sábado, 13 de janeiro de 2018

ATITUDE COVARDE DO PRESIDENTE DA JUNTA!... E FALTA DE RESPEITO PELAS ASSOCIAÇÕES…

Com pedido para publicação o Litoral Centro recebeu o texto que se segue, assistindo ao visado o direito de resposta. NR

No dia 09-01-2018 recebemos um E-mail da Junta de Freguesia do seguinte teor:
Marcação de Reunião - Apresentação do Executivo da Freguesia da Gafanha da Nazaré - “serve o presente e-mail, para solicitar uma reunião, cujo o assunto será a apresentação do Novo Executivo da Freguesia da Gafanha da Nazaré à ADIG e Associação Náutica e Recreativa da Gafanha da Nazaré”.
Seguia uma lista das datas disponíveis. Depois de falar com os associados das duas colectividades propusemos a data de 12, às 18H00, que foi confirmada pela Junta de Freguesia.
Mais tarde, recebemos um telefonema referindo que a reunião seria na nossa Sede. Embora admirados, pois tratava-se de duas Associações, embora com o mesmo Presidente, aceitámos e optámos por reunir na Sede da Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha, o que comunicámos à Junta.
Às 18H00 desta sexta, dia 12, membros das duas Associações esperavam pelo “Novo Executivo da Freguesia da Gafanha da Nazaré”.
Qual o nosso espanto quando se apresentaram os elementos da Junta de Freguesia, mas não existia Presidente.
Só uma atitude podíamos tomar: cancelámos a reunião…
Senhor Presidente da Junta: convidar alguém para uma reunião e não aparecer, só pode ser entendido como COVARDIA, medo de enfrentar os convidados e FALTA DE RESPEITO por duas Associações das mais antigas da Gafanha da Nazaré.

O senhor continua a considerar a ADIG (e neste caso também a Associação Náutica e Recreativa) como oposição, quando o que pretendemos é fazer parte da solução dos problemas da nossa Terra. A corroborar esta nossa atitude é que sempre damos conhecimento escrito de todos os problemas que detetamos na nossa Gafanha.
Deixe de ser COVARDE e tenha a hombridade de discutir os problemas frente a frente, pelo menos quando somos seus convidados!...

HRocha

Eu, Psicóloga | Você dorme mal? Sete perguntas para saber o que se passa




Há períodos em que custamos a pegar no sono, acordamos no meio da noite ou acordamos cedo demais. Mas quando o problema se torna crônico, os efeitos sobre a saúde das noites em claro se agravam, refletindo-se numa queda da concentração e da qualidade de vida e do trabalho. Paralelamente, há um aumento do risco de depressão, ansiedade e outros tipos de transtornos psicológicos. Mas a partir de que momento a insônia transitória se torna crônica.

A dificuldade para dormir aflige muitas pessoas, tornando o fato de cair no sono algo muitas vezes tortuoso e angustiante. Muitos até conseguem pegar no sono, mas acordam rapidamente, não conseguindo manter o sono por muito tempo.

Juan José Ortega, neurofisiologista clínico, diretor da Unidade de Sono do Hospital Geral de Castellón (Espanha) e vice-presidente da Sociedade Espanhola do Sono (SES), conta quais tipos de insônia existem e suas causas mais comuns. E quando convém consultar um especialista.

O comportamento das pessoas dificulta a preservação de um sono saudável. Comer muito é prejudicial à saúde de modo geral, mas comer excessivamente à noite sobrecarrega o organismo e atrapalha o sono. Ingerir bebidas alcoólicas antes de dormir pode levar a pessoa a roncar mais e, dessa forma, a perder parte do sono profundo.

Quantas horas você dorme? 

O aspecto quantitativo é importante, mas não definitivo. A média de horas de sono na população espanhola é de 7,1 horas por dia, mas cada pessoa tem suas próprias necessidades, que além disso vão mudando conforme a idade. “Tem gente que precisa de oito ou nove horas, e outros que só dormem cinco. Se quem dorme pouco se sentir bem no dia seguinte, então não é insônia”, esclarece Ortega. Outra coisa é se as horas habituais de sono diminuírem repentinamente de forma drástica.

Você acorda cansado? 

O normal é que a inércia do sono, essa fase em que já nos levantamos, mas ainda estamos sonolentos, dure 10 ou 15 minutos, o que se demora para entrar no banho. Quem acorda se sentindo quase tão cansado quanto foi dormir tem razões para suspeitar de que sofre de insônia ou de algum transtorno do sono, mesmo se tiver dormido nove horas.

