segunda-feira, 13 de abril de 2020

Plataforma ‘Leiria Market’ quer digitalizar economia de Leiria

Jornal de Leiria - Tag: leiria market

O Município de Leiria e a Startup Leiria lançaram a plataforma digital ‘Leiria Market’, através da qual os agentes económico de Leiria podem colocar os seus bens e serviços à venda online. 

Disponível no endereço www.leiriamarket.pt, esta plataforma funciona como uma montra gigante da economia de Leiria, ligando os operadores económicos locais à população, disponibilizando um serviço online de venda e de aquisição de bens e serviços. 

Para Catarina Louro, vereadora do Desenvolvimento Económico do Município de Leiria, “o Leiria Market "será o ponto de encontro online de Leiria, onde todas as áreas de atividade se cruzarão e estarão à distância de um clique. Será um espaço pensado nos Leirienses que terão, numa única plataforma, uma panóplia de bens e serviços. Queremos chegar a todos os sectores”, refere. 

Em fase de desenvolvimento, esta plataforma está desde já a convidar os operadores económicos a aderirem, tornando os seus produtos e serviços mais visíveis, e a ampliarem o seu mercado no universo online que, no atual contexto de pandemia Covid-19, assume grande potencial de crescimento por oferecer uma modalidade de transação mais segura. 

Com adesão gratuita para os agentes económicos até ao final do ano, esta plataforma, acessível através de computador ou smartphone, permitirá aos operadores apresentarem os seus bens e serviços para venda online, e aos consumidores a encomenda, com entrega em casa, sendo o pagamento também feito à distância. 

Dar maior visibilidade aos produtos e serviços locais, digitalizar a economia local e impulsionar o grande potencial de negócio que oferecem as plataformas online, que têm registado grande crescimento a nível mundial, são objetivos deste projecto. 

No Leiria Market poderão estar à venda todo o tipo de bens e serviços, agrupados em grandes categorias, para ajudar o consumidor a encontrar o que procura. 

“Sem sair de casa, terá acesso às modas da última colecção, aos equipamentos electrónicos que precisa e a muito mais. Tudo, diretamente das suas lojas de Leiria. Faça as compras em família e receba-as em casa”, lê-se no site deste projecto, que tem como parceiros a Nerlei - Associação Empresarial da Região de Leiria e a ACILIS – Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria. 

Moçambique | PES e OE não prevêem combate e mitigação da pandemia covid-19 mas Défice orçamental em Moçambique ultrapassa 100 biliões

Foto de Adérito Caldeira
“A pandemia da covid-19 não está prevista no Orçamento de Estado”, revelou o ministro da Saúde aos deputados da 3ª Comissão da Assembleia da República, Armindo Tiago explicou ao @Verdade que desde Janeiro o combate ao novo coronavírus está a ser feito retirando fundos “de outros Programas de Saúde”. A falta de fundos foi confirmada pelo ministro da Economia e Finanças que, embora tenha revisto em baixa o crescimento económico, clarificou que no défice de 109,8 biliões de meticais da Lei Orçamental de 2020 não estão cabimentados os ventiladores, os hospitais distritais e nem os apoios pedidos pelo sector privado que ascendem a 30 biliões de meticais.

O atrasadíssimo Orçamento de Estado de 2020 vai custar 345,4 biliões de meticais, 124 biliões para os salários dos funcionários públicos, 70,9 biliões para investimentos públicos, 40 biliões para operações financeira e 34,5 biliões para aquisição de bens e serviços. O drama é que o Governo de Filipe Nyusi prevê apenas colectar de 235,6 biliões de meticais em receitas, das quais 195,5 em receitas fiscais.

Como o @Verdade revelou será adicionado ao bolo das receitas 14,2 biliões das Mais-Valias do negócio entre a Anadarko e a Total e o Executivo espera ir buscar 28,5 biliões à Bolsa de Valores, através de mais endividamento interno.

“Quando iniciou esta pandemia fizemos uma revisão e chegamos a um cenário mais baixo que é o que estamos a usar aqui (na proposta de OE) de 2,2 por cento”, começou por explicar aos deputados da Comissão do Plano e Orçamento da Assembleia da República, na passada sexta-feira (10) o ministro da Economia e Finanças.


Adriano Maleiane deu a conhecer que: “O coronavírus tem dois efeitos para a nossa economia, no âmbito do comercio externo e na mobilidade de pessoas. No âmbito de comércio externo temos de ver os países para onde vão as nossas exportações, nós já sentimos que as nossas exportação de carvão e camarão estão a abrandar, então temos de encontrar instrumentos para apoiar internamente. Nas importações, embora em termos de combustíveis estejamos a ter alguma vantagem com a diminuição dos preços, mas aquilo que nós importamos, infelizmente ainda importamos alguns cerais como o trigo, se o mercado não estiver em condições significa que temos de reorientar internamente, e como a agricultura não reage rápido teremos que ver a estabilidade de preços”.

Um dos pedidos da Confederação das Associações Económicas custa 30 biliões de meticais

O ministro Maleiane revelou que aumentar a capacidade de tratamento dos doentes que ficarem mais graves com o covid-19 o Governo vai comprar 100 ventiladores fixos e 200 ventiladores móveis, orçados em 228,5 milhões de meticais, que deverão ser suportados pelos Parceiros de Cooperação.

Adriano Maleiane confirmou a notícia avançada pelo @Verdade clarificando aos deputados da 3ª Comissão do Parlamento que dos 700 milhões dólares norte-americanos que o Governo pediu aos Parceiros de Cooperação “incluímos 79 distritos na base de um distrito um hospital, que está previsto no PQG, mas porque há muitos distritos que não estão preparados na eventualidade do país entrar no nível 4 (da pandemia de covid-19) foi inânime que era importante que, havendo quem estiver disponível, antecipar a construção desses hospitais”.

“Estamos a falar de 79 distritos a razão de 7 milhões significa 553 milhões de dólares. Se pegar os 700 milhões e tirar 553 milhões de dólares o que fica é o montante necessário para o tratamento e prevenção e também cerca de 100 milhões tem a ver com a queda da Receita que resulta da queda do PIB. A nossa esperança é que possa haver alguma organização ou um país possa vir mesmo construir hospitais e nós agradecemos, alguns estão interessados em oferecer em espécie”, detalho o titular da Economia e Finanças.

