sábado, 30 de janeiro de 2021

Portugal quase duplica número de mortos num mês


Portugal quase duplicou o número de óbitos por covid-19 em 30 dias, passando de 6.906 mortes, registadas no boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), de 31 de dezembro, para o total de 12.179, assinaladas hoje.

No dia 31 de dezembro, a DGS referia um aumento de 66 óbitos face ao dia anterior. Desde essa data, o número de mortes por SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas foi subindo quase sempre, ultrapassando, pela primeira vez, a barreira dos 100 óbitos, no dia 08 de janeiro, quando se registaram 118 mortes.

Apesar de algumas oscilações ao longo do mês, o número de óbitos por covid-19 em Portugal não voltou a sair dos três dígitos.

No dia 21, o país ultrapassou, pela primeira vez, as duas centenas de óbitos, com o boletim da DGS a assinalar 221 mortes, num dia com 13.987 novas infeções.

Os números máximos no país foram alcançados no dia 28, quando se registaram 303 óbitos e um recorde de 16.432 novos casos positivos de SARS-CoV-2, em 24 horas.

Também ao nível dos internamentos, o mês de janeiro traduziu-se num aumento. No dia 31, o boletim da DGS indicava a existência de 2.840 internados, dos quais 482 em unidades de cuidados intensivos. Hoje, há 6.544 pessoas internadas por covid-19, 843 delas em cuidados intensivos.

Portugal tem agora 179.939 casos ativos, mais 107.443 do que registava no final do ano.

Num mês, o país contabiliza 297.340 novas infeções pelo novo coronavírus e 184.624 recuperados.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.206.873 mortos resultantes de mais de 102 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 12.179 pessoas dos 711.081 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Lusa

Demitiu-se responsável pela delegação Norte do INEM depois de polémica com vacinas


O responsável pela delegação do Norte do INEM apresentou a demissão depois de ter sido noticiado que o instituto tinha vacinado contra a covid-19 funcionários de uma pastelaria no Porto, confirmou à Lusa fonte do instituto.

Segundo noticiou hoje o Correio da Manhã, a delegação regional do Norte do INEM incluiu os proprietários e funcionários de uma pastelaria do Porto no grupo de profissionais que foi vacinado na primeira fase do plano de vacinação.

Questionado pela Lusa, o INEM remeteu mais explicações para uma declaração a fazer na delegação do Norte, pelas 16:30.

Lusa

França não exige teste aos camionistas que entrem no seu território


França não vai exigir um teste PCR [zaragatoa] negativo ao SARS-CoV-2 aos camionistas que entrem no seu território, ao contrário do que poderá suceder com os restantes viajantes, indicaram fontes do governo à agência EFE.

Segundo a EFE, poderá ser exigido um teste negativo, a partir deste domingo, a todos os que chegarem por estrada ou comboio ao território francês.

As referidas fontes disseram à EFE, que o controlo para o cumprimento destas novas regras sobre comboios ou atravessamento de fronteira por estrada serão "aleatórios".

Além dos motoristas profissionais, também não serão obrigados a apresentar um teste negativo os trabalhadores transfronteiriços, que têm de atravessar a fronteira diariamente por motivos de trabalho.

O primeiro-ministro, Jean Castex, anunciou, esta sexta-feira, um reforço do regime de entrada em território francês para tentar evitar uma escalada de infeções e conter, acima de tudo, a chegada de novas variantes do SARS-CoV-2.

A partir da meia-noite de sábado, França estará quase totalmente fechada aos países fora da União Europeia, uma vez que só será possível viajar para um ou outro sentido por "motivos imperiosos".

Os que justificarem o "motivo imperioso" terão de apresentar um teste PCR realizado nas últimas 72 horas antes do voo e comprometerem-se em cumprir um isolamento de sete dias após a chegada a França, realizando ainda um segundo teste.

Até agora, apenas franceses ou estrangeiros residentes estavam autorizados a viajar para França de fora da União Europeia.

As viagens de outros países fora do espaço europeu (UE, Andorra, Islândia, Liechtenstein, Mónaco, Noruega, San Marino, Vaticano e Suíça) não estarão condicionadas a uma "razão convincente", mas estarão sujeitas a um teste PCR.

A partir de domingo, quem entrar em França por via terrestre não tem obrigação de cumprir o confinamento, mas "é altamente recomendável isolar-se por sete dias", segundo refere o Ministério do Exterior na sua página de aconselhamento aos viajantes.

Na última semana, França tem vindo a registar uma média de pouco mais de 20.000 infeções diárias (22.858 foram notificados nesta sexta-feira) e os números de doentes hospitalizados com covid-19 (mais de 27.300), assim como aqueles que estão internados em unidades de cuidados intensivos (mais de 3.000), têm crescido de forma quase ininterrupta desde o final do ano passado.