Você tem certeza de que dormiu mal? 

Existe também o que os especialistas em medicina do sono chamam de insônia paradoxal, que na verdade é uma má percepção do paciente. “Há pessoas que na verdade dormem bem e funcionam perfeitamente durante o dia, mas acordam algumas vezes durante a noite e acreditam que dormem mal”, explica o neurofisiologista.

Transformar o quarto de dormir num local de estimulação dos sentidos é igualmente prejudicial, já que contribui para a intensa atividade cerebral. Estamos falando aqui de assistir televisão, usar computador, telefone celular ou tablet em horários em que já deveríamos começar a nos preparar para dormir – e no local que deveria ser propício ao sono. Deixar o quarto de dormir sujo ou desorganizado como se fosse um depósito de coisas (úteis ou inúteis) também dificulta a entrada no estado de sonolência. Precisamos, dessa forma, adotar uma atitude positiva e respeitosa em relação ao sono, a fim de obtermos o revigoramento necessário para uma vida saudável.

Há alguma causa médica que o impede de dormir? 

Você pode ter uma insônia secundária quando a falta de descanso é sintoma ou efeito secundário de algum outro problema — desde uma dor no joelho até uma infecção, passando por transtornos psicológicos como a ansiedade e a depressão.

Você acorda frequentemente durante a noite? 

As causas podem ser várias, mas você pode estar sofrendo, como 4% a 6 % da população, de um dos transtornos do sono mais comuns: a apneia, pausas repetitivas na respiração que chegam a se repetir entre 40 e 60 vezes durante uma noite. “O cérebro não descansa bem, e ocorre um sono fragmentado, que causa cansaço e sonolência. Além disso, é uma tempestade do ponto de vista cardiocirculatório, porque os vasos se fecham, causando uma redução da pressão arterial e da oxigenação.” Além do cansaço, outras pistas para identificar esse problema são despertar com dor de cabeça, com a boca seca e com dificuldade para engolir.

Há algo que lhe preocupa? “Todo mundo já sofreu uma insônia aguda alguma vez”, afirma Ortega. Quando a impossibilidade de pegar no sono está ligada à incapacidade de relaxar, trata-se de uma insônia psicofisiológica. “Costuma ter um desencadeante pontual, de caráter emocional”, explica o especialista. Quando não dormir vira uma inquietação, a profecia se cumpre por si só — a pessoa de fato não dorme, correndo o risco de cair num círculo vicioso, pois no dia seguinte a pessoa estará cansada e preocupada em passar mais uma noite em claro. Dormir mal de vez em quando não é muito preocupante, embora nosso cansaço aumente e a atenção decaia. O cérebro costuma cobrar o déficit de sono quando pode, afirma Ortega.

Quantas vezes isso acontece? Se as noites ruins, quaisquer que sejam motivo, ocorrem mais de três vezes por semana durante vários meses, o paciente sofre de insônia crônica. Nesses casos, é preciso consultar um médico para “dar nome” ao problema, como diz Ortega, e poder tratá-lo. Nas unidades do sono como a que ele coordena existem especialistas de várias disciplinas — pneumologistas, cirurgiões maxilofaciais, psiquiatras, psicólogos, neurologistas etc. —, capazes de abordar o problema segundo suas causas.

Os transtornos emocionais são causas mais graves. Problemas como depressão, ansiedade ou transtorno do estresse pós-traumático demandam cuidados específicos. Há também os transtornos neurológicos que dificultam o processo de dormir, como a Doença de Parkinson e a Doença de Alzheimer. Essas condições demandam tratamentos específicos.
Dentre as condições clínicas tidas como mais comuns nos casos de insônias, destacam-se: AVC, asma, dificuldade de respiração, menopausa, hiperatividade cerebral e até transtornos gastrointestinais, como a azia.

Situações do dia-a-dia e fatores externos também podem afetar a qualidade do sono e trazer dificuldades para a pessoa dormir. Medicamentos, estresse, atividades realizadas no cotidiano, barulhos e sons e certos hábitos alimentares podem contribuir negativamente na hora de dormir.


