sábado, 13 de julho de 2019

Marinha Grande recebe missão empresarial de Cabo Verde



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A Marinha Grande é a cidade anfitriã de uma missão empresarial de Cabo Verde, que se realiza nos dias 19 e 20 de julho, que tem como objetivo conhecer o tecido empresarial e de formação profissional do concelho.

A comitiva de Cabo Verde é liderada pelo vice-Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, Olavo Correia, que vem acompanhado do diretor do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Cabo Verde, Paulo Santos, entre outros representantes de entidades ligadas à área empresarial.

A presidente da Câmara, Cidália Ferreira, congratula-se “com a realização desta visita, na medida em que o Município tem procurado aprofundar parcerias com outros países, nomeadamente da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), que contribuam para dinamizar iniciativas criadoras e/ou preventivas de emprego e dinamizar estratégias de desenvolvimento regionais e transnacionais”. 

No âmbito desta missão, “pretendemos conjugar esforços dos agentes económicos, educativos e sociais da região, no sentido do  alargamento  da  cadeia  de  valor  associado  às  indústrias e à formação profissional, visando a coesão (pelo emprego) de ambos os territórios”, acrescenta a presidente.

Cidália Ferreira refere ainda que “sabemos das carências de mão-de-obra especializada na região Centro, concretamente no setor dos moldes e metalomecânica, pelo que importa fomentar parcerias transnacionais, que contribuam para diminuir esta lacuna”.

O programa da visita é o seguinte:

19 de julho de 2019 . sexta-feira
11h00 . Sessão de boas vindas na Câmara Municipal da Marinha Grande
11h45 . Visita ao Cenfim - Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica e encontro com parceria portuguesa para a formação profissional em metalomecânica e CNC (Computer Numeric Control)

15h00 . Visita à Incubadora de Empresas OPEN
16h00 . Visita ao Centimfe - Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos
17h15 . Visita ao CDRSP - Centro de Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto (Unidade de Investigação Científica) do Politécnico de Leiria
21h30 . Espetáculo Musical na Casa da Cultura Teatro Stephens

20 de julho de 2019 . sábado
09h00 . Visita a uma fábrica de vidros 
10h00 . Visita ao Museu do Vidro 
11h00 . Visita ao Núcleo de Arte Contemporânea e Exposição "Esculpir o Aço"
12h30 . Visita de caráter turístico à Praia da Vieira e São Pedro de Moel.


Comunicado da Presidente da Câmara - Orla Costeira

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Nos últimos dois anos tenho tido a preocupação de reiterar junto do Ministério do Ambiente a necessidade de se encontrar uma solução para o desaparecimento crescente dos areais das nossas praias, em particular na Vieira de Leiria e em São Pedro de Moel.

O Programa de Ordenamento da Orla Costeira prevê a construção de uma estrutura a norte que contrarie a deslocalização dos sedimentos, mas tal solução preconizada requer estudos de impacto ambiental que têm de ser previamente assegurados pela Administração Central, sob pena de se estar a resolver o problema a norte, na Vieira, agravando-o a sul, particularmente na Praia Velha e em São Pedro.

Na última reunião tida com o actual Senhor Secretário de Estado do Ambiente fui informada que iria ser feita uma intervenção de deposição de areia em grandes quantidades, retiradas na Figueira da Foz, que com as correntes garantiria a reposição de areal nas praias a sul.
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Infelizmente essa operação apenas está prevista começar em 2020. E não é certo que os resultados dessa intervenção sejam os que todos desejamos, mas sabemos que as nossas praias continuam a sofrer todos os anos com a perda significativa de areia.

Por isso, hoje mesmo, ao tomar conhecimento da intervenção realizada pela APA na Costa da Caparica, remeti uma comunicação aos Senhores Secretários de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território a recordar-lhes o seu compromisso em resolver este problema também na nossa costa.

A Câmara Municipal, quer no verão passado, quer no presente, investiu na manutenção e conservação das infraestruturas de madeira (passadiços, acessos, etc.) por forma a melhorar as condições das mesmas. Ao mesmo tempo, estabelecemos um acordo de cooperação com o LNEC para monitorização da orla costeira, na perspetiva da prevenção dos riscos associados à erosão e ao avanço do mar.