O governante revelou ainda o pedido da Confederação das Associações Económicas para o adiamento do pagamento do Imposto sobre o Rendimento da Pessoa Colectiva (IRPC) “só isso dá 29 biliões (de meticais), depois propõe isenção do IVA dos óleos, sabão e dos meios de prevenção e de tratamento da covid-19 e somando isso dá cerca de 30 biliões (de meticais)”, montantes que não estão incluídos na proposta de Orçamento de Estado que deverá ser aprovada durante esta semana pelos deputados do partido Frelimo.

Combate ao novo coronavírus está a ser feito retirando fundos “de outros Programas de Saúde”

No sábado (11), também em audição parlamentar, à Comissão dos Assuntos Sociais, do Género, Tecnologias e Comunicação Social, o titular da Saúde reiterou que: “A pandemia do covid-19 não está prevista no Orçamento de Estado”. Armindo Tiago indicou aos deputados que o custo projectado pela Saúde para Moçambique enfrentar o novo coronavírus “são 50 milhões de dólares (norte-americanos) que esperamos seja coberto em 70 por cento pelos Parceiros e 30 por cento pelo Orçamento de Estado”.

“Desse valor 8,2 milhões é para componente de equipamentos, 3,2 milhões para questões laboratoriais, 19 milhões para o apetrechamento dos centros de isolamento e 2,8 milhões para aquisição de medicamentos. A evolução da covid-19 como pandemia é imprevisível, razão pela qual este Orçamento que estamos a dar são documentos que de forma progressiva são actualizados. O remanescente do valor seria usado essencialmente nas outras componentes, entre prevenção e comunicação em Saúde”, pormenorizou.

Questionado pelo @Verdade, sobre como tem sido custeadas as despesas que desde Janeiro o Ministério da Saúde tem incorrido, o ministro Armindo Tiago afirmou: “Nós estamos a fazer mediante processo de realocação de duodécimos mas também fizemos uma realocação dos fundos alocados pelos Parceiros, tivemos uma reunião e eles aceitaram que fizéssemos uma realocação dos fundos que estão disponíveis (para outros Programas de Saúde) e são esses que estão a ser usados para enfrentar o covid-19, obviamente com as dificuldades que este processo acarreta. Estamos a retirar de outros Programas de Saúde considerando que este é prioridade, quando for aprovado for aprovado o Orçamento de Estado vamos fazer a devida devolução”.

Jatinhos presidenciais deveriam ser colocados à disposição do Ministério da Saúde

O @Verdade apurou que o Instituto Nacional de Saúde, instituição que tem estado na linha da frente na testagem dos casos suspeitos e investigações epidemiológicas do doentes funciona com défice orçamental, em 2019 do 92 milhões de meticais que tinha previsto receber do Orçamento do Estado apenas 63,5 milhões foram realizados. Mais de 41 por cento dos fundos que o INS precisou para investigação e actividades científicas tiveram de ser conseguidos através de acordos bilaterais, de organizações multilaterais e de fundos competitivos.

Aliás a recolha de amostras dos casos suspeitos e o seu transporte a partir das províncias tem sido realizada através dos voos normais das Linhas Aéreas de Moçambique, por uma empresa privada de carga que cobra pelos seus serviços e à boleia da petrolífera Total. Importa recordar que o nosso país tem dois jatinhos executivos que servem o Presidente da República e que desde que o covid-19 foi detectado estão em terra.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Moçambique | Governo emitiu Garantia Soberana de 136,1 biliões de meticais à favor da ENH

Foto de Adérito Caldeira
O ministro da Economia e Finanças revelou que a Garantia Soberana no valor de 136,1 biliões de meticais foi emitida no início deste ano à favor da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) para financiar os investimentos correspondentes a sua quota de 15 por cento no consórcio Mozambique LNG de exploração de gás natural no campo Golfinho/Atum na Área 1 da Bacia do Rovuma. Com mais este endividamento o passivo da ENH ascende a 3,7 biliões de dólares norte-americanos.

Questionado pelo @Verdade, à saída de uma audição parlamentar, na passada sexta-feira (10), o ministro Adriano Maleiane que o valor de 136,1 biliões de meticais (cerca de 2,2 biliões de dólares norte-americanos) inscritos no Orçamento de Estado de 2019 para emissão de uma Garantia Soberana à favor da ENH “foi usado”.

Maleine explicou que o processo arrastou-se até ao início de 2020 devido aos detalhes do financiamento bancário. “Todo o processo que estivemos a fazer foi negociações mas até Março tínhamos que terminar, e terminamos o conteúdo e sobretudo as condições para possível execução da Garantia (Soberana), essa negociação já terminou e prontos”.

O ministro da Economia e Finanças não indicou a que instituição financeira, ou bancos, foi emitida a Garantia Soberana.

Questionada pelo @Verdade a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos não esclareceu, até ao fecho desta edição, com que bancos fechou este financiamento que se arrastou durante mais de 1 ano principalmente devidos as condições exigidas pelas instituições financeiras abordadas devido ao rating de Moçambique que continuar a ser “especulativo, baixo interesse e lixo”.

Com mais este endividamento o passivo da ENH com bancos e os seus sócios, nos consórcios que estão a explorar o gás natural existentes nos campos de Coral Sul e Golfinho/Atum, ascende a 3,7 biliões de dólares norte-americanos.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Moçambique | Covid-19: Governo suspende cortes e multas por falta de pagamento de água durante o Estado de Emergência

Foto de Adérito Caldeira

Três semanas após ter sido detectado o primeiro doente com covid-19 o Governo de Filipe Nyusi enfim tomou algumas medidas para que pelo menos 18 milhões de moçambicanos possam cumprir a principal medida de prevenção que é a lavagem das mãos com água: “suspensão de cortes por falta de pagamento em todos os sistemas de abastecimento de água, a suspensão da emissão de emissão de multas por pagamento de água”.

Lavar as mãos com água e sabão ou cinza é a principal medida para prevenir a propagação do novo coronavírus, em Moçambique esse é um privilégio de somente 18,3 milhões, dos mais de 30 milhões de habitantes, tem acesso ao precioso líquido, e nesse universo apenas cerca de 2 milhões obtém água canalizada.

