verificar as condições sanitárias das unidades industriais de produção de queijo.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou hoje que apreendeu cerca de uma tonelada de queijo, no valor de 4.795 euros, por suspeitas de incumprimento das condições higio-sanitárias numa unidade de produção de queijo na região Sul.
Em comunicado citado pela agência Lusa, a ASAE adiantou ter, através da Unidade Regional do Sul, realizado na semana passada uma ação de fiscalização direcionada para a verificação do cumprimento das condições higio-sanitárias e técnico-funcionais de laboração de uma queijaria, tendo procedido à sua suspensão.
Segundo a ASAE, durante a ação de fiscalização, que decorreu na semana passada, foi detetada a utilização de água na atividade da queijaria que não cumpria os requisitos microbiológicos obrigatórios para possibilitar a sua utilização, não estando dessa forma garantida a potabilidade da mesma.
De acordo com a ASAE, foi confirmada no produto “a presença de bactérias coliformes assim como de Escherichia coli, com grave risco de contaminação das superfícies de laboração e equipamentos, assim como das mãos dos manipuladores, tendo sido determinada a suspensão imediata da unidade industrial até que possa ser reposta a legalidade”.
Durante a operação, a ASAE apreendeu cerca de uma tonelada de queijo fresco num valor que ronda os 4.795 euros, para verificação do cumprimento dos critérios microbiológicos, por forma a garantir a segurança alimentar do produto final e consequentemente a saúde pública dos respetivos consumidores.
A ASAE informa ainda que foi instaurado um processo de contraordenação por incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene.

Fonte: Jornal Económico/Lusa

Fundador da Web Summit pede desculpa aos portugueses

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Num texto publicado no Twitter, o responsável pela Web Summit explica ainda que o jantar no Panteão Nacional foi organizado "de acordo com as regras" e "com respeito".
Paddy Cosgrave começa por pedir desculpa aos portugueses e explicar que como irlandês encara culturalmente a morte de forma diferente dos portugueses.
O responsável pela Web Summit escreve ainda no Twitter adora Portugal como "uma segunda casa" e que "nunca ofenderia os grandes heróis do passado de Portugal".
"Pedimos desculpa por qualquer ofensa causada. Este foi um jantar organizado de acordo com as regras do Panteão Nacional, e realizado com respeito. A Web Summit estava a tentar homenagear a história de Portugal e quis que os nossos convidados apreciassem o passado histórico do país", escreve ainda Paddy Cosgrave.
O fundador da Web Summit recorda ainda que, em 2016, o jantar mais importante dos "Founders" aconteceu na Catedral de Christ Church, em Dublin, na maior cripta do Reino Unido e da Irlanda.

Fonte: TSF
Foto: Gerardo Santos/Global Imagens

Zoomarine promoveu plantação de mais de 10 mil árvores

Numa iniciativa promovida pelo Zoomarine, integrada no programa «Operação Montanha Verde», foram plantadas 5 mil árvores, em Loulé, esta Quinta-feira.
Esta acção de reflorestação envolveu cerca de 300 voluntários, que ajudaram a tornar mais verde uma área de 5,3ha, propriedade da autarquia louletana, que se encontrava desaproveitada.
Também em Silves foi levada a cabo uma operação do género, envolvendo à volta de 5.600 árvores.
Portanto, no total, foram plantadas 10.600 árvores, o que ajudou a restituir parte do que foi perdido ao nível nacional pelos incêndios florestais e a contribuir para a mitigação dos efeitos nefastos das alterações climáticas.
Fonte: O Algarve Económico