Lusa

Imagem: JN

Covid-19: 293 óbitos, mais de 12 mil novos casos e máximo de internamentos em UCI. Os números do boletim deste sábado


Portugal registou hoje 293 mortes relacionadas com a covid-19 e 12.435 casos de infeção por SARS-CoV-2, atingindo, assim, as 5.000 mortes só no mês de janeiro, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Portugal registou hoje 293 mortes relacionadas com a covid-19 e 12.435 casos de infeção com o novo coronavirus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

No que diz respeito ao número de óbitos, o valor de hoje faz com que só no mês de janeiro se tenham registado mais de cinco mil mortes causadas por infeção pelo novo coronavírus.

O boletim revela também que estão internadas 6.544 pessoas, menos 83 do que na sexta-feira, das quais 843 em unidades de cuidados intensivos, ou seja, mais 37, este último um valor que representa um novo máximo da fase pandémica.

O número de internamentos está a subir desde o dia 1 de janeiro, dia em que estavam 2.806 pessoas internadas.

Desde o início da pandemia, Portugal já registou 12.179 mortes associadas à covid-19 e 711.018 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 179.939 casos, menos 1.872 do que na sexta-feira.

O boletim regista ainda que mais 14.014 pessoas foram dadas como recuperadas, fazendo subir para 518.900 o número de recuperados desde o início da pandemia em Portugal.

 

Fonte: MadreMedia

Taça Libertadores. Abel Ferreira e Palmeiras tentam suceder a Jorge Jesus e Flamengo


O Palmeiras, de Abel Ferreira, e o Santos, que foi de Jesualdo Ferreira, disputam hoje no mítico Maracanã a terceira final brasileira da história da Taça Libertadores em futebol, à procura de suceder ao Flamengo, de Jorge Jesus.

Numa edição 2020 com epílogo em 2021 por culpa da pandemia da covid-19, o ‘verdão’ tenta repetir o título inédito de 1999, então liderado pelo ex-selecionador português Luiz Felipe Scolari, enquanto o Santos quer replicar os feitos de 1962 e 1963, com Pelé, e 2011, com Neymar, no que será para ambos a quinta final.

O vencedor selará o 20.º título brasileiro, a cinco dos argentinos, e segundo consecutivo, depois do triunfo do ‘Fla’, de Jorge Jesus, em 2019, com uma vitória por 2-1 na final sobre o River Plate, na primeira decisão a um jogo, em Lima, no Peru.

O ex-avançado benfiquista Gabriel Barbosa foi o ‘herói’ do ‘mengão’, com um ‘bis’ na parte final, aos 89 e 90+2 minutos, dando a volta ao golo de Rafael Santos Borré, aos 14.

Agora, um ano, dois meses e uma semana depois, um novo treinador português tem a hipótese de ‘agarrar’ o troféu, depois de um trajeto iniciado na fase a eliminar, na qual os comandados de Abel Ferreira afastaram Delfín, Libertad e River Plate.

Por seu lado, o Santos, de Cuca, que sucedeu a Jesualdo Ferreira após as duas primeiras jornadas da fase de grupos, afastou no ‘mata mata’ a Liga de Quito, o Grêmio e o Boca Juniors.

A final da 61.º edição da prova, e terceira 100% por cento brasileira, depois de duas com o São Paulo (bateu o Athletico Paranaense, em 2005, e perdeu com o Internacional, em 2006), tem início às 17:00 locais (20:00 em Lisboa).

 

Fonte: MadreMedia/Lusa

Alemanha “fecha portas” a Portugal e mais quatro países a partir de hoje


Portugal é um dos cinco países mais afetados pela pandemia de covid-19 cujos cidadãos vão ficar, a partir de hoje, proibidos de entrar na Alemanha, tal como anunciou sexta-feira o Governo alemão.

A decisão, que numa primeira fase vigorará até 17 de fevereiro, obriga ao encerramento das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas a viajantes oriundos de Portugal, Reino Unido, Irlanda, Brasil e África do Sul, cinco países fortemente assolados pelo novo coronavírus.

A medida foi tomada, segundo Berlim, para "proteger a população" e "limitar a propagação das novas estirpes" da covid-19, lê-se num documento do Ministério da Saúde alemão.

As restrições incluem, porém, várias exceções, nomeadamente para os alemães que vivam nos países a que diz respeito a nova decisão e para os residentes portugueses, britânicos, irlandeses, brasileiros e sul-africanos que residam na Alemanha, bem como os passageiros em trânsito ou ainda a circulação de mercadorias.

