domingo, 18 de junho de 2017

INCÊNDIOS "A nossa dor não tem medida, somos como um só"

Numa comunicação ao país, Marcelo Rebelo de Sousa disse que esta era uma "hora de dor, de ânimo e de combate".
Marcelo Rebelo de Sousa falou a partir do Palácio de Belém, anunciou que já a partir de amanhã vai juntar-se às forças no terreno. O chefe de Estado agradeceu o trabalho de todas as autoridades e entidades que estão a trabalhar no combate às chamas.
O Presidente da República sublinhou ainda "sentimento de injustiça, por uma população mais idosa, mais rural, mais afastada. Concentremos agora a vontade no essencial: prosseguir o combate, manter a solidariedade por todos os que sofrem e sofreram com esta tragédia e que somos um só povo por Portugal".
O Presidente da República esteve no local do incêndio na madrugada de hoje, onde chegou pelas 00:40, para deixar uma palavra de ânimo e conforto a todos os envolvidos no combate ao incêndio, e considerou na altura que "o que se fez foi o máximo que se podia fazer".
"Queria antes de mais apresentar os meus sentimentos aos familiares das vítimas civis, acompanhando-os na sua dor e fazendo-o em nome de todos os portugueses", afirmou aos jornalistas, depois de se inteirar da situação no terreno.
"A palavra que quero deixar agora não é uma palavra de desânimo, é uma palavra de ânimo, de confiança, de conforto", acrescentou o chefe de Estado.
"Queria antes de mais apresentar os meus sentimentos aos familiares das vítimas civis, acompanhando-os na sua dor e fazendo-o em nome de todos os portugueses", afirmou aos jornalistas, depois de se inteirar da situação no terreno.
"A palavra que quero deixar agora não é uma palavra de desânimo, é uma palavra de ânimo, de confiança, de conforto", acrescentou o chefe de Estado.
O Governo decretou três dias de luto nacional, a partir de hoje, pelas vítimas deste incêndio e a agenda do Presidente da República está suspensa até terça-feira.
O fogo deflagrou ao início da tarde de sábado numa área florestal de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e alastrou-se aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, obrigando a evacuar povoações ou deixando-as isoladas.
Segundo o último balanço, o incêndio provocou 61 mortos.
Fonte: TSF

A bondade alheia salvou Gareth das chamas: “Devíamos ter morrido”

Gareth Roberts ficou cercado pelas chamas em Mó Grande
Gareth Roberts viu-se cercado pelo fogo em Mó Grande e pensou que não iria sobreviver. Uma família chamou-o para que se abrigasse em sua casa e, por entre chamas e lágrimas, sobreviveu para contar a história.
Gareth Roberts, de 36 anos, é um dos sobreviventes do incêndio em Pedrógão Grande, que provocou a morte a mais de 60 pessoas. Roberts nasceu em Lancashire, no Reino Unido, mas vive no centro de Portugal há quatro anos. À BBC o britânico contou a história de como conseguiu sobreviver às chamas
E foi aí que foram salvos pela generosidade: “Um homem e a sua mãe gritaram para que nos abrigássemos em casa dele. Muitos de nós fizeram-no.” Durante o tempo que estiveram na cave, mais pessoas foram chegando. Quando chegara à aldeia, Gareth Roberts tinha enviado uma mensagem aos pais em que dizia que estava numa aldeia cercado por fogo – “Isto é o fim”, disse-lhes. Na casa que lhe deu abrigo não tinha rede móvel nem Internet, o que o fez pensar que a última coisa que tinha dito aos pais era que iria morrer.
As chamas passaram pela casa e passaram cerca de uma hora a chorar, a rezar (mesmo não sendo Gareth religioso) e a tentar respirar, diz à BBC, acrescentando que ficou tão emocionado que não conseguiu parar de chorar durante 20 minutos. “Isto não pode acabar assim”, pensava. Depois, como que por milagre, o fogo passou – e nem a casa em que estava nem a casa ao lado arderam. A destruição em seu redor era “indescritível”.
“Podíamos ter morrido. Devíamos ter morrido. Um gesto de bondade aleatório na noite passada salvou-nos a vida e agora tudo o que podemos fazer é rezar por Portugal”, afirmou à estação britânica. “Se aquelas pessoas não tivessem sido generosas, não estaríamos aqui hoje."
Gareth Roberts viajou para Tomar, onde ficou num hotel até que o fogo lhe permita voltar a casa. O britânico espera poder voltar a Mó Grande para agradecer à família que lhe salvou a vida, revela à BBC.

Fonte: Público

Matosinhos Raio atinge Petrogal em Leça da Palmeira e alarma população


Um raio caiu no para-raios da Petrogal, este domingo, provocando uma falha no sistema elétrico da refinaria da Petrogal, em Leça da Palmeira.

Ao que o JN apurou, foi necessário ao rearranque da fábrica, que motivou uma nuvem de fumo fora do normal, que alarmou a população.

O incidente provocou um estrondo semelhante a uma explosão e causou uma coluna de fumo negro visível a vários quilómetros de distância.

Os bombeiros de Leça Matosinhos não chegaram a ser alertados pelos serviços de emergência privativo da central petrolífera, mas receberam várias chamadas da população da zona, que temia tratar-se de um acidente grave.