Utilização de Panteão para jantar da Web Summit causa polémica

A utilização do Panteão Nacional para um jantar exclusivo que assinalou o encerramento da Web Summit está a gerar controvérsia, merecendo críticas nas redes sociais.
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O jantar da "Founders Summit", onde só participaram algumas dezenas de pessoas escolhidas pela organização, decorreu na sexta-feira à noite, no espaço central do Panteão, junto aos túmulos de personalidades como Amália, Eusébio, Almeida Garrett e Sophia de Mello Breyner Andresen.
"Com o tempo, e com as incertezas da sabedoria, inquietamo-nos sobre a justeza de certas opiniões pessoais. Seremos nós quem não está a ver bem as coisas? Aconteceu-me agora. Ajudem-me: acham mesmo normal que o jantar final do Web Summit seja entre os túmulos do Panteão Nacional", escreveu o embaixador Seixas da Costa, que partilhou uma foto do evento e foi acompanhado pelas críticas de outros internautas.
Ainda que o jantar possa suscitar dúvidas, o facto é que o Panteão é um dos Monumentos Nacionais disponíveis para serem cedidos para eventos privados.
"O Panteão Nacional disponibiliza alguns espaços únicos para organização de jantares de gala, recepções, cocktails, concertos, lançamento de livros, simpósios, conferências, seminários e colóquios. Para além dos eventos referenciados, poderão ser autorizados outros, consentâneos com as características e condições do monumento", pode ler-se no site oficial.
A tabela de preços do espaço está publicada em Diário da República e mostra que só a Sala Sul não está disponível para jantares. O Corpo Central está disponível por três mil euros, o Coro Alto por 2500 euros, o Terraço por três mil e o Adro por quatro mil euros. A estes valores acrescem o IVA e custos de "vigilância/guardaria", caso o evento decorra fora das horas de funcionamento do espaço.
JN
Foto: DR

Isso que comeis, não são (só) ervas, não



P
 
 
Fugas
 
 
  Sandra Silva Costa  

Antes de mais, o seu a seu dono: o título desta newsletter é uma adaptação de um verso do poema “Verdes são os campos”, de Luís de Camões, e aparece aqui porque, no brainstorming que fizemos a propósito do nosso especial de gastronomia, que hoje servimos, a Alexandra Prado Coelho trouxe a voz de Zeca Afonso e a lírica de Camões para animar a conversa.
Reposta a verdade, vamos ao que realmente interessa: comida. Uma vez por ano, dedicamo-nos inteiramente a descobrir histórias apetitosas que queremos partilhar consigo. Escolhemos um tema principal e depois compomos um ramalhete com outros assuntos sumarentos e deliciosos. Nesta edição, privilegiamos as experiências na área do vegetarianismo e do veganismo que se vão implantando pelo país e chegamos a conclusões bem saborosas. A primeira é esta: há muita vida para além da carne (e novo parêntesis para entregar o seu a seu dono: este título foi sugestão da nossa designer gráfica Daniela Graça, vegetariana por convicção há quase dez anos). Descobrimos, então, que há queijos e iogurtes que podem ser comidos sem culpaschocolates de alfarrobabolos crusalheiras de cogumelos – e a lista continua, até chegar a um redondo dez. Bons exemplos não faltam, como pode ver aqui – e perceberá que os vegetarianos e veganos não comem apenas legumes, como muito boa gente poderá pensar. Só mais uma achega: o Tiago Pais entrevistou Paul Ivic, um dos poucos chefs com estrela Michelin à frente de um restaurante exclusivamente vegetariano (TIAN, Viena, Áustria), que lhe explicou que “o vegetarianismo não é uma tendência, é uma necessidade”.
Mas nem só de “ervas” vive o nosso especial de gastronomia. A Alexandra Prado Coelho, por exemplo, andou por Bragança a perceber como se fazem (e como são exactamente) os cuscos e pelo meio experimentou dois restaurantes bem diferentes: o Batoque, que privilegia os cogumelos na confecção dos seus pratos, e o Porta, a nova aventura do chef André Silva.
E depois de Bragança fez-se à estrada até Santarém, onde foi conhecer as experiências de Rodrigo Castelo na sua Taberna Ó Balcão – e não só, que o chef vai abrir uma marisqueira na Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa.
Já o Luís Octávio Costa meteu as mãos na massa em Sernancelhe para ficar a conhecer um doce que não é doce. O título da reportagem é bem sugestivo: "O forno que pariu os fálgaros". E não, não é só um trocadilho: diz-se por lá que os populares chamavam “ao forno onde coziam os fálgaros ‘prenheiro’, como se de uma barriga grávida se tratasse”.
Para o fim – ou quase – fica o texto do José Augusto Moreira, que de certa forma antecipa o Natal que aí vem. Ele e o Nelson Garrido foram visitar a Lugrade, empresa que se dedica à comercialização de bacalhau. Seco e salgado, como convém às mesas portuguesas, mas também, e cada vez mais, demolhado e ultracongelado. A história está toda aqui.
Sugestão de despedida: porque não testar os seus conhecimentos de gastronomia no quizz que o Miguel Pires nos preparou? Eu fiz – sem batota – e obtive um resultado que nem me desmerece de todo.
Volto para a semana à hora do costume. Até lá, bom apetite. E já sabe, aqui há sempre sugestões a pensar em si.

