segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Baleia morre com bola de 100 quilos de lixo no estômago

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RTP
Um baleia deu à costa esta quinta-feira, na praia de Seilebost, no Reino Unido, com uma bola de lixo com redes de pesca, cordas, copos de plástico, mochilas e correias.
“Nós andamos pela praia todos os dias e eu levo sempre uma mochila comigo para apanhar o lixo”, diz um dos locais que encontrou a baleia morta. “Foi bastante triste e desesperante ver as redes de pesca e os pedaços de lixo a sair do seu estômago”.

Os membros da Scottish Marine Animal Stranding Scheme, uma organização que investiga mortes de baleias e golfinhos, dissecaram o corpo da baleia para tentar perceber qual a causa da sua morte.
Na sua página do Facebook, a organização colocou um comunicado onde declara que “o animal não se encontrava em más condições, embora seja plausível que a quantidade de lixo tenha contribuído para a sua morte. Contudo não encontrámos evidências de que o lixo tenha afetado ou obstruído os seus intestinos.”
“A quantidade de plástico que estava no estômago era enorme e isso deve ter comprometido a digestão, e esta morte serve para mostrar os perigos que a poluição marítima tem e aquilo que ela pode causar na vida marítima”.
O animal foi enterrado na praia onde foi encontrado pela guarda-costeira e pelos trabalhadores do Western Isles Council, que também ajudaram a examinar o corpo da baleia.
Segundo os dados da Scottish Marine Animal Stranding Scheme, os número de baleias e golfinhos que dão à costa sem vida tem aumentado nos últimos anos. Em 2004 foram reportados 204 casos e em 2018 o número aumentou para 930 casos.
Fonte/Foto: RTP

Convite - Sessão Esclarecimentos Apoios às Empresas - 9 de Dezembro

cid:image005.png@01D5A8F5.49435120A AEC – Associação Empresarial de Cantanhede vai realizar uma sessão de esclarecimentos no próximo dia 9 de dezembro, segunda feira, pelas 14h30 no Auditório da Biblioteca Municipal de Cantanhede, subordinada aos seguintes temas:
  • Apresentação do Programa FPME- Programa de Formação e Consultoria, e benefícios para as empresas – candidaturas em aberto.  
  • Apresentação das medidas de Apoio à Criação de Emprego: Estágios profissionais, o contrato emprego e o converte+.
Por questões de logística agradecemos confirmação em: https://forms.gle/JXy9tbJnnsSG9K2p8, ou  por telf 231 429185, ou email: geral@aec.pt .

Elisabete Pedro

Évora | Autarquia promove Natal Clássico 2019

A Câmara Municipal de Évora realiza mais uma edição do Natal Clássico. A programação estende-se por todo o mês de Dezembro e foi preparada em colaboração com diversas associações do Concelho.
O Natal Clássico 2019 integra um extenso conjunto de eventos culturais com enfoque nos tradicionais concertos de Natal, proporcionando espetáculos com temas alusivos à quadra. O Jardim de Natal, a decorrer na Praça 1.º de Maio entre os dias 13 e 22, é outro dos pontos altos de animação e de convívio para as famílias.
O Cante também tem o seu espaço com a iniciativa “Cante ao Menino”, agendada para a Igreja de Santo Antão, na Praça do Giraldo, no dia 21 (sábado), pelas 18h30, com o Grupo Coral Cantares de Évora como anfitrião das Vozes do Imaginário.
Concerto com Eskorzo na passagem de ano
Para a passagem de ano a Praça do Giraldo está já reservada para uma noite que se perspetiva de grande festa com os espanhóis Eskorzo, a partir das 22h30. Esta banda é oriunda de Granada e a sua sonoridade integra estilos tão diversos como a música latina, o rock, o ska, o funk e os ritmos africanos. Os Eskorzo são conhecidos pela sua energia contagiante em palco, garantindo um adeus vibrante a 2019. À meia-noite teremos fogo-de-artifício a dar as boas vindas a 2020.


















As alterações climáticas nos media em Portugal e Espanha


As notícias sobre as alterações climáticas publicadas em Portugal e Espanha privilegiam o discurso político ou técnico em detrimento da sociedade civil, conclui um estudo do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC).