Exigimos que as agências governamentais que estipulam as regras e que são responsáveis pelo ambiente olhem para a costa do concelho da Marinha Grande com a enorme importância social, cultural e turística que ela tem.

Continuarei determinada em que estes problemas, que estão fora das competências municipais, sejam resolvidos, e estarei sempre disponível para, dentro das limitações da autarquia em termos de recursos (humanos e financeiros), colaborar ativamente para esse propósito.

CIdália Ferreira
Presidente da Câmara Municipal
Marinha Grande

Mundo | Revolução Francesa – 230 anos depois


Tomada do Palácio das Tulherias – Jean Duplessis-Bertaux  (1818). Palácio de Versailles.
Tomada do Palácio das Tulherias – Jean Duplessis-Bertaux (1818). Palácio de Versailles.

O ódio a todas as desigualdades levou uma minoria revolucionária ao terror sanguinário da Revolução Francesa. O mesmo processo revolucionário prossegue hoje em todo o mundo, e o conhecimento dessa revolução paradigmática nos ajuda a combatê-lo com eficácia.

*Renato William Murta de Vasconcelos

Depois da revolução protestante (1517), uma segunda grande explosão do processo revolucionário,1preparada com longa antecedência, desencadeou a partir de 1789 na França uma série de transformações políticas, sociais e religiosas que inauguraram a era contemporânea. No conjunto das suas vertentes moderadas e radicais, difundiu ideias republicanas pelo mundo inteiro, derrubou monarquias milenares na Europa e abriu o caminho para a Revolução Comunista de 1917.

Os elementos mais radicais da Revolução Francesa estavam concentrados na facção jacobina. Segundo a utopia que os guiava, havia sobre os franceses dois jugos insuportáveis: o da superstição, representada pela Religião Católica; e o da tirania, constituída pelo governo monárquico. Com fervor “humanitário”, levantaram-se os “amigos do povo” para dissipar as trevas da “superstição” eclesiástica e quebrar os grilhões da “tirania” real. A intenção aparente seria, no final do processo, devolver o poder ao povo, tornando-o seu único detentor. Se algum ingênuo imagina que era essa a intenção, o mínimo que esse mesmo ingênuo pode constatar é que o objetivo real era a evidente tirania que se implantou em todo o mundo.

A Revolução Francesa, túmida do espírito igualitário que não admite qualquer forma de desigualdade, e encharcada de sensualidade que recusa qualquer freio às paixões, se levantou contra o Ancien Régime(Antigo Regime), uma ordem social hierárquica e austera em muitos de seus aspectos. Deixando atrás de si uma montanha de ruínas e um mar de sangue,2 os revolucionários moderados e radicais derrubaram instituições e costumes milenares, que haviam feito da antiga França o país de todas as perfeições, objeto da admiração do mundo inteiro.

Gravura ao lado: Catedral de Estrasburgo convertida em “Templo da razão” durante a Revolução Francesa (Revolutions-Almanach de 1795. Göttingen 1794, p. 327).

Minoria revolucionária impôs a ideologia anticristã

No Ancien Régime brilhavam ainda, e com muito fulgor, os melhores traços da cultura e do espírito francês: um esplendor na vida social, que bem se exprimia pela tríplice locução verbal “savoir dire, savoir plaire, savoir faire” (saber dizer, saber agradar, saber fazer). Bem vivos e dinâmicos eram também os princípios básicos da civilização cristã — a tradição, a família e a propriedade — dando consistência e elevação ao corpo social. Mas a inveja revolucionária via nessa consistência e nessa elevação uma forma de exploração das classes modestas. Para libertá-las, a solução seria derrubar o altar e o trono: Ni Dieu, ni maître (Nem Deus, nem senhor), segundo a formulação que servirá de base às agitações de maio de 1968 da Sorbonne.