Para os moçambicanos que tem acesso a água canalizada, através dos sistemas públicos e 1.830 privados, a partir deste domingo (12), e enquanto durar o Estado de Emergência o Governo decretou: “suspensão de cortes por falta de pagamento em todos os sistemas de abastecimento de água, a suspensão da emissão de emissão de multas por pagamento de água, restabelecimento de água aos clientes que ficaram suspensos por diversas razões, isentar o pagamento de água a todos os utentes dos fontanários públicos”.

De acordo com o Director Nacional de Água e Saneamento, Milton Trindade, serão ainda mobilizados “meios para serviço alternativo de água às comunidades desprovidas” de água.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Moçambique | Mais trabalhador da Total infectado pelo covid-19, há 50 casos suspeitos do novo coronavírus na Província de Cabo Delgado

Foto de Adérito Caldeira
Mais um trabalhador da Total acusou positivo para a covid-19 elevando para 21 os casos em Moçambique, dos quais 10 são funcionários da petrolífera que lidera o projecto de exploração de gás natural no campo de Golfinho/Atum na Bacia do Rovuma. O @Verdade apurou que das 203 pessoas que estiveram em contacto com os doentes 50 são novos casos suspeitos do coronavírus na Província de Cabo Delgado.

O director-geral adjunto do Instituto Nacional de Saúde (INS), Dr. Eduardo Samo Gudo Junior, actualizou neste domingo (12) que “o país tem neste momento um total de 21 casos positivos, dos quais 13 são de transmissão local e oito importados”. Dez destes doentes são trabalhadores da petrolífera Total. A Cidade de Maputo continua a ser o epicentro da covid-19 com 12 infectados, dois dos quais moçambicanos que ficaram curados.

“Lembrar que no dia 10 de Abril apresentamos nestas conferencias de imprensa o resultados da 1º etapa da investigação do caso (paciente 10) que foi diagnosticado na Província de Cabo Delgado no dia 2 de Abril. Esta 1º etapa da investigação decorreu entre os dias 3 e 9 de Abril e permitiu a identificação de um total de 66 contactos, dos quais nove foram positivos para o novo coronavírus. Imediatamente iniciou a 2º etapa desta investigação, o objectivo é fazer o mapeamento da rede de contactos dos nove casos positivos (seis em Afungi, dois em Pemba e um em Maputo)”, pormenorizou o Dr. Samo Gudo.

O responsável pela instituição pública que diagnostica o covid-19 explicou ainda que “a 2º etapa da investigação permitiu a identificação até hoje de 91 contactos, que estão relacionados com os nove casos positivos que estão relacionados com o 1º caso da Província de Cabo Delgado. Desses 91 casos, 76 encontram-se na Província de Cabo Delgado, 63 em Afungi e 13 na Cidade de Pemba, e 15 na Cidade de Maputo.

“Dos 15 contactos que estão em seguimento e em quarentena na Cidade de Maputo ontem (sábado, 11) um deles apresentou uma sintomatologia leve, febre e tosse, imediatamente a sua amostra foi colhida e enviada para o Instituto Nacional de Saúde onde foi testada e o seu resultado foi positivo. Trata-se de um indivíduo de nacionalidade australiana, do sexo masculino com mais de 50 anos de idade. Este indivíduo já está em isolamento domiciliar”, revelou Dr. Eduardo Samo Gudo Junior que precisou que este trabalhador da petrolífera que lidera o projecto Mozambique LNG está em isolamento numa unidade hoteleira na Cidade de Maputo.

Ao @Verdade o director-geral adjunto do Instituto Nacional de Saúde esclareceu existirem mais 50 casos suspeitos do novo coronavírus na Província de Cabo Delgado e cujas amostras foram recolhidas, 47 nos acampamentos da Total na Península de Afungi e três na Cidade de Pemba, e deverão começar a ser testadas no laboratório em Marracuene nesta segunda-feira (13).

O Dr. Eduardo Samo Gudo Junior revelou também que “a amostra do indivíduo residente em Mocuba, que há 2 semanas regressou de Afungi, chegou ontem ao laboratório de virologia do Instituto Nacional de Saúde, já testamos e o seu resultado é negativo”.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

COVID 19,ENTRETANTO NUM DOS PAÍSES + RICOS DO MUNDO

Num dos países mais ricos do mundo, onde por tudo e por nada se jura sobre a Bíblia, com a máxima "In God We Trust" estampada na moeda nacional, onde qualquer frase termina com "Praise The Lord!", para fazer face à pandemia COVID-19 a cidade dos casinos providenciou um parque de estacionamento com caixas pintadas no chão por forma aos sem-abrigo poderem dormir em ambiente de distanciamento social. É o mais parecido que há com "caridade cristã num país sem "Estado social". "The Lord is my shepherd; I shall lack nothing".

Enviado por José Rabaça

Pessoas apanhadas a conviver e a lanchar na rua durante o Estado de Emergência

Vários vídeos começaram a circular na internet onde mostram que nem todos foram capazes de cumprir o estado de emergência.

Depois das imagens captadas em Martim, Barcelos, terem ficado virais, onde um grupo de pessoas organizou um compasso pascal este domingo, também começaram a surgir imagens de outros locais.

Em Vermoim, Vila Nova de Famalicão, um grupo de fieis, vizinhos de rua, também recorreu ao convívio e criaram uma cruz.

As imagens, entretanto já apagadas pelo autor, mostram várias pessoas ao redor de uma mesa colocada na rua, a conviver e a beijar uma cruz.