Neste estudo, que teve como objetivo analisar a cobertura mediática ibérica sobre mudanças climáticas para discutir melhor a sua influência no envolvimento do público com o tema, foram examinadas perto de 500 notícias online (217 em Portugal e 232 em Espanha), publicadas em 2017 e 2018 em vários órgãos de comunicação social de âmbito nacional.

As notícias foram recolhidas através da base de dados do Google News e selecionadas por ordem de relevância dos meios, em quatro períodos temporais: fevereiro a março de 2017; junho a julho de 2017; outubro a novembro de 2017; fevereiro a março de 2018.

De um modo geral, nos dois países, as notícias «dão destaque aos discursos políticos ou técnicos, sobretudo às discussões entre os vários partidos políticos, negligenciando os discursos e comportamentos dos indivíduos. No caso de Portugal, por exemplo, das 217 notícias avaliadas, apenas 12 favorecem a sociedade civil», relata Neide Areia, autora do estudo já publicado na revista científica “Science of The Total Environment”.

Além disso, na sua grande maioria, as notícias «salientam framings alarmistas, por exemplo, o número de mortes ou a extinção em massa de espécies. Os jornalistas tendem a enquadrar os assuntos relacionados com o meio ambiente colocando excessivo foco nos problemas, sejam eles os efeitos das alterações climáticas, ou o fracasso das instituições políticas no combate às mesmas», realça.


No que se refere aos fenómenos climáticos mais noticiados, a seca - e o seu impacto na agricultura - surge em primeiro lugar em ambos os países (157 notícias), seguindo-se, em Portugal, as notícias relacionadas aos fogos florestais.

Segundo a investigadora do CES, os resultados deste estudo mostram que «os media devem democratizar a comunicação das alterações climáticas, aproximando a realidade do problema à realidade do indivíduo comum. Ao invés da significativa projeção dada a notícias relacionadas com discussões político-científicas do foro internacional ou de catástrofes ambientais ocorridas num outro ponto do mundo, os jornalistas devem enquadrar o assunto das alterações climáticas ao nível das comunidades locais e ao nível individual».

Considerando a influência dos media na construção da opinião pública, Neide Areia defende que «um discurso mais proactivo sobre as alterações climáticas pode fazer toda a diferença, influenciando na adoção de comportamentos sustentáveis (público em geral) e na implementação de políticas e leis ambientais (responsáveis políticos)».

«De facto, uma comunicação democrática sobre assuntos ambientais - focada em mais notícias pró-climáticas, por exemplo, ações das comunidades para lidar com as mudanças climáticas, e não apenas nas falhas dos governos em relação à política ambiental ou desastres relacionados com o clima - melhoraria o papel ativo dos media no envolvimento dos indivíduos e ajudaria a promover respostas ativas da sociedade às mudanças climáticas», sublinha ainda a investigadora, que vai agora alargar o estudo a França, Irlanda e Reino Unido, encontrando-se já a analisar 1600 notícias publicadas em 2017 e 2018. Numa fase seguinte, será analisado o tipo de discurso político privilegiado nas notícias.

Esta investigação foi realizada no âmbito do projeto europeu RiskAquaSoil: Plano Atlântico de Gestão de Riscos no Solo e na Água, centrado na deteção dos impactos das alterações climáticas nos espaços rurais, contribuindo para a gestão do risco, o uso dos recursos hídricos e do solo, a reabilitação de áreas agrícolas e o desenvolvimento de novas práticas.

Liderado por Alexandre Tavares, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), o RiskAquaSoil (iniciado em 2016) tem a participação de cerca de quatro dezenas de investigadores de Espanha, França, Irlanda, Portugal e Reino Unido.

Cristina Pinto

ATLETAS DA SOCIEDADE COLUMBÓFILA DA SECÇÃO DE AR LIVRE E AVENTURA PARTICIPARAM NO TRAIL ENCOSTA DO MONDEGO

Numa organização do Grupo Recreativo Vilaverdense, realizou-se no passado dia 1 de dezembro a terceira edição do Trail Encostas do Mondego, em Vila Verde, no concelho da Figueira da Foz. 