A democracia instaurada na sequência da Revolução Francesa — o governo do povo pelo povo — contaminou praticamente todas as nações. Mas o resultado evidente é que as transformou em tremendas tiranias das minorias (auto-qualificadas como esclarecidas, avançadas, progressistas) sobre a maioria (pejorativamente rotulada de obtusa, retrógrada, conservadora). E não precisamos ir longe para colecionar exemplos. Já foi assim na própria fonte dessa revolução, que Augustin Cochin3descreve como um movimento realizado por cerca de 200 mil agentes para mudar radicalmente o modo de vida de 25 milhões de franceses. Os revolucionários constituíam 0,8% da população francesa, mas impuseram sua ideologia anticristã à imensa maioria de seus compatriotas.
Inauguração dos Estados Gerais – Auguste Couder (1789–1873). Musée national du château et des Trianons, Versailles.

O rei reina, mas não governa

Após décadas de preparação tendencial e ideológica, a Revolução Francesa entrou em 1789 na sua fase mais conhecida: a dos fatos. Vários fatores — um deles, a participação na guerra de independência dos Estados Unidos — haviam contribuído para que o Estado francês se encontrasse deficitário. A Assembleia dos Notáveis do Reino, convocada em 1787, mostrara-se incapaz de oferecer uma proposta adequada para solucionar a crise financeira. O rei Luís XVI convocou então os Estados Gerais, compostos de representantes do clero, da nobreza e do povo. A última vez em que estiveram reunidos fora em 1622, no reinado de Luís XIII. Tinham caráter meramente consultivo, e o Rei nutria a esperança de receber sugestões idôneas que concorressem para sanear a bancarrota do Estado.

Inaugurados nos primeiros dias de maio de 1789, os Estados Gerais adjudicaram para si um poder que não possuíam, transformando-se logo num corpo único: a Assembleia Nacional; e semanas depois, em Assembleia Nacional Constituinte, numa clara usurpação do poder real. Luís XVI não tinha a personalidade de Luís XIV nem a energia de seu avô Luís XV, e chancelou a redação de uma Constituição para o Reino, ao invés de dissolver a Assembleia. Ficava posto de lado o objetivo primordial da convocação dos Estados Gerais, e caminhava-se para uma mudança na forma da monarquia francesa: de absoluta para constitucional, onde “o rei reina, mas não governa”. Era um primeiro passo rumo à República.
Queda da Bastilha e prisão do governador M. de Launay, 14 de Julho de 1789 – Anônimo. Museu de História da França, Versailles.

Tomada da Bastilha, um marco do horror

Começaram então em Paris os distúrbios e agitações promovidos por hordas de arruaceiros.4 Em 14 de julho, há exatos 230 anos, ocorreu a tomada da Bastilha, transformada em símbolo da antiga ordem que devia desaparecer. Nas semanas subsequentes, hordas de bandidos percorreram o interior da França, incendiaram castelos, espalharam medo e terror por toda a parte.

No dia 5 de outubro, uma turbamulta composta em sua maioria por mulheres saiu de Paris rumo a Versailles, aonde chegou ao cair da noite, enlameada, feroz, armada. Na madrugada seguinte, uma porta aberta na grade do castelo lhes deu acesso a Versailles. Guardas foram barbaramente assassinados, e a própria Rainha por pouco não foi executada. Num cortejo macabro, cabeças de soldados foram espetadas em lanças, e a família real foi arrastada para Paris e alojada no Palácio das Tulherias.

Beneficiados pela efervescência geral, os deputados mais radicais tomaram a direção na Assembleia. Primeiramente os monarquistas tradicionais foram suplantados pelos monarquistas constitucionais; estes, por sua vez, foram superados pelos republicanos moderados quando da promulgação da Constituição. Pari passu foi mudando a fisionomia da estrutura social: os privilégios do clero e da nobreza foram supressos; os bens da Igreja foram nacionalizados; uma Constituição Civil, cismática e herética, foi imposta ao clero.

Gravura ao lado: Chamada das últimas vítimas do terror na prisão Saint Lazare – Charles L. Müller (1815–1892). Museu da Revolução Francesa, Vizille (França).