Vale a pena voltar aqui



Vida número três: a multinacional ficou para trás, venha a viagem

Carlos Melo Ribeiro, ex-CEO da Siemens, dividiu a vida em três partes. Entrou, há pouco mais de um ano, na terceira e já completou uma viagem, ao Butão. A experiência saiu agora em vídeo, pelas mãos do filho, que o acompanhou até à Ásia.

Hora de Fecho: Sócrates. Como Vara se defendeu no interrogatório

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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
Armando Vara, que a acusação entende ter sido a mão de Sócrates na Caixa Geral de Depósitos, foi detido e ouvido por Carlos Alexandre e Rosário Teixeira. Do dinheiro, só a filha Bárbara falou.
"Só poderia fugir para Vinhais, (...) não era grande fuga". As indignação de Armando Vara com a detenção, o silêncio sobre 1 milhão na conta e o orgulho no negócio Vale do Lobo - que "correu mal"
Empréstimo de Pinto Balsemão ao companheiro da ex-mulher de José Sócrates ajudou a pagar prestações da propriedade que o Ministério Público suspeita ser do antigo primeiro-ministro, conta o Sol.
Um jantar à luz das velas, ao lado dos túmulos de Humberto Delgado e Amália, e só para um grupo restrito de empresários e investidores? Não é montagem, aconteceu mesmo no Panteão.
Falta de higiene, alimentos em decomposição, fraude sobre mercadorias. A ASAE encontrou tudo isto em cantinas escolares e abriu 20 processos crime, nos últimos três anos.
Será preciso um ano com chuva acima da média para repor águas subterrâneas, diz secretário de Estado do Ambiente. Carlos Martins avisa que cada dia que passa, a seca piora, mas afasta racionamento.
O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, atacou, durante a gala Rugidos de Leão, em Leiria, o presidente do Benfica, considerando que Luís Filipe Vieira é "um perfeito idiota".
Controverso ex-conselheiro acredita que Trump é uma figura revolucionária à escala global, que será lembrado como Lincoln e Reagan. Supremacistas brancos não são para levar a sério.
Processo de regularização urbanística começou em 2013, mas continua por concluir. PSP informou a Câmara, que informou a ASAE - a única com competência para encerrar a discoteca.
Maria Canabal, jornalista internacional, esteve em Lisboa para falar de "mulheres com tomates". Defensora da igualdade de género na gastronomia, diz conhecer casos de violação nas cozinhas francesas.
Sustentabilidade, tecnologia, luxo e responsabilidade social – na moda, são estes os temas do momento. Suzy Menkes, a mais reputada jornalista da área, falou sobre todos eles com o Observador. 
Opinião

Rui Ramos
Duas coisas detestáveis do Web Summit: a importância que a si próprios se dão estes profetas do écran, e o delírio governamental com a ideia de replicar Silicon Valley numa Albânia. 

José Manuel Fernandes
Fogos, listas de espera nos hospitais, Legionella, Tancos, inação da polícia no Urban Beach. A lista é extensa, mas o que importa é fingir que nada aconteceu, nada esclarecer, apostar na apatia cidadã

Helena Garrido
Estamos a desperdiçar uma oportunidade de salvar o Estado Social. Tantos casos em que os serviços públicos falham são um alerta. Há pior que a troika.