COMO SAIR DA INSÔNIA

A primeira coisa para tentar superar a insônia é ter uma boa higiene do sono. Algumas medidas básicas são não comer demais no jantar, não fazer exercícios físicos no finalzinho da tarde, não consumir álcool ou outras substâncias, tomar uma ducha à noite e criar um ambiente relaxado, propício para dormir.
Com a terapia cognitivo-comportamental, recomendada para a insônia psicofisiológica, “ajuda-se o paciente a compreender que não se pode antecipar o medo de ir dormir, e são ensinadas técnicas de relaxamento para controlar e evitar pensamentos intrusivos”, explica Ortega. Segundo a Sociedade Espanhola de Neurologia, isso pode resolver 70% dos casos.
Só em casos muito agudos os especialistas podem recomendar medicamentos hipnóticos. Mas, segundo Ortega, seu uso nunca deve superar três ou quatro semanas, porque eles produzem dependência e tolerância, além de não proporcionarem um sono de qualidade.

Subsídio à Raríssimas foi proposto por militante do CDS

Parecer favorável de Ana Clara Birrento, que era presidente de instituto da tutela, na base do apoio de 150 mil euros

António Carlos Monteiro, deputado do CDS-PP, mostra uma foto do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, durante a audição na Comissão de Trabalho e Segurança Social sobre a situação na Associação Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras na Assembleia da República, em Lisboa, 18 de dezembro de 2017. 
O apoio financeiro atribuído à Raríssimas no valor de 150 mil euros, em agosto de 2016, foi despachado pelo ministro Vieira da Silva com um "parecer favorável da presidente do ISS [Instituto de Segurança Social] I.P., dra. Ana Clara Birrento", que é militante do CDS e foi candidata centrista nas europeias de 2014 e nas autárquicas de 2017.

Esta é uma das respostas dadas pelo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ao grupo parlamentar do CDS, depois dos centristas terem questionado "aparentes privilégios" dados por Vieira da Silva à associação de que fez parte no passado (foi vice-presidente da assembleia geral da Raríssimas, antes de ir para o governo).

O ministro responde que o pedido de subsídio "seguiu todos os trâmites e procedimentos associados à concessão destes apoios" e "foi atribuído nos termos propostos pelo ISS, I.P.". Na resposta acrescenta-se que houve um "parecer favorável do Conselho Diretivo do Instituto de Segurança Social I.P. à data presidido pela dra. Ana Clara Birrento, e encontrava-se instruído com parecer técnico favorável dos serviços competentes daquele instituto".

A farpa está dada: Ana Clara Birrento é militante do CDS desde 1974 e foi indicada pela tutela (era então ministro o centrista Pedro Mota Soares) para diretora da Segurança Social de Setúbal em 2011 e depois em 2014 para presidente do Conselho Directivo do Instituto da Segurança Social, onde esteve até 2016. Pelo meio foi candidata na coligação PSD/CDS às europeias de 2014 e no ano passado foi cabeça de lista dos centristas à Câmara de Setúbal.

A proposta do ISS é de 11 de fevereiro de 2016 e é acompanhada de vários pareceres técnicos. Como o processo seguiu os seus "trâmites", Vieira da Silva recusa que houvesse algum "impedimento legal" para pedir "escusa na decisão e assinatura deste apoio", como lhe apontou o CDS. "Não existia nenhum impedimento legal para tal", assegura, remetendo de novo para o processo "devidamente instruído" e "suportado num parecer favorável da presidente do ISS I.P., dra. Ana Clara Birrento".

O ministro reitera que o seu gabinete só teve conhecimento de uma primeira denúncia da FEDRA-Federação das Doenças Raras de Portugal, "apenas na sequência da reportagem da TVI e das questões colocadas pelos jornalistas daquela estação de televisão", "uma vez que a mesma tinha sido remetida diretamente ao Centro Distrital de Segurança Social de Lisboa em janeiro de 2017". Daí seguiu para o Instituto Nacional para a Reabilitação, onde foi avaliada.

Por fim, outra revelação de Vieira da Silva: o ministro assinou um papel numa associação sueca que estabeleceu um protocolo com a Raríssimas. Foi só um "autógrafo como ato de boa sorte" para a Agrenska, explicou.

Fonte: DN

Entre lá e cá, muita diferença há

Péricles Capanema
China comunista
Em fins de 2017, Malcom Turnbull, primeiro-ministro da Austrália, denunciou o óbvio, calado pela imensa maioria dos dirigentes contemporâneos. Dos políticos brasileiros no governo, então, nenhuma exceção, o silêncio é total sobre matéria que tem por dever tomar posição. Preocupa ainda o mutismo de setores com responsabilidade institucional relativa à independência e segurança nacionais.