Fonte: JN

ADASCA | EXCURSÃO DA ADASCA 2017 A BELMONTE DIA 26 DE AGOSTO (SÁBADO)


Conforme o prometido no decorrer da Excursão do ano transacto a Vila Nova de Cerveira, este ano a ADASCA organiza a sua Excursão anual à localidade de Belmonte, também no âmbito cultural. A localidade de Belmonte é rica em património histórico, sendo a Sinagoga Judaica o mais famoso quiçá pela cultura do povo Israelita, seguidamente o Castelo o miradouro entre outros.
Como sempre, pretendemos promover um convívio o mais saudável possível entre dadores de sangue e outras pessoas amigas que façam questão de aderir. Os valores a pagar são os mais ajustados possível.
O Programa e Ficha de Inscrição podem ser consultados e impressos a partir do site www.adasca.pt
Valor único, e os lugares são reservados conforme a entrega das inscrições com o respectivo pagamento.
Bom fim de semana,
J. Carlos/ADASCA

Macron com maioria absoluta

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O partido do Presidente francês, Emmanuel Macron, terá obtido hoje a maioria absoluta, entre 355 e 425 assentos, num total de 577, segundo as sondagens à boca da urna.

A abstenção atinge mais de 56%, um recorde para uma segunda volta das legislativas.

O partido de direita Os Republicanos terá obtido 97 a 130 lugares e o Partido Socialista entre 27 e 49, enquanto a extrema direita garantiu a eleição de quatro a oito deputados e a esquerda radical (França Insubmissa e Partido Comunista) um total de 10 a 30 assentos.

Fonte: Lusa

Escrever sobre o que não convém

No pretérito dia 14 de Junho comemorou-se o Dia Mundial do Dador de Sangue, e a ADASCA não fez a coisa por menos, considerou que era da mais elementar justiça social e reconhecimento público oferecer um lanche ao dadores que comparecem na sessão de colheitas que se realizou naquele dia, como aos que foram convidados no decorrer das brigadas anteriores.

Pois bem. O lanche foi composto por febras, entremeadas de barriga e frango no churrasco, não faltando a respectiva pinga.

Na verdade a previsão apontava para umas 80 a 100 presenças, ficamo-nos pelas 42. Diversos factores contribuíram para uma adesão reduzida, sendo um deles o facto de se tratar dum dia útil de semana, o outro, efectuaram-se um pouco por todo o lado as festas das crianças relacionadas com o fim de ano escolar.

Como estivemos atentos à imprensa no sentido de termos conhecimento das noticias relacionadas com o Dia Mundial do Dador de Sangue, pois para nossa perplexidade nem uma de jeito, apenas um artigo de opinião no novo presidente do IPST.

Que pobreza de imprensa. Que incúria de comunicação social nos é fornecida. Mal empregue o dinheiro que gastei na compra dos jornais.

Escrever sobre o que não convém entrou à muito no guião da imprensa escrita, falar do que não convém idem. Afinal que imprensa temos nós? Que qualidade de imprensa nos é dada a ler todos os dias pela manhã de cada dia?

Surgiram umas noticias sobre o negócio milionário do Plasma, envolvendo largos milhões de euros, processo que se vai traduzir em nada, aliás, já estamos mentalizados sobre esses grandes actos de pessoas inocentes.

Há quem teime em fazer dos dadores de sangue e alguns dirigentes associativos estúpidos, cegos, etc. etc., mas, estamos atentos…

Os actos ficam com quem os pratica. Temos pena que a justiça não funcione como é suposto funcionar.

Pedimos RESPEITO pelo nosso gesto solidário e não continuem a lavar as mãos nesse sangue doado sem contrapartidas, vos fica bem a criatividade que têm revelado

J. Carlos

Opinião: Porque é Que a Ministra da Administração Interna Se Deve Demitir

Perante a maior tragédia que aconteceu em Portugal devido aos incêndios de Verão, a pergunta que se coloca é se não há suficientes responsabilidades políticas e civis que levem a demissões. E falo concretamente e em primeiro lugar da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

Perante a maior tragédia que aconteceu em Portugal devido aos incêndios de Verão, a pergunta que se coloca é se não há suficientes responsabilidades políticas e civis que levem a demissões. E falo concretamente e em primeiro lugar da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