Mário Amorim Lopes
Não há evidência que suporte reverter o modelo de PPPs em Saúde, restando o mero preconceito ideológico. Ora basear políticas públicas em preconceitos ideológicos não garante a saúde da população.

Paulo Tunhas
Pesam-se os tempos, e os tempos são maus. Às vezes olha-se à volta e só se vêem personagens menores dedicados à impostura. O enredo é menor, a arte menor e o fim só pode ser, coerentemente, menor.

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A joia que a rainha emprestou a Kate Middleton e que está a dar que falar

A princesa brilhou - literalmente - com um bracelete de diamantes
A joia que a rainha emprestou a Kate Middleton e que está a dar que falar
Desde que se casou com o príncipe William, ainda 2011, que Kate Middleton teve de adaptar alguns aspetos da sua vida à realeza, mas verdade seja dita, nem todos são maus. Recentemente, a duquesa de Cambridge chamou a atenção com uma peça de joalharia única que usou durante um jantar de gala, no Palácio de Kensington.

Trata-se de uma bracelete de diamantes que foi combinada com uns brincos, igualmente valiosos. Um dos aspetos interessantes é que a joia pertence à rainha Isabel II, que a recebeu de herança da sua mãe, que morreu em 2002.

Aliás, a monarca usou a peça em 2012 no State Opening of Parliament.

De facto, a duquesa de Cambridge tem-se revelado cada vez mais um símbolo de elegância.

Fonte: Noticiasaominuto

WEB SUMMIT Nils Bohlin vs Bill Gates


Os políticos portugueses têm que transformar 3 dias de exuberância em 300 dias de inteligência e passarem a amar as empresas de todos os tamanhos tal como se apaixonam pelas que ainda estão a nascer.

Começo por alertar os mais novos que as pessoas da minha geração achavam plausível que uma explosão nuclear numa base lunar em 1999 afastaria a lua da sua órbita e faria a população da base ir lutar com extraterrestres, que pareciam pratos de Polvo à Lagareiro, com as suas armas de laser e naves espaciais. Chegados que estamos à beira de 2020, meus jovens leitores, há alguma desilusão e ceticismo face àqueles que nos tentam mostrar o que será o futuro, por plausível que possa parecer.

Daí as pessoas da minha geração olharem com algum desdém para o Web Summit. Ao contrário daqueles que acham o evento uma “Ovibeja com internet” (descrição corrida nas redes sociais), e mesmo ignorando o enorme valor económico associado, tenho a opinião que fazer uma festa com, e para, gente interessante é uma excelente envolvente para mostrar ideias e inovação. Pronto, levar o antigo campeão olímpico do decatlo, Bruce Jenner, transformado em mulher, discursar no evento é uma estranha forma de inovação, mas mostra a característica mais importante de uma sociedade economicamente evoluída: a diversidade. E, marked-to-market, os números do evento falam por si. Por isso vou fazer a mesma coisa, aproveitando que o evento está ainda na memória, para falar de inovação.

Inovação tem muito pouco a ver com “startuping” ou empreendedorismo dos mais novos. Por vezes, poucas, as coisas estão ligadas. Há grandes ideias e produtos maravilhosos saídos de garagens ou de um par de cabeças brilhantes. Todos olhamos para a Microsoft, a Apple, a Google, a Amazon, a Alibaba, o Facebook como as mais bem-sucedidas empresas a nível global dos últimos 30 anos. Todas ideias nascidas nos bancos das universidades, ou numa garagem, por miúdos entusiastas de tecnologia. Mas façamos o exercício inverso. Nestes 30 anos, quantas empresas nascidas do desenvolvimento de um sistema operativo tiveram o sucesso da Microsoft? Apenas William Gates teve a ideia e nunca mais ninguém se lembrou de fazer o mesmo? Obviamente que não. Centenas ou milhares tiveram ideias semelhantes sem qualquer sucesso e que caíram no enorme e sobrelotado cemitério das boas ideias que iam ser o futuro.

