Hoje, já não se comemora um pouco por todo o lado o Dia Mundial do Dador de Sangue à semelhança do que acontecia no passado recente. Nem sequer o Dia Nacional do Dador a 27 de Março.
O modelo que foi introduzido só contribuiu para a distanciação dos dadores, e por sua vez da maioria das associações. Os responsáveis pela situação que se chegou, andam por ai a dar palmadinhas nas costas dos dadores, apertos de mãos, fingindo que estão do seu lado, enganando-os e servindo-se deles para atingir objectivos pessoais.
O cinismo, as traições, as inimizades, as difamações, os ataques e ameaças entre dirigentes associativos passaram a ser o pão-nosso de cada dia. O Senhor Presidente do Conselho Directivo do IPST tem conhecimento do que se está a passar. De concreto o que tem feito para limpar o terreno?
Pronuncio-me na qualidade dador de sangue, e de fundador da Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro – ADASCA (ainda em funções, cuja opinião não veicula a dos meus colegas dos órgãos sociais que vai a votos amanhã junto da Sede da ADASCA), é meramente pessoal.
É normal que cada vez se verifique menos a presença de dadores nos locais de colheitas. A culpa não é dos próprios, nem de algumas associações, sim, pela forma como são tratados no Serviço Nacional de Saúde – SNS, sem que o IPST e seus Centros Regionais fiquem isentos de responsabilidades. Os dadores passaram a ser considerados como elementos de custo/beneficio, o que tem motivado o cancelamento de brigadas e não ao agendamento de outras, pelo menos é o que tem acontecido em relação à ADASCA.
Como se justifica a existência de duas federações de dadores, num País tão pequeno como o nosso, com a agravante de serem financiadas pelo ISPT? A sua existência, só alimenta ainda mais o divisionismo associativo, e a razão de ser dos ataques que acima me referi.
J. Carlos
Director
Adenda:
Quanto à mensagem dirigida aos dadores
Estamos perante uma mensagem prudente, conscienciosa, dando a entender que está tudo bem, quando não está. O IPST optou por marginalizar a associação de Aveiro, quando nem sequer responde aos e-mails que lhe são enviados, contendo questões como estas que se seguem:
Exma. Sra. Dra. Isabel Lobo
Directora do CST de Coimbra
Considerando que, a ADASCA tem sido confrontada com algumas dificuldades em agendar mais brigadas, a pedido de algumas empresas, vimos procurar saber junto de V. Exa. o seguinte:
- Justifica-se ou não agendar mais brigadas, mesmo que estas possam reunir jovens candidatos à dádiva de sangue pela primeira vez, e que trabalham nas empresas que nos têm contactado?
- Confirma-se ou não a necessidade de aumentar as reservas de sangue, com a chegada do Verão vs. Férias grandes?
- Por fim, amanhã vamos reunir com uma direcção de recursos humanos de determinada empresa, que emprega umas dezenas de funcionários, que garantias podemos dar para realizar uma brigada?
Face ao exposto, estamos atentos ao que vai ser dito aos dadores de sangue no âmbito da comemoração do Dia Mundial do Dador de Sangue.
Esperamos que dê certo com o que acontece no terreno, mais não seja na área de Aveiro, por onde as coisas andam mal...
Em nome da Direcção da ADASCA aceite os meus cumprimentos,
Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
TM: 964 470 432
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O mote da campanha do Dia Mundial do Dador de Sangue, que se assinala na sexta-feira, é "Sangue seguro para todos" e visa agradecer aos dadores e reconhecer este "gesto ímpar de solidariedade".
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) apelou esta quarta-feira aos portugueses para assinalarem o Dia Mundial do Dador de Sangue, que se comemora na sexta-feira, com uma “dádiva de sangue”.
“A efeméride pode ser assinalada de forma singela mas com muito significado, com uma dádiva de sangue”, afirma o IPST em comunicado, lembrando que a autossuficiência em componentes sanguíneos é essencial para “uma boa prestação de cuidados de saúde”.
Lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o mote da campanha deste ano do Dia Mundial do Dador de Sangue, que se assinala na sexta-feira, é “Sangue seguro para todos” e visa agradecer aos dadores e reconhecer este “gesto ímpar de solidariedade”.
Nesse sentido, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) agradece “a todos aqueles que ao longo deste ano, através das suas dádivas voluntárias e altruístas de sangue ajudaram a salvar vidas”.
A data visa também “consciencializar toda a população saudável, entre os 18 e os 65 anos, para a necessidade de dádivas regulares, que permitam a todos receber os componentes sanguíneos de que necessitam, quando e onde precisam”, refere o instituto.
Na sexta-feira, os dadores podem dirigir-se aos Centros de Sangue e Transplantação de Lisboa, Porto e Coimbra, das 08h00 às 19h30, ou aos serviços hospitalares com serviço de colheita, bem como nas diversas sessões móveis de colheita que se realizam em todo o país.
Quem estiver interessado, pode obter mais informação no ‘site’ do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (www.ipst.pt).
Fonte: Observador