Entre as exceções figuram ainda os transportes por razões de saúde.

Quinta-feira, o Governo de Portugal proibiu a saída de portugueses do país, ficando interditadas deslocações para fora do território continental efetuadas por qualquer via, designadamente rodoviária, ferroviária, aérea, fluvial ou marítima.

O decreto nesse sentido foi publicado sexta-feira no Diário da República, na medida legal que regulamenta o estado de emergência em Portugal.

Em Berlim, o governo alemão indicou que impôs a proibição por sua própria iniciativa, independentemente da dos seus parceiros da União Europeia (UE), que ainda não chegaram a acordo sobre uma abordagem uniforme sobre a questão.

Também quinta-feira, o ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, indicou ser intenção de Berlim reduzir "ao mínimo" o tráfego aéreo internacional com destino à Alemanha face ao avanço da pandemia do novo coronavírus, tal como fez Israel.

Há vários meses que a entrada na Alemanha se tornou cada vez mais complicada para cerca de 160 países do mundo, em particular com a obrigação de apresentar um teste negativo feito menos de 48 horas antes ou logo após a chegada, seguido por "uma quarentena dissuasiva de 10 dias".

No entanto, na maioria dos casos poderá ser encurtado para cinco dias após um segundo teste negativo.

Lusa

Imagem: SAPO

Fernando Santos protagonista de campanha da FPF contra discriminação

O selecionador de Portugal, Fernando Santos, é o rosto da nova campanha contra a discriminação da FPF, lançada hoje em parceria com a Amnistia Internacional e dedicada aos Direitos Humanos.

O que fazem no campo influencia quem joga à bola no bairro, na escola, em todo o lado. Lembrem-se que somos todos seres humanos, somos todos iguais, não interessa a cor da pele, a raça, o género ou a orientação sexual. Não entrem na onda das ofensas, não deem espaço ao racismo", afirma o técnico campeão europeu, no filme lançado no Dia Internacional da Não Violência e da Paz nas Escolas.

Para assinalar a data, as duas organizações voltaram a unir forças para "educar para os Direitos Humanos, passando a mensagem de que o racismo, a xenofobia e a discriminação não têm lugar no futebol", realça em comunicado a FPF.

"A educação vem muito antes da rivalidade. Está na hora de dar o nosso melhor, sem esquecer o mais importante que podemos dar: o exemplo", vincou Fernando Santos.

O filme insere-se no projeto "Eu Jogo Pelos Direitos Humanos", que a Amnistia Internacional lançou em setembro de 2020 na sede da FPF, e que conta com o apoio, além da entidade liderada por Fernando Gomes, da Liga Portugal, do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, várias entidades governamentais, operadoras de telecomunicação como a Altice e a NOS, entre outras instituições e empresas ligadas ao futebol nacional.

O objetivo do projeto é sensibilizar e educar todos os agentes desportivos para os Direitos Humanos.

O lançamento coincide com o Dia Internacional da Não Violência e da Paz nas Escolas, uma data instituída em 1964 com o objetivo de alertar alunos e toda a sociedade para valores como o respeito, a tolerância e a solidariedade.

Lusa

GNR registou 467 crimes nas escolas em 2020 e lança campanha de sensibilização

Quase 500 crimes em ambiente escolar foram registados no ano passado pela GNR, que lançou hoje uma campanha nacional de sensibilização contra a violência nas escolas que conta com a parceria de cerca de 150 municípios do país.

Em 2020, militares da GNR policiaram cerca de 4.500 escolas com mais de 630 mil alunos. Destes, sinalizou mais de 5.600 crianças e jovens e registou 467 crimes em ambiente escolar, revela a Guarda Nacional Republicana, em comunicado.

A campanha #NãoSouUmAlvo é lançada no dia em que se assinala o Dia Internacional da Não Violência e da Paz nas Escolas e visa "contribuir para a prevenção e para o combate à violência em ambiente escolar".

"Não obstante estarmos numa altura em que a pandemia covid-19 levou a uma interrupção da atividade letiva, a Guarda entendeu, ainda assim, desenvolver esta campanha e assinalar a data em questão, dada a sua relevância, com o objetivo de alertar e sensibilizar a população em geral e, em particular, as crianças e jovens, os quais serão as mulheres e homens de amanhã, para a existência de violência exercida nas escolas, muitas vezes caracterizada como bullying", afirma no comunicado.

Apesar de não se encontrar tipificado na legislação penal como ilícito criminal, o bullying é caraterizado por atos contínuos de violência física, psicológica e/ou emocional, intencionais e repetidos, com a finalidade de infligir dor e angústia, praticados por um indivíduo ou um grupo de indivíduos diretamente contra a vítima, que não é capaz de se defender por si só.