Bombeiros 24


Associação Académica de Lisboa pede suspensão de propinas

Associação Académica de Lisboa pede suspensão de propinas
A Associação Académica de Lisboa (AAL) propôs, no domingo, a suspensão da cobrança de propinas enquanto durar a atual crise pandémica, para serem depois pagas sem juros.
Em comunicado, a AAL pediu “que sejam criados planos de pagamento para os estudantes que assim o solicitarem, para que ninguém seja obrigado a pagar diretamente todo o valor remanescente de uma só vez”.
“Recomendamos que os planos tenham especial atenção para os estudantes que continuarão os seus estudos, no próximo semestre, para impedir que sejam obrigados a pagar duas propinas na mesma altura, pagando assim a propina em falta de forma gradual”, acrescentou a estrutura dirigida por Bernardo Rodrigues.
Na passada quinta-feira, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior disse à Lusa estar a avaliar as condições de implementação do projeto de lei que prevê o ajuste das propinas se o ensino à distância não for assegurado.
O parlamento aprovou na quarta-feira um projeto de lei do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) que prevê o ajuste no pagamento das propinas caso as instituições de ensino superior não consigam assegurar o ensino à distância durante o período de contenção da covid-19.
O Governo, em articulação com as instituições de ensino superior, tem até ao final do mês para adaptar "os prazos para pagamento das propinas em conformidade com a evolução da crise sanitária", definiu o diploma aprovado em sessão plenária.
O decreto-lei protege os alunos mais carenciados, acautelando que qualquer ajustamento do valor da propina não prejudicará "os apoios já atribuídos no âmbito da ação social escolar".
No entanto, também na quinta-feira, universidades e politécnicos desvalorizaram o projeto de lei, justificando que todas as instituições mantêm as aulas.
O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) admitiu à Lusa que ainda não foi feito o levantamento de como estão a decorrer as aulas em todas as universidades portuguesas, mas afirmou que, daquilo que se tem apercebido, o ensino está a funcionar.
O mesmo acontece nos institutos politécnicos que, segundo o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), estão todos a garantir o ensino à distância, havendo um esfoço de assegurar que todos os alunos têm os materiais e equipamentos necessários para acompanhar as aulas e, por isso, a suspensão das propinas não se justifica.
Lusa

Trump foi aconselhado a tomar medidas mais cedo, mas não acatou. “Podiam ter-se salvo vidas”

Trump foi aconselhado a tomar medidas mais cedo, mas não acatou ...
As recomendações de distanciamento social surgiram, mas Trump não seguiu os conselhos dos especialistas. Os EUA têm mais de meio milhão de infetados pelo novo coronavírus, que já fez mais de 22 mil mortes no país.
Anthony Fauci, consultor científico da Casa Branca e director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecto-contagiosas, confirmou no domingo uma reportagem do The New York Times que dá conta de que a administração Trump foi aconselhada a tomar medidas de promoção do distanciamento social a meio de fevereiro, mas a decisão foi adiada quase um mês. "Podiam ter-se salvos vidas", assumiu Fauci.
Em declarações à CNN sobre esta reportagem, o consultor científico da Casa Branca disse que "é obvio é logicamente podemos dizer que se o processo estivesse em curso e a mitigação tivesse começado mais cedo, podiam ter-se salvo vidas".
"É obvio que ninguém vai negar isso, mas o que está implicado nessas decisões é complicado. Mas sim, obviamente, se tivéssemos fechado tudo desde o primeiro momento, podia ter sido um bocadinho diferente. Mas havia muita contestação face à ideia de fechar tudo logo naquela altura", acrescentou.
Questionado sobre porque é que Trump não recomendou o distanciamento social até meio de março — cerca de três semanas depois dos principais especialistas do país o terem recomendado — Fausci disse: "Nós [especialistas] fazemos recomendações. Muitas vezes essas recomendações são seguidas, às vezes não. É o que é. E agora estamos aqui".
Os Estados Unidos são o país mais atingido pela pandemia da covid-19, com mais de 555 mil casos confirmados, acrescentou a instituição do ensino superior de Baltimore, no estado de Maryland.
Madremedia

Sindicato Independente dos Médicos apoia uso generalizado de máscara

Sindicato Independente dos Médicos apoia uso generalizado de máscara
Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apoia "o uso, por toda a população, de máscaras de proteção individual nos espaços públicos" para proteção face à pandemia de covid-19, anunciou aquele organismo em comunicado.
"O uso de uma máscara cirúrgica, bem colocada e manuseada, protege aqueles que nos rodeiam. E se todos o fizermos sempre que circulamos em público, todos estaremos mais protegidos. O uso de máscara não dispensará, contudo, o distanciamento social, a etiqueta respiratória ou a lavagem frequente das mãos", pode ler-se no comunicado daquele sindicato.
"Estamos aqui a falar de uma medida que é para proteger a outra pessoa. Lembro que quando cirurgião vai fazer a operação e usa a máscara é para proteger o paciente da infeção. Nós temos batalhado nisso, temos insistido nisso, não compreendemos é que a DGS continue a não ver a evidência das escolas médicas e das escolas reputadas internacionais", disse.
A defesa deste uso surge enquadrada no movimento "Máscara Para Todos", cuja comissão científica inclui o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, bem como o reitor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Fausto Pinto, além de Filipe Froes, Miguel Moura Guedes, Paulo Neves e Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública.
A 7 de abril, Miguel Guimarães já se tinha mostrado favorável à utilização de máscaras de proteção pela população.
"A utilização de máscara serve para evitar que eu passe a infeção a outra pessoa", disse Miguel Guimarães, recomendando a utilização deste equipamento de proteção individual para "toda a gente que frequente locais públicos", incluindo nos hospitais, centros de saúde e superfícies comercias, como, por exemplo, supermercados.
A medida também acolhe parecer positivo da vice-presidente da Ordem dos Psicólogos, Isabel Trindade, que explicou que esta utilização "faz todo o sentido", mas não se pode "dizer à população para utilizar máscaras se a população não tem acesso" a estes equipamentos.
O SIM cita ainda um relatório de 08 de abril do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa), que admite o uso generalizado de máscaras pela população em locais fechados e com muita gente, apenas como complementar à etiqueta respiratória e distância de segurança.
Lusa