Só muito raramente a inovação é um processo daqueles que as festas de “startuping” tentam ampliar. Na esmagadora maioria das vezes, a inovação é produto da cabeça de uma equipa de pessoas que trabalha em empresas tão grandes, que a sua evolução parece ser navegada como um petroleiro. É muito difícil de virar, quase impossível de travar, mas um pequeno toque no leme significa a diferença entre o sucesso e a tragédia. Daí ter-me lembrado de Nils Bohlin. Nils não criou um computador que serve de telefone e que cabe num bolso de um casaco, nem desenvolveu um sistema de leitura de dados de um disco magnético. Ele foi o engenheiro sueco que resolveu prender uma correia em três pontos da carroçaria de um automóvel para que o condutor ficasse preso ao assento em caso de acidente. Em 1959, o fabricante de automóveis sueco, Volvo, meteu na rua o primeiro modelo de automóvel de série equipado com cintos de segurança. O número de pessoas que sobreviveu a um acidente, por causa desta invenção, estará na ordem das centenas de milhar por ano em todo o mundo. Mas, curiosamente, a página da wikipedia dedicada a Bohlin deve ser a que tem menos palavras por vida salva em toda a plataforma enciclopédica.

Para além da imagem de segurança que a Volvo criou com a invenção de Bohlin, hoje em dia ninguém escolhe o carro que compra por causa dos cintos. Na verdade, o carro anda perfeitamente sem eles. E sem sensores de estacionamento, sem GPS, sem rádio, etc. E a história de Bohlin traz-me a um conhecido de uma fábrica alemã de automóveis, um engenheiro que se dedica a um componente particularmente importante: a cobertura da mala. Sim, aquela espécie de tecido que puxamos para esconder o que guardamos na mala dos automóveis de 5 portas. Há uns anos, soube que estavam a fazer um jantar entre a equipa porque tinham conseguido reduzir a tolerância de uma das peças numas décimas de milímetro e isso ia contribuir para a redução geral do ruído do automóvel. Werner, de seu nome, não irá constar da lista dos maiores inovadores da atualidade por causa do feito da sua equipa. Mas o sucesso dos automóveis da sua empresa e o facto da industria alemã dominar mais de 80% do mercado de automóveis naquela franja, é devido aos Werners todos que foram inovando para melhorar o produto final, tirando décimas de milímetro de folga.

E se os exemplos modestos podem tornar a ideia menos sexy, voltemos à Microsoft, que trouxe ao Web Summit o seu presidente e chief legal office, Brad Smith. Quem olha para esta empresa hoje, não vai reconhecer aquela que nas últimas décadas colocava em risco a economia mundial devido ao seu domínio quase absoluto do mercado. Não porque seja menos importante, mas porque se reinventou completamente de uma empresa que vendia software para uma empresa que vende serviço. Quando o mundo percebeu que já não precisava de software, precisava do serviço, a empresa estava lá. Dificilmente encontraríamos um “petroleiro” maior que este, mas a verdade é que centenas de inovadores cujos nomes não iremos conhecer, foram melhorando aos poucos os produtos da empresa. A apresentação de Smith sobre segurança de informação e ciberdefesa, que não gerou grande excitação entre os media, talvez por não fazer parte dos empreendedores de ideias mirabolantes, era em si mesma um enorme monumento aos verdadeiros inovadores deste mundo. Perante os desafios das ameaças à segurança de todos, com a democratização e estatização do terrorismo cibernético, os engenheiros da Microsoft, da Amazon, da Google, responderam com o seu espírito inovador. Não com uma ideia mirabolante tirada de um livro de ficção cientifica, mas usando as ferramentas do presente, melhorando aquilo que existe e, quase sem o cidadão comum perceber, levantaram as defesas do mundo livre num campo de batalha muito mais vasto que aquele que os nossos pais conheceram.

Os Nils e os Werners, que não montam um circo mediático em torno de uma ideia falsamente disruptiva como “teste de gravidez em bambu”, são quem, de facto, geram emprego, salvam vidas e fazem o mundo avançar. Os casos em que a inovação nasce numa garagem para ser uma realidade verdadeiramente relevante são tão raros, tão raros, que isso faz com que os velhos mais experimentados como eu vejam estes eventos com aquele misto de gozo e admiração. E somos tão céticos relativamente aos gurus do “o futuro vai ser assim”, que gosto de usar o lema “se eu conheço e não é presente, então futuro não será de certeza”.