Desta forma, poderão estar em causa os crimes de ofensas à integridade física, injúrias, ameaça e coação, refere a GNR, advertindo que "nas escolas, a maioria destes atos ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida, ocorrendo muitas vezes através dos meios digitais, mais concretamente, nas redes sociais".

Segundo a GNR, esta campanha resulta também de um desafio lançado a todos municípios da sua zona de ação, no sentido de se associarem, através da disponibilização de espaços publicitários para afixação da imagem da campanha, sob a forma de painéis de grandes dimensões (outdoors), mobiliário urbano para informação (MUPI), folhetos ou outras, bem como através da difusão nas suas plataformas digitais.

"Desta forma, a campanha da GNR tem como parceiros cerca de 150 municípios que decidiram aderir a esta causa, garantindo-se uma alargada difusão" da imagem e de um vídeo da campanha.

A GNR adianta que se trata de "uma iniciativa enquadrada numa estratégia de consciencialização, que visa contribuir para a mudança de comportamentos da sociedade e para a progressiva intolerância social face à violência nas escolas".

Aconselha ainda os pais a estarem atentos às alterações no humor dos filhos, abatimento físico e/ou psicológico, sinais de impaciência ou ansiedade, piores resultados e desinteresse na escola, queixas físicas permanentes (dor de cabeça, de estômago, perturbações no sono, nódoas negras), irritabilidade extrema, ou qualquer outra mudança de comportamento, pois podem traduzir sintomas de uma vítima de bullying.

Lusa

Imagem: TVI24

Bibliotecas criam serviços ‘online’ e ao domicílio para chegar à comunidade


Atividades de artes manuais, biblioterapia e leituras 'online', partilha de conteúdos e entregas ao domicílio são algumas das atividades que as bibliotecas municipais estão a desenvolver enquanto o confinamento imposto pela pandemia as obriga a manter as portas fechadas.

Apanhadas de surpresa pela pandemia e pelo primeiro estado de emergência, as bibliotecas municipais tiveram de se reinventar, e neste segundo momento de confinamento estão quase todas ativas, a oferecer serviços às comunidades, para combater o isolamento, a exclusão e a desinformação, disse à Lusa o subdiretor-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas Bruno Eiras.

"Após alguma desorientação no primeiro confinamento, compreensível dada a incerteza com o que estávamos a lidar, mas também atendendo à praticamente inexistência de conteúdos e serviços 'online' que pudessem servir de alternativa, as bibliotecas da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas [RNBP] no geral procuraram colmatar esse vazio", contou.

Atualmente, das 239 bibliotecas que integram a rede, são menos de 20% as que encerraram por completo e estão sem serviço algum.

As que estão presentes nas redes sociais conseguiram mais facilmente manter contacto com os utilizadores - gravaram ou partilharam em direto a leitura de histórias, contos e poemas 'online'.

Num segundo momento, prepararam outras alternativas, como ateliês de trabalhos manuais e sessões de biblioterapia, mas "o que caracterizou mais a atividade 'online' das bibliotecas foi a partilha de recursos e conteúdos gratuitos disponibilizados por outras instituições, a chamada curadoria da informação, através da pesquisa e seleção de informação e conteúdos disponíveis na Internet", destacou o também diretor dos serviços de bibliotecas da Direção-Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

Assim, na maioria dos casos, mesmo com as portas fechadas, as bibliotecas mantêm serviços à comunidade, seja com oferta de atividades e serviços online, por telefone, ou 'email' -- como hora do conto, sessões de leitura, clubes de leitura, oficinas, leituras via telefone, serviço de referência e informação à comunidade, sugestões de leitura, consulta de catálogo, entre outros -, seja com serviços de empréstimo de livros revistas, CD e DVD ao domicílio.


No que respeita a este serviço de empréstimo em 'take-away', a maioria das bibliotecas já o tem e está a fazê-lo "à porta, em modo 'drive-in', ao domicílio e às vezes até deixando os livros em locais previamente acordados", especificou o responsável, indicado que a página de Facebook da RNBP tem informação sobre estes serviços e atividades.

"Podemos agora contar dezenas de bibliotecas com uma programação 'online' semanal ou mensal, continuada, abarcando diferentes atividades e dirigida a diferentes públicos", salientou.

As bibliotecas tentaram ainda "colmatar a falta de literacia digital de grande parte da população, partilhando tutoriais e orientações para a navegação segura na Internet".

Além disso, na semana passada, a DGLAB fez um apelo às bibliotecas da rede para que deixassem o seu sinal de WiFi aberto e, se possível, o amplificassem, de forma a que quem não tem acesso de outra maneira possa rapidamente aceder à Internet através dele.