Aliás, já tratei desse óbvio algumas vezes, a primeira em 15 de dezembro de 2015 (Desnacionalização suicida); versava sobre a expansão imperialista da China comunista, no Brasil, em especial pela compra de amazônicos ativos por estatais chinesas. Naquela ocasião, observei:

“Na década de 70 foi usual a palavra finlandização.

A Finlândia havia perdido mais de 10% de seu território para a Rússia, quase 20% de seu parque industrial e, pelo temor do vizinho ameaçador e poderoso, acertava sempre o passo com Moscou, não importava o que fizessem os tiranos comunistas. Aquele antigo e civilizado país, formalmente soberano, de fato padecia uma forma larvada de protetorado.

[…] Com a enorme e cada vez maior presença econômica do Estado chinês entre nós, chegará o dia em que o país, em numerosos assuntos internos, vai ter diante de si potência mundial imperialista. […] Está em curso entre nós um processo que vai levar à perda efetiva da soberania nacional. No fundo do horizonte, terrível perspectiva, nos espera o protetorado envergonhado, mesmo que cuidadosamente disfarçado”.

Agora tenho companhia para gritar comigo, uma delas, a maior autoridade de um dos grandes países do mundo. Que sua advertência sirva de exemplo para nós aqui no Brasil e alhures. Tinham endereço certo as palavras do político australiano sobre “tentativas sem precedentes e crescentemente sofisticadas para influenciar o processo político”.

Referiu-se ainda a “inquietadores informes sobre a influência chinesa”. Estava claro, os relatórios preocupantes tinham origem nos serviços de inteligência do País. Não espanta, pois, que Feng, professor de estudos chineses em Sidney, tenha constatado, mais de 90% das dezenas de grupos da comunidade chinesa no país são controlados por Pequim.

No Japão, Michael Danby, deputado no Parlamento australiano, ecoou as advertências de Tornbull. Fez duro discurso contra o perigo chinês não apenas na Austrália, mas em todo o Sudeste asiático e no Pacífico em geral. Acusou a China de estar agindo como um novo Komintern (a antiga internacional comunista), com presença crescente na economia e na política.

Afirmou ainda que tais esforços são parte da estratégia do PC chinês de “competir com os Estados Unidos globalmente”. Nesse contexto, políticos no Parlamento da Down Under trabalham para aprovar legislação que dificulte a ação imperialista da China na Austrália.

Não é diferente a situação na Nova Zelândia. Cresce ali a consciência do perigo, mas, de outro lado, é generalizada a impressão, o governo já não tem liberdade inteira para agir em defesa dos interesses do País diante da presença intimidante e (vamos usar a palavra precisa) chantageadora da China.

A professora Anne-Maria Brady da Universidade de Canterbury, das mais ativas na denúncia da ameaça chinesa, julga que o governo já concordou, quando nada tacitamente, na aplicação de uma política comum que ela intitula “de não surpresas”. Eventuais advertências sobre a ingerência chinesa serão sempre expressas privadamente.

Exemplo desse fato, nos últimos meses os serviços de inteligência da Austrália e da Nova Zelândia advertiram os dois governos sobre a crescente e preocupante intromissão chinesa nos assuntos internos dos dois países.

A ASIO (Australian Security Intelligence Organisation, em português, Organização Australiana de Inteligência de Segurança) colocou em seu relatório anual destinado ao Parlamento que governos estrangeiros tentam influir abusivamente no país representando “ameaça para nossa soberania, integridade das instituições nacionais e exercício dos direitos dos cidadãos”.

Em outubro último, Duncan Lewis, chefe da ASIO, advertiu parlamentares australianos que é necessário estar “muito consciente das possibilidades de interferência estrangeira em nossas universidades”.

Um dado revelador, a Dollars and Democracy Database da Escola de Direito de Melbourne pesquisou, 80% das doações na Austrália para campanhas políticas dos dois grandes partidos provenientes do exterior entre 2000 e 2016 tiveram como origem a China comunista.

Relatórios cobrindo a imprensa, o mundo dos negócios e as universidades constatam a mesma busca de predomínio. Setores na Austrália se alarmam e gritam. Na Nova Zelândia, com situação semelhante, mutismo total na classe política. Não parecem ser os primeiros sintomas do que chamei acima “protetorado envergonhado, mesmo que cuidadosamente disfarçado”? Finlandização.