Estudo internacional alerta que as redes tróficas naturais estão em perigo

Não é só o clima que está a mudar, mas a parte viva do nosso planeta também está a ser rapidamente modificada pela ação humana, dando corpo a um conjunto de Alterações Biológicas Globais. O alerta é de três investigadores da Universidade de Coimbra (UC), da Oregon State University (USA) e do Instituto Mediterráneo de Estudios Avanzados (CSIC-UIB, Espanha), num artigo científico publicado hoje na Web Ecology.
Neste trabalho, os investigadores recolheram evidências «incontornáveis» de que essas alterações biológicas «não afetam apenas algumas espécies isoladas, mas que simplificam redes alimentares inteiras, ameaçando a persistência das comunidades biológicas naturais a longo prazo. Devemos tomar medidas urgentes para proteger a integridade das cadeias tróficas naturais, sob o risco de empurrarmos rapidamente ecossistemas inteiros para fora dos seus limites de segurança», afirma Ruben Heleno, coautor do artigo e investigador do Centre for Functional Ecology – Science for People & the Planet da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
De referir que há quase três décadas, 1.700 cientistas emitiram um primeiro aviso à humanidade, alertando para a necessidade de proteger a “rede de interdependências entre seres vivos (…) cujas interações e dinâmicas apenas em parte compreendemos”. Desde então, cientistas de todo o mundo abraçaram completamente esta missão de descobrir as regras que regem a formação, funcionamento e resiliência das complexas redes de interações biológicas que em última análise suportam a vida na Terra.
Recentemente, um segundo aviso foi emitido e assinado por mais de 15.000 cientistas de 187 países declarando que “para prevenir a miséria generalizada e uma catastrófica perda de biodiversidade, a humanidade não pode seguir na atual trajetória de business as usual e deve enveredar por uma alternativa mais sustentável”.
No estudo agora publicado, explica Ruben Heleno, «adotamos uma visão mais alargada de biodiversidade e reavaliamos o estado das redes alimentares no mundo, a sua capacidade de resistir face a ameaças externas, e sobre a capacidade de detetarmos sinais de alerta que nos avisem sobre o eventual colapso das redes tróficas naturais».
As evidências, prossegue, «mostram que a maioria dos motores das alterações globais, como por exemplo o aumento da temperatura, as invasões biológicas, perda de biodiversidade, fragmentação de habitat, e sobre-exploração, tendem a simplificar as redes tróficas, concentrando os fluxos de matéria e energia na natureza através de menos vias, ameaçando a persistência das comunidades biológicas no longo prazo. Ainda mais preocupantes, são as observações que mostram que comunidades inteiras podem passar rapidamente de elevados níveis de diversidade para comunidades totalmente empobrecidas, onde apenas algumas espécies se mantêm, com poucos ou nenhuns sinais de alerta».
O investigador da UC salienta ainda que, «de um modo geral, a melhor evidência mostra claramente que para além de termos de enfrentar o desafio das alterações climáticas e de contrariar a tendência de extinção de espécies ameaçadas, precisamos igualmente de enfrentar o desafio de travar as alterações biológicas globais e especificamente de proteger as redes alimentares na natureza, ou arriscamo-nos a assistir ao colapso de ecossistemas inteiros». Em simultâneo, nota Rúben Heleno, «precisamos de perceber melhor os potenciais efeitos sinergísticos ou atenuadores entre os motores das alterações climáticas e biológicas. Aqui, destacamos os principais desafios à conservação das redes alimentares na natureza e os avanços recentes que nos podem ajudar enfrentar esses desafios».

Universidade de Coimbra

Pânicos globais trazem no bojo uma ditadura universal


Profetas ambientalistas erraram mais do que Nostradamus.

Mas continuam igualzinhos: tem ideologia por trás!
Ativistas e pensadores do ecologismo radical “profetizaram” catástrofes e geraram pânico, mas é grande o abismo entre essas “profecias” e os fatos.
O bom senso pede analisar as ameaças e afugentar os pânicos.
Grande parte da mídia insiste em repetir que a organização atual da humanidade é a responsável pelo futuro colapso do planeta Terra.
O leitor perspicaz terá percebido o acúmulo de contradições e exageros contidos nas ladainhas de cataclismos que o macrocapitalismo publicitário não cansa de repetir, como se estivesse tomada por crises histéricas ou fantasias de dementes.
Essa onda de terrores se espalha como se alguém a soprasse, seguindo o conselho anticristão atribuído a Voltaire: “Menti, menti, alguma coisa ficará sempre”.
Essa onda prognostica que, se continuar agindo assim, o calor extinguirá a vida no globo, cuja temperatura será semelhante à de Vênus (média de 461ºC); ou se esfriará como Marte (média de -63ºC), onde os cientistas procuram água congelada!
No filme, mar invade Nova Iorque, mas para profetas verdes é realidade!
Reportagens de capa de grandes revistas insistem também em dizer que a Amazônia se desertificará; e os ricaços procurarão no Everest cavernas onde sobreviver por mais algum tempo, antes de morrerem torrados pelo aquecimento global...
Difundem-se notícias como o derretimento do gelo dos polos e o aumento do nível dos mares, deixando três bilhões de pessoas sem casa (Correio 24 horas), e tragando metade das praias já neste século (El Mundo), sendo o Brasil um grande prejudicado (Folha de S. Paulo).
Na primeira fase — ainda segundo os alarmistas globais — 200 milhões de homens abandonariam as megalópoles costeiras engolidas pelas águas.
Ondas gigantes invadiriam os continentes; a estátua da Liberdade de Nova York seria submergida; e, como no filme “2012”, o mar passaria por cima do Himalaia.
Arquipélagos belos e pacíficos já estariam afundando, e num deles os governantes, com equipamentos de mergulhadores, assinaram no fundo do mar um apelo à ONU.
O pesadelo ambientalista fabricado prossegue, afirmando que não há mais terra habitável, pois já está superpovoada, e os homens já consomem em sete meses tudo o que a Terra lhes pode dar em um ano.
Profecia catastrofista: quanto mais forte cacarejam mais acham que vai ser verdade.

Nem seria necessária a “sabedoria” da midiatizada menina Greta Thunberg, para sabermos que o Dia da Sobrecarga da Terra regrediu em 2019 para 29 de julho, a data mais recuada desde que esse “déficit ecológico” começou a ser medido.
Depois desse dia a humanidade vive dos recursos que deveriam ser de nossos descendentes, condenando-os à inanição.
Como a Terra não sustentaria mais homens — sempre segundo os alarmistas —, a solução é diminuir drasticamente a humanidade tal vez com um “vírus salvador”.
Os ricos já controlam a natalidade, mas os pobres continuam gerando crianças.
Juntamente com a ONU (e de costas para Jesus Cristo, dizemos nós), o Vaticano faz congressos para encontrar alguma contorção verbal, na linha dos sofismas do Sínodo Pan-amazônico, que permita sofismar para conter a expansão populacional.
O capitalismo, a propriedade privada, o agronegócio com seu gado e seus organismos geneticamente modificados (OGM) desmatariam, aqueceriam, desertificariam, esterilizariam os mares com lixo plástico, envenenariam a atmosfera com CO2, poluiriam os rios.
Qualquer exagero vale, quanto pior, melhor.