Talvez não seja possível comparar o caso de Constança Urbano de Sousa com a do ex-ministro com o mesmo pelouro, Jorge Coelho, que perante a tragédia de Entre-os-Rios, originada pela queda da ponte local, apresentou de imediato a demissão em 5 de março de 2001, afirmando que pelo menos dessa vez a culpa não morreria solteira. Acontece que, pelo que se sabe, Coelho teria recebido algum tempo antes um relatório dos seus serviços a dizer que a ponte estava em risco iminente de ruir. Ao não reagir a esse aviso, tomando previdências para evitar o desastre, Coelho fez muitíssimo bem em demitir-se quando ele ocorreu, com a perda de 59 vidas humanas.
Curiosamente, a passagem do 15º aniversário do desastre de Entre-os-Rios foi assinalado em 4 de março de 2016. Ora no dia 1 de Março desse ano, assinalando o Dia da Proteção Civil, afirmou a atual ministra da Administração Interna: “Hoje, através da atuação da Autoridade Nacional de Proteção Civil, verificamos uma enorme evolução em termos da segurança da população e da salvaguarda do património, com melhorias significativas em termos de capacidade de resposta operacional, mas também com o necessário aprofundamento das políticas de prevenção, investindo-se no planeamento de emergência, na minimização de riscos e nos sistemas de alerta e de aviso às populações.”
Pois bem, um ano e dezassete dias após essa afirmação, o incêndio em Pedrógão Grande matou já 58 pessoas (o número tem vindo a subir, pelo que este pode não ser o balanço final) e fez 59 feridos. Segundo as primeiras indicações, a catástrofe terá sido iniciada por um raio que caiu sobre uma árvore. O mato seco e os ventos fortes fizeram com que o incêndio se espalhasse rapidamente e apanhasse cerca de 30 viaturas na Estrada Nacional 236, que faz a ligação ao Itinerário Complementar 8. Só aí foram encontradas 30 pessoas dentro das viaturas e 17 fora ou nas margens. Os outros mortos foram descobertos em ambiente rural.
Como é óbvio, Constança Urbano de Sousa não tem culpa que um raio tenha caído em cima de uma árvore, nem da força dos ventos. Também não é a ela que cabe a responsabilidade por a estrada EN 236 não ter sido cortada imediatamente, por forma a evitar a armadilha que conduziu quase 50 pessoas para a morte. Mas é dela toda a responsabilidade de ter preparado e prontos os meios terrestres e aéreos para atuar em casos como estes, por forma a limitar ao mínimo a perda de bens materiais e sobretudo humanos.
Ora sob esse ponto de vista, a tragédia de Pedrógão Grande é um absoluto desastre. E não deixa de ser curioso que seja e continue a ser o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, que esteja no local a informar regularmente o país sobre os números da tragédia e a dar outro tipo de indicações importantes para as populações e para o país, que segue o caso com emoção. Constança Urbano de Sousa só apareceu no sábado à noite, quando o Presidente da República se deslocou ao local. Debitou algumas banalidades. Mas o mais notável que fez, quando Marcelo Rebelo de Sousa se encontrava a falar aos jornalistas tendo ao seu lado Jorge Gomes, foi pedir ao seu secretário de Estado para se chegar para o lado e passar para trás para ficar ela ao lado do Presidente da República (é ver as imagens televisivas para confirmar o que escrevo).

Quando, no meio de uma tragédia destas, numa área sob a sua tutela, a ministra mostra estar preocupada é com a sua visibilidade na comunicação social ou o seu lugar na hierarquia governamental, a única hipótese que resta é a sua demissão. Pelo seu pé, para ser uma saída honrosa.

Ou por decisão do primeiro-ministro, porque Constança Urbano de Sousa não merece nem dignifica o cargo que ocupa.
Idem BPS

Cáritas abre conta solidária para ajudar vítimas dos incêndios

A Cáritas Portuguesa abriu uma conta bancária para ajudar as vítimas do trágico incêndio do qual resultou a morte de, pelo menos, 61 pessoas. Quem quiser contribuir pode, a partir de agora, fazê-lo, através da conta (Caixa Geral de Depósitos): 0001 200000 730, usando o IBAN: PT50 0035 0001 00200000 730 54.
Esta entidade justifica a decisão pelas “circunstâncias altamente dramáticas e anormais, bem como a dimensão dos estragos causados pelos vários fogos que durante o dia de hoje atingiram o nosso país”.
Ainda que Pedrogão Grande e Figueiró dos Vinhos sejam as zonas mais atingidas, a Cáritas refere que “os recursos angariados através desta conta solidária destinam-se, também, a apoiar as vitimas dos restantes incêndios que estão activos e que deixam nas várias populações marcas de destruição.”
Para além desta acção que apela à solidariedade dos portugueses a Cáritas Portuguesa” já disponibilizou uma verba de 200 mil euros que tem como objectivo o apoio imediato às primeiras necessidades que afectam as populações”.
Fonte: O Algarve

DGS avisa que leite não é antídoto do monóxido de carbono


A Direção-geral de Saúde (DGS) avisou hoje que o leite não tem utilidade como antídoto do monóxido de carbono libertado pelos incêndios, sublinhando que é um mito sem base científica.

Numa nota sobre o risco de lesões por inalação de fumos, a DGS lembra que é um mito a ideia de que o leite é um antídoto do monóxido de carbono, sendo uma ideia sem fundamento científico.

"Não é [um antídoto] e não se deve atrasar a referenciação e o tratamento a nível hospitalar correto", refere a autoridade de saúde.

A DGS reforça que não está descrita utilidade do leite para estes fins em artigos científicos.

Em caso de inalação de fumos, a DGS aconselha a retirar a pessoa do local e evitar que esteja exposta ao calor, bem como a pesquisar sinais de alarme: presença de queimaduras, sinais de dificuldade respiratória ou alterações do estado de consciência.

As crianças e os idosos são os mais vulneráveis aos riscos da inação de fumos.

Fonte: DN

PASPALHO E BRUTO | Trump e a era da política sem ideia alguma


Paspalho e bruto, presidente dos EUA tem um único objetivo: manter-se no poder. A tragédia é que os “representantes do povo”, no mundo todo, pensam quase sempre do mesmo modo

Immanuel Wallerstein | Outras Palavras

Nos círculos familiares e de amigos pelos quais me movo, não acredito que haja alguém que votou em Donald Trump. Isso provavelmente também ocorre com a maior parte dos profissionais de classe média nos Estados Unidos. Além disso, um enorme percentual, entre estes gurupos, está obcecado com Trump e muito ansioso para que ele deixe de ser seu presidente.