A situação da Nova Zelândia levanta gravíssimo problema para a segurança do Ocidente. Cinco países de língua inglesa, aliados especialmente próximos, Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Austrália e Nova Zelândia compartilham dados de seus serviços de inteligência (a chamada Five Eyes Intelligence). Se a Nova Zelândia permitir a crescente ingerência chinesa em alto nível, poderá ser impelida a compartilhar dados sensíveis com a China, parte dos quais recebidos dos outros quatro.

Transformar-se-á no que em inglês se chama o soft belly (ventre mole). A carapaça cobre todo o jacaré, menos o ventre, vulnerável às flechas. Por ali é facilmente morto. Continuará a existir a confiança entre os cinco? Ou a prudência daqui a pouco comandará atitude diversa?

Poderia continuar indefinidamente historiando fatos na Nova Zelândia e Austrália que reverberam no Congresso dos Estados Unidos e provocam faíscas na Inglaterra e até na Alemanha. Mas preciso parar, falta espaço.

E é claro, a respeito de tudo isso, a China comunista ataca, atribuindo as reações à paranoia, ao macartismo e ao racismo. Dispõe de cartas importantes na manga: é o maior parceiro comercial da Austrália, o maior parceiro de bens com a Nova Zelândia e o segundo de serviços. Aliás, o mesmo vale para o Brasil.

Contudo, ainda transcrevo pequena parte do há pouco divulgado estudo feito pelo Eurasia Group para 2018 (está na rede), em geral considerado o mais importante instituto de análise de riscos.

Assinala: “O modelo político da China agora está tão vigoroso como nunca antes — numa ocasião em que o modelo político dos Estados Unidos está enfraquecido”. Continua: “A China está assinando cheques e criando uma estrutura global de poder, enquanto outros estão pensando bilateralmente ou localmente.

O modelo gera interesse e imitadores, com governos na Ásia, África, Oriente Médio, América Latina, atendendo mais as preferências de Pequim. Desde 2008, observamos uma erosão gradual da percepção global sobre a capacidade de atrair das democracias liberais do Ocidente. Agora existe uma alternativa viável. Aqui está o maior risco de 2018”.

Lá. No geral, a Austrália toma medidas sérias, são feitas reuniões no Congresso dos Estados Unidos para tratar do assunto. Um dos mais importantes institutos de análises de riscos coloca a ascensão da China como o maior risco de 2018.

Cá. No Brasil, muitos gabarão os investimentos chineses (mutismo sobre o comando deles por governo e Partido Comunista chinês). Serão comuns hosanas à habilidade de nossos diplomatas, governo e empresários no fortalecimento dos laços comerciais com a China. Nada ou quase nada se encontrará sobre a cautela que toma a Ásia, setores da Alemanha e dos Estados Unidos.

As muitas diferenças entre lá e cá não nos lisonjeiam. Na cara, sintomas de despertar. Na coroa, superficialidade, cegueira e desleixo; deixo de lado cumplicidades eventuais.

Há mais. Terminava o artigo, abri o jornal “O Estado de S. Paulo”. À página dois, Sérgio Amaral, embaixador em Washington, “em caráter pessoal”, trata da volta do mundo bipolar — agora Estados Unidos versus China. Fecha o artigo assim: “Em seguida [a China] expandiu-se pela África e agora avança pela América Latina, como ilustra a magnitude dos investimentos chineses na região”.

Grande passo. Tomara o nosso embaixador, na principal capital do mundo, por fim, enxergue o óbvio.