Clima de terror e radicalização rumo à esquerda

A Assembleia Legislativa sucedeu à Constituinte em 1791. Nela os republicanos radicais — os girondinos, assim chamados porque provinham em sua maioria da região da Gironda, cuja cidade principal era Bordeaux — passaram a dar o tom e exigir a supressão da monarquia.

O ataque ao Palácio das Tulherias no dia 20 de junho de 1792 preparou o grande assalto de 10 de agosto. Por ordem do Rei, desejoso de evitar derramamento de sangue, os guardas suíços não reagiram ao ataque de milhares de bandidos, e foram massacrados juntamente com centenas de nobres fiéis.

Indefesa, a família real refugiou-se durante três dias no recinto da Assembleia, de onde foi levada para o Palácio do Templo, pertencente ao Conde de Artois. Luís XVI, Maria Antonieta, os dois filhos — o Delfim (sete anos)5 e Mme. Royale (14 anos)6 — e Mme. Elisabeth (sobre a qual tratamos na nossa edição anterior) não foram encarcerados no palácio, como esperavam, mas de início na pequena torre, depois na grande torre adjunta ao palácio.

Nos dias 2 e 3 de setembro, magotes de jacobinos, com a complacência de Danton, ministro da Justiça, atacaram as prisões e massacraram centenas de nobres encarcerados desde o dia 10 de agosto. A matança voltou-se também contra membros do clero. Só no Convento do Carmo foram mortos dois bispos e mais de 100 sacerdotes. A Princesa de Lamballe, grande amiga de Maria Antonieta, foi assassinada a golpes de sabres e lanças. Despedaçada cruelmente, seu coração foi arrancado do peito e comido, ainda palpitante, por um dos assassinos. Depois espetaram sua cabeça na ponta de um chuço e a levaram, em meio a um berreiro e a uma farândola infernal, até à janela da prisão do Templo, para que fosse vista pela Rainha.

O clima de terror dominava Paris, e justamente no dia da eleição para a Convenção Nacional um elemento psicológico tremendo favoreceu a entrada de grande número de jacobinos radicais na nova câmara. A Convenção Nacional, sucessora da Assembleia Legislativa, abriu suas sessões no dia 21 de setembro, aboliu a monarquia e proclamou a república. Foi dirigida nos primeiros meses pelos girondinos, que assumiram seus assentos à direita (na Legislativa, estavam no lado esquerdo). Em meados do ano seguinte, os jacobinos derrubaram e eliminaram a facção girondina, aboletaram-se no poder e inauguraram o assim chamado período do terror. Era o processo de radicalização rumo à esquerda, por meio do qual os radicais de ontem se tornaram os moderados.

Gravura ao lado: O populacho aprisiona o rei nas Tulherias em 20 de junho de 1792

Condenação da família real em julgamento ilegal

Deposto o Rei, o que fazer dele? A ala radical jacobina não pretendia enviá-lo ao exílio, mas sim matá-lo com a cumplicidade do centrão formado pelos girondinos. Já no dia 11 de dezembro, a Convenção dispôs que Luís XVI fosse separado de sua família. O desfecho do processo — um verdadeiro escárnio da justiça — é por demais conhecido. Na madrugada de 18 de janeiro, 361 dos 720 deputados (a metade mais 1) votaram pela condenação à morte, sem apelo nem sursis. Detalhe horripilante dessa tragédia: o voto decisivo pela morte do Rei foi do Duque de Orleans, seu primo. Bastava ele omitir-se, e o Rei estaria salvo.7 Dois dias depois, ao rufar ensurdecedor dos tambores, a cabeça do Rei rolou no cadafalso, cercado por 15 mil soldados.

O populacho aprisiona o rei nas Tulherias em 20 de junho de 1792
O populacho aprisiona o rei nas Tulherias em 20 de junho de 1792
Na prisão do Templo permaneceram juntos, durante alguns meses, Maria Antonieta, seus dois filhos e Mme. Elisabeth. Em fins de setembro, levaram Maria Antonieta para a prisão da Conciergerie, que era por assim dizer a antecâmara da guilhotina. Após um julgamento infame e infamante,8 Maria Antonieta foi condenada à morte e guilhotinada no dia 16 de outubro de 1793.