O objetivo é permitir que mais pessoas possam "obter informações importantes, descarregar um documento 'online', consultar farmácias de serviço, números de telefone, transportes, orientações da Proteção Civil ou outros".

"Dado que o comportamento das bibliotecas públicas é o de estarem próximas das suas comunidades, de uma maneira geral todas têm tentado fazê-lo, mesmo com as portas fechadas. As disparidades decorrem sobretudo das decisões das autarquias face à gravidade da situação pandémica", disse Bruno Eiras.

É o caso da Biblioteca Municipal de Olhão, que foi "requisitada" para a luta local contra a pandemia, tendo o seu espaço e recursos humanos sido afetos à proteção civil e ação social do município.

Depois há os casos da Biblioteca Municipal de Castro Marim, também no distrito de Faro, que utiliza os seus espaços e recursos conjuntamente com a Ação Social, mas sem deixar de prestar o serviço de biblioteca a quem a ela recorre.

Ou o exemplo da Biblioteca Municipal do Fundão e da Biblioteca Municipal de Leiria, que "estão na linha da frente dos serviços da autarquia através da gestão de empréstimo de equipamento de informática a famílias carenciadas", ou tendo um papel ativo junto dos serviços de ação social através do empréstimo de livros, revistas e brinquedos a crianças.

"Temos também conhecimento de que há Redes Intermunicipais de Bibliotecas que estão a desenvolver atividades conjuntas, em rede, para toda a sua região. É o caso da Comunidade de Leitores Online da Rede Intermunicipal de Bibliotecas do Oeste e da iniciativa 'Ligados pela Leitura' da Rede Intermunicipal das Bibliotecas das Beiras e Serra da Estrela", acrescentou Bruno Eiras.

Questionado sobre a adesão que todos estes serviços estão a ter junto das populações, Bruno Eiras afirmou não ter essa indicação concreta, mas sabe que são "sempre insuficientes por deixarem de parte a população que não domina as tecnologias e que não tem como aceder às redes sociais ou a outras plataformas".

"Temos relatos bastante positivos do impacto dos serviços de empréstimo ao domicílio e do trabalho que as bibliotecas itinerantes estão a fazer junto das populações mais isoladas, mas não temos número concretos", afirmou.

Apesar de todo este trabalho, houve muita coisa que se perdeu com os confinamentos, reconhece: "Perdeu-se tudo o que se perde quando se distancia a cultura, o conhecimento, a leitura e as literacias de quem já de si é mais vulnerável (grupos em risco de exclusão, pessoas isoladas, idosos e pessoas economicamente e socialmente mais fragilizadas), aumentaram-se distâncias, apesar do esforço de reinvenção e de proximidade das bibliotecas e das equipas".

Quando a biblioteca municipal encerra numa comunidade, interrompe-se "o trabalho de equilíbrio e equidade social, cultural e até cívica", destacou, lembrando que em muitos municípios, as bibliotecas públicas são o único ponto de acesso à Internet, gratuito, com qualidade e com alguém que possa ajudar a utilizar um computador.

Em muitas vilas e cidades, as bibliotecas são o principal ponto de acesso à informação, 'online' e em papel, sobre serviços públicos, informação do quotidiano ou até na procura ativa de emprego, são dos poucos espaços para ter acesso aos livros, à música ou ao cinema, e são espaço para aprender e conhecer o mundo que nos rodeia, sublinhou.

"Não podemos esquecer que as bibliotecas públicas são um dos últimos, senão o último serviço público totalmente gratuito e descentralizado. Com exceção das escolas, não existe outro equipamento de proximidade que esteja presente em tantos municípios: dos 308 existentes em Portugal, apenas cinco não têm serviço de biblioteca pública".

Lusa

Politécnico de Leiria em projeto transnacional para estudar património olivícola


Um projeto transnacional coliderado pelo Politécnico de Leiria ganhou o concurso europeu "Património Cultural, Identidades e Perspetivas: Responder às Sociedades em Mudança", recebendo os investigadores um financiamento de 550 mil euros para estudar e promover o património olivícola.

Numa nota de imprensa divulgada, o Politécnico de Leiria refere que este projeto, denominado "Olive4All -- Património da Oliveira para o Desenvolvimento Sustentável: Sensibilização da Comunidade para o Património Vivo", é desenvolvido por um consórcio liderado pela universidade francesa de Avignon, pela universidade de Salónica, na Grécia, e pelo Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo (CiTUR) da instituição portuguesa.