Fonte: ABIM

Hora de Fecho: Ainda há rendas “normais” em Lisboa? Sim

Logo Observador

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
Uma viu uma casa sem sanita, outra um apartamento onde dava para estar na casa de banho a fazer o jantar. No fim, tudo acabou bem. Que é como quem diz, em casas habitáveis, com rendas ditas "normais".
Os militantes do PSD estão a escolher o novo líder. Passos Coelho já votou e recusou fazer vaticínios sobre quanto tempo pode durar a nova liderança: "Ninguém pode dizer com segurança isso".
Cinco ações, dois voos, milhares de quilómetros, mas apenas três distritos. E todos a norte. Nos últimos dois dias, Santana e Rio foram onde havia mais votos. O Observador também.
Ana Catarina Mendes, diz que o partido "mantém todas as suas posições em relação à substância do diploma” que Marcelo vetou. António Costa diz que "não é uma afronta a ninguém".
Foi o gestor mais bem pago no Estado e o que durou mais tempo. Contratar Fernando Pinto em 2000 foi uma das decisões políticas complicadas de que mais se orgulha Jorge Coelho. Na TAP nada ficou igual.
Para defenderem as suas propostas BE, PAN e PCP enumeram uma série de benefícios associados à utilização de canábis, mas muitas dessas aplicações ainda não foram demonstradas em humanos. Fact check.
Em semana de glória para o treinador Lito Vidigal, almoçámos com o irmão Luís (mais o sobrinho David) e o resultado é uma salada irrepetível de Edmundo, Sá Pinto, Materazzi, Pauleta e Schmeichel.
Chelsea conseguiu (finalmente) aprovar na câmara de Londres, em 2017, o projeto de remodelação de Stamford Bridge. Até aqui, tudo certo. Até que apareceu a família Crosthwaites e o caso mudou...
Pela primeira vez, mulheres puderam entrar num estádio de futebol para ver um jogo. Mas a medida ainda só se aplica a três estádios do país, onde há secções especiais para mulheres.
Um mês antes das eleições de 2016, um advogado de Trump tratou de um pagamento de 130 mil dólares à atriz Stephanie Clifford para que ela não revelasse um encontro sexual com Trump.
Quando Tom Cruise persegue os vilões ou Marilyn endireita o vestido, o que acontece para lá das câmaras que gravam os filmes? Eis as imagens dos bastidores quando se grita "Ação!" em Hollywood. 
Opinião

Alberto Gonçalves
A proximidade às mesas dos restaurantes onde se distribuem prebendas do Estado não equivale a “ter mundo”. Pequenino e comum ao dr. Santana, ao dr. Rio e a Portugal inteiro é um mundo que dá pena.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Graças a Deus, no nosso país não constam clérigos com relevância eclesial, ou presença significativa nos meios de comunicação social, que publicamente sejam críticos do Papa Francisco.

Rui Ramos
O PSD tem de decidir qual é mais arriscado: se apostar nos que cometeram erros em 2004, ou se confiar nos que parecem preparar-se para cometer erros do mesmo tipo em 2019. 

José Manuel Fernandes
Porque é que em Portugal, e em especial no PSD, poucos têm a frontalidade de defenderem o que pensam só porque julgam que isso não é conveniente, não é popular ou ofende a brigada dos bons costumes?

Maria João Avillez
Quem como eu testemunhou “in loco” o melhor do país sentado no hemiciclo de S. Bento em 1975 não pode deixar de tropeçar hoje numa abissal diferença de almas e procedimentos.
Mais pessoas vão gostar da Hora de fecho. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
©2017 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa

O que não faz falta é animar Malta e Leeuwarden – mas faz-nos falta comer algas

P
 
 
Fugas
 
 
  Sandra Silva Costa  
Já falta pouco para serem coroadas as Capitais Europeias da Cultura deste 2018. Malta, ilha do Mediterrâneo, carrega no próximo sábado no botão on e, até Dezembro, faz a festa, com especial enfoque na capital, La Valletta – e há espectáculos para todos os gostos, centrados essencialmente em redor de quatro praças míticas. Leeuwarden, na Frísia, Holanda, ainda tem mais uma semana para afinar cada detalhe, para que nada falhe. O Sousa Ribeiro, rapaz abispado, foi à frente e hoje explora alguns dos pontos da programação cultural de ambas as cidades que vale a pena acompanhar. Isto tudo, claro, com outras sugestões de passeios para dar em La Valletta e Leeuwarden e arredores. O resultado das suas deambulações está aqui e aqui. É apontar a bússola e seguir viagem.
Quem também seguiu viagem, mas cá dentro, foi a Rute Barbedo que, em plena época baixa, com cheiro a Inverno, se fez à estrada até Fornos de Algodres. Não é, de todo, o destino mais óbvio, mas é sobretudo por isso que tem mesmo que ler o que ela nos diz. Só um cheirinho, para abrir o apetite: esta história tem antas e dólmenes, caminhadas sem gente e tempo para “partir nozes, trincar medronhos e engordar de queijos”. Chega para o convencer a entrar?
Ricardo Oliveira, o nosso protagonista da semana, convidou o Luís Octávio Costa para entrar em sua casa. E ele aceitou. A casa de Ricardo é um barco, chama-se Mathilda e está atracado na Douro Marina, em Vila Nova de Gaia, desde Junho de 2016. “A liberdade que dá viver num barco…” E mais não se diz, o resto é para ler
Entremos agora por outras águas, ou melhor, algas. A Alexandra Prado Coelho esteve nos Açores, numa aula, no meio das rochas, dada por cinco especialistas em algas de várias universidades portuguesas. Também houve um jantar inspirado nelas, a propósito do lançamento do projecto Go Foodies, que junta gastronomia e ciência. O que há de mais importante a reter é isto: as algas “têm uma função na regulação dos lípidos e do colesterol, na prevenção das doenças cardiovasculares". "E têm 35% de proteína. Não faz sentido que sejam a base da nossa alimentação, mas podem facilmente ser integradas nela, como um vegetal”, diz Ricardo Melo, um dos cientistas. Posto isto, vai um crème brûlée com erva-patinha?
Ou será que prefere antes um vermute? Aceite o convite do Luís Octávio Costa, que foi conhecer a Vermuteria da Baixa, no Porto, onde, para além da bebida-rainha, ainda experimentou alguma da finger food disponível, entre focaccias e piadinas. Venha daí, este copo é por nossa conta.
Está tudo dito por hoje. Eu volto no próximo sábado, mais ou menos à mesma hora. Mas já sabe: por aqui temos sempre novidades para si. Boas viagens!