Pedem-me com frequência que preveja por quanto tempo ele pode sobreviver no posto. Minha resposta padrão é: de dois dias a oito anos. Isso nunca satisfaz os interlocutores. Não podem acreditar que seja uma sentença séria. Os que fazem a pergunta veem Trump como uma pessoa “má” e acham difícil acreditar que esta visão não seja compartilhada, larga e crescentemente, pela maioria da população, incluindo os que votaram em Trump.

Para os que me questionam, parece ser uma questão de ideologia e ou moralidade. Se os outros não veem a realidade assim (pelo menos ainda), deve ser porque são mal ou insuficientemente informados sobre aquilo em que Trump acredita e como ele age. Pode-se tirar disso duas possíveis conclusões. A otimista é que a luz, ao final, iluminará os ignorantes e Trump será derrubado. A pessimita é que nada mais pode mudar as atitudes da maioria, e portanto não há esperanças.

Acredito que esta forma de enxergar o tema está muito errada. Trump não é um ideólogo. Sim, ele tem uma agenda que perseguirá com o máximo de sua habilidade. Mas a agenda é absolutamente secundária em relação a sua maior prioridade, que é permancer presidente dos Estados Unidos – uma posição que, para ele, equivale a ser o indivíduo mais poderoso do mundo. Ele fará qualquer coisa para permancer neste lugar – inclusive sacrificar qualquer parte de sua agenda, temporária ou permanentemente.

Ele tem extremo orgulho de ser presidente dos EUA. Como disse a um repóter, ele deve estar fazendo algo correto, já que é o presidente e o repórter, não. Ele considera-se validado por estar no posto. Busca aplausos nos outros e esbanja aplausos em si mesmo. Diz que é o melhor presidente que os Estados Unidos tiveram e provavelmente terão.

Mas por que digo que Trump permanecerá no posto de dois dias a oito anos? Porque ele não é o único cuja prioridade é manter-se no posto. Esta opção é partilhada por quase todos os membros do Congresso dos EUA. Há ao menos duas meneiras de remover um presidente: promover o impeachment ou invocar a 25ª emenda à Constituição, que trata da incapacidade de responder às tarefas da presidência.

O que levaria os membros do Congresso, e especialmente os do Partido Republicano, a buscar a remoção de Trump? Eles precisariam acreditar que manter-se no posto depende, em larga medida, de manter o mandato de Trump ou derrubá-lo.

A escolha é clara. O que não lhes parece claro até o momento é que opção os favorece mais. Por isso, oscilam e continuarão a fazê-lo por algum tempo. No momento, não veem vantagem em apoiar as pessoas (quase todas ligadas ao Partido Democrata) que exigem um processo para remover Trump.

Calcular a vantagem relativa das duas opções não é tarefa fácil. É, em grande medida, fazer uma leitura da opinião pública cambiante, algo de dificuldade notória. Os parlamentares leem as pesquisas (mas quais?). Encontram-se, em suas bases, com eleitores (mas quais?). Falam com seus financiadores (mas quais?).

Como em todas as situações relativamente bloqueadas, o bloqueio pode cair com um pequeno acontecimento, inteiramente inesperado, capaz de desencadear outros fatos e provocar, subitamente, uma corrida momentânea a surfar em nova maré. Isso pode ocorrer em dois dias ou nunca, até que Trump termine dois mandatos. É imprevisível. Não tem a ver com ideologia ou agenda. Tem a ver com permanecer no posto, em nome de permancer no posto.

* Immanuel Wallerstein é um dos intelectuais de maior projeção internacional na atualidade. Seus estudos e análises abrangem temas sociólogicos, históricos, políticos, econômicos e das relações internacionais. É professor na Universidade de Yale e autor de dezenas de livros. Mantém um site onde publica seus textos (http://www.iwallerstein.com/).

ELEIÇÕES EM FRANÇA | O CAMINHO DA CONSAGRAÇÃO DE MACRON ACONTECE HOJE


O partido apoiante do novo presidente deve confirmar o favoritismo da primeira volta de há oito dias mas prevê-se um recorde de abstenção para a segunda volta das legislativas francesas. Primeiras projecções às 20h (Lisboa)

Tudo indica que na segunda volta das eleições legislativas francesas, hoje disputadas, o movimento República em Marcha (REM), criado há 16 meses pelo novo presidente Emmanuel Macron, confirme uma larguíssima maioria de lugares (mais 400 lugares em 577) na nova Assembleia Nacional. Para tal basta-lhe manter votações ao nível dos 32,2% da primeira volta e o sistema eleitoral francês uninominal (não proporcional) fará o resto, transformando um terço dos votos expressos em três quartos dos mandatos no parlamento.

Às 19.00 de Lisboa (20.00 francesas) as urnas fecharão e surgirão de imediato as primeiras projecções de resultados e da composição definitiva da nova assembleia, prevendo-se que nas três horas seguintes a situação fique clarificada, com os resultados definitivos a substituírem as previsões.