Lado a lado com o rio Mondego, os participantes neste evento, percorreram diversos trilhos rodeados de paisagem de Inverno e únicos na região. 

Participaram e completaram a prova de trail de 15km, 11 atletas da secção de Ar Livre e Aventura, da Associação Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, Nelson Heleno, Pedro Cardoso, Nuno Coelho, Daniela Guerra, Gabriela Oliveira, Emanuella Barradas, Otília Costa, Anabela Almeida, Daniela Geitoeira, Luisa Santos e Jessica Cardoso, obtendo os seguintes resultados, na classificação geral e por escalões. 

No escalão masculino, Nelson Heleno obteve o 22ª geral, 8º M Senior, Nuno Coelho o 40º geral, 7º M45, Pedro Cardoso o 45º geral e 12º M40. 

No escalão feminino, Daniela Guerra, classificou-se na 16ª geral Fem, 6ª FSenior, Gabriela Oliveira na 17ª geral Fem, 6ª F40, Otília Costa na 23ª geral Fem, 7ª F40, Emanuella Barradas na 61ª geral Fem, 10ª F35, Luisa Santos na 86ª geral Fem, 21ª F45, Anabela Almeida ocupou o 100ª geral Fem, 19ª F40, Daniela Geitoeira a 105ª posição na geral Fem, 17ª F35 e Jessica Cardoso o 110ª geral Fem, 31ª FSenior 

Na classificação colectiva a equipa da Sociedade Columbófila ocupou o 8º lugar em 36 equipas que se classificaram neta competição.

Pelo reconhecimento das políticas amigas das famílias

Município de Cantanhede é autarquia mais familiarmente responsável
O Município de Cantanhede acaba de ser mais uma vez distinguido como “Autarquia Mais Familiarmente Responsável” pela adoção de boas práticas e políticas amigas das famílias. Atribuída pelo Observatório das Autarquias + Familiarmente Responsáveis (OAFR), a insígnia que confere à edilidade cantanhedense esse estatuto foi entregue à presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, e à vereadora com pelouro da Ação Social, Célia Simões, em 28 de novembro, no decurso de uma cerimónia que teve lugar no auditório da Fundação FEFAL, em Coimbra, com a presença de Jorge Botelho, Secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local, Rosário Carneiro, em representação do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis, Rafael Lucas Pires, vogal da Direção da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, e o embaixador António Monteiro, presidente da Fundação Millennium BCP. 

A candidatura apresentada para o efeito pelo Município de Cantanhede assenta em indicadores muito positivos relativamente aos parâmetros de avaliação constantes no inquérito realizado pelo OAFR, com destaque para as políticas e práticas ao nível do apoio dado às famílias na sua função primordial de suporte aos descendentes e ascendentes. A aposta nesse sentido passa por projetos destinados aos agregados familiares mais fragilizados económica e socialmente, de forma a proporcionar-lhes uma vivência mais justa e com maior dignidade, através da transferência de verbas ou da prestação de serviços concretos nas áreas da ação social, educação, habitação, saúde, transportes, cultura, desporto, entre outras. 

Reconhecendo o indispensável papel da família para a coesão social, a autarquia cantanhedense tem adotado ações tendentes a reforçar os fatores que contribuem para que as famílias de menores recursos desempenhem a sua função de modo estruturado, saudável e funcional, acautelando a prevenção de situações de risco e vulnerabilidade e dando resposta a necessidades e problemas no seio familiar. 

Noutra vertente, a Câmara de Cantanhede tem em vigor um programa de Incentivo à Natalidade, traduzido na atribuição de um subsídio de 500 euros por cada bebé nascido, concretizando-se segundo um modelo de reembolso de despesas efetuadas na área do concelho de Cantanhede com a aquisição de bens e/ou serviços considerados indispensáveis ao desenvolvimento saudável e harmonioso das crianças. Em 2018, foram apoiadas com esse subsídio os pais de 155 bebés, o que representou um valor de 105.378 euros. 