É uma injustiça dar-se valor a um sujeito que faz uma app para divórcios e, ao mesmo tempo, se ignora o sujeito que fez o cinto de segurança. Mas é uma questão de mercado e de oportunidade. A verdade é que o cinto de segurança pode ter parecido uma ideia tão estúpida em 1958 como uma app para divórcios parece em 2017. Os mercados são assim, feitos de injustiças. Mas quando falamos dos nossos impostos e do comportamento dos nossos governantes, a coisa muda de figura. Ver os políticos portugueses num frenesim em torno dos jovens empreendedores é o que realmente custa. Nenhum dos países ricos do mundo é rico porque apoiou carinhosamente uns miúdos com umas ideias giras. São ricos porque deram condições à empresa do Nils e à empresa do Werner para poderem experimentar coisas quase insignificantes que trouxeram aos seus produtos uma qualidade superior. A Microsoft não é um potentado multinacional porque um miúdo feio de óculos conseguiu escrever dados num disco. É-o porque milhares de engenheiros conseguiram ir daí até aos serviços em nuvem que hoje oferecem, mudando pequenas coisas, em pequenos dias. As condições em que os miúdos geniais têm sucesso não são geradas porque há um excelente ambiente para startups, são geradas porque há um excelente ambiente para as empresas de todos os tamanhos.

No fundo, os políticos portugueses estão lá, mas ainda têm uma questão de escala a resolver. Têm que transformar os 3 dias de exuberância em 300 dias de inteligência e passarem a amar as empresas de todos os tamanhos da forma como se apaixonam por aquelas que ainda estão a nascer.

PhD em Física, Co-Fundador e Partner da Closer
Fonte: Observador


CONVITE | II Ciclo de Conferências - LEITURAS A SUL | 16 de novembro de 2017 | 16 horas | Biblioteca Municipal de Portalegre

Merkel diz que “tempo escasseia” e apela à luta contra as mudanças climáticas

A chanceler alemã instou hoje os países mais industrializados a lutar de forma responsável contra as mudanças climáticas e a aproveitar a cimeira do clima de Bona (COP23) para tomar medidas concretas nessa direção, já que "o tempo escasseia".
"A urgência é grande como demonstram as catástrofes naturais. Quando falamos de migrações também sabemos que estas são indiretamente condicionadas pela mudança climática", afirmou Angela Merkel na sua mensagem semanal, antes da sua intervenção na próxima quarta-feira na COP23, que decorre na antiga capital federal da Alemanha.
Lusa

Manhã de sábado: Bolsa. A métrica mais popular rendeu 47% em 3 anos

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Manhã de sábado

As principais notícias do dia
Bom dia!
A carteira que elegemos há um ano ganhou mais de 11%. Conheça as novas ações que recomendamos para 2018. Só precisa de cinco minutos para replicar a estratégia mais simples de bolsa.
Três jovens chineses foram feridos, dois deles em estado grave. Condutor sofre de esquizofrenia grave e admitiu ter abalroado os estudantes propositadamente porque vozes lhe disseram para o fazer.
A maioria dos infetados tem mais de 70 anos (e há quatro com mais de 90). Mas há um conjunto significativo de pessoas mais novas (40 aos 69 anos) e uma das vítimas mortais faz parte deste grupo.
Mais um doente com legionella morreu, anunciou esta sexta-feira a Direção-Geral de Saúde. São já quatro as mortes no surto da doença que afeta um total de 44 pessoas.
Um vídeo que mostra um agente da PSP a ser agredido, no dia 1 de outubro, num miradouro em Lisboa está a ser divulgado nas redes sociais. Agressor foi detido e o agente está de baixa médica.
Uma organização de defesa dos direitos humanos na Coreia do Norte descobriu mais campos prisionais no país. E partilhou pormenores sobre os métodos de tortura que se passam por lá. Veja as fotos.
Durante anos, muitos forraram as antenas dos routers com alumínio para melhorar o wi-fi. Os cientistas acabaram de confirmar que o material é mesmo eficaz - mas não da maneira que pensávamos.
CM revelou procuração onde Bruno de Carvalho dava poderes a João Pinheiro para negociar Tanaka; líder leonino teve uma reação violenta: "Labrego criminoso e pedante", escreveu sobre Pereira Cristóvão.
Sporting reagiu esta manhã à entrevista de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, com Nuno Saraiva, diretor de comunicação do clube, a responder de forma irónica à "derrota anunciada" dos leões.
Luís Filipe Vieira destacou que "tentaram enxovalhar a marca mais prestigiante do país" e falou do caso dos emails, da "aliança" FC Porto-Sporting e do futuro do futebol nacional com vários episódios.
A investigação manteve sob escuta 39 telefones. Ao todo, participaram 199 pessoas nas 3.633 conversas consideradas relevantes pela acusação. Políticos, empresários, diplomatas. Veja a lista completa 