"Com esta distinção, os investigadores vão receber um financiamento de 550 mil euros, para estudar e promover o património olivícola, eleito pela sua qualidade representativa dentro da identidade mediterrânica, portador de valores e símbolos fortes, mas insuficientemente valorizados na região euro-mediterrânica", adianta.

Segundo a nota, "o projeto, que pretende construir uma metodologia inovadora, interdisciplinar e transponível, não só foi um dos seis selecionados entre os 90 projetos concorrentes, como ficou classificado em primeiro lugar no 'ranking' dos 67 projetos na fase de avaliação final".

Na parte portuguesa, a rede de investigadores inclui, além de membros do CiTUR, elementos de outras instituições, "designadamente da Universidade da Madeira, e dos politécnicos de Bragança e de Beja".

O resumo do projeto explica que este, "partindo de uma abordagem crítica do património", visa "dar visibilidade a um aspeto muitas vezes negligenciado do património rural, bem como às partes interessadas e às comunidades a ele ligadas, nem todas conscientes do seu valor social".

"O 'Olive4All' destaca os processos de patrimonialização e de constituição de comunidades em torno da oliveira, questionando o conceito de património", esclarece o resumo.

O projeto, focado em dispositivos que possibilitem o acesso inclusivo ao património, vai "desenvolver ferramentas específicas para ajudar as partes interessadas locais a dialogar, formar redes e integrar o património no desenvolvimento do seu território", lê-se na nota.

Citados na nota de imprensa, os investigadores salientam que o projeto pretende "valorizar o património na sociedade através de ações direcionadas ao fortalecimento das políticas públicas".

"O objetivo é demonstrar que, ao dar mais espaço ao património nas sociedades, podemos responder aos desafios globais que se tornam ainda mais urgentes pela atual crise de saúde pública", afirmam, defendendo que "valorizar o património alimentar nas sociedades europeias serve para aumentar a sensibilização para o desenvolvimento sustentável nas suas dimensões humana, social, económica e ambiental".

Segundo os investigadores, o objetivo passa, também, por "partilhar conhecimentos, aprender com as boas práticas e realizar mudanças sustentáveis, para construir a sociedade resiliente de amanhã".

Lusa

Imagem: Região de Leiria

Aborto não é uma questão religiosa?

 

  • Luiz Sérgio Solimeo

Os católicos argentinos deram um exemplo para o mundo ao lutar valentemente contra a legalização do aborto [fotos acima e abaixo]. Entretanto, eles não tiveram o apoio do papa argentino, uma vez que a agenda dele não inclui tais preocupações. Com efeito, o silêncio do Papa Bergoglio a propósito da legalização do aborto no seu país foi chocante.

Por exemplo, o Prof. José Arturo Quarracino destaca que em sua última mensagem de Natal, o Papa Francisco falou sobre os problemas de vários países, mas não disse palavra sobre a Argentina, sua terra natal. Ele ressaltou que esta indiferença confirma o que se comenta entre os bispos e padres amigos de Bergoglio, ou seja, que o aborto não é assunto tão importante como o meio ambiente ou os migrantes.1

Esse silêncio é ainda mais inexplicável considerando que o Papa tem boas relações com o presidente da Argentina, Alberto Fernández. Este, pouco depois de ser eleito, foi calorosamente recebido por Francisco [foto ao lado].

Por sua vez o Prof. Rubén Peretó Rivas escreveu: “O presidente argentino, Alberto Fernández, foi quem promoveu a lei e se comprometeu a pressionar pessoal e insistentemente vários legisladores para que mudassem de voto e permitissem sua aprovação [do aborto]. É o mesmo presidente que foi saudado com complacência e largos sorrisos pelo Sumo Pontífice em 31 de janeiro de 2020, o mesmo que naquele dia assistiu à missa celebrada pelo Arcebispo Marcelo Sánchez Sorondo para ele e seus acompanhantes na cripta da Basílica do Vaticano — onde se encontra o túmulo de São Pedro — onde comungou com a sua concubina, a ex-showgirl Fabiola Yañez”.Afinal, estamos no tempo de Amoris Laetitia

O Papa Francisco, em cartas privadas às pessoas que o consultaram sobre o seu pronunciamento de o aborto não ser principalmente uma questão religiosa religiosa, repetiu a sua declaração.3 Essa postura sugere que não se deve empreender uma luta religiosa para bloquear a legalização desse pecado grave. Numa dessas cartas — embora privada, foi publicada pela Conferência Episcopal Argentina — o Papa afirmou: “A [uma carta] me perguntando sobre o problema do aborto, eu respondi […] [que] o assunto do aborto não é principalmente uma questão religiosa, mas humana, uma questão de ética humana anterior a qualquer confissão religiosa”.4

E prosseguiu sugerindo que argumentos não religiosos sejam usados na luta contra o aborto: “Sugiro que você se faça duas perguntas: — É justo eliminar uma vida humana para resolver um problema? — É justo contratar um assassino para resolver um problema?”     Uma coisa é utilizar tanto argumentos religiosos quanto os de bom senso. Outra é dizer que o aborto não é principalmente uma questão religiosa.