Por outro lado, é seguida uma política mais favorável para as famílias com o designado IMI Familiar, medida que corresponde a um decréscimo de 20 euros para as famílias com um dependente, 40 euros para as que têm dois dependentes e 70 euros para as que têm três ou mais pessoas a seu cargo. 

A INOVA-EM também participa ativamente para o reconhecimento do Município de Cantanhede como “Autarquia Mais Familiarmente Responsável”, designadamente com a Tarifa Social para as famílias carenciadas que prevê a isenção das taxas fixas e o alargamento do volume de água faturado no primeiro escalão, que passa a ser de 15 m3 e não os 5 m3 da tarifa normal, o que pode representar descontos de 44% nos consumos da ordem dos 10 m³. 

Além disso, o estudo da Associação Portuguesa das Famílias Numerosas destaca o tarifário de abastecimento de água praticado pela INOVA-EM numa muito boa posição no Índice de Equidade. 

Dos 308 municípios avaliados em 2018, o preço da água em Cantanhede surge destacado em 1.º lugar no distrito de Coimbra e na 14.ª posição no ranking nacional, o que decorre de uma política de preços que não penaliza os maiores agregados familiares, mesmo considerando que o seu padrão de consumo tende a ser maior e portanto a situar-se em escalões com tarifário mais caro.

Salários em atraso. Professores de colégios de ensino especial iniciam hoje greve de dois dias

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Professores de colégios do ensino especial iniciam hoje uma greve de dois dias, em protesto contra salários em atraso, apesar das indicações de que a situação ficará regularizada na próxima semana.
A paralisação foi convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), que responsabiliza o Ministério da Educação pela situação.
Há duas semanas, o Colégio Bola de Neve, o Externato Alfred Binet e o Colégio Eduardo Claparède, em Lisboa, todos privados, denunciaram à Lusa transferências em atraso por parte do Estado, comprometendo o acompanhamento de 284 alunos que lhes foram encaminhados pelo próprio Estado por falta de respostas nas escolas públicas.
O Estado contratualizou com estas três escolas uma cooperação para que crianças e jovens com necessidades educativas especiais pudessem ser devidamente acompanhados.
À Lusa, os diretores dos estabelecimentos de ensino queixaram-se do atraso por parte do Estado do pagamento de mensalidades de setembro, outubro e novembro, que os deixou a braços com salários por pagar a funcionários e dívidas a fornecedores.
Na sexta-feira, a Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo anunciou ao fim do dia que os salários dos professores dos colégios de ensino especial deverão ser pagos no decurso desta semana.
Segundo a associação, na sexta-feira, os estabelecimentos de ensino especial receberam "os documentos referentes aos vistos do Tribunal de Contas, necessários para que as verbas públicas para o seu devido e regular funcionamento possam ser transferidas ao abrigo dos contratos em vigor com o Estado português".
As verbas em atraso, no montante superior a 670 mil euros, estão em atraso desde o verão.
A entidade acrescenta compreender "os motivos que justificaram a decisão dos trabalhadores de fazer greve nos próximos dias 2 e 3 de Dezembro".
Posteriormente, o Ministério da Educação referiu à Lusa que, "dos contratos existentes com os colégios, os pagamentos relativos a contratos sem necessidade de visto prévio do Tribunal de Contas (TdC) foram efetuados".
No caso dos contratos que necessitaram de visto, "devido ao seu montante, o Ministério da Educação encaminhou os processos para o TdC, após receção das verbas necessárias do Ministério das Finanças", adiantou a fonte oficial.
A mesma fonte confirmou que na quinta-feira, o TdC comunicou à DGEstE a declaração de conformidade dos quatro processos submetidos, e que, por sua vez, já comunicou aos colégios em apreço e avançou com as devidas diligências, para efeitos de pagamento".
Para segunda-feira, primeiro dia da greve, a Fenprof agendou um encontro em frente de um dos colégios de ensino especial, o Externato Alfred Binet em Lisboa, com a presença do secretário-geral, Mário Nogueira, e de um professor com salários em atraso desde setembro.
Lusa

SAÚDE | Cardiologia do Hospital da Luz Coimbra realiza intervenção valvular complexa com a utilização de avançados meios de ecografia