Confinados na torre do Templo, restavam ainda o jovem rei Luís XVII, sua irmã Mme. Royale e Mme. Elisabeth. Em meio a todas as incertezas, esta foi para os filhos do Rei uma segunda mãe, executada em 10 de maio do ano seguinte. Dia por dia, contavam-se vinte anos da morte de seu avô Luís XV.

O martírio de Luís XVI, Maria Antonieta e Mme. Elisabeth era uma verdadeira “queima dos navios” para tornar a Revolução Francesa irreversível, mas atraiu sobre a cabeça de seus responsáveis imediatos o castigo divino: a máquina revolucionária começou a devorar seus filhos. Mal decorreram três semanas da execução de Maria Antonieta, subiu ao cadafalso no dia 6 de novembro de 1793 o regicida Filipe Égalité; em fins de marco de 1794 foi a vez de Hébert, panfletista obsceno e porta-voz dos sans-culottes. Danton seguiu-lhe os passos no dia 5 de abril. E três meses depois, em 10 de Thermidor (28 de julho), perderam a cabeça na guilhotina Robespierre, Saint-Just, Dumas e mais uma vintena de seguidores.

A queda de Robespierre sinalizou o término do regime do Terror, pois a opinião pública francesa estava cansada de tantos excessos. Era um retrocesso necessário para a revolução progredir. Outras fases se sucederam: Diretório, Consulado, Império. A obra revolucionária prosseguiu inexoravelmente sob outras formas, e continua avançando. Mas esta já é matéria para outro artigo.

ABIM
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Notas:
  1. Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira, Revolução e Contra-Revolução, Artpress, São Paulo, 1982, pp. 19-20.
  2. Joseph de Maistre, em seu livro Considérations sur la France, J. B. Pelagaud, Lyon, 1880, calcula que a Revolução Francesa ceifou quatro milhões de vidas humanas, incluindo nesta cifra as vítimas das guerras napoleônicas, que exportaram para toda a Europa os princípios revolucionários de 1789. Só na campanha da Rússia morreram quase um milhão de soldados da Grande Armée.
  3. Augustin Cochin, Les sociétés de pensée et la Démocratie: Études d´Histoire Révolutionnaire, Plon-Nourrit et Cie., 1921.
  4. Esses arruaceiros, segundo Goncourt, eram cerca de seis mil indivíduos da pior espécie, não apenas de Paris, mas provenientes do interior da França e do estrangeiro. Haverá entre eles holandeses, prussianos, espanhóis e até americanos.
  5. Louis-Charles de France (1785-1795) foi o segundo Delfim. Morreu prisioneiro na Torre do Templo, em condições deploráveis. O primeiro, Louis-Joseph, morreu em junho de 1789.
  6. Mme. Royale, assim era chamada Marie Thérèse Charlotte de Bourbon (1778-1851), filha primogênita de Luís XVI e Maria Antonieta. Sobreviveu à prisão do Templo, casou-se com seu primo o Duque d´Angoulême e não teve descendência.
  7. Robespierre murmurou espantado, ao ouvir o voto do regicida: “Que infeliz! Era o único que poderia abster-se, e não ousou fazê-lo!” (G. Lenotre, Les grandes heures de la Révolution Française, Perrin, Paris, 1962, p. 278).
  8. Infame sob todos os pontos de vista: da ilegalidade do processo, da competência de seus juízes, da inexistência de razões e provas suficientes para a condenação. Acusaram-na, à falta de melhor, de haver pervertido sexualmente seu filho, o Delfim, criança de tenra idade.