Comer/Ver/Fazer

"Love is a Losing Game" inaugura a 9 de novembro em Lisboa e junta Maria Imaginário e Mariana, a Miserável debaixo do mesmo teto. A exposição é cor-de-rosa mas tem dois corações pregados na parede. 

Vão estar 21 filmes em competição na 14.ª edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Évora (FIKE), que começa esta sexta-feira e decorre até dia 12 deste mês. 

No novo restaurante do Príncipe Real, em Lisboa, os donos e o chef podem ser brasileiros, mas quem manda são os petiscos portugueses. Dos croquetes à sapateira, é provar. 

São 75 marcas, palestras, workshops e showcookings num mercado que quer fazer de Portugal um país mais sustentável. O Organii Eco Market está de volta este fim de semana na Lx Factory, em Lisboa. 

O artista português Bordalo II inaugura, no sábado, em Lisboa "Attero", exposição com trabalhos novos que são uma extensão das obras que tem criado na rua, com lixo, em vários locais do mundo. 

Sally Potter assina uma feroz comédia política negra com pouco mais de uma hora de duração, que deixa de rastos a elite progressista e bem-pensante inglesa. Eurico de Barros dá-lhe quatro estrelas. 

A colaboração Erdem x H&M chega às lojas na quinta-feira. O Observador entrevistou o designer, que falou do seu fascínio por flores e sobre a experiência de desenhar roupa de homem pela primeira vez. 

A plataforma é portuguesa, mas as peças vêm dos quatro cantos do mundo. A DOME é uma loja online dedicada a design com impacto social. O que é isso? O Observador foi perceber. 

Romances, livros de História que olham para o passado mas também para o presente e alguma poesia. Estes são alguns dos lançamentos literários que pode esperar em novembro. 


A conjugação perfeita entre farfalle e batatas com molho de vegetais. 

Opinião

Rui Ramos
Duas coisas detestáveis do Web Summit: a importância que a si próprios se dão estes profetas do écran, e o delírio governamental com a ideia de replicar Silicon Valley numa Albânia. 

José Manuel Fernandes
Fogos, listas de espera nos hospitais, Legionella, Tancos, inação da polícia no Urban Beach. A lista é extensa, mas o que importa é fingir que nada aconteceu, nada esclarecer, apostar na apatia cidadã

Helena Garrido
Estamos a desperdiçar uma oportunidade de salvar o Estado Social. Tantos casos em que os serviços públicos falham são um alerta. Há pior que a troika.

Mário Amorim Lopes
Não há evidência que suporte reverter o modelo de PPPs em Saúde, restando o mero preconceito ideológico. Ora basear políticas públicas em preconceitos ideológicos não garante a saúde da população.

Paulo Tunhas
Pesam-se os tempos, e os tempos são maus. Às vezes olha-se à volta e só se vêem personagens menores dedicados à impostura. O enredo é menor, a arte menor e o fim só pode ser, coerentemente, menor.
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