Marco Costa, cardiologista de intervenção no Hospital da Luz Coimbra (HLC), e a sua equipa realizaram, no passado dia 23 de novembro, pela primeira vez na Unidade de Intervenção Cardiovascular do HLC, uma intervenção valvular percutânea (através de cateter), com correção de uma insuficiência valvular mitral severa.
Raquel Fernandes, Nuno Alves, Ana Faustino, Filipe Correia, Ana Fonte Boa, Gonçalo Marques, Jorge Pimentel, Susana Margalho, Marco Costa, Rafaela Ramos, Filipe Caseiro Alves, Laura, Luís Paiva, Bruno Melica, José Ribeiro
“A doente tinha uma doença pulmonar grave, que aumentava muito o risco de uma intervenção cirúrgica convencional com recurso obrigatório a anestesia geral”, explica Marco Costa.
O procedimento decorreu sem incidentes, melhorando em muito o estado clínico da doente, que teve alta da Unidade de Cuidados Intermédios do HLC passados apenas três dias, sem qualquer complicação.
“Esta é uma possibilidade terapêutica que existe agora para todos os doentes sintomáticos e com aumento de risco cirúrgico. Obriga a um conhecimento profundo da anatomia cardíaca e ao uso dos mais avançados meios de ecografia tridimensional, para que sejam guiados todos os passos desta complexa intervenção. Isto só foi possível porque se fez todo o procedimento com a doente sob sedação profunda, não sendo necessário a entubação invasiva da via aérea”, refere o cardiologista.
No mesmo ano em que se iniciou a atividade desta Unidade de Intervenção Cardiovascular do Hospital da Luz Coimbra, sob a coordenação de Marco Costa, já se realizaram várias dezenas de intervenções coronárias complexas, fez-se também o encerramento de comunicações interauriculares com uso de ecografia intracardíaca e inicia-se agora uma outra fase com este tipo de intervenções valvulares de maior complexidade.
O Hospital da Luz de Coimbra conta realizar, ainda este ano, o tratamento de estenoses aórticas severas através da implantação de válvulas aórticas percutaneamente (TAVI).
NDC

Mundo | VOZ QUE ALERTA

Líderes guerrilheiros das Farc que romperam o “processo de paz” e voltaram às armas
Líderes guerrilheiros das Farc que romperam o “processo de paz” e voltaram às armas

Os resultados das eleições realizadas na Colômbia em 27 de outubro passado representam uma voz de alerta a ser considerada com a máxima urgência

Eugenio Trujillo Villegas*
Se a Colômbia decidir ignorar os sinais de alarme disparados, com evidente e ruidoso estrondo, nas últimas eleições, poderemos dizer que o nosso destino já está escrito; que dias de grande turbulência estão se aproximando; e que os inimigos do país darão o golpe final para destruir a nação. Se não nos prepararmos para evitá-lo, haverá dias de agitação social, de caos político e econômico, que inevitavelmente trarão o colapso da ordem legal e institucional.

No pleito que elegeu o presidente Ivan Duque, há um ano e meio, a esquerda encabeçada pelo ex-guerrilheiro Gustavo Petro, com surpresa para todos, conquistou oito milhões de votos, contra os pouco mais de dez milhões que elegeram o Presidente. É claro que os votos de Petro não eram pessoais nem são endossados ​​por qualquer candidatura presidencial de extrema-esquerda no futuro, mas foram indicadores de um grande descontentamento, depois de oito anos de um governo corrupto, apoiador das FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia) e do tráfico de drogas, como foi o de Juan Manuel Santos.

A conclusão óbvia, que está na boca de todos, é a de que se o atual governo não fizer bem as coisas — isto é, se não resolver urgente e efetivamente os grandes problemas do país — o próximo governo a ser eleito em 2022 será de extrema-esquerda.

Pois bem, transcorrida uma terça parte da atual gestão, os indicadores apresentam uma imagem sombria: as prefeituras das principais cidades, como Bogotá, Medellín e Cali, foram conquistadas por candidatos de extrema-esquerda; as principais províncias também foram ganhas pela oposição; o partido do presidente Duque foi humilhado, pois seus candidatos, alguns deles muito mal escolhidos, estiveram longe dos vencedores.