Cultura | Sofia Moniz narrou Contos do Mundo na Biblioteca de Cantanhede

“Contos do Mundo” foi o mote da mais recente edição das Tardes Comunitárias, que foi animada por Sofia Couto Moniz, escritora e contadora de histórias. A sessão decorreu na Biblioteca Municipal de Cantanhede, em 10 de julho, com a participação de 90 pessoas, entre os quais os utentes do Centro de Convívio Professora Maria Emília, de Vila Nova de Outil, e crianças de várias instituições de ensino do concelho.
Recorrendo a trajes e outros adereços para fazer a contextualização dos contos, Sofia Souto Moniz fez a narração encenada de três histórias tradicionais, designadamente “O Retrato da Mulher” (Japão), que aborda a temática do amor, “Ngungo e a Jiboia” (Angola), sobre o equilíbrio e a humildade da natureza, e “O Fio Vermelho”, uma lenda oriental sobre o destino.
Na sessão esteve o vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Cardoso, que na ocasião destacou a “criatividade de Sofia Souto Moniz e a qualidade do seu trabalho como contadora de histórias”. O autarca enalteceu ainda “a disponibilidade que a escritora tem demonstrado para com o Município de Cantanhede, já que tem participado com frequência em diversas atividades de fomento da leitura, organizadas pela Biblioteca Municipal”.
Sofia Souto Moniz nasceu em Angola, em 1971, e reside em Cantanhede desde 1998. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, lecionou em vários níveis de ensino. É responsável pela iniciação à Língua Inglesa no Jardim de Infância do Centro Paroquial de Cadima e colabora em centros de estudo e explicações. Dedica-se à pintura, à escrita e à mediação de leitura, sendo membro ativo do Programa Nacional de Voluntariado de Leitura, colabora com o Grupo de Teatro Amador e Recriação Medieval Bombarda, participando em feiras medievais e integrou o elenco da peça Fernão Mendes Pinto – a Crónica, durante o Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede de 2019.
Sofia Souto Moniz tem colaborado com as Bibliotecas Municipais de Cantanhede, Mira e Montemor-o-Velho, em atividades de animação. Desde 1989, realizou mais de trinta exposições individuais e coletivas de pintura, desenho e artesanato. Desloca-se, frequentemente, a escolas e associações para apresentar as suas obras, ler e narrar contos de vários países, sensibilizando os participantes para a leitura e para a diversidade cultural entre os povos.
É autora de três livros infantojuvenis: “Historiazinha de trás para a frente” (2008); “O pirilampo que tropeça” (2015), que mereceu a distinção Bolsa Social da LPCE (Liga Portuguesa contra a Epilepsia), como obra de intervenção social para a educação e saúde e “Pequenas coisas” (2017). O seu último livro, “Chelb – a lenda das amendoeiras”, publicado em 2018, em poesia narrativa, recupera um tesouro das narrativas orais do período da Reconquista Cristã na Península Ibérica.

Trovoadas e granizo provocam “danos avultados” no concelho de Mogadouro. Autarca diz que prejuízo é elevado

Uma forte trovoada acompanhada de chuva e granizo provocou grandes danos principalmente na agricultura ao nível das vinhas, olivais e soutos em vários pontos do concelho de Mogadouro, no distrito de Bragança, disse à Lusa fonte dos bombeiros de Mogadouro. O presidente da câmara fala em prejuízos "muito avultados".
"Tenho conhecimento de que há prejuízos muito avultados provocados pelo granizo, não só na vila de Mogadouro, mas em grande parte do concelho. Ainda não é possível contabilizar os estragos já que a informação, só agora, começa a chegar", disse à Lusa, Francisco Guimarães.
De acordo com o autarca, as pedras de granizo eram quase do tamanho de ovos de galinha.
"Eu nunca tinha visto pedras de granizo deste tamanho. Agora a nossa preocupação é estar com os nossos agricultores que viram as suas culturas perdidas", concretizou.
Nas redes sociais, é possível ver a intensidade com que se abateu o mau tempo, assim como o tamanho das pedras de granizo.
Segundo José Carrasco, comandante dos bombeiros de Mogadouro, os operacionais foram "solicitados para várias ocorrências em vários pontos do concelho", acrescentando que os maiores prejuízos relatados foram ao nível das culturas agrícolas, em várias aldeias do concelho.
Já o presidente da junta de freguesia de Tó, no norte do concelho de Mogadouro, António Marcos, adiantou que o granizo que caiu na sua aldeia, durante cerca de uma hora, provocou danos avultados na agriculta, descrevendo as pedras de granizo como semelhantes a bolas de pingue pongue.
Lusa / MadreMedia