Uma das tendências desta segunda volta que desde já é possível antecipar é uma previsível subida da abstenção para valores nunca antes atingidos e que poderão chegar aos 53%, superando os 51,29% de 11 de Junho. Nas legislativas francesas há, historicamente, desmobilização da primeira para a segunda volta e ainda mais neste caso em que o desfecho é mais que previsível.

Em 2012 a abstenção fora de 42,78% (à primeira volta) e em 2007 de 39,58%. A excepção que confirma a regra foram as legislativas de 1997. O então presidente Jacques Chirac dissolvera a assembleia para forçar uma maioria de direita mas nas duas voltas (25 de Maio e 1 de Junho) foi derrotado pelas listas conjuntas de socialistas e verdes, o que levou a cinco anos de coabitação entre um PR conservador e um primeiro-ministro socialista (Lionel Jospin). Nessa altura a abstenção foi de 32,08% à primeira volta e de 29,03% à segunda.

Um dos atractivos das segundas voltas são os duelos a dois, três ou quatro, já que tem tenha mais de 12,5% à primeira volta é apurado. Expressando a dimensão da derrota do PS nestas legislativas apenas haverá sete duelos a dois entre candidatos do PS e de Os Republicanos (LR, direita). Na maior parte dos duelos estará a REM: 199 contra a LR, 92 contra a Frente Nacional (FN, xenófoba), 61 contra a França Insubmissa (FI, esquerda radical, nesta segunda volta aliada ao PCF) e 43 contra o PS.

As sondagens sugerem que o efeito de distorção da segunda volta, resultante da dificuldade da FN ou da FI fazerem acordos de desistência mútua com os grandes partidos, impeça estes dois partidos de chegar aos limiar dos 15 deputados que confere o estatuto de grupo parlamentar e a projecção política (tempo de debate, agendamento de temas, etc) correspondente. Já o PS deverá conseguir fazê-lo ainda que por escassa margem.

Um das curiosidades desta segunda volta é saber se Marine le Pen (FN) e Jean-Luc Mélenchon (FI) são eleitos, coisa que, segundo as sondagens é quase certa.

Rui Cardoso | Expresso | Imagem: CHRISTOPHE PETIT TESSON / POOL/EPA

FALTA UMA HORA | Tudo a postos para a estreia de Portugal na Taça das Confederações


Portugal vai jogar com fumos negros devido às mortes em Pedrógão Grande, e vai ser efetuado um minuto de silêncio antes do jogo com o México

A seleção portuguesa vai estrear-se na Taça das Confederações, frente ao México, o único ex-campeão em prova e um dos principais adversários na luta pelo apuramento no Grupo A.

Apontado com um dos favoritos à vitória no torneio, Portugal vai apanhar pela frente uma equipa mexicana que está imbatível há quase um ano em jogo oficiais e que já tem praticamente garantido o apuramento para o Mundial 2018. Este será o segundo jogo oficial de sempre entre Portugal e México. O primeiro aconteceu no Mundial 2006, na Alemanha, com triunfo luso por 2-1.

O encontro vai decorrer na Arena Kazan, estádio com capacidade para 45.379 espetadores, que foi inaugurado em 2013 e que é conhecido por ter maior ecrã gigante exterior da Europa.


Bancos emprestam menos

No mês de Abril, os bancos emprestaram menos dinheiro a empresas e a particulares, revela o Banco de Portugal.
Os empréstimos a empresas não financeiras baixaram 2,2% em comparação com Abril do ano passado, enquanto que aos particulares os bancos concederam menos 2,6% de volume de crédito.
Estes dados não estão em linha com o que se passou ao nível de toda a zona Euro, em que os empréstimos a sociedades não financeiras e a particulares (habitação) foram de 1,6% e 3,0%, respectivamente.
Também no que diz respeito aos depósitos de particulares nos bancos situados em Portugal, a evolução foi negativa. Os depósitos totalizavam 138 mil milhões de euros no final de Abril, o que significa uma variação de -1,2% em comparação o mês homólogo de 2016.
O Banco de Portugal justifica que “esta evolução nos depósitos de particulares foi influenciada por aplicações em outros instrumentos de poupança, nomeadamente pela subscrição, em Abril, de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV)”.

Fonte: O Algarve

Portugal e México empatam na Taça das Confederações

O mexicano Moreno marcou já nos "descontos" (90+1 m) e neutralizou o marcador (2-2) do jogo de abertura do grupo B da Taça das Confederações de futebol, que decorreu nesta tarde de domingo, em Kazan, na Rússia.
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Ricardo Quaresma e Chicharito Hernandez tinham marcado os golos com que as equipas se empataram ao cabo da primeira parte e Cédric Soares, ao minuto 87, fez o remate que parecia encaminhar Portugal para o triunfo, até, já nos descontos, na sequyência de um canto, o México restabeleceu a igualdade.
Na Kazan Arena, um dos estádios mais vanguardistas da Europa, outra tecnologia de ponta, correntemente reduzida à sigla VA, a do videoárbitro, também esteve em destaque durante a primeira parte do desafio. O árbitro argentino Néstor Pitana teve dúvidas num lance de ataque de Portugal, concluído com um remate vitoriosos de Pepe, e pediu ajuda ao VA, que mandou anular o golo. As repetições do lance não foram conclusivas.
No jogo de abertura do grupo A, disputado ontem, a Rússia venceu a Nova Zelândia, por 2-0.