Espécies vegetais, animais e ictícolas estariam em perigo de extinção; cairiam chuvas ácidas nas cidades; carros, indústrias, aviões, ar-condicionado e defensivos agrícolas tornariam o ar irrespirável, violariam e estariam matando a mãe-terra (pachamama).
Imensos icebergs estão se soltando da Antártica, enquanto o Ártico desaparece, como se esses não fossem fenômenos cíclicos.
O apocalipse climático deixa pinguins mortos nas praias de Macaé ou de Cabo Frio, e até na Bacia de Campos e na Paraíba (Fauna do Rio).
Meteoritos como os que teriam extinto os dinossauros se aproximariam a velocidades alucinantes; grandes vulcões, como os de Yellowstone, Campi Flegrei ou da Antártica, poderiam explodir a qualquer momento; lançando massas de poeira, que nos afundariam na noite, entupiriam nossos pulmões e congelariam o planeta.
E assim prossegue a interminável e assustadora lengalenga que alimenta pânicos irracionais.
O leitor perspicaz sem dúvida percebe que esse alarmismo desvairado não convence.
Mas prestando atenção em volta pode se ver que os pânicos deixam dúvidas semeadas em muitos desprevenidos.
E essas dúvidas, como a História mostra, podem favorecer revoluções, pois os grandes abalos sociopolíticos foram sempre precedidos por temores assustadores, em geral infundados ou ensaiados.
A Revolução Francesa evidenciou cenas exemplares de pânicos pré-fabricados e habilmente difundidos, como o de uma invasão generalizada de ‘bandidos’; o temor da bancarrota do Estado; a falta de pão pelo boicote dos produtores de trigo.
Nos momentos oportunos, armaram o teatro para medidas como a convocação dos Estados Gerais, mudanças na forma de governo, etc.

E deram origem a toda espécie de desatinos.
Há ideologia escondida: comuno-tribalismo ecológico daria uma vida saudável.
Não é matéria de fé nem de catolicismo, acredite quem engolir o conto.
Ao que tudo indica, o resultado almejado por essa orquestração insinua que se a civilização, as cidades e as indústrias modernas ameaçam a vida na Terra, cumpre desmantelá-las e optar pela vida na floresta em regime tribal.
A dramatização de pânicos em grande estilo dá a entender que o comuno-tribalismo ecológico seria a solução para uma vida saudável, embora seja preciso pagar o preço de um sistema que hoje parece um sonho utópico.
Todos esses exageros e montagens assustadoras não são de hoje. Começaram há décadas por “profetas” catastrofistas que anunciaram até anos fatídicos.
Mas é só procurar essas datas e conferir para tirar a limpo as fraudes, afugentar os pânicos e ajudar a ver a realidade com sossego.
É o que pretendemos fazer numa série de posts.

 Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de
política internacional, sócio do IPCO,
webmaster de diversos blogs

COVID-19: GNR descontaminou mais de 1000 ambulâncias e de 30 instalações

O núcleo de matérias perigosas da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR procedeu à descontaminação, desde o início da pandemia COVID-19, de mais de 1000 ambulâncias e de 30 instalações.
Trata-se de uma estrutura que integra cerca de 60 militares, altamente especializados em matérias perigosas e agentes NRBQ (nucleares, radiológicos, biológicos e químicos).
No âmbito da intervenção em instalações, este núcleo especial tem vindo a ser acionado diariamente, designadamente para a descontaminação de estabelecimentos hospitalares, IPSS, lares de idosos, creches, centros de dia, e outro tipo de infraestruturas, aqui se incluindo instalações e viaturas da própria Guarda.
Adicionalmente, destaca-se o empenho dos seus militares para garantir o funcionamento ininterrupto, o cuidado rigoroso e atenção redobrada que merecem, em Lisboa e no Porto, duas linhas de descontaminação exclusivas para ambulâncias e viaturas médicas de emergência e reanimação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), da Cruz Vermelha Portuguesa e dos Bombeiros, oriundas de todo o país, registando-se uma descontaminação média diária de 50 viaturas.

Nações Unidas: Pandemia aumenta desigualdades para as mulheres

Visão | Covid-19: Pandemia aumenta desigualdades para as mulheres ...
A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que as mulheres enfrentam riscos “exacerbados” ao nível da saúde, economia, segurança e proteção social, decorrentes da pandemia da covid-19, apenas “por causa do seu sexo.

Num relatório hoje publicado, a ONU diz que “em todas as esferas, da saúde à economia, da segurança à proteção social, os impactos” da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus “são exacerbados para mulheres e meninas simplesmente por causa de seu sexo”.
A ONU sublinha que as “conquistas limitadas alcançadas nas últimas décadas” ao nível da igualdade de género correm o risco de “serem revertidas”, na sequência da propagação da pandemia.
Os efeitos económicos decorrentes da doença covid-19 poderão acentuar ainda mais as discrepâncias salariais entre géneros, uma vez que as mulheres “geralmente ganham menos” e “vivem mais próximas do limiar de pobreza”.
O relatório da ONU também refere que há “evidências em vários setores, incluindo ao nível do planeamento económico e de respostas de emergência” que “demonstram inquestionavelmente” que as decisões que não incluem a participação de mulheres são “simplesmente menos eficazes”.
Ao nível da saúde, apesar de a covid-19 afetar mais os homens, as Nações Unidas realçam que não se pode descorar os cuidados de saúde para as mulheres que estão sujeitas a riscos acrescidos, como, por exemplo, as grávidas.
O relatório também adverte que o isolamento profilático recomendado ou obrigatório, implementado por vários países para mitigar a disseminação do SARS-CoV-2, também poderá aumentar o número de casos de violência doméstica.
“Muitas mulheres estão a ser forçadas a ficar trancadas em casa com os seus agressores, enquanto os serviços de apoio às vítimas estão a enfrentar problemas ou estão inacessíveis”, explicita o estudo.
“A doença covid-19 não é apenas um desafio para o sistema de saúde mundial, mas também uma prova do nosso espírito humano. A recuperação deve levar-nos a um mundo mais igualitário, que seja mais resiliente em relação a futuras crises”, sustenta a ONU.
A Organização das Nações Unidas considera ainda que as mulheres “serão as mais afetadas por esta pandemia, mas também serão a coluna vertebral da recuperação das comunidades”.
Se as respostas políticas “reconhecerem isto”, então “terão mais impacto”, argumenta a ONU.
Lusa

Registo de nascimento disponível via internet a partir de hoje

Registo de nascimento disponível via internet - JN
O registo de nascimento passa a partir de hoje a ser possível via internet, uma medida para evitar que os pais tenham de se deslocar a uma conservatória para registar o bebé, anunciou o Ministério da Justiça.