A essa situação, em si mesma da maior gravidade, acrescenta-se como componente explosivo muito importante a erupção anarquista surgida em várias nações vizinhas, visando destruí-las por meio da mais espetacular agressão ideológica e política acontecida desde a queda do Muro de Berlim, há 30 anos.

O Chile, o Equador e o Peru foram submetidos ao vandalismo mais radical, articulado por minorias anarquistas ideologizadas, dirigidas pelo Fórum de São Paulo e acionadas por terroristas da Venezuela e de Cuba, que comandam os agitadores locais e demonstraram enorme capacidade de destruição. Para resumir, basta lembrar as declarações de Diosdado Cabello, o sátrapa venezuelano, que alegou tratar-se de “pequena brisa bolivariana”, que esses comunistas pretendem transformar em um verdadeiro “furacão”.
O Pres. Duque deixa a nação à deriva ante o ressurgimento de níveis alarmantes de insegurança

O próximo objetivo de tal “furacão” é a Colômbia. Sobre isso, não podemos ter a menor dúvida. Desde o início do processo de paz conduzido pelo ex-presidente Santos as FARC não renunciaram à luta armada, ao tráfico de drogas nem ao terrorismo. É evidente que, com a chamada dissidência, toda a estrutura criminosa das FARC está intacta, pronta para agir e para tentar tomar o poder — em aliança com os cartéis de drogas, que são as próprias FARC com outros nomes — e assim dar o golpe definitivo para dominar e destruir a Colômbia.

No entanto, há algo que preocupa ainda mais. Os colombianos conviveram durante décadas com o fantasma do comunismo, o qual ameaçava tomar o poder, mas nunca o alcançou porque uma forte resistência na opinião pública impediu o seu avanço. No entanto, as recentes eleições indicam que, diante do perigo que nos espreita, nosso Presidente, seus ministros e funcionários mais importantes nada parecem notar, deixando a nação à deriva ante o ressurgimento de níveis alarmantes de insegurança, perigo e ansiedade.

Esse resultado eleitoral denuncia fundamentalmente que as pessoas não veem no Presidente a capacidade para enfrentar os problemas que surgem em nosso caminho. No entanto, é claro que ele tem capacidade para fazer a coisa certa, se quiser. Muitas coisas foram alcançadas em matéria de combate à corrupção, transparência na administração do Estado, correção de situações muito graves deixadas por Santos, em seu desvario para entregar a nação colombiana às FARC. Mas isso não basta.

Cumpre encarar o perigo com antecedência e enfrentá-lo de forma decisiva, escolhendo para isso as pessoas certas, que sabem com que tipo de inimigo nós estamos lidando. Não basta que existam boas intenções, boas ideias e bons burocratas nas posições mais importantes do governo, onde se traçam as diretrizes e se estabelece o caminho a seguir, pois o que estamos prestes a ter diante de nós é uma horda infernal para destruir o que alcançamos em séculos de progresso.

Esse é o desafio! Esse é o Presidente de que precisamos a partir de agora. Os erros do passado devem ser corrigidos; mas, acima de tudo, o governo e os colombianos devem entender que estaremos sujeitos a uma avalanche marxista desejosa de nos destruir, sob o mentiroso pretexto de buscar a paz e a equidade social. E se não fizermos nada, eles nos destruirão! Mas se nos prepararmos para o próximo ataque, certamente seremos vitoriosos.

O que toda a Colômbia deve ter bem claro é que, queimando e destruindo infraestrutura de transporte público, igrejas, shopping centers, e semeando terror nas ruas, como está acontecendo agora no Chile, nós não acabaremos com a pobreza nem melhoraremos o nível de vida de ninguém. Este é um golpe de Estado articulado pela extrema-esquerda latino-americana, para impor regimes totalitários em todas as nações, no estilo mais autêntico de Cuba, Nicarágua e Venezuela.

ABIM
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* Diretor da Sociedad Colombiana Tradición y Acción.
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 828, Dezembro/2019.