Fonte: JN
Foto: REUTERS/ John Sibley

CGD abre conta solidária para afetados pelo incêndio de Pedrogão

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O banco do Estado decidiu atribuir uma série de benefícios aos cidadãos que viram os seus bens destruídos ou que vivem na zona da tragédia.

A Caixa Geral de Depósitos acaba de criar a ‘Conta Solidária Caixa’ para ajudar as vítimas do incêndio de Pedrogão Grande, avança fonte do banco estatal. Além da conta, aberta com um donativo de 50 mil euros da CGD, o banco “desenvolveu igualmente uma campanha no multibanco designada ‘Ser Solidário Pedrogão’, através da qual os portugueses poderão contribuir”. A Conta Solidária Caixa (com o número 0001 100000 330 e o IBAN PT50 0035 0001 00100000330 42) está também ativa dos meios que a CGD dispões, nomeadamente nas redes sociais e nas caixas automáticas.

Além da abertura de conta e da campanha solidária no multibanco, “a Caixa Geral de Depósitos decidiu desenvolver uma série de medidas de modo a atenuar os impactos desta tragédia, nomeadamente: aos Clientes CGD (com crédito à habitação) com habitação destruída será atribuída uma moratória de capital e juros até dois anos; antecipação de reembolso da seguradora para despesas imediatas, para clientes e não clientes da CGD; concessão de uma linha de crédito com limite máximo de 50 mil euros com uma taxa de até 75% (desconto de 25% sobre a taxa praticada) das taxas em vigor para Crédito à Habitação, com prazo de sete anos taxa fixa e maturidade de sete anos, destinada a compra de equipamentos e obras de reabilitação. Esta linha é passível ser extensível a um maior montante, avaliado caso a caso de forma a responder eficazmente a cada caso concreto”.

Segundo a mesma nota oficial ”esta medida estará igualmente disponível para as empresas afetadas”. A instituição bancária está ainda a fazer um levantamento do parque de imóveis de modo a encontrar para os desalojados nas regiões afetadas pela tragédia.

Fonte: Jornal Económico
Foto: Rafael Marchante/Reuters

CATÁSTROFE Pedrógão. Forças Armadas mobilizam. Marinha fornece 2400 refeições diárias

A Marinha tem a caminho de Pedrógão Grande 20 militares e uma cozinha de campanha para fornecer 2.400 refeições diárias a 800 pessoas. 

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As Forças Armadas portuguesas estão a mobilizar a apoio para apoiar as populações de Pedrógão Grande, onde desde sábado grassa um incêndio que já vitimou 61 pessoas e feriu 57, algumas delas em estado grave. 

A Marinha tem a caminho de Pedrógão Grande (Leiria) 20 militares e uma cozinha de campanha para fornecer 2.400 refeições diárias a 800 pessoas entre esta noite e terça-feira, adiantou o porta-voz da Marinha, comandante Pedro Coelho Dias, em declarações à Lusa. Uma coluna com duas dezenas de fuzileiros está a caminho da zona para servir o pequeno-almoço, almoço e jantar a 800 pessoas, entre a noite de hoje e terça-feira, pelo menos. 

A Marinha está ainda a aprontar quatro pelotões (80 militares) do Batalhão de Fuzileiros N.º 2, sediados na Base Naval do Alfeite, em Almada, que terão como missão no teatro de operações o rescaldo e o reconhecimento de zonas de difícil acesso, às quais os bombeiros ainda não conseguiram chegar, sob coordenação da ANPC. Estão ainda a preparar um posto avançado de saúde para a prestação de cuidados médicos, a ser utilizado em caso de necessidade.

Quatro pelotões (cerca de 100 militares) foram mobilizados pelo Exército para apoiar nas operações e três equipas ligeiras de vigilância, compostas por 3 a 4 militares cada equipa. No terreno estão ainda quatro destacamentos de engenharia constituídos, cada um, por uma máquina de arrasto e 4 a 5 militares, tendo o Exército disponibilizado uma ambulância para apoiar o Hospital de Abrantes.

Quatro pelotões do Exército encontram-se desde a manhã de hoje no terreno em operações de rescaldo e verificação.

O comandante das forças terrestres retirou do Exercício militar ORION17 o 1.º Batalhão de Infantaria Paraquedista e deu ordens para regressar a Tomar, preparando-se “para apoiar assim que for solicitado”, informou o porta-voz do Exército, tenente-coronel Vicente Pereira. 

A Força Aérea Portuguesa, mobilizou um avião P3-C Orion para o incêndio de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, para ajudar na monitorização da área ardida. 

A aeronave descolou da Base Aérea Nº 11, em Beja, para o aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa, onde embarcaram dois elementos da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) e depois rumou até ao teatro de operações, para também ajudar “na identificação de pontos quentes suscetíveis de gerarem reacendimentos”, segundo a ANPC. 

O P3-C Orion da FAP vai “apoiar os meios de combate, designadamente fazendo a monitorização da área ardida e a identificação de pontos quentes suscetíveis de gerarem reacendimentos”. Esta aeronave é habitualmente utilizada no patrulhamento marítimo e está equipada com radares e capacidade de fotografia e vídeo.

A FAP já tinha um helicóptero Alouette III afeto ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais. 

O incêndio de grandes proporções e o o número elevado de vítimas mortais está a gerar uma onda de solidariedade, com diversas figuras públicas, do Papa Francisco a Emmanuel Macron, presidente da França, a lamentar a perda de vidas. 