Este serviço era atualmente assegurado apenas em casos urgentes, “mediante agendamento prévio, de acordo com as medidas de combate ao surto de covid-19, definidas pelo Governo para a área governativa da Justiça”, fosse numa conservatória ou num Balcão Nascer Cidadão, um serviço disponível em 48 hospitais e maternidades do país, explica a nota do ministério.
Em comunicado, a tutela explica que o pedido do registo de nascimento se faz agora no ‘site’ Nascimento Online, através de autenticação com Chave Móvel Digital ou com Cartão de Cidadão, neste caso, recorrendo a um leitor de cartões e dos códigos PIN da morada e de autenticação.
De acordo com a legislação, o prazo obrigatório do registo até 20 dias após o nascimento está suspenso.
Integrado no programa de modernização administrativa Simplex+ em resultado de uma colaboração entre os ministérios da Justiça e da Saúde, o serviço Nascer Cidadão permite, desde maio de 2016, registar os recém-nascidos imediatamente no próprio hospital ou maternidade logo após o nascimento, no Balcão Nascer Cidadão, perante um funcionário do registo civil que se desloca à unidade de saúde.
Os dados oficiais indicam que, entre os dias 1 de Janeiro e 29 de Fevereiro foram realizados 11.123 registos de nascimento e 7.736 pedidos de Cartão de Cidadão com recurso aos balcões Nascer Cidadão, valores que elevam os números totais para 216.116 registos de nascimento e os 129.607 pedidos de Cartão de Cidadão, desde que o serviço foi disponibilizado.
Lusa

Covid-19: Autarcas Socialistas afirmam que é importante todos acederem à informação

Autarcas Socialistas afirmam que é importante todos acederem à ...
O presidente da Associação Nacional dos Autarcas Socialistas (ANAS) afirma que é importante que todos os autarcas tenham conhecimento dos dados sobre a covid-19 e realça que nunca teve dificuldade no acesso à informação.
"O que é relevante é que os presidentes de câmara tenham conhecimento dos dados para poderem agir no concreto. Percebo que a comunicação de dados por várias entidades pode gerar alguma confusão e colocar em causa a sua fiabilidade", afirmou à agência Lusa o presidente da Associação Nacional dos Autarcas Socialistas (ANAS), Rui Santos.
Esta posição surge após os Autarcas Social Democratas (ASD) terem repudiado aquilo que consideraram ser a "sonegação de informação" sobre a covid-19 aos municípios por parte do Governo, exigindo a "imprescindível disponibilização" de informação diária e detalhada sobre a evolução da pandemia.
A ministra da Saúde, Marta Temido, negou qualquer "proibição de partilha de informação" a nível local ou regional, depois de a Câmara Municipal de Espinho ter denunciado na sexta-feira orientações dadas às autoridades regionais para não divulgarem informação estatística local.
"Não há qualquer proibição de partilha de informação. Há, sim, um apelo claro a todas as entidades que integram o Ministério da Saúde, em especial as autoridades locais e regionais de saúde, se concentram no envio de informação atempada e consistente para o nível nacional. Boletins parcelares podem ser causadores de análises fragmentadas. Acresce, pela dimensão de alguns dados, a possibilidade de violação do segredo estatístico", esclareceu a ministra.
O presidente da ANAS e da Câmara de Vila Real afirma que, enquanto autarca, nunca teve qualquer dificuldade em aceder aos dados.
"Concordo com a posição da ministra [Marta Temido] em que não deve haver dificuldade de aceder aos dados por parte dos autarcas. Isso é que é relevante", sustentou.
Rui Santos sublinhou ainda que o "mais importante" é todos estarem focados no combate à pandemia.
Lusa

Estados Unidos registam mais de 1500 mortos nas últimas 24 horas

EUA com mais de 16 mil mortes, 1.783 em 24 horas - Renascença
Os Estados Unidos registaram mais 1.514 mortos nas últimas 24 horas, elevando para 22.020 o número total de mortos devido à Covid-19, de acordo com um relatório divulgado na última noite pela Universidade Johns Hopkins.
Este é o segundo dia consecutivo de descida do número de vítimas mortais da doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) nos EUA, depois de a mesma universidade ter registado, na contagem que divulga diariamente, 1.920 mortes no sábado e 2.108 na sexta-feira.
Os Estados Unidos são o país mais atingido pela pandemia da Covid-19, com mais de 555 mil casos confirmados, acrescentou a instituição do ensino superior de Baltimore, no estado de Maryland.
Mário Aleixo - RTP

Vírus “made in China”. Que lição tirar?