Vale a pena voltar aqui



O livro que mostra “recantos mágicos” de Portugal

__________________________________


As sessões de colheitas de sangue a realizar no mês de Janeiro vão decorrer na seguinte data e horário:
-Dias 17, 24 e 31 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras), ainda nos Dias 20 e 27 das 9 horas às 13 horas (Sábados) no Posto Fixo localizado no Mercado Municipal de Santiago, 1º. Piso em Aveiro, Rua de Ovar, Coordenadas GPS: N 40.62659 - W -8.65133.
Os interessados em aderir à dádiva devem fazer-se acompanhar do Cartão de Cidadão para facilitar a inscrição ou do Cartão de Nacional de Dador de sangue.

Apresentação do Mapa de Sessões de Colheitas de Sangue a realizar no ano de 2018 no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro

Todas as formas de divulgação possíveis são bem-vindas!

Governo promete bombeiros de intervenção permanente em todo o continente até 2020

Resultado de imagem para Governo promete bombeiros de intervenção permanente em todo o continente até 2020
O Governo pretende ter “em inícios de 2020 equipas de intervenção permanente todos os municípios do continente”, afirmou hoje Eduardo Cabrita, comprometendo-se a criar já este ano 40 equipas, a somar às 166 que já existem.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, assumiu hoje dez compromissos com os bombeiros portugueses, entre os quais a criação, até 2020, de equipas de intervenção permanente em todos os concelhos do continente.
O Governo pretende ter “em inícios de 2020 equipas de intervenção permanente todos os municípios do continente”, afirmou hoje Eduardo Cabrita, comprometendo-se a criar já este ano 40 equipas, a somar às 166 que já existem.
O compromisso foi um dos dez assumidos hoje pelo governante com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP], nas Caldas da Rainha, onde foi empossado o presidente reeleito, Jaime Marta Soares.
Num “novo tempo para a proteção civil e a segurança”, o ministro assumiu a Liga como “parceiro estratégico no aprofundamento de uma reforma da proteção civil” comprometendo-se a ouvi-la “atempadamente” relativamente a todos os documentos estratégicos.
A LBP vai ser ouvida sobre a nova “figura diretiva operacional única de prevenção e de combate” que está a ser preparada “até ao final de março”, afirmou durante a cerimónia.
Mas, questionado pelos jornalistas, não se comprometeu com a criação de um comando nacional autónomo para os bombeiros [uma das reivindicações da LBP], remetendo também para março essa decisão.
“A estrutura da Proteção Civil exige uma estrutura clara de comando em que os bombeiros serão inseridos e serão uma componente essencial”, afirmou Eduardo Cabrita, recusando, no entanto, “antecipar um debate que será feito até março”.
O compromisso do ministro é de que a Liga participará nas “estruturas consultivas” dos órgãos de proteção civil e que passarão a contar com um oficial de ligação à estrutura da proteção civil.
A LBP será ainda ouvida na definição das prioridades na área de risco para o próximo quadro comunitário Portugal 2030 e “acompanhará a definição, em Bruxelas, do quadro de mecanismo europeu de resposta a grandes incêndios florestais, inundações, epidemias ou acidentes químico-industriais”, acrescentou Eduardo Cabrita.
O governante comprometeu-se ainda a reformar a escola nacional de bombeiros e a definir até ao final do semestre as condições do cartão nacional de bombeiro.
Compromissos que Jaime Marta Soares considerou um sinal de “diálogo franco e aberto na procura de soluções” para responder às propostas apresentadas pela Liga, esperando que possa estar a abrir-se “um novo caminho que possa vir a dar os seus frutos”, declarou aos jornalistas.
Fonte: Jornal Económico/Lusa