A Seleção Nacional de Futebol fez um minuto de silêncio antes do jogo contra o México na Taça das Confederações, tendo atuado com fumos negros, e está a realizar uma colecta entre os jogadores e equipa técnica para apoiar as famílias. 

Fonte Dinheiro Vivo

Comunicado do Conselho de Ministros Estraordinário

O Conselho de Ministros aprovou hoje o Decreto que declara luto nacional nos dias 18, 19 e 20 de junho pelas vítimas do incêndio que deflagrou no Município de Pedrógão Grande e afetou vários concelhos do nosso país, provocando a perda irreparável de vidas humanas.
Este Decreto, aprovado fazendo uso da faculdade de deliberação eletrónica prevista nos termos do Regimento do Conselho de Ministros, produz efeitos a partir do dia 18 de junho de 2017 e entra imediatamente em vigor.​
Fonte: BPS

Castanheira de Pera: “Isto Está uma Situação Catastrófica. Está Caótica”

O presidente da Câmara de Castanheira de Pera, Fernando Lopes, um dos concelhos do distrito de Leiria afetados pelo incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, descreveu a situação que se vive como “caótica” e “catastrófica”.
“Isto está uma situação catastrófica. Está caótica”, disse o presidente da Câmara de Castanheira de Pera, Fernando Lopes, por telefone, à agência Lusa durante a madrugada.
Afirmando ter “infelizmente” registo de vítimas mortais e de feridos no seu concelho, Fernando Lopes não soube, contudo, precisar as vítimas ou as casas ardidas.
“Não tem havido comunicações e isso dificultou muito. Temos muitas casas ardidas em várias localidades, mas não sei quantas ao certo”, disse.
O autarca frisou ainda que o fogo “não dá sinais de querer abrandar” e que têm “poucos meios” a combatê-lo.
“Todos temos ajudado e todos somos poucos”, lamentou o presidente da câmara.
O fogo deflagrou ao início da tarde de sábado numa área florestal em Escalos Fundeiros, em Pedrógão (distrito de Leiria), e alastrou-se aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.
Segundo a página da Proteção Civil na internet, as operações mobilizam esta madrugada 692 operacionais e 224 viaturas.
Fonte: http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/castanheira-de-pera-isto-esta-uma-situacao-catastrofica-esta-caotica
Idem BPS

Pedrogão Grande: Origem do Incêndio Esteve Numa Trovoada Seca

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) disse há momentos aos orgãos de comunicação social que o incêndio de Pedrógão Grande teve origem numa trovoada seca, afastando qualquer indício de origem criminosa.

“A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivamente encontrámos a árvore que foi atingida por um raio”, afirmou Almeida Rodrigues.


Fonte: BPS

Piloto de Meio Aéreo Afirma “Ontem a Mãe Natureza Decidiu que Quem Manda é Ela”

João Silva dos Santos é piloto de um dos KAMOV ao serviço da Protecção Civil Nacional que ontem esteve empenhado no combate ao incêndio em Castanheira de Pêra.
O piloto começa por referir em nota pessoal no seu Facebook que para evitar “que as politiquices comecem vou relatar o que vi ontem. Os fogos de ontem não têm nada de semelhante com aquilo a que estamos habituados. Ontem a mãe natureza decidiu que quem manda é ela.”
No decorrer da sua missão o piloto assume ter assistido a “trovoadas secas com relâmpagos brutais a cair na floresta, ventos fortíssimos e sempre a mudar de direcção e um tipo de nebulosidade que nunca tinha visto”.
Hoje de manhã os meios aéreos estão a registar dificuldades na entrada ao combate neste teatro de operações tendo já hoje de manhã a protecção civil assumido que as condições de fumo no ar estão a impedir o trabalho destes meios.
No entanto o Comandante João Santos assume que já ontem “o combate aéreo nestas condições é extremamente difícil e perigoso. Completei em Maio 15 anos neste serviço e quando julgava que já tinha visto tudo afinal estava enganado.”
Termina a sua nota descansando todos dizendo que “a resposta dos meios de protecção civil foram os adequados e necessários mas contra a mãe natureza é difícil ganhar. Os meus sinceros sentimentos aos familiares das pessoas que faleceram”.
Fonte: BPS

Aviões de Espanha Chegam Hoje para Ajudar no Combate às Chamas

Chegam dois aviões Canadair de Espanha para apoia Portugal no combate aos incêndios.
Os meios aéreos portugueses vão ter esta manhã de domingo dois reforços vindos de Espanha.
“Estão acionados já meios aéreos de Espanha para apoiarem Portugal num ataque forte e reforçado ao início da manhã” aos incêndios, disse António Costa.
“A prioridade agora é que os incêndios sejam controlados durante a manhã, de forma a que os meios estejam o mais disponíveis possível para fazer frente a novas ocorrências que tenham lugar da parte da tarde”, afirmou o primeiro-ministro.
Os aparelhos são ‘dois Canadair’ e chegarão a Portugal pelas 08h00 de hoje para reforçar os meios aéreos portugueses.
António Costa confirmou, durante a madrugada, que o número de vítimas mortais do incêndio em Pedrógão Grande subiu para 24.
Fonte: https://sol.sapo.pt/artigo/568220
Idem BPS

Eu, Psicóloga: A vida dos seus amigos não é tão incrível quanto você imagina

Eles não saem mais do que o normal, nem ficam com mais pessoas - pesquisa mostra que adolescentes superestimam uns aos outros

Uma equipe de pesquisadores, liderados pela psicóloga Sarah W. Helms, chegou à conclusão que adolescentes superestimam a vida de seus amigos. Em outras palavras, eles acreditam que os amigos saem mais, namoram mais, bebem mais - todas atividades que, para os jovens, seriam associadas a pessoas mais legais.