NATAL — Aos proprietários de estabelecimentos comerciais


Iniciando o mês natalino, vem a propósito a reprodução de uma carta muita antiga, mas de suma importância para os presentes dias. A missiva é datada de quase 80 anos atrás. Ela foi endereçada por Plinio Corrêa de Oliveira aos comerciantes a fim de incentivá-los a, no mês de dezembro, aproveitar suas vitrines para prestar homenagem — assim como uma manifestação de gratidão — ao Menino-Deus que veio à Terra para salvar o gênero humano. Sugestão que vale, evidentemente, para todos os pais e mães fazerem o mesmo em seus lares.
São Paulo, 5 de Dezembro de 1940

Prezado Sr.,
Aproximando-se agora as festas de Natal e de Ano Bom, todos os estabelecimentos comerciais da Cidade se aprestam a ampliar seus estoques, suas instalações e aperfeiçoar as exposições em suas vitrines, a fim de atender à imensa quantidade dos compradores que, por ocasião da festa do Menino Deus, querem proporcionar ao ambiente doméstico aquela fartura, aquela alegria e aquela serenidade própria das reuniões familiares felizes.
Entre estas famílias, que contam assim passar aos pés do Salvador algumas horas de tranquila satisfação, está certamente a sua. Para todos, a vida traz, ao par de alegrias reais, também incontestáveis dissabores. Não há uma única família que, fazendo junto à arvore de Natal ou ao Presépio a recordação dos fatos ocorridos durante o ano, não tenha a registrar satisfações verdadeiras e tristezas incontestáveis. E não há uma família que não se lembre de agradecer ao Menino Jesus os favores recebidos e de Lhe pedir a conservação das graças obtidas e a mitigação das dores e dos revezes ocorridos.
Quanta esperança não brilha com luz mais viva, diante da lembrança desse Salvador benigno e misericordioso, vindo ao mundo para redimir os homens! Quanta lágrima não se suaviza diante da convicção de que um Deus Bom, que governa todos os acontecimentos, sabe tirar o bem do mal e transformar em alegrias terrenas ou eternas os sofrimentos que são inseparáveis de toda a existência humana!
Tudo isto, o Sr. recebe de Deus, ou espera de Deus.
Mas… o que faz o Sr. por Deus?

Aproxima-se o Santo Natal. Todos se preparam para a grande festa da Catolicidade. Qual o concurso que o Sr. vai dar a essa festa? Permitirá que seus empregados lhe arranjem vitrines que, aos inúmeros transeuntes, não deem uma única ideia de Deus? Permitirá que, sob o pretexto de lucros mais fáceis do que lícitos, suas vitrines exibam modelos que constituem um repudio de todos os princípios que a festa de Natal santifica?
Porque, em lugar de vitrines que nada tem a ver com o Natal, e que traduzem apenas o desejo de vender, não organiza o Sr., além de vitrines que exponham artigos lícitos, também uma vitrine com um belo presépio, ou com qualquer disposição que lembre o Santo Natal? Porque não prestar em sua própria casa de comércio, que é o campo de sua atividade, o terreno de uma grande luta, o meio de sustento de sua família, uma homenagem a Quem deu aos homens, fazendo-se Homem, uma prova suprema de Seu amor?
Preste a Deus esta homenagem: exclua de suas vitrines todos os objetos ou artigos contrários aos princípios cristãos, e coloque em alguma delas uma bela homenagem ao Menino Deus.
Será, antes de tudo e sobretudo, um preito de adoração a Deus. Mas será também, para si, para sua família, para seus trabalhos, uma benção que frutificará neste mundo, para a eternidade.
Ação Católica Brasileira
Junta Arquidiocesana de São Paulo
ABIM
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Obs.: Esta missiva é do período em que o Prof. Plinio desempenhava o cargo de Presidente da Junta Arquidiocesana da Ação Católica de São Paulo, cfr. Minha vida pública, Parte V, Cap. I, item 3.
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No vídeo, um presépio montado na vitrine de um estabelecimento público na pitoresca cidade italiana de Genazzano — rica em tradições, essa cidade medieval (cerca de 45 kms de Roma) teve a honra de receber a milagrosa pintura de Nossa Senhora do Bom Conselho (1467).