DESIGN | A australiana que aos 19 anos desenhou um negócio de mil milhões

Melanie Perkins democratizou o design gráfico e criou e preside à única startup australiana avaliada em mil milhões de dólares.

Cliff Obrecht, Melanie Perkins e Cameron Adams, co-fundadores da Canva
A ideia nasceu em 2007. Melanie Perkins, uma estudante de 19 anos, aluna do curso de comunicação e comércio, estava na sala de estar da casa da sua mãe, em Perth, na Austrália.

Hoje, Melanie é a presidente executiva da única startup tecnológica australiana a valer mil milhões de dólares (860 milhões de euros). É talvez a mais jovem presidente executiva a liderar uma empresa unicórnio. Poucas tecnológicas australianas atingiram uma escala semelhante.

A ideia sonhada por Melanie dá pelo nome de Canva e consiste numa aplicação de design gráfico que ajuda anunciantes e empresas a criar anúncios, logótipos e apresentações. Na semana passada, a empresa co-fundada por Melanie, fechou uma nova ronda de financiamento, desta vez de 40 milhões de dólares (cerca de 33 milhões de euros). 
A Canva tornou-se na única empresa unicórnio da Austrália. Participaram na ronda de financiamento a Sequoia Capital, a Blackbird Ventures e a Felicis Ventures.
 E a empresa nem sequer precisava de dinheiro já que é rentável, mas Melanie afirmou à Bloomberg que “era uma loucura não aceitar” já que as condições eram demasiado boas para recuar. 

Decisão arriscada 

O ponto de viragem na vida de Melanie surgiu quando, então com 22 anos, decidiu arriscar. Deixou para trás a faculdade e apanhou um avião para Palo Alto, na Califórnia para apresentar a sua ideia a um famoso investidor em tecnologia: Bill Tai. 
Para tentar convencê-lo a investir na sua ideia para um site de design gráfico, Melanie decidiu seguir uma estratégia arriscada. Tinha lido que, para se impressionar alguém, se deve copiar a sua linguagem corporal. Decidiu então testar a teoria. 
“Foi muito engraçado”, disse Melanie, agora com 30 anos, à BBC. “Ele estava sentado com um braço atrás da cadeira, a comer o seu almoço”. “Então, eu estou ali, com um meu braço atrás da minha cadeira, a tentar comer o meu almoço, enquanto ia avançando as páginas na minha apresentação… para lhe vender o futuro das publicações”. 
E para Melanie, o “futuro das publicações” baseava-se na ideia de democratizar o design, permitindo que qualquer pessoa possa facilmente desenhar tudo, desde posters, sites na internet, calendários e cartões. 
Para sorte de Melanie, Bill Tai não pareceu notar que ela o estava a imitar. Contudo, também não parecia estar interessado em investir na sua ideia. 
“Eu pensei que ele não estava nada a gostar da minha apresentação porque ele estava ocupado com o seu telemóvel durante o tempo todo”, disse Melanie. 
Mas a sorte sorriu à jovem australiana. Bill Tai estava impressionado o suficiente para a apresentar a uma rede de outros investidores, engenheiros e programadores de Silicon Valley. No final, o próprio Tai acabou por investir no negócio de Melanie. Melanie acabou a Canva em 2014 com Cliff Obrecht e Cameron Adams. Melanie e Cliff tinham antes já cofundado a Fusion Books, uma ferramenta online para criação de anuários escolares. Adams era o cofundador da área de tecnologia e hoje é o administrador responsável pelos produtos da empresa. 
A Canva tem 10 milhões de utilizadores em 179 países e a cada segundo são criados 10 designs através do seu site. No próximo ano, a startup planeia duplicar o seu número de funcionários para 500. 

Fonte: Dinheiro Vivo