  • Pe. David Francisquini *
Diante da conjuntura mundial golpeada pelo vírus chinês, a mídia vem se ocupando tão-só da proteção à saúde com o confinamento dos indivíduos e o fechamento de shoppings, casas comerciais, casas de diversão, e até de igrejas. Tudo para evitar a aglomeração de pessoas.
Apesar de haver grandes divergências entre as autoridades institucionais, todas procuram se alinhar com os mesmos métodos e metas para cumprir determinações, ditadas ora pela esquerdista Organização Mundial da Saúde, ora pelas autoridades de cada país. E ai de quem não obedecer!
Afinal, quem comanda em âmbito mundial toda essa articulação, à qual a própria Igreja Católica deve obedecer? Será a vida terrena mais importante que a vida eterna? Será que essa mesma Igreja, que sempre pregou as verdades eternas, se abdica em momento tão delicado de sua missão salvífica? Nosso Senhor Jesus Cristo afirma no Evangelho:
“Aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino” (Mt 16, 24-28).
“A vós, pois, meus amigos, vos digo: não tenhais medo daqueles que matam o corpo, e depois nada mais podem fazer. Mas eu vos mostrarei a quem haveis de temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder de lançar no inferno; sim, eu vos digo, temei este” (Lc 12, 1-8).
A missão da Igreja é divina como divino é o seu Fundador. Cuidemos, sim, da nossa saúde, mas não em detrimento da missão divina confiada por Deus à Igreja, de encaminhar os homens para estarem junto d’Ele por toda a eternidade.
Com efeito, temos tantos exemplos de santos que expuseram suas vidas para cuidar de leprosos, de tuberculosos e de toda sorte de peste, como Frei Damião de Molokai, o leproso; São Luís de Gonzaga, atingido por epidemia; São João Bosco [representação ao lado], que prometeu aos seus alunos que eles se salvariam do flagelo do cólera asiático se vivessem na Graça de Deus, e nenhum deles foi atingido…
Em outras circunstâncias, as igrejas não cerraram suas portas; os padres ficavam sempre à frente de seu trabalho apostólico; celebravam os ofícios e a Santa Missa; facilitavam o acesso aos sacramentos; além do conforto material como comida, roupa e medicamento aos atingidos pelas pestes.
Na verdade, houve agora uma mudança drástica no comportamento eclesiástico, que passou a ter uma concepção transitória, oportunista, materialista e relativista diante de uma situação de calamidade pública, pois parece ter-se afastado de Deus como fundamento absoluto e razão de ser de todas as coisas.
Como é natural, quanto mais alto um homem for constituído em honra e dignidade, tanto maior deve ser a caridade dele para com os próximos, sobretudo se forem seus fiéis. Como não há dignidade mais alta do que ser ministro de Deus, as pessoas a Ele consagradas devem procurar antes de tudo a glória divina e o bem do próximo.
Creio que um dos maiores elogios que se possa fazer a uma autoridade é chamá-la de paternalista, pois Deus, na mais sublime das orações que é o Pai-Nosso, quis ser chamado de Pai.
Transcrevo a seguir algumas palavras do combativo e zeloso líder católico Plinio Corrêa de Oliveira sobre a figura do sacerdote.
“O Padre, nas horas mais difíceis, reluz o esplendor de sua vocação pelo seu zelo e dedicação, pela bondade e compreensão, pelo carinho e amabilidade com aqueles que se encontram nos revezes da vida.
“O Padre deve estar disposto a se imolar por suas ovelhas. O mercenário, aquele que não é pastor das ovelhas, quando vem o lobo, foge, porque não é pastor. Verdadeiro pastor, por exemplo, foi Santo Odilon [(962-1049) abade da Abadia beneditina de Cluny (pintura ao lado)], que amava com uma caridade bem ordenada a Deus mais do que a si mesmo, o próximo como a si mesmo, e as coisas menos do que a ele mesmo.
“Administrador fiel e sábio, Santo Odilon colecionava víveres e roupas para os enfermos. Fez mesmo construir casas para os leprosos, às ocultas, e como se fossem construídas por outros, para que essa boa obra não fosse atribuída a ele”.
Citamos acima Frei Damião como modelo luminoso de heroísmo e de zelo na ilha de Molokai, onde viveu o sacerdócio em função dos leprosos. Ao contrair ele mesmo a lepra, declarou altaneiro num sermão: “Nós, leprosos…”, pois ser leproso era para ele um título de glória, à imitação de Jesus Cristo, que se sacrificou por nossa salvação.
Frei Damião [foto ao lado] não fugiu à obrigação do ministério sacerdotal, antes, pois partiu para Molokai por sua sede de almas, desejava consolar os aflitos e enxugar as lágrimas daqueles que deixaram seus entes queridos pelo fato de terem sido atingidos pela lepra.
Molokai era um palco de violência, sem um parâmetro civilizador, sem esperança, sem fronteira de carinho, de bondade, de misericórdia e de calor humano. Frei Damião imolou-se dentro dessa ilha como um pai que se imola aos filhos em dedicação extrema, porque possuía Deus como parâmetro absoluto em sua vida.
Ele construiu igrejas, hospitais, escolas e atendimentos caritativos, não pensando em si, mas somente em Deus e no próximo. Bem diferente do procedimento do clero de hoje diante da pandemia made in China… Afinal, o que esperam os fiéis da dedicação de um padre?
São Luís Gonzaga [pintura ao lado], no final do século XVI, ao chegar a Roma, deparou-se com as vítimas de uma doença contagiosa chamada tifo. Ao presenciar o sofrimento do povo, movido pela caridade e amor ao próximo, passou a ajudar os doentes como podia. Acabou sendo contagiado, vindo a falecer com apenas 23 anos, pouco antes de se ordenar sacerdote.
A figura do padre diante do perigo e da dor deve ser um referencial. Além de formador de opinião, cabe-lhe liderar a comunidade católica com seu exemplo, sua caridade e sua elevação de alma. Ele deve comunicar tranquilidade, paz e bem-estar espiritual aos fiéis.
A pessoa revestida do sacerdócio católico não pode participar do pânico, do medo e da incerteza gerados por essa pandemia, nem mesmo dar ares de quem teme, pois se ele se deixar contagiar pela doença psicológica poderá ser mais nocivo aos seus fiéis do que o vírus chinês.
Nessas horas difíceis, a oração é o nosso único refúgio e mesmo a solução. Os sacramentos são os únicos remédios que proporcionam segurança e estabilidade. A Missa celebrada na igreja com os fiéis é a única fonte de esperança que liga o Céu e a Terra, pois é o sacrifício do Homem-Deus.
As nossas matrizes, capelas e reitorias são lugares onde se encontram a unidade, o conforto e o equilíbrio. Fechar as igrejas, suprimir as Missas, os sacramentos pode ser um elemento a mais de definhamento e desequilíbrio psicológico. O soldado que foge à luta por medo de morrer não é um soldado, mas um mole e um covarde. O mesmo se aplica ao sacerdote de Cristo que foge à luta por medo da epidemia.
Melhor lhe fora não ter sido ordenado padre, pois esta palavra quer dizer pai, fazendo-nos lembrar de Deus, que quis ser chamado de Pai, Aquele que nos vivifica e nos ilumina em todas as coisas. Como o sal que salga, alimenta e atiça o paladar, assim deve ser o padre.
ABIM
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* Sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria – Cardoso Moreira (RJ).