Em questões morais, como o aborto, o argumento mais decisivo é o religioso, pois coloca a pessoa diante de seu destino eterno, seu fim último. Isso é especialmente verdadeiro em um país católico como a Argentina. Afirmar que o aborto não é fundamentalmente uma questão religiosa é negar que ele, acima de tudo, é uma grave ofensa a Deus. É a morte deliberada de um ser humano inocente. É um dos quatro pecados que clamam ao Céu por vingança.6

Além disso, o aborto vai contra a infinita sabedoria de Deus ao vincular a relação sexual natural à procriação da humanidade. Também vai contra Sua adorável vontade, que determina que o ato sexual deve ser realizado apenas no casamento e sem interferências que o tornem infrutífero. O aborto é, portanto, uma revolta contra Deus, “aversio a Deo, conversio ad creaturam” — afastar-se de Deus, voltar-se para algum bem criado — como Santo Agostinho definiu o pecado.7

A mulher que procura um aborto voluntariamente, e a equipe médica que o pratica, pecam por ação. Quem deveria se opor à legalização do aborto e não o faz, peca por omissão. Santo Tomás de Aquino afirma que ser negligente em “um ato ou circunstância necessária à salvação é um pecado mortal”.8 O aborto é um pecado mortal extremamente grave. Além de uma ofensa grave contra Deus, tem consequências na vida moral e social de um povo.

Assim, aqueles cuja missão é guiar, sobretudo espiritualmente, e não se opõem de modo ativo ao aborto, mas se limitam a declarações ambíguas ou oposição branda, desproporcional à situação, cometem um pecado grave. Sua omissão contribui para que o pecado do aborto provocado se generalize. Ajuda a fazer com que o crime pareça “normal”, levando muitos a pecar.

O Papa São Félix III já advertia no século V, que “um erro ao qual não se opõe, é considerado aprovado; uma verdade defendida de modo minimalista, é abolida […]. Quem não se opõe a um crime evidente, está sujeito à suspeita de secreta cumplicidade”.9

As autoridades religiosas que não combateram a legalização do aborto neste país católico como era seu dever, devem prestar contas a Deus por sua responsabilidade neste pecado nacional. “Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra por mim” (Gênesis 4,10).

ABIM

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Notas:

  1. Marco Tossati, “Quarracino. Aborto en Argentina: la Indiferencia del Papa Bergoglio,” Stilum Curiae, Dec. 26, 2020, https://www.marcotosatti.com/2020/12/26/quarracino-aborto-en-argentina-la-indiferencia-del-papa-bergoglio/.
  2. See Aldo Maria Valli, “L’aborto in Argentina e gli amici di papa Francesco,” AldoMariaValli.it, Dec. 30, 2020, https://www.aldomariavalli.it/2020/12/30/laborto-in-argentina-e-gli-amici-di-papa-francesco/. “Presidente argentino concubino y abortista recibe la Comunión en el Vaticano (Vídeo)”, https://gloria.tv/post/hwVfRJqDfVYR343VMcFmfztU8, acessado em 13 de Jan.de 2021.
  3. Elisabetta Piqué, “Fuerte condena del papa Francisco al aborto: ‘¿es justo cancelar una vida humana para resolver un problema?’” La Nación, Jan. 10, 2021, https://www.lanacion.com.ar/politica/fuerte-condena-del-papa-al-aborto-es-nid2566081.
  4. Conferencia Episcopal Argentina, “Carta del Papa Francisco a sus alumnos y compañeros de colegio,” Episcopado.org, Dec. 5, 2020, https://episcopado.org/contenidos.php?id=2707&tipo=unica.
  5. Ibid.
  6. “8. P: Quais são os pecados que bradam ao Céu e pedem a Deus por vingança? – R: Os pecados que bradam ao Céu e clamam a Deus por vingança são quatro: 1º. Homicídio voluntário; 2º. Pecado impuro contra a natureza; 3º. Opressão dos pobres, principalmente órfãos e viúvas; 4º. Não pagar o salário a quem trabalha. P: Por que se diz que estes pecados pedem vingança a Deus? Porque o diz o Espírito Santo, e porque a sua malícia é tão grave e manifesta, que provoca o mesmo Deus a puni-los com os mais severos castigos” (Catecismo Maior de São Pio X, Diocese de Campos, RJ).
  7. Battista Mondin, Dizionario Enciclopedico del Pensiero di San Tommaso d’Aquino (Bologna: Edizione Studio Domenicano, 1991), 445.
  8. Summa Theologiae, II–II, q. 54, a.3, c.
  9. Citado por Leão XIII na Encíclica Inimica vis (Sobre a Maçonaria), 8 Dez.1892, no. 7. http://www.vatican.va/content/leo-xiii/en/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_08121892_inimica-vis.html