Trail Solidário para ajudar os Bombeiros Voluntários de Cantanhede

O Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) da Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede organiza, a 19 de Julho (sexta feira), o seu II Trail Solidário CATL, este a reverter para os Bombeiros Voluntários de Cantanhede (BVC).
O início desta iniciativa está previsto para ao 18H00, com percurso pelo conhecido Trilho do Sarilho (4km).
Todos os interessados em participar devem formalizar a sua inscrição no CATL, Creche, Jardim de Infância, Lar e Secretaria da Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede, ou no quartel dos BVC.
A t-shirt para participação tem um custo de 2,5 'capacetes', sendo o valor de inscrição de 2,5 'capacetes'.
Fonte: BVC

Neto de Nelson Mandela em Portugal

  • Na próxima semana, Ndaba Mandela estará na apresentação do projeto BOSQUE MADIBA
  • Apesar do foco no projeto, Ndaba visitará também diversas zonas do País
O projeto único visa a criação do Bosque Madiba, na Mata Nacional do Bussaco, no Município da Mealhada. A iniciativa procura homenagear e perpetuar o legado de Nelson Mandela, e a sua apresentação está marcada para dia 18 de julho, às 15h, no Bussaco Palace Hotel. A apresentação contará com a presença de Ndaba Mandela, neto do líder histórico e dirigente da Fundação Africa Rising.
Ndaba Mandela estará em Portugal a convite da Associação Patrulheiros, detentora dos direitos do projeto, sendo um dos seus embaixadores Internacionais e o primeiro convidado do programa “O Legado da Terra”, que pretende trazer pessoas que mantêm vivas as lutas dos seus antepassados em prol de um mundo melhor.
A data de lançamento do projeto coincide com o Dia Internacional Nelson Mandela, instituído pela Organização das Nações Unidas como forma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia.
O protocolo, que une a Fundação Mata do Bussaco, a Câmara Municipal da Mealhada e a Associação Patrulheiros, foi assinado a 27 de junho, na Mealhada, e prevê a criação do Bosque Madiba. Trata-se de um espaço único que será localizado numa das áreas destruídas pela passagem da tempestade Leslie em 2018 (junto ao Parque dos Leões) e contará a história de vida de Nelson Mandela usando para o efeito árvores autóctones. No local, serão plantadas 100 árvores que representam momentos históricos do líder sul-africano, comemorando o centenário de um dos maiores símbolos dos Direitos Humanos no mundo.
No Bosque Madiba, os visitantes poderão estar em perfeito convívio com a natureza do local, onde uma silhueta gigante de Mandela criada no solo, com materiais naturais reaproveitados, poderá ser vista a partir do ar.
O Município da Mealhada foi o grande vencedor na corrida para receber a instalação deste projeto único, sendo que uma das razões que determinou esta decisão está relacionada com a candidatura da Mata do Buçaco a Património Mundial da UNESCO.
A inauguração do bosque está prevista para Julho de 2020.

Hóquei. Portugal vence Espanha e joga final do mundial com a Argentina


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RTP
Portugal apurou-se esta sexta-feira para a final do Mundial de hóquei em patins, ao vencer a Espanha, por 4-2, após prolongamento, nas meias-finais, defrontando no encontro decisivo a Argentina.

Em Barcelona, Jordi Adroher (25 minutos) e Ignacio Alabart (49) marcaram os golos dos anfitriões, com os tentos portugueses a serem apontados por Gonçalo Alves (30) e João Rodrigues (36), que bisou no prolongamento, aos 56, antes de Jorge Silva marcar aos 60.

Na final, marcada para domingo, igualmente no Palau Blaugrana, Portugal vai encontrar a Argentina, que venceu a França (3-0), com quem a Espanha discute o terceiro lugar.

A formação das ‘quinas’ está na Catalunha à procura do seu 16.º título mundial, e primeiro desde o triunfo em Oliveira de Azeméis, em 2003, sendo que, fora de Portugal, não ganha desde 1993 e em Espanha só triunfou uma vez, em 1960.
Lusa