O estudo (Clique aqui) foi realizado em duas partes. Em um primeiro momento os pesquisadores dividiram 235 alunos do ensino médio de um colégio público em quatro categorias (“atletas”, “populares”, “nerds” e “valentões” - lembrou de O Clube dos Cinco?), para saber se algum grupo achava outro mais divertido. Naturalmente, os atletas e populares foram os mais superestimados.

O método foi simples: primeiro eles perguntaram para os alunos com qual frequência eles tinham um comportamento considerado “arriscado” (como beber, fumar ou fazer sexo) e “benéfico”. Depois, perguntaram quais grupos partilham os mesmo comportamentos.

O resultado foi assustador: sempre achamos ser menos legais que nossos amigos. Por exemplo, os que não estavam no grupo dos atletas sempre achavam os atletas mais legais. Ao mesmo tempo, os atletas achavam os populares mais legais e assim sucessivamente.

A segunda parte do estudo foi feita com outros 166 alunos do nono ano de outro colégio, com renda menor e em uma zona rural dos EUA. Os pesquisadores usaram o mesmo método para descobrir quem era popular e quem não era. A diferença foi o tempo: eles repetiram as perguntas por dois anos. Concluíram que o comportamento que os adolescentes diziam ser de pessoas “legais”, como beber ou fumar, tornava-se um hábito entre eles.

A psicologia explica esse efeito como “ignorância pluralística”, um estado onde muitos membros de um grupo têm crenças erradas sobre o comportamento de outros membros, superestimando-os e sendo influenciados.

Então, não pense que seu amigo tem uma vida tão excitante assim. Ela é tão divertida - ou sem graça - quanto a sua!

Fonte: Debora Oliveira

Eu, Psicóloga: Como funciona um teste vocacional?

Psicólogos fazem um levantamento das aptidões e interesses da pessoa e apresentam profissões que tenham a ver.



 Na verdade, a palavra “teste” hoje é considerada ultrapassada – fala-se mais em orientação vocacional. E é importante notar que ele não tem por finalidade definir a profissão da pessoa. O objetivo, na verdade, é ajudá-la a conhecer a si mesma e ao mercado e escolher sua área de trabalho da forma mais consciente possível.

1. Após uma primeira conversa com o psicólogo, a pessoa participa de dinâmicas, entrevistas e exercícios. Isso ajuda a descobrir quais são os interesses e se eles batem com as aptidões. Não adianta gostar de números e não ter bom raciocínio lógico, por exemplo. Ainda é preciso identificar expectativas: quais vontades são realmente da pessoa e quais são influência da família?

2. Com as informações coletadas, os orientadores apresentam as opções de profissões. É feito o levantamento de cada carreira que o aluno poderia seguir dentro de suas áreas de interesse. Além disso, o orientador também pode apresentar profissões que o aluno desconhecia até então

3. A partir do momento em que o aluno já tem na cabeça as profissões que gostaria de seguir, há um encontro com profissionais daquela área. Com eles, tem a oportunidade de saber como é o dia a dia daquela carreira e a realidade do mercado de trabalho

4. Já mais certo das profissões que deseja, o aluno ganha lições sobre como é o mercado de trabalho daquela função. Isso serve para comparar as expectativas com a realidade e ajudá-lo a se preparar

5. Ao longo do processo, o aluno também pesquisa sobre as ocupações de que gostou para entender a grade de disciplinas da faculdade. É também o momento para ver qual é o custo do curso e se ele tem condições de pagar as instituições que prefere. Depois disso, é com o aluno: ele decide qual caminho quer seguir

QUESTÕES EXISTENCIAIS

Algumas das perguntas feitas no teste

– Quais as matérias de que você mais gosta na escola?

– Quais as matérias em que tem mais dificuldade?

– Em que situações se sente muito bem?

– Em que tipo de ambiente gostaria de trabalhar?

– Com quais “objetos” gostaria de trabalhar? (ex.: números, pessoas, dinheiro, tinta, bichos)

PARA ONDE EU VOU?

Saiba em qual área se encaixa o seu perfil

Exatas -Geralmente, atraem quem tem interesse por física, bons raciocínios lógico e aritmético e predisposição em trabalhar com questões de raciocínio espacial (engenharia)

Humanas -Para quem gosta de interagir com pessoas e tem interesse maior na área social, facilidade de contatos interpessoais, raciocínio verbal e amplo repertório vocabular


Biológicas -Costuma ser o destino de quem possui uma vontade ou uma preocupação de entender o funcionamento do corpo, além de interesse nas áreas de zootecnia e botânica

E você, já decidiu sua profissão? Você não precisa decidir agora, mas já garanta o desconto de até 70% no seu curso na sua Faculdade de escolha, clicando aqui:  Quero Bolsa . Não perca!

Debora Oliveira