Carregal do Sal | Atendimento Presencial – Marcação Obrigatória


Perante os constrangimentos atuais que se prendem com o esforço de mitigar o contágio por COVID 19, e tendo em conta as orientações do Governo, a Câmara Municipal de Carregal do Sal apenas efetua atendimentos presenciais por marcação. Assim, os interessados deverão submeter o seu pedido de agendamento online acedendo ao portal da Autarquia, em Estamos On ou, em alternativa, ligar para o número 232 960 400 e fazer a respetiva marcação.

Continuamos a trabalhar para o servir e sempre em segurança!
Porque cuidar de nós é cuidar de todos!

Carnaval de Ovar 2021 é em casa


Em 2021, o Carnaval de Ovar não sairá para as ruas, mas sim para casa de todos os foliões. Atendendo ao atual contexto pandémico, que obriga ao isolamento e ao distanciamento social, elementos antagónicos à essência do Carnaval de Ovar, a Câmara Municipal de Ovar delineou um programa diferenciador, mas que promete diversão nos lares portugueses, entre 30 de janeiro e 16 de fevereiro.

Assim, foi lançado o desafio “Pintar Máscaras Carnaval” à comunidade local, dando liberdade à pintura e decoração de uma “máscara gigante” que, posteriormente, será colocada em locais simbólicos, de forma a evocar o período carnavalesco.

Com olhos grandes ou pequenos, com dentes ou sem dentes…. Cabeludas ou carecas…homem ou mulher…não há limites para a criatividade e fantasia. Os interessados em pintar uma máscara de Carnaval em casa deverão enviar um email para eao@cm-ovar.pt, indicando o nome, morada e número de telemóvel.

No centro da Cidade de Ovar, designadamente na Praça da República, será ainda implantado o Monumento ao Carnaval de Ovar 2021, elaborado pelos Grupos de Carnaval e pelas Escolas de Samba, num trabalho dividido por várias casas e diferentes elementos dos grupos e escolas, salvaguardando sempre as questões de segurança.

A música chegará ainda a casa de todos nas principais noites carnavalescas, com 10 sessões em streaming pelos melhores DJ’s locais. A primeira sessão é já amanhã com o DJ John Santo, pelas 22h30, seguindo-se o DJ Edgar Marquez a 05 de fevereiro, DJ Out Of The Box a 06 de fevereiro e DJ David Ribeiro a 07 de fevereiro. No verdadeiro fim de semana carnavalesco, os streamings arrancam na quinta-feira, 11 de fevereiro com o DJ Sardinha, a 12 de fevereiro estará em cena o DJ Mark Villard, a 13 de fevereiro o DJ RR Project, a 14 de fevereiro o DJ Rui Marquez e, na Grande Noite Mágica, a 15 de fevereiro, está de regresso o DJ Johnny Light. A terça-feira de Carnaval encerra com os DJ’s Ao Jeito Delas.

É ainda lançado o desafio ao público de partilhar as imagens e vídeos do seu Carnaval em casa, seja pintar máscaras, a criar uma fantasia, e dançar e divertir-se, usando o hashtag #ovarcanaval2021emcasa.

Mais informações nos canais oficiais do Carnaval de Ovar (facebook, instagram e site).

SC Braga nas ‘meias’ da Taça de Portugal após vencer Santa Clara

Golos apontados na primeira parte do encontro

Dois golos na primeira parte permitiram hoje ao Sporting de Braga assegurar o triunfo por 2-1 na receção ao Santa Clara, em jogo dos quartos de final da Taça de Portugal em futebol, apurando-se para as 'meias' da prova.

Os 'arsenalistas' adiantaram-se aos 25 minutos, por intermédio de Ricardo Horta, e chegaram a uma confortável vantagem de dois golos ainda na primeira parte, quando o espanol Abel Ruiz fez o 2-0, aos 43, de nada valendo aos açorianos o golo de Cryzan, aos 90+6.

O Sporting de Braga vai agora defrontar nas meias-finais, disputadas a duas mãos, o vencedor do último encontro destes quartos de final, que decorre em Barcelos entre o Gil Vicente e o FC Porto, o detentor do troféu.

Bancada.pt